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Zelensky dá a entender que Lula quer um “Nobel”, não a paz

Presidente da Ucrânia questionou o "verdadeiro interesse" de Brasil e China em acabar com a guerra entre seu país e a Rússia

por Redação Dinheirama
3 min leitura
Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quarta-feira (25) que se o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, “fosse esperto”, diria que a solução para a guerra entre seu país e a Rússia tem solução diplomática em vez de militar.

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O ucraniano disse mais cedo na Assembleia Geral da ONU duvidar do interesse pela paz de Brasil e China, que pressionam para que os beligerantes discutam uma forma de encerrar a guerra.

“O que estamos propondo não é fazer a paz por eles. Estamos é chamando a atenção para que eles levem em consideração que somente a paz vai garantir a Ucrânia enquanto um país soberano e que a Rússia sobreviva. Eles não precisam aceitar a proposta da China e do Brasil porque não tem proposta. Tem uma tese de que é importante começar a conversar. Ele, se fosse esperto, diria que a solução é diplomática, não é militar”, disse o presidente brasileiro.

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Segundo Lula, Zelensky “só falou o óbvio” em partes de seu discurso. “Ele tem que defender a soberania, é obrigação dele. Ele tem que ser contra a ocupação territorial, é obrigação dele. O que ele não está conseguindo fazer é a paz”, disse o petista.

Lula deu as declarações em Nova York antes de embarcar de volta ao Brasil após participar da Assembleia Geral da ONU.

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Lula quer um Nobel?

Zelenskiy, questionou o “verdadeiro interesse” de Brasil e China em acabar com a guerra entre seu país e a Rússia.

“A fórmula de paz já existe há dois anos, e talvez alguém queira um Prêmio Nobel para sua biografia política, para uma trégua congelada, em vez de paz real, mas os únicos prêmios que Putin lhe dará em troca são mais sofrimento e desastres”, disse Zelenskiy na ONU.

“Quando alguns propõem alternativas, planos de acordo sem convicção, os chamados conjuntos de princípios, isso não apenas ignora os interesses e o sofrimento dos ucranianos… não apenas ignora a realidade, mas também dá a Putin o espaço político para continuar a guerra.”

A China e o Brasil têm tentado convencer outros países em desenvolvimento a aderir ao plano de paz de seis pontos que os dois países apresentaram em maio.

A proposta pede uma conferência internacional de paz “realizada em um momento apropriado, que seja reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia, com participação igualitária de todas as partes relevantes, além de uma discussão justa de todos os planos de paz.”

“Quando a dupla sino-brasileira tenta se transformar em um coro de vozes — com alguém na Europa, com alguém na África — dizendo algo alternativo a uma paz plena e justa, surge a pergunta: qual é o verdadeiro interesse?”, disse Zelenskiy.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)

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