Os principais parlamentares republicanos e democratas do Congresso dos Estados Unidos disseram nesta terça-feira ter chegado a um acordo para manter o governo financiado até o final do ano fiscal que começou em outubro, dando início a uma batalha para aprovar o projeto de lei antes de uma possível paralisação no fim de semana.
O último ponto de disputa foi o financiamento do Departamento de Segurança Interna, à medida que o aumento do número de imigrantes na fronteira entre os EUA e o México tem se tornado uma questão importante para a revanche entre o presidente Joe Biden e seu antecessor Donald Trump na eleição de novembro.
O presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Mike Johnson, e o líder da maioria no Senado, o democrata Chuck Schumer, revelaram o acordo em declarações separadas nesta terça-feira.
O texto do acordo, que deve ser finalizado antes que os parlamentares possam votá-lo, ainda está sendo concluído. As regras atuais da Câmara exigem que os parlamentares tenham três dias para considerar a legislação antes de levá-la ao plenário.
Espera-se que o pacote cubra cerca de 75% dos gastos discricionários do governo, que devem chegar a cerca de 1,66 trilhão de dólares para o ano fiscal que termina em 30 de setembro. Ele contém financiamento para funções como as Forças Armadas, transporte, habitação e segurança alimentar.
Mas há mais batalhas pela frente, pois a dívida pública de 34,5 trilhões de dólares do país continua crescendo. Neste mês, Biden e os republicanos da Câmara apresentaram propostas de orçamentos para o próximo ano fiscal, que começa em outubro, com prioridades nitidamente contrastantes.
Até o momento, Johnson também tem se recusado a levar à votação um pacote de ajuda à segurança externa de 95 bilhões de dólares que inclui recursos que seus defensores dizem ser urgentemente necessários para a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia.
A medida foi aprovada pelo Senado com apoio bipartidário e acredita-se que tenha um apoio significativo na Câmara se os membros tiverem a chance de votar.
Democratas e republicanos têm divergido desde o início do ano passado sobre os níveis de financiamento do governo em meio a uma pressão de republicanos extremistas para cortar mais gastos do que o combinado em um acordo bipartidário promulgado em junho do ano passado.