O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 0,44% em julho na comparação com o mês anterior, segundo dado dessazonalizado divulgado pelo BC nesta terça-feira.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,3% no mês.
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o IBC-Br teve expansão de 0,66%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a uma alta de 3,12%, de acordo com números observados.
O IBGE informou no início do mês que o PIB do Brasil cresceu 0,9% no segundo trimestre na comparação com os três meses anteriores, em um resultado bem melhor do que o esperado, mas que ainda registrou forte desaceleração ante o ritmo do começo do ano.
Segundo semestre
O resultado também não evita a perspectiva de arrefecimento no segundo semestre, com analistas destacando os efeitos sobre a economia da política monetária ainda restritiva, embora o BC tenha reduzido a taxa básica de juros Selic de 13,75% para 13,25%.
O BC volta a se reunir para deliberar sobre a política monetária na quarta-feira, com expectativa de novo corte de 0,5 ponto percentual na taxa de juros.
Em julho, os destaques positivos foram o desempenho das vendas no varejo e de serviços. As vendas varejistas aumentaram no mês 0,7%, um resultado melhor do que o esperado, enquanto o volume de serviços cresceu pelo terceiro mês seguido.
O contraponto foi a indústria, cuja produção contraiu 0,6% em julho, mais do que o esperado.
A mais recente pesquisa Focus realizada pelo BC e divulgada na segunda-feira mostra que o mercado vem melhorando suas projeções para a expansão do PIB este ano, estimada agora em 2,89%. Para 2024 a expectativa é de crescimento de 1,50%.
Também na véspera, o Ministério da Fazenda melhorou a projeção oficial para o desempenho da atividade econômica neste ano, passando a prever um crescimento de 3,2%, contra previsão de 2,5% feita em julho.
O IBC-Br é construído com base em proxies representativos dos índices de volume da produção da agropecuária, da indústria e do setor de serviços, além do índice de volume dos impostos sobre a produção.
IBC-Br: dados históricos
Ano | Mês | Observado | Dessazonalizado |
---|---|---|---|
2022 | Jan | 131,71 | 140,29 |
Fev | 136,73 | 140,96 | |
Mar | 149,36 | 142,15 | |
Abr | 143,04 | 142,19 | |
Mai | 143,05 | 142,82 | |
Jun | 142,67 | 143,62 | |
Jul | 149,95 | 146,58 | |
Ago | 150,11 | 144,95 | |
Set | 144,80 | 144,52 | |
Out | 142,68 | 144,20 | |
Nov | 141,11 | 142,29 | |
Dez | 143,03 | 143,47 | |
2023 | Jan | 136,19 | 143,75 |
Fev | 141,26 | 148,19 | |
Mar | 158,46 | 147,83 | |
Abr | 148,66 | 149,30 | |
Mai | 146,89 | 146,57 | |
Jun | 146,05 | 146,89 | |
Jul | 150,94 | 147,53 | |
mês | … | 0,44 | |
mês ano ant. | 0,66 | … | |
trimestre | … | -0,97 | |
trim. ano ant. | 1,88 | … | |
ano | 3,21 | … | |
12 meses | 3,12 | … |