Sempre defendemos aqui no Dinheirama que enriquecer é uma questão de escolha. É claro que algumas pessoas, por uma série de razões, têm o caminho do sucesso financeiro facilitado (possuem bens de família, conseguem rapidamente criar um negócio que resulta em sucesso financeiro rápido, ganham em algum tipo de loteria, etc.).
Para a maioria das pessoas, no entanto, é necessário manter os pés no chão e buscar oportunidades de enriquecer no dia a dia, através de boas escolhas ao longo da vida.
Trabalhando com educação financeira há alguns anos, conheci inúmeras pessoas que passaram por momentos de sufoco, precisaram se reestruturar para encarar os próprios erros e, a partir daí, entenderam que o planejamento financeiro é indispensável.
Ao observar essas pessoas, percebi que existem pelo menos 4 grandes verdades sobre o desafio de enriquecer que podem ser colocadas em prática por qualquer pessoa, independente de sua renda ou condição social.
Verdade 1: Vivemos em um mundo de causa e efeito
Quem já conhece o livro “Os Segredos da Mente Milionária”, de T. Harv Eker, deve se lembrar que, segundo o autor, um dos princípios de riqueza é que que vivemos em um mundo de causa e efeito:
“Você já ouviu alguém dizer que a falta de dinheiro é um enorme problema? Na verdade, ela nunca é um problema, e sim um sintoma do que está acontecendo embaixo da terra. A falta de dinheiro é o efeito. Mas onde está a causa?” (T. Harv Eker).
Um dos principais erros de quem atravessa períodos de descontrole financeiro é justamente não ter mecanismos eficientes capazes de identificar rapidamente para onde o dinheiro está indo.
Sem saber de fato onde está o problema, acabamos encontrando culpados para o problema: juros altos, aumento dos preços, salário baixo e por aí vai. Ninguém olha para o próprio umbigo.
Se vivemos realmente em um mundo de causa e efeito, é importante termos a consciência de que somos os responsáveis diretos pelo nosso sucesso ou fracasso. É preciso assumir de forma definitiva os rumos de nossa vida financeira, admitindo os erros a partir de uma postura mais proativa.
Precisamos dedicar mais tempo para a busca de conhecimento e novas alternativas que de fato façam o dinheiro se valorizar.
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Verdade 2: Dinheiro não aceita desaforo
A segunda grande verdade é uma afirmação que provavelmente o leitor mais antigo do Dinheirama já leu por aqui diversas vezes: dinheiro não aceita desaforo! Essa afirmação nada mais é do que mais uma prova de que nós somos os verdadeiros responsáveis pelo comando de nossa vida financeira.
Em outras palavras, precisamos entender que no momento em que deixarmos de tratar o assunto com a devida importância, seremos penalizados.
Ainda de forma mais simples e direta: quem não cuida bem do dinheiro, não emprega tempo e nem carinho para encontrar as melhores oportunidades, fatalmente viverá com problemas financeiros a vida toda. É triste, mas é a pura verdade!
Para ficar rico é preciso tratar o dinheiro com respeito, além de admirá-lo pelas possibilidades de liberdade e construção de qualidade de vida que ele oferece; para ficar rico, é preciso gostar e cuidar do dinheiro. Simples assim.
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Verdade 3: Não se pode viver esperando ajuda do governo (nem de ninguém)
Uma das características mais problemáticas de boa parte dos brasileiros é acreditar que o governo deve cuidar e resolver muitos de nossos problemas. Alguns ainda mais radicais (e cegos) acreditam que o governo nos deve isso, que se trata de uma obrigação.
É verdade que temos uma das maiores cargas tributárias do mundo, mas também é verdade que a ineficiência do estado cada vez se mostra mais presente. Tem sido assim em todos os países onde o governo exerce papel intervencionista e onipresente.
No livro “O Mito do Governo Grátis”, o autor Paulo Rabello de Castro cita a intervenção do estado e a sua responsabilidade em criar um governo “grátis” como uma forma de controle social e ilusionismo político.
É fundamental, entre outros pontos, que as pessoas percebam que depender de programas sociais ou iniciativas do governo para construir uma vida melhor é mais uma forma de fugir da própria responsabilidade de prosperar.
Talvez o maior exemplo disso seja a relação do brasileiro com sua aposentadoria, afinal poucos de fato se preocupam com essa questão de forma profunda. A maioria ainda acredita que no momento mais delicado da vida terá à sua disposição a quantia ideal de dinheiro, proveniente do INSS.
Todos sabemos que o atual sistema já se esgotou. Reformas são necessárias e, gostemos disso ou não, benefícios precisam ser adequados e novas regulamentações precisam ser impostas. Muitos chegam a falar em elevação do tempo de contribuição, aumento de idade e até contribuição de inativos. Quem viver, verá.
Quem está atento à toda essa movimentação, que não começou agora, sabe que é fundamental sair da zona de conforto e criar, a partir de boas escolhas e planejamento, uma aposentadoria que garanta ao menos a manutenção do padrão de vida.
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Verdade 4: O Gerente do banco pode até ser seu amigo, mas ele tem metas agressivas
O brasileiro está acostumado a encontrar na figura do gerente bancário um porto seguro, alguém que está lá à disposição e pronto para mostrar as melhores oportunidades de investimento e oferecer dicas para cuidar do seu dinheiro. Certo? Errado!
Ao longo dos anos, conheci muitos gerentes que realmente colocam em primeiro lugar as necessidades dos clientes, entretanto outros levam em consideração somente a necessidade cumprir metas e vender produtos que apenas favorecem a instituição financeira.
Felizmente, existem no Brasil boas alternativas quando o assunto é gestão financeira e investimentos. Já é possível encontrar instituições que oferecem produtos que de fato trazem rentabilidades melhores a custos e taxas muito melhores do que as dos bancos, tudo isso com valores acessíveis e atendimento diferenciado com foco real nas pessoas.
Muito por conta disso, brasileiros passaram a conhecer investimentos como o Tesouro Direto, que ainda hoje não é trabalhado dentro dos bancos na forma como deveria, tendo em vista o atual momento do país.
Na verdade, para a maioria dos bancos as pessoas representam apenas uma possibilidade de ganho com empréstimos e crédito de forma geral. O cliente terá seu dinheiro emprestado a outros clientes, a taxas que ultrapassam 100% ao ano, enquanto a instituição o remunera em um produto de renda fixa (pouco mais de 10% ao ano).
Isso talvez explique porque os bancos não oferecem programas de educação financeira profundos e que contribuam decisivamente para a transformação das pessoas; talvez explique também porque ainda oferecem produtos como Título de Capitalização como investimento.
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Conclusão
A busca constante pelo conhecimento é uma arma poderosa para quem quer encontrar os melhores caminhos para enriquecer. Muitas vezes, o melhor é apenas seguir em frente enfrentando cada obstáculo com uma visão nova, sem definições pré-estabelecidas.
O país mudou, vivemos uma fase delicada, mas, diferentemente de outras crises do passado, atualmente existem ótimas possibilidades de desenvolvimento; algo ainda mais interessante acontece nos dias de hoje: o acesso à informação transformadora está facilitado e à disposição de todos.
Não fique parado, o tempo não tem piedade com aqueles que vivem esperando e deixam passar as oportunidades. Vamos enriquecer? Obrigado e até a próxima!
Foto “Key to success”, Shutterstock.