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Chuvas no Rio Grande do Sul: as 23 ações mais afetadas na B3

Veja os efeitos da catástrofe nos diferentes setores, com as consequências para as operações e a exposição das empresas no Rio Grande do Sul

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Vista de aeroporto alagado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul

As chuvas recordes que assolam o Rio Grande do Sul em no final de abril e início de maio de 2024 têm causado impactos significativos em várias empresas, afetando mais de 850 mil pessoas e criando desafios logísticos em 345 das 496 cidades do estado.

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A análise divulgada nesta terça-feira (7) de Aline Cardoso e Luane Fontes do Santander detalha os efeitos dessa catástrofe nos diferentes setores econômicos, enfatizando as consequências para as operações e a exposição das empresas na região.

Agrícola e Alimentos

No segmento agrícola, a 3Tentos (TTEN3) está entre as mais afetadas pelas chuvas, com perdas significativas na colheita de soja previstas. No setor alimentício, a BRF (BRFS3) surge como particularmente vulnerável devido à sua ampla produção avícola na região.

Saúde e Financeiro

As OncoClínicas (ONCO3), com cerca de 7% de suas unidades no Rio Grande do Sul, são apontadas como as mais expostas no segmento de saúde. No financeiro, o Banrisul (BRSR6) e o IRB (IRBR3), com forte presença regional, também enfrenta grandes desafios ligados ao seguro rural.

Indústrias

Empresas de Siderurgia & Mineração e Papel & Celulose como Gerdau (GGBR4) e CMPC (CMPC) podem ter suas operações temporariamente paralisadas, embora sem grandes impactos financeiros a longo prazo.

No setor de óleo e gás, a exposição da Ultrapar (UGPA3) – 8% dos volumes da Ipiranga – e da Braskem (BRKM5) – 20% da capacidade – ao mercado gaúcho é significativa, o que aumenta a preocupação com o impacto das chuvas.

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Marcopolo (POMO4), Randon (RAPT4) e Fras-Le (FRAS3) paralisaram as operações por alguns dias, mas estão voltando aos poucos.

Imobiliário e Varejo

No ramo imobiliário, a Iguatemi (IGTI11) tem grande exposição ao estado nos shoppings, enquanto a Tenda (TEND3) se destaca entre as construtoras. O varejo também sofre com as chuvas, com empresas como Magazine Luiza (MGLU3) e Lojas Renner (LREN3) reportando que 13% de suas vendas anuais vêm de unidades no estado, marcando a maior exposição do setor.

Transporte e Serviços Públicos

O transporte rodoviário foi duramente afetado, com a CCR (CCRO3) enfrentando interrupções e alterações de itinerários, enquanto danos ferroviários podem desencadear um reequilíbrio contratual no caso da Rumo (RAIL3).

No setor de serviços públicos, tanto a Equatorial (EQTL3), com 4% do valor de mercado exposto, quanto a CPFL (CPFE3), com 37% do valor de mercado exposto, trabalham para restaurar a infraestrutura energética.

Telecomunicações

Na área de telecomunicações, a Unifique (FIQE3) revela que cerca de 15% de seus clientes no Rio Grande do Sul estão atualmente sem acesso à internet, com 23 mil usuários afetados.

Aviação

Com as operações no aeroporto de Porto Alegre Salgado Filho suspensas até o dia 30 de maio por conta das chuvas, as companhias aéreas Gol (GOLL4), Azul (AZUL4) e Latam (LTM; LTMAY), têm anunciado cancelamentos de voos em toda a região.

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