A Comissão de Infraestrutura (CI) vai debater possíveis estratégias a serem adotadas pelo Brasil em relação à exploração do lítio, mineral usado na fabricação de baterias de telefones e de carros, por exemplo.
A audiência pública interativa será na terça-feira (18), a partir das 10h, na sala 13 da Ala Alexandre Costa. O debate foi requerido pelo senador Esperidião Amin (PP-SC).
O lítio pode ser usado também na produção de ligas metálicas e de medicamentos. Conhecido como “o metal mais leve”, ele é minerado em países como Bolívia, Argentina, Chile, México e Croácia e, no Brasil, há mineração no Vale do Jequitinhonha (MG).
Foram convidados para o debate representantes dos Ministérios de Minas e Energia (MME) e de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O presidente da CI é o senador Confúcio Moura (MDB-RO).
Esperidião Amin ressalta que o lítio é considerado essencial para a transição energética, uma vez que é matéria-prima de baterias para veículos elétricos e para a cadeia de geração de energias renováveis.
“O mineral deve ver sua demanda crescer 40 vezes nas próximas duas décadas”, afirma o senador no requerimento da audiência (REQ 54/2023 – CI).
O senador informa que o Decreto 11.120, de 2022, do Poder Executivo, permite as operações de comércio exterior de minerais e minérios de lítio e de seus derivados, o que vem atraindo investimentos para pesquisa e produção do mineral e para avanço da capacidade produtiva nas etapas de processamento e produção de componentes e baterias.
“A iniciativa já começa a dar resultado. Em 9 de maio do corrente ano, aconteceu o lançamento mundial da iniciativa Lithuium Valley Brazil, na bolsa de valores de Nova York Nasdaq, marcando a entrada do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, no mapa global na cadeia de lítio. O ‘Vale do Lítio’, em Minas Gerais, já possui quatro mineradoras, todas listadas na Nasdaq, desenvolvendo projetos de exploração do mineral no Jequitinhonha”, registra Esperidião Amin, citando empresas do Canadá, dos Estados Unidos e da Austrália.
