Usuários do X têm relatado que a rede social voltou a ficar fora do ar no Brasil nesta quarta-feira (9) em algumas regiões nas quais o serviço já tinha retornado. A instabilidade acontece um dia após a liberação determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Segundo o site Dowdetector, que recebe informações sobre instabilidade em sites e apps de todo o mundo, as notificações cresceram muito ao longo do dia e chegaram a um pico às 15h38. As reclamações cresceram em todas as regiões do País.
Em um comunicado distribuído na manhã de hoje, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) afirmou ter começado a notificar as prestadoras de serviços de telecomunicações para permitirem a seus clientes o acesso à plataforma X.
“Caberá a cada uma das prestadoras tomar as providências técnicas necessárias para implementar essa ordem judicial”, informou a agência.
A Anatel explicou, ainda, que o tempo para a execução do desbloqueio dependerá das medidas empregadas pelas prestadoras, conforme suas especificidades.
Liberdade “dentro das leis”
A conta oficial do X disse na terça-feira (8), após a liberação das suas operações no Brasil por determinação do STF, que continuará a defender a liberdade de expressão, “dentro dos limites da lei”.
A rede voltou a operar em consequência do pagamento de uma multa de R$ 28,6 milhões e aprovação da PGR (Procuradoria-Geral da República).
O ministro Alexandre de Moraes destacou que o retorno das atividades foi condicionado, unicamente, ao cumprimento integral da legislação brasileira e da “absoluta observância às decisões do Poder Judiciário, em respeito à soberania nacional”.
Ele determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) adote as providências para a adoção da medida em até 24 horas.
O texto diz que o X “tem orgulho de estar de volar ao Brasil”. Além disso, afirmou que “proporcionar a dezenas de milhões de brasileiros acesso à nossa plataforma indispensável foi prioridade durante todo esse processo”.
O que foi pago?
O valor total das multas devidas pelo X envolveu R$ 18 milhões bloqueados nas contas do X e da Starlink, empresa que também é de propriedade de Elon Musk, mais R$ 10 milhões pelo acesso que foi permitido por meio da plataforma Cloudflare e R$ 300 mil aplicados contra a advogada Rachel Villa Nova, representante legal da rede.
Na petição ao STF, a X afirmou que o desbloqueio inicial foi causado por uma atualização no sistema e não por desobediência deliberada às ordens judiciais.
No final de agosto (30), Moraes retirou o X do ar após a empresa fechar seu escritório do Brasil, condição obrigatória para qualquer firma funcionar no país.
O bilionário Elon Musk, dono da rede social, anunciou o fechamento da sede da empresa no Brasil após a rede ser multada por se recusar a cumprir a determinação de retirar do ar perfis de investigados pela Corte pela publicação de mensagens consideradas antidemocráticas.