As ações da B3 (B3SA3), que talvez comece a ser chamada novamente de “Bolsa Paulista”, foi retirada da carteira recomendada de dividendos da Genial Investimentos, mostra um relatório enviado a clientes.
“A recente aprovação de uma lei na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, que reduz o ISS cobrado nas atividades de bolsas de valores, é vista como essencial para atrair a bolsa da ATG, controlada pela gestora Mubadala Capital, o que pode impactar negativamente a B3 no curto e médio prazo”, escreveu o analista Ygor Bastos.
A bolsa de valores do Rio de Janeiro operada pela ATG deve começar suas operações no segundo semestre de 2025, afirmou na quarta-feira (3) o CEO da empresa brasileira de tecnologia detentora de plataforma de negociação eletrônica no mercado.
De acordo com Cláuido Pracownik, até o final deste ano a estrutura da nova bolsa estará pronta e os testes serão realizados no primeiro semestre do próximo ano. A bolsa do Rio irá negociar as mesmas ações da B3, incluindo os papéis das blue chips Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4).
Em um relatório de março, o Bradesco BBI já citava que os riscos maiores de concorrência potencial impediam uma reavaliação relevante dos múltiplos da Bolsa nos próximos trimestres.
Ao argumentar sobre a retirada da B3 de seu portfólio, a Genial também creditou a decisão às revisões de corte de juros no Brasil e à falta de apetite do investidor estrangeiro pelos ativos locais.
Bastos optou por não colocar outra ação no lugar e manteve a carteira com a seguinte composição: Itaú (ITUB3), Banco do Brasil (BBAS3), BB Seguridade (BBSE3), Alupar (ALUP11), Eletrobras (ELET3), Vale (VALE3), Petrobras (PETR4), Auren (AURE3), Vivo (VIVT3) e Cyrela (CYRE3).