Os financiamentos imobiliários devem subir 7,8% este ano, sendo 40% deles realizados com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), informou nesta quarta-feira a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Segundo dados da entidade, os financiamentos imobiliários com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e do FGTS devem encerrar 2024 com concessões da ordem de 270 bilhões de reais versus 250 bilhões em 2023.
Apenas com recursos da poupança, o patamar de financiamentos imobiliários estimado é de 164 bilhões de reais, aumento de 7,6% em base anual, o que tornaria o resultado um dos três melhores da série histórica, junto com os volumes de 2021 e 2022, de acordo com a associação.
No caso do FGTS, a Abecip trabalha o montante definido pelo Conselho Curador para habitação, de 106 bilhões de reais, embora considere uma eventual suplementação do orçamento, dado o forte desempenho das contratações no primeiro semestre. O montante é 8,1% superior ao direcionado para o setor no ano passado.
Nos primeiros seis meses de 2024, os financiamentos imobiliários somaram 149 bilhões de reais, alta de 30% em relação ao mesmo período de 2023, puxada em parte pelo aumento de 75% nas contratações via FGTS, para 67,2 bilhões de reais, reflexo das novas medidas do governo federal para o programa habitacional Minha Casa Minha Vida.
Os financiamentos pela poupança SBPE cresceram 7% no mesmo período, acrescentou a entidade, para 82,1 bilhões de reais.
Em meio ao aquecimento do mercado, o ministro das Cidades, Jader Filho, disse no mês passado que o governo avalia ampliar os fundos do FGTS para habitação em até 25 bilhões de reais este ano. O volume atual já foi consumido em mais de 60% no primeiro semestre, segundo os dados da Abecip