Ao contrário da demanda para a entrada de um investidor estratégico na Sabesp (SBSP3), que só seduziu a Equatorial (EQTL3), a oferta de ações pública tem atraído uma alta procura no mercado, chegando a um valor acima de R$ 40 bilhões.
A operação movimentará 191,7 milhões de ações e um lote suplementar de 28,8 milhões de ações, o que representaria um total de R$ 16,5 bilhões, considerando o valor de fechamento do dia 21 de junho (R$ 74,85).
Atualmente, os papeis já negociam em torno de R$ 82,47.
Segundo a Broadcast, os pedidos de reserva têm sido majoritariamente de gestoras de recursos, incluindo fundos especializados em infraestrutura e saneamento, e do exterior.
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“Acreditamos que o rateio e a perspectiva de que participantes do mercado secundário não serão alocados devem levar a um movimento de compra das ações no mercado secundário”, ressalta o analista Luis Fernando Moran de Oliveira, da EQI Research.
Ou seja, a possibilidade de rateio tem forçado a compra no mercado à vista, mesmo para quem já está esperando para comprar na oferta.
“Ressaltamos que, já antecipando o sucesso da privatização, temos uma participação de 13% da Sabesp em nossa
carteira recomendada de ações”, ressalta Oliveira.
Analistas projetam as ações da Sabesp a um valor de até R$ 135, como consequência do plano de privatização.
As reservas para os investidores pessoas físicas começaram na segunda-feia (1º) e se estendem até o dia 15 de julho.
A fixação do preço por ação será conhecida no dia 18 de julho. O início da negociação das novas ações acontecerá no dia 19.
O coordenador líder da operação será o BTG Pactual. Os demais coordenadores serão Bank of America, Citigroup, UBS BB, Itaú BBA, Bradesco, Goldman Sachs, J.P. Morgan, Morgan Stanley, Safra, Santander e XP Investimentos.