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3 Atitudes Capazes de Mudar Sua Vida Financeira

por Conrado Navarro
3 Atitudes Capazes de Mudar Sua Vida Financeira

Uma das principais lições que aprendi durante todo o tempo em que me dedico ao aprendizado e à prática da educação financeira diz respeito ao nosso comportamento diante de situações cotidianas, de cidadania: são os pequenos detalhes, o interesse e a insistência que trazem os tão sonhados resultados.

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Digo isso porque a “informação que vale ouro”, as “melhores alternativas de investimento” e “a receita para ficar milionário” simplesmente não existem. Pelo menos não como geralmente as buscamos, como atalhos e soluções rápidas para problemas que envolvem transformação pessoal, dedicação e paciência. Falei mais sobre atalhos em um artigo (clique para ler).

O que existe mesmo são pessoas sem prioridades e objetivos indefinidos, motivadas é verdade, mas sem um norte claro, e que logo se angustiam por viver assim e buscam os tais atalhos e os associam aos problemas errados.

O que mais vejo são casos clássicos como o do indivíduo que quer ficar rico, mas não quer aprender a criar e viver um padrão de vida em que se gaste menos do que ganha. O problema principal é seu padrão de consumo, não a geração de renda.

Três atitudes capazes de mudar sua vida financeira

O que percebi trabalhando ao lado de tantas famílias e pessoas é que a transformação, e consequentemente a criação de novos hábitos, é mais fácil e tranquila quando podemos comemorar sempre pequenas vitórias e acompanhar a evolução dos resultados. A questão da riqueza passa por entender também o conceito de liberdade e já escrevi sobre isso (clique aqui e leia o texto).

Neste sentido, o que funciona muito bem para mexer com a vida financeira é justamente começar por outras áreas da vida pessoal, de modo que os hábitos sejam mais importantes que o tabu em torno das finanças (algo que dificulta muito quaisquer primeiros passos).

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Listo abaixo três atitudes não relacionadas diretamente ao seu bolso que podem ser úteis para mudar sua vida financeira:

1. Praticar exercícios com regularidade

Todos nós praticamos algum exercício quando mais jovens, mas acabamos perdendo esse ótimo hábito com a chegada da vida profissional, das demandas sociais e do excesso de trabalho. Como você já sabe, rever essa importante decisão e priorizar a saúde através dos exercícios físicos é fundamental para o equilíbrio emocional.

Além do retorno em termos estéticos (perda de peso, roupas servindo etc.), os benefícios principais estão associados com a qualidade de vida e a prática do conceito mais poderoso das finanças pessoais: a disciplina. Respeitar uma rotina de treinos tornará muito mais simples a adoção do hábito de investir todo mês, por exemplo.

Além disso, há a questão da superação. Com objetivos definidos, a busca por resultados passa a fazer sentido e dizer “Não” para as distrações para de gerar ansiedade. Uma alimentação melhor, sem peso na consciência, mais disposição e o consumo adiado em prol da conquista de liberdade são exemplos comumente vistos a partir da decisão de se exercitar.

2. Ler mais e ver menos televisão

Gosto de desafiar as pessoas a dizerem o que fazem no seu tempo livre. Muita gente gosta de assistir televisão, e não há problema algum nisso. O que não aceito é gente assim que reclama da falta de tempo para um curso extracurricular, um aprendizado novo ou mesmo uma imersão em determinado tema para abertura de novos horizontes pessoais.

A leitura especializada e a dedicação na busca por mais conhecimento, seja ele em que área for, aumenta nossa capacidade crítica ao mesmo tempo em que eleva nossa bagagem para discutir e tomar melhores decisões.

Interpretar os fatos à nossa própria maneira e ler as opiniões de muitos profissionais aumenta nosso desejo de participar da discussão e aumenta nossa confiança na hora de decidir. Aumentando o conhecimento, o interesse vem junto – e com o ele resultados melhores.

Você não encontra na TV quem explique por que o Tesouro Direto é uma aplicação tão melhor que a poupança. Aqui e em bons livros da área você encontrará detalhes e mais detalhes sobre isso (clique aqui para saber mais sobre títulos públicos).

Atenção para a interpretação do texto: não estou dizendo que a TV é ruim, estou apenas alertando para a necessidade de aproveitar melhor seu tempo livre.

3. Ter mentores

Não sei exatamente quem foi que disse que “somos a média das cinco pessoas com quem passamos mais tempo”, mas acho que essa afirmação merece algum destaque.

Nossas grandes amizades e os contatos familiares são, sem dúvida, os relacionamentos que mais preenchem nossa agenda, mas será que são aqueles que podem contribuir com críticas e provocações capazes de nos tirar de nossa zona de conforto?

Imagine que você está empregado e, depois de planejar e considerar sua carreira, decide abrir sua própria empresa. É provável que muitas pessoas próximas o chamem de “louco” e tentar fazer você mudar de ideia. A razão é simples: eles amam você demais a ponto de cogitarem a possibilidade de ver você “quebrando a cara”. Seria dolorido demais.

O que diria um empresário que você admira sobre essa mesma decisão? Será que ele não traria perguntas novas e perspectivas mais desafiadoras, mas sem ser dramático demais? Ele provavelmente questionaria o negócio e sua capacidade, não o amor por você.

A ideia de inserir pessoas melhores que nós (melhores em um sentido amplo, pessoal e subjetivo) em nosso cotidiano tem o poder de mexer com a maneira como tomamos nossas decisões e assumimos riscos.

E, convenhamos, manter um networking mais centrado nos negócios e repleto de pessoas capazes de motivá-lo a fazer mais, investir melhor e buscar retornos maiores certamente fará diferença nas metas financeiras e de patrimônio a serem perseguidas – trata-se de uma relação de causa e efeito óbvia. O Investimento Anjo é um exemplo disso (clique para entender melhor).

Conclusões

A mensagem principal deste artigo é simples: faça as pequenas coisas com mais atenção, frequência e disciplina. A partir daí, tocar grandes projetos de vida e sonhos será só uma forma diferente de ver as coisas. Pense que um sonho grande é uma sucessão de sonhos pequenos, que por sua vez é composto de diversos objetivos menores ainda.

“Quero ficar milionário” é um sonho grande e válido, mas não é muito prático. Você não consegue chegar no final do próximo mês e dizer a si mesmo que o concluiu. Que tal “quebrá-lo” em diversos objetivos menores, realizáveis? Exemplos?

  • Renegociar e reestruturar as dívidas;
  • Investir 10% da renda todo mês;
  • Vender itens que não usa mais;
  • Ler sobre investimentos melhores que os que faz atualmente;
  • A lista poderia ter muitos itens, todos factíveis, preencha-a mentalmente.

A propósito, eu não tenho nenhuma evidência empírica de que as três atitudes citadas aqui mudarão mesmo sua vida financeira. O que posso afirmar e dizer é que elas transformaram a minha história e achei que isso já seria inspiração suficiente para algum crédito.

Se você tem relatos associados a estas mudanças propostas, por favor compartilhe-as comigo e outros leitores no espaço de comentários abaixo. Obrigado e até mais.

Foto “Determined boy”, Shutterstock.

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