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Alíquota menor para fundos exclusivos e offshore visa incentivar atualização patrimonial, diz relator

Nós negociamos uma alíquota menor não simplesmente para passar a mão na cabeça desses investidores

por Reuters
3 min leitura
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O relator na Câmara do projeto de lei sobre taxação de fundos exclusivos e offshore, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), afirmou nesta quarta-feira que propôs uma alíquota menor para a taxação desses instrumentos para incentivar que investidores façam suas atualizações patrimoniais, não para “passar a mão na cabeça” dessas pessoas.

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Em entrevista à CNN Brasil, o deputado disse que retirou de seu parecer regra sobre o mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP) para não poluir a janela de aprovação da medida que trata dos fundos, prevista para ser analisada nesta semana pela Câmara.

Parecer apresentado na terça por Pedro Paulo propõe taxar em 6% investidores de fundos exclusivos e offshore que fizerem um acerto de contas antecipado sobre rendimentos obtidos, patamar mais baixo do que os 10% propostos pelo governo.

“Nós negociamos uma alíquota menor não simplesmente para passar a mão na cabeça desses investidores, mas pelo fato que uma alíquota menor pode gerar um incentivo para essa atualização patrimonial”, disse, argumentando que, nesse caso, o governo poderá arrecadar mais.

Cerca de 10 milhões de pessoas teriam direito a R$ 24,6 bilhões acumulados nas contas (Imagem: Reprodução/mktgraccia/Pixabay)
(Imagem: Reprodução/mktgraccia/Pixabay)

Segundo ele, a previsão é que a taxação de fundos offshore gere arrecadação de 7 bilhões de reais em 2024. Para os fundos exclusivos, a expectativa é de ganhos de 10 bilhões a 11 bilhões de reais no ano.

Ao contrário do que havia previsto anteriormente, o parecer protocolado na noite de terça-feira pelo deputado não incluiu mudanças nas regras do mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP), tema que enfrenta resistência do setor bancário.

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“Nós agora construímos um canal para reformular esse mecanismo utilizando as melhores práticas”, afirmou.

A Reuters mostrou nesta quarta-feira que o Ministério da Fazenda avalia um modelo alternativo que daria incentivo fiscal a empresas que investem em seus negócios, em substituição ao mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP), o que representaria uma mudança em relação ao plano de simplesmente extinguir o benefício dado ao instrumento.

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