O Governo Federal tomou uma decisão inesperada ao vetar um projeto de lei que estendia a isenção da folha de pagamento para 17 setores até 2027.
Originalmente, as empresas desses setores poderiam optar por pagar um imposto sobre o faturamento bruto, variando de 1% a 4,5%, em vez de cobrar um imposto sobre a folha de pagamento de 20%. Esse veto representa uma economia potencial de R$ 9,4 bilhões anuais para o governo.
Renato Chanes destaca: “O veto governamental trouxe uma surpresa positiva para o mercado, resultando em uma economia significativa para o Governo Federal. Contudo, os potenciais impactos sobre as empresas e a economia como um todo estão sendo analisados atentamente.”
Perspectivas para o Grupo GPS e recomendações de compra
A Ágora Investimentos, através dos analistas Victor Mizusaki e Renato Chanes, avalia as possíveis consequências desse veto, especialmente para empresas que se beneficiavam da isenção de impostos sobre a folha de pagamento. No caso do Grupo GPS, estima-se que cerca de 443 mil empregos dos 9 milhões de funcionários anteriormente beneficiados pela isenção poderiam ser terceirizados.
Victor Mizusaki comenta: “Assumindo que o Grupo GPS (GGPS3) mantenha uma participação de mercado de 7%, a terceirização de empregos poderia impactar positivamente as finanças da empresa. Isso é considerado na nossa recomendação de compra para as ações.”
Apesar da possibilidade de o veto ser revertido pelo Congresso, os analistas da Ágora Investimentos mantêm uma visão otimista.
Projetam que, se o cenário se mantiver, esse veto poderá adicionar R$ 4,10 para as ações. Dessa forma, a recomendação de compra é mantida, com um preço-alvo de R$ 22 para o final de 2024.