Finclass Vitalício Topo Desktop
Home Economia Monitoramento de redes sociais pelo STF é ‘intimidação’, diz Girão

Monitoramento de redes sociais pelo STF é ‘intimidação’, diz Girão

O senador classificou a licitação como irregular e defendeu que ela precisa ser revogada.

por Agência Senado
3 min leitura
Senador Eduardo Girão (Novo-CE) (Pedro França/Agência Senado)

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) destacou, em pronunciamento nesta quinta-feira (20), que o Supremo Tribunal Federal (STF) publicou um edital de licitação, no valor de R$ 345 mil por ano, para a contratação de uma empresa especializada em monitoramento de redes sociais.

Finclass Vitalício Quadrado

Para o parlamentar, o objetivo da contratação é inibir a difusão de investidas contra ministros do Supremo, pelo acompanhamento contínuo das plataformas Facebook, YouTube, X, Instagram, TikTok e LinkedIn.

O senador classificou a licitação como irregular e defendeu que ela precisa ser revogada.

Girão afirmou que uma das finalidades descritas no edital é identificar indivíduos que compartilham conteúdos relacionados ao STF e formadores de opinião que discutem temas relacionados à Corte, além de analisar discursos com avaliação de influência nos públicos e detectar ações organizadas na internet. Para o senador, o edital é “mais um passo no sentido de controlar as redes sociais e promover a intimidação da população, inibindo qualquer crítica aos ministros”.

— Alguns deles [ministros] se consideram infalíveis, acima de qualquer suspeita, e não aceitam opiniões contrárias. Foi o que aconteceu, por exemplo, no dia 14 de março de 2019, quando o ministro [Dias] Toffoli, num malabarismo jurídico, utilizando brecha do Regimento Interno, dá início ao famigerado Inquérito das Fake News,nomeando, sem sorteio, Alexandre de Moraes, de ofício, com o poder de acusar, investigar, julgar, condenar, algo inédito em toda a história do Poder Judiciário. Curiosamente, uma das primeiras medidas foi a decisão para que a revista Crusoé e o site O Antagonista retirassem imediatamente do ar, sob pena de multa diária de R$ 100 mil, a reportagem em que Marcelo Odebrecht, em colaboração premiada no âmbito da Lava Jato, se refere ao próprio ministro Dias Toffoli como “amigo do amigo do meu pai”, codinome utilizado para o pagamento de propinas.

O parlamentar também citou denúncia feita pelos jornalistas estrangeiros Michael Schellenberger e Glenn Greenwald, que afirmaram que o ministro Alexandre de Moraes teria adotado medidas de censura contra o antigo Twitter.

Finclass Vitalício Quadrado

— Os arquivos do antigo Twitter, hoje X, depois que foi adquirido por Elon Musk, foram abertos para o público. Segundo as denúncias, o ministro Alexandre de Moraes, como presidente do TSE, adotou inúmeras medidas de censura, intimando judicialmente os funcionários para que entregassem dados sensíveis e particulares dos usuários; exigiu a censura de postagens específicas e a remoção de usuários da plataforma.

O Dinheirama é o melhor portal de conteúdo para você que precisa aprender finanças, mas nunca teve facilidade com os números.

© 2024 Dinheirama. Todos os direitos reservados.

O Dinheirama preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

O portal www.dinheirama.com é de propriedade do Grupo Primo.