Parece que a crise que estamos atravessando já está dando sinais de melhoria. Os sinais não maravilhosos, mas já começam a surgir. Ufa. Infelizmente, existe uma inércia nesta recuperação, e ainda demora um pouco para a economia se fortalecer.
Muitas pessoas estão passando pelo “terror” do desemprego. Algumas delas pela primeira vez. Embora os profissionais mais capacitados tenham sido menos afetados, uma parcela também amargou a perda de sua posição profissional.
Uma coisa é certa: tempos de crise fazem todos repensarem sobre suas atividades profissionais e sobre suas fontes de renda; toda essa reflexão é importante.
Mesmo quem não experimentou a demissão fica na expectativa de ser o próximo a ser mandado embora, e as manobras mentais ocorrem a todo o vapor, buscando antecipar algumas soluções para o possível problema.
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Comodismo x mudança
Não adianta pensarmos o contrário. O ser humano, por natureza, gosta do conforto e comodismo. O próprio cérebro trabalha constantemente, e de forma involuntária, buscando otimizar tarefas.
Prova disso é o esforço de uma pessoa ao tentar dirigir pela primeira vez um carro manual. Depois de alguns meses de prática, faz a mesma coisa sem sequer se dar conta das manobras “automáticas” com os pedais, alavancas e direção.
Dirigir se torna algo cômodo, comum, e é possível fazer isso enquanto conversamos, ouvimos música ou pensamos no assunto da reunião do dia (nada de usar o celular, porque isso não conseguimos fazer ao mesmo tempo, como mostram inúmeras pesquisas e testes controlados).
Ir contra o movimento natural de acomodação é algo que requer esforço de nossa parte. Por isso se fala tanto hoje em dia em mudança de mentalidade (o famoso “mindset”). Estou falando da mudança dos nossos padrões de pensamento, ou simplesmente da forma como pensamos.
Leitura recomendada: Sua mentalidade, suas finanças e a sua vida: cuide dos seus pensamentos
Cuidado para não ser “atropelado”
A verdade é que está cada vez mais perigoso se tornar um acomodado. O mundo está mudando rapidamente, a tecnologia está modificando o jeito de fazermos negócios e novas profissões estão surgindo (e outras estão sendo extintas). E repito: tudo muito rapidamente.
Aqueles que continuarem sendo “lentos” ou “míopes” para esta constante transformação, enfrentarão problemas cada vez mais difíceis. E não apenas com suas fontes de renda, mas também em seus relacionamentos com as gerações mais novas e com os desafios deste novo mundo conectado.
Problemas familiares entre avôs, pais, filhos e netos são cada vez mais comuns. Por quê? Ora, os mais velhos não compreendem a forma como os mais jovens se comunicam e expressam seus pensamentos, principalmente utilizando a tecnologia.
Alguns jovens mal conseguem explicar aos seus pais que tipo de trabalho eles desenvolvem: “Pai, eu trabalho na nuvem. A empresa presta serviços de forma colaborativa e somos remunerados no modelo B2B. Nossos usuários adoram! E as empresas que nos contratam conseguem um melhor retorno em vendas do que usando a mídia tradicional”. Hein?
Não espere que um curso ou treinamento específico vá resolver um problema de defasagem tecnológica. A solução está na experimentação diária de novas ferramentas e também nas leituras sobre os mais variados assuntos.
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Mais conhecimento, mais oportunidades
Na era da informação, você precisa separar ao menos uma hora do seu dia para investir em conhecimento – que pode ser específico ou abrangente. A questão é que você precisa manter uma linha de aprendizado constante.
E veja, não estou falando de você realizar cursos tradicionais de extensão, pós-graduação ou coisas do tipo. Eles até podem ser úteis, mas estou falando de você buscar assuntos que permitam a você manter sua mente aberta para novas formas de gerar renda (seja como empregado ou com seu negócio próprio).
Um grande problema do acomodado que perde o emprego de uma hora para a outra, é que ele vai se dar conta muito tarde de que foi negligente no cuidado com a sua empregabilidade, ou seja, com a sua capacidade de impressionar recrutadores e clientes com suas habilidades e conhecimento.
Mas, ainda assim, nem tudo está perdido. Apesar de ser mais trabalhoso e de levar mais tempo, é possível adotar um modelo “intensivo” de aprendizado e recuperar este tempo.
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Prevenir é melhor que remediar
Para você que ainda mantém sua rotina de trabalho, seja como empregado ou como dono do próprio negócio, fica o alerta: seja mais observador e perceba o que está acontecendo com o mercado em que você está inserido.
Estude sobre as novas tendências, sobre os serviços de valor agregado, sobre novos softwares e aplicativos que possam ajudar no desempenho das tarefas. Aprenda a trabalhar com o digital e explore ao máximo o ambiente da internet para potencializar os seus resultados.
Se você é empregado, procure criar novas fontes paralelas de renda e também uma boa reserva financeira. Se você é o “patrão”, procure diversificar seus negócios, observando o comportamento dos clientes e a economia do país em relação ao setor que sua empresa atua.
Sempre será melhor armar um “plano B”, prevendo que os desafios virão, do que se acomodar na situação atual e ser surpreendido por uma diminuição ou interrupção abrupta de sua renda.
Leitura recomendada: Nossos empregos estão sendo eliminados. A culpa é da tecnologia?
Conclusão
Desenvolva suas habilidades como autodidata e se permita experimentar o novo. Antecipe-se às mudanças. Faça essas perguntas para você mesmo:
- O que farei se eu perder o emprego no próximo mês?
- O que farei se o lucro do meu negócio cair em 50% nos próximos 3 meses?
Pensar nisso irá ajudar você a desenvolver estratégias para a manutenção de suas fontes de renda, algo primordial para o bom andamento da sua vida financeira. Abraços e até a próxima!