O Santander alertou, em um relatório divulgado nesta terça-feira (18) que as ações da B3 (B3SA3) estão com um desconto de 46% em relação as pares internacionais.
Os analistas Henrique Navarro, Arnon Shirazi e Anahy Rios cortaram o preço-alvo para os papeis de R$ 15 para R$ 14, mas continuaram com a recomendação de compra.
Segundo eles, esta sugestão tem base em um “valuation atraente”. Na comparação com a sua própria média, o valor está aproximadamente 28% menor.
A análise também considera a entrada de fluxo estrangeiro, já que a ação da B3 é percebida como uma proxy dos ETFs
brasileiros e um “carrego” sólido (dividend yield de aprox. 9% para 2025, mais recompras).
A estimativa para a média diária de negociação (ADTV, na sigla em inglês) em 2024 foi reavaliada para baixo em 8%, para R$ 24 bilhões.
“Estimávamos um ADTV de equity de R$ 26 bilhões para 2024, mas com os números acumulados no ano rodando em R$ 24,2 bilhões até meados de junho, seria necessário um ADTV mensal de quase R$ 28 bilhões em todos os meses restantes de 2024 para atingir a nossa projeção anterior de R$ 26 bilhões”, apontam os analistas.
Eles lembram ainda que a expectativa de que não haverá mais cortes da taxa Selic em 2024 (conforme o Boletim Focus do Banco Central) também não contribui.
Concorrência para a B3
Dois ex-sócios da XP Inc (XP; XPBR31), um advogado e o cofundador da corretora Ideal buscam colocar em operação até o final de 2026 uma empresa que vai atuar no segmento de bolsa no Brasil, com foco inicial em derivativos e futuros.
O grupo anunciou nesta terça-feira uma rodada Série A para financiar os investimentos em equipe e tecnologia para o lançamento operacional da A5X, que terá soluções de negociação e pós-negociação para o mercado financeiro e de capitais.
Os fundadores são Carlos Ferreira, ex-sócio controlador da XP; Julian Chediak, advogado de mercado de capitais, professor, sócio do Chediak Advogados e ex-presidente do Conselho de Autorregulação da Cetip; Karel Luketic, ex-sócio sênior e diretor na XP; e Nilson Monteiro, CEO e cofundador da Ideal.
Segundo dados que circulam no mercado, a empresa pretende captar R$ 200 milhões. A XP teria, ainda, uma opção de compra que pode ser exercida no médio prazo.