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Banco Central, Copom

As previsões do mercado financeiro para a expansão da economia e o índice de inflação em 2025 foram reduzidas, de acordo com a edição desta segunda-feira (17) do Boletim Focus.

A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para este ano, a expectativa para o crescimento da economia caiu de 2,01% para 1,99%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) passou de 1,7% para 1,6%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 2% para os dois anos.

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Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,98 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 6.

Inflação

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) considerado a inflação oficial do país caiu de 5,68% para 5,66% este ano. É a primeira redução na projeção após mais de 20 elevações.

Para 2026, a projeção da inflação subiu de 4,4% para 4,48%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,78%, respectivamente.

A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Puxada pela alta da energia elétrica, em fevereiro, a inflação oficial ficou em 1,31%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Fachada do Banco Central, BC
Fachada do Banco Central (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

É o maior resultado desde março de 2022, quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%). Em 12 meses, o IPCA soma 5,06%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). 

A alta do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o BC aumentar mais uma vez os juros na reunião de janeiro, o quarto aumento seguido da Selic, que consolida um ciclo de contração na política monetária.

Em relação às próximas reuniões, o Copom já confirmou que elevará a Selic em um ponto percentual, para 14,25% ao ano, na reunião que ocorre esta semana, mas não informou se as altas continuarão na reunião de maio, apenas que observará a inflação.

Até o fim deste ano, a estimativa do mercado financeiro é que a taxa básica suba para 15% ao ano. Para 2026, 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida para 12,5% ao ano, 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

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Notas de Real

A União pagou, em fevereiro, R$ 1,33 bilhão em dívidas atrasadas de estados e municípios, segundo o Relatório de Garantias Honradas pela União em Operações de Crédito e Recuperação de Contragarantias, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Tesouro Nacional

No acumulado do ano, já são R$ 1,88 bilhões de débitos honrados de entes federados.

Em 2024, o valor chegou a R$ 11,45 bilhões de dívidas garantidas pela União.

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Do total pago no mês passado, R$ 854,03 milhões são débitos não quitados pelo estado de Minas Gerais; R$ 319,76 milhões do Rio de Janeiro; R$ 75,94 milhões de Goiás; R$ 72,95 milhões do Rio Grande do Sul; R$ 2,81 milhões do Rio Grande do Norte; e R$ 73,85 mil do município de Santanópolis (BA).

De R$ 1,88 bilhões de dívidas de entes federados honradas pela União em 2025, R$ 1,07 bilhão são de Minas Gerais; R$ 399,73 milhões do Rio de Janeiro; R$ 150,10 milhões de Goiás; R$ 149,76 milhões do Rio Grande do Sul; R$ 109,73 milhões do Rio Grande do Norte; e R$ 140 mil de Santanópolis (BA).

Desde 2016, a União pagou R$ 77,32 bilhões em dívidas garantidas. Além do relatório mensal, o Tesouro Nacional disponibiliza os dados no Painel de Garantias Honradas.

As garantias representam os ativos oferecidos pela União representada pelo Tesouro Nacional para cobrir eventuais calotes em empréstimos e financiamentos dos estados, municípios e outras entidades com bancos nacionais ou instituições estrangeiras, como o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Como garantidora das operações, a União é comunicada pelos credores de que não houve a quitação de determinada parcela do contrato.

Recuperação de garantias

Caso o ente não cumpra suas obrigações no prazo estipulado, o Tesouro compensa os calotes, mas desconta o valor coberto de repasses federais ordinários como receitas dos fundos de participação e compartilhamento de impostos, além de impedir novos financiamentos.

Sobre as obrigações em atraso incidem ainda juros, mora e outros encargos previstos nos contratos de empréstimo, também pagos pela União.

contas, dinheiro , importações e exportações
(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Há casos, entretanto, de bloqueio na execução das contragarantias pela adoção de regimes de recuperação fiscal, por meio de decisões judiciais que suspenderam a execução ou por legislações de compensação das dívidas.

Dos R$ 77,32 bilhões honrados pela União, cerca de R$ 68,11 bilhões se enquadram nessas situações.

Desde 2016, a União recuperou R$ 5,68 bilhões em contragarantias.

Os maiores valores são referentes a dívidas pagas pelos estados do Rio de Janeiro (R$ 2,77 bilhões) e de Minas Gerais (R$ 1,45 bilhão), além de outros estados e municípios. Em 2025, a União já recuperou R$ 116,13 milhões em contra garantias.

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Planos de Saúde

O Instituto de Defesa de Consumidores (Idec) protocolou uma ação civil pública contra a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e a proposta de criação de planos de saúde que cubram apenas consultas e exames eletivos.

Segundo o Idec, a medida que permitiria adotar um “ambiente regulatório experimental” chamada de sandbox regulatório e base para a proposta de planos com menor cobertura foi aprovada mediante irregularidades.

Na ação, apresentada na última semana, o instituto pede a anulação da Resolução Normativa nº 621, que regulamenta o sandbox.

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A ANS afirma que não foi notificada e que não comenta ações judiciais em andamento. A agência diz que, caso seja notificada, “apresentará as informações necessárias para demonstrar a absoluta lisura de suas decisões”.

Pedido de anulação

O Idec afirma que a ANS aprovou a normativa de sandbox às pressas, dispensando a realização da análise de impacto regulatório (AIR), “procedimento essencial e obrigatório para entender o impacto que a nova regulação terá no setor”, em especial os riscos aos consumidores que contratam planos de saúde.

“A lei que autoriza as agências reguladoras a abrirem processos de sandbox regulatório determina que a inovação é requisito indispensável para ser observado. No entanto, o tipo de plano proposto pela ANS não traz qualquer inovação ao setor de planos de saúde. Trata, na realidade, de um pleito antigo das operadoras de saúde”, acrescenta o Idec em comunicado.

O instituto defende que a proposta viola a Lei de Planos de Saúde (Lei 9.656/1998), em especial os artigos 10 e 12, que estipulam os procedimentos que devem ou não ser cobertos, e prioriza os interesses das empresas.

“Medidas como essa criam a expectativa enganosa de que as pessoas terão suas necessidades de saúde atendidas. Na prática, a proposta ampliará problemas que já existem hoje, como negativas de cobertura, reajustes descontrolados, cancelamentos sem motivo, piora na rede credenciada e na qualidade dos serviços”, afirma Lucas Andrietta, coordenador do programa de Saúde do Idec, em nota.

‘Competência para decidir’

A ANS afirma que tem competência para decidir sobre o estabelecimento de subsegmentações nos tipos de planos definidos na Lei 9.656/1998, “sendo certo que a proposta para a avaliação de um produto com consultas estritamente eletivas e exames não viola a Lei de Planos de Saúde”.

Planos de Saúde
(Imagem: Depositphotos)

A agência argumenta que consultou a Procuradoria-Geral Federal e que “não há impedimentos jurídicos quanto a possibilidade de a ANS regulamentar a subsegmentação”.

A ANS destaca ainda que a medida é inovadora ao alcançar uma parte nova do mercado, “disciplinando agentes econômicos que nunca foram alcançados pela regulação”, e que a proposta segue recebendo contribuições por meio de uma consulta pública.

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Lula

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúnem na manhã desta segunda-feira, 17, e devem tratar sobre o projeto de lei (PL) de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil.

A informação foi confirmada pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

O projeto, que amplia a isenção e traz as medidas de compensação, deve ser enviado na terça-feira, 18, ao Congresso Nacional.

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Na reunião desta manhã, participam também o secretário-executivo da Pasta, Dario Durigan, e o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas.

Segundo apuração da reportagem, o envio do projeto deve acontecer na terça com a presença dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Haddad anunciou a medida no final do ano passado, em pronunciamento na televisão aberta, e a proposta chegou a ser detalhada em novembro de 2024, quando o governo apresentou o pacote de contenção de gastos, mas o projeto voltou para análise do Fisco para recalibragem na parte da tributação de empresas.

Na época, como forma de compensar a perda de receita com a ampliação da faixa de isenção da tabela do IR, o governo também anunciou uma taxação para quem ganha acima de R$ 50 mil por mês

Em fevereiro, em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, Lula disse ter certeza de que o Congresso vai aprovar o projeto que aumenta a faixa de isenção do IR.

O chefe do Executivo reforçou que o Ministério da Fazenda e a Receita Federal elaboraram uma medida que compense a renúncia de receita com o aumento da faixa de isenção e que essa conta recairá sobre “pessoas mais ricas”.

Segundo ele, o objetivo é fazer “justiça social”.

(Com Estadão Conteúdo)

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Alimentos saudáveis

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,95% na segunda quadrissemana de março, após registrar alta de 1,22% na primeira quadrissemana, informou nesta segunda-feira, 17, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumula alta de 4,91% em 12 meses.

Nesta leitura, quatro das oito classes de despesas desaceleraram em relação à quadrissemana anterior: Habitação (3,40% para 2,28%), Transportes (1,14% para 0,81%), Despesas Diversas (0,85% para 0,56%) e Vestuário (0,30% para 0,24%).

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Houve, por outro lado, acréscimo em Alimentação (1,34% para 1,49%), Educação, Leitura e Recreação (-1,96% para -1,74%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,53% para 0,57%) e Comunicação (0,40% para 0,59%).

Influências

As principais influências para baixo nesta leitura do IPC-S partiram de passagem aérea (-15,20% para -14,23%), móveis para residência (-0,85% para -0,99%), maçã (-3,95% para -4,53%), banana nanica (-7,18% para -6,20%) e arroz (-1,08% para -1,10%)

Na outra ponta, puxaram o índice para cima tarifa de eletricidade residencial (13,19% para 8,33%), aluguel residencial (3,48% para 3,10%), gasolina (2,55% para 1,52%), ovos (17,01% para 20,99%) e café em pó (11,67% para 9,55%).

(Com Estadão Conteúdo)

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Maços de notas de 100 dólares

O dólar (USDBRL) recua na manhã desta segunda-feira, 17, em linha com o exterior e após o IBC-BR de janeiro superar o teto das projeções do mercado.

O real e alguns pares emergentes se beneficiam dos dados positivos de atividade da China e adoção de novos estímulos ao consumo e renda no país.

O Itaú Unibanco (ITUB4) reduziu sua projeção para o IPCA 2025, de 5,8% para 5,7%, e para a taxa Selic ao final do ciclo de alta. A estimativa passou de 15,75% para 15,25% ao ano, ao fim do primeiro semestre de 2025.

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Segundo o banco, o processo de expansão do juro básico deve seguir avançando em terreno contracionista, mas será menos extenso. Para 2026, a instituição estima Selic cedendo para 13,25% ao ano no primeiro semestre.

“Dada a acomodação da taxa de câmbio em níveis mais apreciados, o BC deve optar por um ciclo um pouco menor”, afirma o economista-chefe do Itaú, Mario Mesquita.

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,95% na segunda quadrissemana de março, após registrar alta de 1,22% na primeira quadrissemana.

Com o resultado, o índice acumula alta de 4,91% em 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

No radar estão ainda dados econômicos dos EUA do varejo e indústria (9h30), os desdobramentos da política tarifária do presidente americano, Donald Trump, e as negociações para um cessar-fogo na Ucrânia.

Notas de dólar
Notas de dólar (Imagem: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)

Os investidores também esperam as decisões de juros do Copom, Federal Reserve, Banco do Japão e Banco do Povo da China, na Super-Quarta, dia em que poderá ser votado o projeto de lei orçamentária (PLOA) de 2025 pelo Congresso.

Após rumores de adiamento na sexta-feira, 14, a apresentação da peça orçamentária deve ocorrer a partir desta terça-feira, apurou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

E o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), Júlio Arcoverde, confirmou que a proposta do governo deve ser votada entre terça e quarta-feira.

O governo Trump reiterou a adoção de “tarifas recíprocas” em 2 de abril e há expectativas de manutenção de juros pelo Federal Reserve à faixa de 4,25% a 4,50% na quarta, quando o Copom poderá elevar a taxa Selic em 1 ponto porcentual, a 14,25% ao ano.

Analistas afirmam que essa perspectiva pode beneficiar a atratividade do “carry trade” ao investidor estrangeiro e o real.

(Com Estadão Conteúdo)

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Eua

As vendas no varejo dos Estados Unidos subiram 0,2% em fevereiro ante janeiro, para US$ 722,7 bilhões, segundo dados com ajustes sazonais divulgados pelo Departamento do Comércio do país nesta segunda-feira, 17.

O resultado, porém, ficou abaixo da expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta de 0,7% das vendas no período.

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Excluindo-se automóveis, as vendas no setor varejista americano cresceram 0,3% no confronto mensal de fevereiro.

Na comparação anual, as vendais totais do varejo nos EUA aumentaram 3,1% em fevereiro.

O dado mensal das vendas de janeiro foi revisado, passando a mostrar queda de 1,2%.

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Banco Central, BC, Selic

Os juros futuros sobem na manhã desta segunda-feira, 17, com mais força nos curtos, após o IBC-Br ter subido 0,89% em janeiro, acima do teto das estimativas (+0,7%).

No restante da curva as taxas também avançam, em meio à expectativa sobre votação do Orçamento.

O projeto da Lei de Orçamento Anual (LOA) de 2025 pode ser votado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) na terça-feira, 18, seguido de apreciação no plenário do Congresso, na quarta-feira (19).

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O movimento dos juros vai na contramão do recuo do dólar e dos rendimentos dos Treasuries.

Às 9h08, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 subia a 14,770%, de 14,671% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 ia para 14,580%, de 14,526% no ajuste anterior.

O vencimento para janeiro de 2029 subia para 14,475%, de 14,421% no ajuste de sexta-feira (14).

(Com Estadão Conteúdo)

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Sede do Banco Central, em Brasília

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 5,68% para 5,66%. Agora, está 1,16 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%.

Um mês antes, estava em 5,60%. Considerando só as 117 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 5,60% para 5,68%.

A partir deste ano, a meta passa a ser contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.

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Na ata da sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou que o cenário para a inflação de curto prazo é adverso, com destaque para a alta dos preços de alimentos, influenciados pela estiagem e o ciclo do boi e com tendência de propagação. Os bens industriais são pressionados pelo câmbio.

“Em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em 12 meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”, disse o Copom.

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu de 4,40% para 4,48%, após duas semanas de estabilidade. Um mês antes, estava em 4,35%. Considerando apenas as 113 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 4,26% para 4,50%.

O Copom aumentou a taxa Selic de 12,25% para 13,25% em janeiro e sinalizou uma alta de mesma magnitude na reunião desta quarta-feira, 19.

O horizonte relevante do BC é o terceiro trimestre de 2026, quando o Copom espera uma inflação de 4,0%, considerando o cenário de referência. A projeção para o IPCA de 2025 é de 5,2%. O balanço de riscos do comitê está assimétrico para cima.

A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela quarta semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 subiu de 3,75% para 3,78%. Um mês antes, era de 3,80%.

Selic 

A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15% pela décima semana seguida, às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira, 19.

No último encontro, de janeiro, o colegiado aumentou os juros em 1 ponto porcentual e sinalizou elevação da mesma magnitude em março, de 13,25% para 14,25%.

Considerando apenas as 100 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 também permaneceu em 15,0%.

Banco Central, Copom
(Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

A mediana para a Selic no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela sétima semana consecutiva. Levando em conta apenas as 95 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 12,50%.

A estimativa intermediária para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela quinta semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 12ª semana consecutiva.

Na ata da reunião de janeiro, o Copom reforçou o forward guidance de elevação da Selic em 1 ponto em março. Para além da reunião desta quarta-feira, a magnitude total do ciclo será “ditada pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta”, disse o colegiado.

PIB

A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 caiu de 2,01% para 1,99%, após quatro semanas de estabilidade.

Considerando apenas as 75 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária cedeu de 2,01% para 1,98%. Os dados forma divulgados nesta segunda-feira, 17.

O PIB brasileiro cresceu 0,2% no quarto trimestre do ano passado abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 0,4%. No acumulado de 2024, a economia teve alta de 3,4%. O carrego estatístico para 2025 é positivo em 0,8%.

A maioria dos indicadores de atividade de alta frequência compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teve desempenho abaixo do esperado em janeiro.

A produção industrial teve variação zero, enquanto o mercado previa alta de 0,4%. O volume de serviços caiu 0,5%, ante mediana de alta de 0,1%.

Em contrapartida, as vendas do varejo ampliado cresceram 2,3%, acima da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, de 1,7%.

Fachada do Banco Central, BC
Fachada do Banco Central (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 caiu de 1,70% para 1,60%, após quatro semanas de estabilidade. Considerando só as 70 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, caiu de 1,70% para 1,56%.

A mediana para o crescimento do PIB de 2027 permaneceu em 2,0%. Um mês antes, era de 1,98%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável em 2,0% pela 53ª semana seguida.

O Banco Central espera que a economia brasileira cresça 2,10% este ano, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

Veja o documento:

(Com Estadão Conteúdo)

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Ásia, Mercados

As bolsas asiáticas fecharam em alta nesta segunda-feira, após dados econômicos positivos da China, embora tenham apagado boa parte dos ganhos de mais cedo após o presidente dos EUA, Donald Trump, dizer que seguirá impondo mais tarifas.

Liderando o movimento na Ásia, o índice sul-coreano Kospi avançou 1,73% em Seul, a 2.610,69 pontos, com a ajuda de ações de eletrônicos e ligadas à tecnologia, enquanto o japonês Nikkei subiu 0,93% em Tóquio, a 37.396,52 pontos, o Hang Seng mostrou alta de 0,77% em Hong Kong, a 24.145,57 pontos, e o Taiex registrou ganho de 0,69% em Taiwan, a 22.118,63 pontos.

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Na China continental, os mercados tiveram altas apenas modestas, de 0,19% no caso do Xangai Composto, a 3.426,13 pontos, e de 0,14% no do menos abrangente Shenzhen Composto, a 2.112,30 pontos.

No primeiro bimestre, a indústria e o setor varejista chineses tiveram desempenho melhor do que o esperado. Além disso, o governo chinês anunciou um plano de iniciativas com o objetivo de impulsionar o consumo na segunda maior economia do mundo.

Embora o apetite por risco tenha prevalecido na Ásia, as bolsas perderam força ao longo do pregão após Trump reiterar que irá adiante com o plano de adotar as chamadas “tarifas recíprocas”, no dia 2 de abril, apesar de temores sobre seu impacto econômico e no mercado financeiro.

Em entrevista à NBC, exibida no fim de semana, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse não estar preocupado com o recente tombo do mercado acionário americano em meio a incertezas sobre a guerra tarifária deflagrada por Trump

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo segundo pregão consecutivo, com avanço de 0,83% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.854,10 pontos.

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Ouro Mercados

O ouro (GOLD) fechou em alta, acima dos US$ 3.000 pela primeira vez, com a crescente incerteza econômica e geopolítica. A intensificação das tensões comerciais entre os EUA e a União Europeia, com ameaças de tarifas elevadas, ampliou os riscos econômicos, incentivando os investidores a buscar o metal precioso como ativo seguro.

Além disso, preocupações com a desaceleração da economia dos EUA e possíveis cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) impulsionaram ainda mais a demanda por ouro.

O contrato de ouro para abril encerrou a sessão com alta de 0,33%, a US$ 3.001, por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

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Na máxima intraday, o metal atingiu US$ 3.017,10 a onça-troy. Na semana, o ouro avançou 2,8%.

Para o ING, a demanda por ouro foi elevada durante a semana devido à “incerteza sobre o comércio e as tarifas continuando a impulsionar os preços do ouro – e se as tensões comerciais se intensificarem e mais medidas retaliatórias forem adotadas, a demanda por ouro como ativo seguro continuará”.

John Reade, estrategista de mercado do World Gold Council, destaca que os fatores de longo prazo seguem influenciando o mercado. A crescente demanda dos bancos centrais tem sido crucial para o aumento do preço do ouro, à medida que esses países diversificam suas reservas em resposta a esforços de desdolarização, sanções e preocupações com a inflação.

“À medida que a fragmentação global continua, a compra dos bancos centrais permanecerá como um pilar forte da demanda e moldará as dinâmicas de longo prazo do mercado”, afirma Reade.

O avanço do metal precioso também foi impulsionado por dados recentes de inflação, que vieram mais fracos do que o esperado pelo mercado. Esse cenário reforça as apostas de que o Fed pode adotar uma postura mais branda na política monetária, o que beneficiaria o ouro, pois o ativo não oferece rendimento.

Além disso, a demanda pelo metal como refúgio seguro aumentou diante da recente volatilidade do mercado.

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Natura Avon

O quarto trimestre de 2024 trouxe resultados abaixo das expectativas para a Natura (NTCO3), com receitas acima do projetado, mas impactadas por “custos de transformação” e despesas relacionadas à Avon International, conforme análises do banco Safra e da XP Investimentos. As ações derretem quase 30% em reação ao resultado.

Segundo os analistas Vitor Pini, Renan Sartorio e Tales Granello, do Safra, “este foi um resultado negativo para a Natura no quarto trimstre”. O crescimento da receita líquida de 63% em relação ao ano anterior foi compensado por margens pressionadas e um Ebitda contábil negativo de R$ 140 milhões. Além disso, as despesas não recorrentes somaram R$ 820 milhões, incluindo R$ 472 milhões ligados ao Capítulo 11 da API.

Do lado da XP Investimentos, Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer destacaram que “a lucratividade foi o ponto negativo”. A margem bruta caiu 20 pontos-base, enquanto a margem Ebitda ajustada recuou 2 pontos percentuais, influenciada pela reclassificação de investimentos em TI e royalties da Avon.

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A marca Natura apresentou desempenho positivo, com crescimento de 21,1% no Brasil e 33,5% na América Latina Hispânica, conforme os dois relatórios. No entanto, os analistas do Safra ressaltam que “o bom desempenho da Natura não foi suficiente para compensar os resultados arrastados da Avon”, que registrou queda nas vendas em mercados-chave.

Para a XP, o cenário da Avon é ainda mais preocupante. “A Avon CFT teve um desempenho mais ameno, com o Brasil estável e quedas significativas na América Latina Hispânica”, afirmam os analistas da corretora. Especificamente, sem a Argentina, as vendas teriam caído 16,5%.

Natura
(Imagem: Gustavo Kahil/ Dinheirama)

Outro ponto destacado pelos dois bancos foi a redução no número de consultores. O Safra aponta uma queda de 10,6% no total de consultores ativos, enquanto a XP observa que a base “permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, embora ainda esteja em declínio anual”. Ambos atribuem isso à implementação da Onda 2, estratégia que busca aumentar a produtividade individual.

Os custos de transformação continuam pesando nos resultados. Para o Safra, “esses custos, que somaram R$ 260 milhões no trimestre, devem persistir em 2025”. A XP complementa, afirmando que “investimentos em TI, migração de fábricas e a expansão da Onda 2 continuarão pressionando as margens”.

Apesar dos desafios, houve avanços no fluxo de caixa. O Safra destaca que “a dívida líquida diminuiu substancialmente, principalmente pela eliminação de R$ 681 milhões em dívidas intercompanhias”. Já a XP menciona que, excluindo os efeitos da API, o fluxo de caixa livre ficou positivo em R$ 260 milhões.

Sobre a Avon Internacional, os analistas concordam que os resultados seguem pressionados. O Safra avalia que “ainda há incertezas sobre a possível venda ou descontinuação do ativo”, enquanto a XP aponta que “uma reestruturação acelerada está sendo planejada para minimizar desembolsos de caixa”.

As análises também destacam aspectos promissores. O Safra cita “despesas de holding em queda” e “ganhos logísticos esperados para 2025”, enquanto a XP menciona “resultados promissores em categorias como maquiagem e cuidados com a pele”.

Por fim, ambos os bancos mantêm uma visão cautelosa. O Safra reitera sua recomendação neutra, citando “uma avaliação cara de 12,4 vezes o múltiplo sobre o preço sobre o lucro (P/L) projetado para 2025”. A XP, por sua vez, enfatiza que “a administração precisa entregar melhorias consistentes em receita, margens e fluxo de caixa livre para recuperar a confiança dos investidores”.

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Bandeira da China

Os bancos da China reduziram drasticamente a concessão de empréstimos em fevereiro, após o recorde do mês anterior, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 14, pelo PBoC, como é conhecido o banco central do país. Em fevereiro, os bancos chineses liberaram 1,01 trilhão de yuans (US$ 139,7 bilhões) em novos empréstimos, após repassarem o valor recorde de 5,13 trilhões de yuans em janeiro.

O valor de fevereiro ficou abaixo da expectativa de economistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam 1,23 trilhão de yuans em empréstimos.

O financiamento social total, uma medida mais ampla do crédito na economia chinesa, diminuiu para 2,23 trilhões de yuans em fevereiro, ante 7,06 trilhões de yuans em janeiro.

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A base monetária da China (M2), por sua vez, teve acréscimo anual de 7% em fevereiro, repetindo a variação de janeiro e em linha com o consenso do mercado.

Mais cedo, o regulador financeiro chinês orientou os bancos domésticos a ampliarem a concessão de crédito, como parte de esforços para impulsionar o consumo.

Medidas de crédito

A iniciativa é o mais recente esforço do Partido Comunista chinês para impulsionar a confiança de consumidores que têm optado por economizar em vez de gastar, em meio a preocupações com a situação do mercado de trabalho e as perspectivas econômicas.

Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, 14, o regulador financeiro chinês orientou os bancos domésticos a ampliar a concessão de crédito e buscar maneiras de ajudar clientes que enfrentam dificuldades para pagar empréstimos. As bolsas da China fecharam em forte alta após a diretriz do regulador.

Há expectativas de que autoridades chinesas anunciem medidas de incentivo ao consumo durante coletiva de imprensa na segunda-feira (17).

(Com Estadão Conteúdo)

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B3

O time de análise do BB Investimentos abriu uma recomendação de compra para as ações da B3 (B3SA3) em uma estratégia de swing trade, mostra um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (14).

“Vimos o acionamento de nova operação de compra segundo o algoritmo apenas três dias após uma venda, levando em consideração uma oscilação forte na véspera por conta de noticiário corporativo”, apontam os analistas Rafael Reis e William Bertan.

Segundo eles, apesar de vir imbuída de risco mais elevado por conta de tal volatilidade, não se pode descartar a possibilidade de continuidade do movimento de alta. “Sendo assim, sugerimos nova compra”, concluem.

Gráfico da B3SA3

Gráfico 1667
(Imagem: BB Investimentos)

Metodologia:

Ao atingir o 1° objetivo, sugerimos a realização de 50% da operação. Na escolha de permanecer em busca do segundo objetivo, sugerimos o ajuste do stop loss para o preço de entrada.

Ao atingir o 2° objetivo, o investidor deverá encerrar a operação e consolidar o resultado auferido. Para operações de compra, o investidor deverá vender as ações adquiridas, enquanto para as operações de venda, deverá comprar as ações vendidas.

É indispensável verificar o preço de entrada no intervalo sugerido acima, devendo desconsiderar a operação caso ele já tenha sido atingido e/ou superado, bem como os pontos de objetivo e stop loss. Ressaltamos que as operações no mercado de renda variável podem apresentar em qualquer situação risco de perda financeira a qualquer momento, proveniente de alterações de cenários políticos e econômicos, desempenho ou fato relevante da empresa emissora, oscilação de bolsas e moedas, notícias, oferta e demanda do papel entre diversos outros fatores, não havendo qualquer garantia de resultado na oportunidade indicada.

Os valores e percentuais acima indicados, não consideram custos de corretagem, emolumentos e eventuais taxas cobradas pela Ágora Investimentos conforme a operação que consta na tabela de tarifas disponível no site ou app, bem como o Imposto de Renda de responsabilidade do cliente em eventuais ganhos conforme legislação fiscal vigente.

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Varejo

As vendas do comércio varejista caíram 0,1% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal, informou nesta sexta-feira, 14, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado contrariou a mediana das estimativas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 0,2%. O intervalo de previsões ia de queda de 0,5% a alta de 2,5%.

Na comparação com janeiro de 2024, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 3,1% em janeiro de 2025. Nesse confronto, as projeções iam de uma queda de 0,2% a avanço de 7,0%, com mediana positiva de 3,5%.

Em 12 meses, o varejo acumulou alta de 4,7%.

Quanto ao varejo ampliado – que inclui as atividades de material de construção, veículos e atacado alimentício -, as vendas subiram 2,3% em janeiro ante dezembro, na série com ajuste sazonal. O resultado superou a mediana das previsões de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que apontava alta de 1,7%. O intervalo das estimativas ia de queda de 0,2% a alta de 3,2%.

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Na comparação com janeiro de 2024, sem ajuste, as vendas do varejo ampliado tiveram alta de 2,2% em janeiro de 2025. Nesse confronto, as projeções variavam de uma redução de 1,3% a aumento de 3,6%, com mediana positiva de 1,7%.

Em 12 meses, as vendas subiram 3,8%.

Dívida líquida

A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) caiu pelo segundo mês consecutivo, de 76,1% em dezembro para 75,3% em janeiro, informou o Banco Central nesta sexta-feira, 14. Em reais, a DBGG passou de R$ 8,984 trilhões para R$ 8,940 trilhões.

O pico da série da dívida bruta foi alcançado em dezembro de 2020 (87,6%), devido às medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19. No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.

A DBGG que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o BC e as empresas estatais é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.

A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) que leva em conta as reservas internacionais do Brasil caiu de 61,2% do PIB em dezembro para 60,8% em janeiro. Em reais, atingiu R$ 7,221 trilhões.

Mercados Ações Carteiras
(Imagem: PromeAI/ Dinheirama)

Reação dos mercados

Os juros futuros operam ao redor da estabilidade na manhã desta sexta-feira, 14, após indicadores, com dólar (USDBRL) em queda e rendimentos dos Treasuries em alta. As vendas no varejo restrito caíram 0,1% em janeiro, contrariando previsão de alta de 0,2%. No ampliado, houve alta de 2,3%, bem acima da mediana de 1,7%. O Ibovespa (IBOV) iniciou o dia em alta de 0,5%.

Já o setor público consolidado mostrou superávit primário de R$ 104,096 bilhões em janeiro, um recorde para o mês e acima da mediana estimada (+R$ 101,80 bilhões).

Às 9h20 desta sexta-feira, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 marcava 14,740%, de 14,730% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 estava em 14,510%, de 14,500%, e o para janeiro de 2029 ia para 14,395%, de 14,422% no ajuste de quinta-feira, 13.

(Com Estadão Conteúdo)

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Mercados Ibovespa Ações, Focus

As negociações do Ibovespa futuro (WIN1) apontam para uma abertura em alta nesta sexta-feira (14) de aproximadamente 0,5%. Os investidores acompanham as medidas da China para impulsionar o consumo, que diminuíram as tensões sobre a guerra comercial.

Segundo os analistas da Ágora Investimentos, o Ibovespa se descolou do exterior e, ao final da sessão, consolidou o rompimento dos 125.030 pontos, mas parou testando sua média de 21 períodos em conjunto com sua antiga Linha de Tendência de Alta (LTA).

“Caso renove sua máxima anterior, próximo alvo fica marcado aos 127.249, região que passa sua média de 200 períodos”, opinam os analistas.

Calendário Econômico fornecido por Investing.com Brasil, o portal líder financeiro.

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, uma vez que medidas da China para impulsionar o consumo se sobrepuseram a preocupações sobre a guerra tarifária deflagrada pelo governo Trump.

Entre os mercados chineses, o índice Xangai Composto subiu 1,81%, a 3.419,56 pontos, atingindo o maior patamar este ano, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,05%, a 2.109,37 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng teve desempenho semelhante, com ganho de 2,12%, a 23.959,98 pontos.

O regulador financeiro da China divulgou comunicado hoje orientando bancos e outras instituições financeiras a incentivar o financiamento de consumo e o uso de cartões de crédito, como parte de uma campanha para encorajar a população da segunda maior economia do mundo a gastar mais. A iniciativa veio dias após o fim da reunião anual do congresso chinês. Há expectativas também de que Pequim anuncie políticas para impulsionar o consumo em coletiva de imprensa na segunda-feira (17).

Em outras partes da Ásia, o índice japonês Nikkei teve alta de 0,72% em Tóquio, a 37.053,10 pontos, e o Taiex registrou ganho marginal de 0,03% em Taiwan, a 21.968,05 pontos. Na contramão, o sul-coreano Kospi caiu 0,28% em Seul, a 2.566,36 pontos.

Em dia de apetite por risco, os desdobramentos da política tarifária dos EUA ficaram em segundo plano. Ontem, o presidente Donald Trump ameaçou tarifar bebidas destiladas da União Europeia em 200%, em resposta a uma tarifa de 50% imposta pelo bloco ao uísque americano.

Na Oceania, a bolsa australiana seguiu o bom humor da Ásia, e o S&P/ASX 200 avançou 0,52% em Sydney, a 7.789,70 pontos, interrompendo uma sequência de três pregões negativos.

Europa

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta sexta-feira, revertendo o tom negativo da abertura dos negócios e ensaiando recuperação de perdas de ontem, enquanto investidores seguem monitorando desdobramentos da guerra comercial deflagrada pelo governo Trump e a possibilidade de paz na Ucrânia

Por volta das 6h45 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,41%, a 542,63 pontos. Na semana, porém, o Stoxx 600 acumula queda de mais de 2%, em meio a incertezas sobre a política tarifária de Washington.

Ontem, o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçou tarifar bebidas destiladas da União Europeia em 200%, em resposta a uma tarifa de 50% imposta pelo bloco ao uísque americano.

Em entrevista à BBC, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que é preciso “sentar e negociar” com os EUA sobre tarifas e que uma disputa comercial prejudicará a economia global.

(Com Estadão Conteúdo)

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Dólar EUA

Estamos há uns 15 dias de queda no mercado americano, e o distanciamento do buy-back de ações preocupa algumas pessoas. Embora nada esteja tão ruim que não possa piorar, será que está tão ruim assim?

O excepcionalismo americano

Para entendermos um pouco melhor, vamos mergulhar no conceito de “excepcionalismo americano”, que se refere à crença de que os Estados Unidos possuem características únicas que os distinguem de outras nações, seja em termos de valores, sistema político ou desempenho econômico. Nos anos de 2023 e 2024, esse conceito foi amplamente discutido, especialmente no contexto econômico.

Em 2023, a economia dos EUA cresceu 2,5%, superando a média de 2,2% da América Latina e os modestos 0,5% da zona do euro. Para 2024, as projeções indicavam a continuidade desse desempenho, com os EUA mantendo uma taxa de crescimento de 2,5%, enquanto a zona do euro e a América Latina esperavam crescimentos de 0,5% e 2,0%, respectivamente. Esse desempenho superior reforçou a percepção do “excepcionalismo americano” na economia global.

Olhando para a média linear do PIB anualizado dos EUA, o mercado segue acima da média linear ao final de 2024 e, pelas prévias de 2025, permanecerá acima da média, mas nada muito impressionante.

Até quando isso pode durar?

No entanto, no início de 2025, surgiram discussões sobre possíveis desafios ao excepcionalismo econômico dos EUA. Analistas apontaram sinais de desaceleração econômica e ressaltaram a necessidade de medidas excepcionais para manter o desempenho superior.

A reeleição de Donald Trump em 2024 trouxe debates sobre o impacto de suas políticas no excepcionalismo americano. Alguns analistas expressaram preocupações de que as incertezas políticas e questionamentos sobre o respeito ao Estado de Direito poderiam afetar a previsibilidade e a estabilidade econômica dos EUA.

A prova disso é a recente queda no índice do dólar americano e uma compra agressiva impulssionando a cotação do ouro. O ouro é um ativo que mostra alta antifragilidade, pois tende a valorizar-se em períodos de incerteza econômica e geopolítica, visto que tem um certo nível de descentralização, poder de compra intrínseco e é deflacionário.

Durante o excepcionalismo americano, os investidores buscaram investir nos EUA, de forma ampla, mas principalmente em mercados de risco. Particularmente de 2020 a 2023, o ouro permaneceu estável, sem grandes ganhos de valor. A partir de 2023 até o momento, o ouro valorizou-se praticamente 100%, enquanto o mercado acionário também cresceu. Ao mesmo tempo, vimos o índice do dólar ganhar força no período, assim como os títulos de renda fixa americanos acumularem valorização no yield, um fenômeno que só pode ser explicado pelo excepcionalismo americano.

A normalização dos fluxos de dinheiro

À medida que o mundo retorna à normalidade no que toca ao controle inflacionário, ao controle dos gastos públicos e à redução das taxas básicas de juros, a tese do excepcionalismo americano perde força e se transforma em medo. A busca por segurança e a saída parcial dos mercados americanos, impulsionadas por uma política comercial agressiva que protege o mercado interno, indicam uma trajetória de reversão e prejudicam parceiros comerciais.

Aos poucos, as correlações voltam a se comportar em cenários normais de risk-on e risk-off, à medida que os EUA deixam de ser favoritos.

Não, isso não significa o fim dos investimos nos EUA, é realmente a normalização da distribuição financeira no mundo. Seria um sonho para a bolsa brasileira?

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Trump Wall Street Ações Bolsas

A recente turbulência nos mercados globais, com o S&P 500 (SPXUSD) recuando 8,7% e o Nasdaq (IXIC) caindo 12,4% em relação aos picos recentes, foi impulsionada por quatro fatores principais, segundo análise da gestora AllianceBernstein divulgada nesta quinta-feira (13). “A introdução e o adiamento de tarifas contra Canadá e México aumentaram as preocupações com os lucros corporativos e a incerteza política”, destacou a gestora em relatório. Essa volatilidade tem dificultado a capacidade das empresas de planejar investimentos e contratações, elevando o prêmio de risco exigido pelo mercado.

A AllianceBernstein apontou que as tarifas propostas pelo governo de Donad Trump podem reduzir o crescimento esperado dos lucros corporativos em dois a oito pontos percentuais, dependendo de sua abrangência e duração. “A reintrodução e o novo adiamento das tarifas geraram incertezas adicionais, tornando o cenário de política econômica menos estável”, explicou a gestora. Essa instabilidade tem pressionado os múltiplos de valuation, já que os investidores demandam um prêmio maior para assumir riscos.

Outro fator contribuinte para a volatilidade é o desalavancamento de fundos hedge de ações long/short. “Esses fundos têm reduzido riscos, causando movimentos técnicos em ações que estavam superlotadas, independentemente de seus fundamentos”, observou a AllianceBernstein. Esse reposicionamento tem gerado ciclos de movimentos de mercado impulsionados mais por ajustes de posições do que por fundamentos econômicos.

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Trump put

Comentários do presidente Donald Trump sobre o risco de uma recessão em 2019 também impactaram o mercado. “As declarações de Trump sobre um ‘período de transição’ foram interpretadas como uma redução na probabilidade de mudanças na política econômica, mesmo diante de uma queda no mercado”, destacou a gestora. Essa percepção diminuiu a expectativa de um “Trump put”, ou seja, a ideia de que o governo interviria para sustentar o mercado em caso de quedas acentuadas.

A expressão faz referência ao conceito financeiro de “put option” (opção de venda), que protege investidores contra quedas acentuadas nos preços dos ativos. No caso do Trump Put, a ideia era que, sempre que o mercado entrasse em forte correção, Trump tomaria medidas para impulsionar os preços das ações, como afrouxamento de tarifas, incentivos fiscais ou estímulos econômicos.

A AllianceBernstein reforçou a importância da diversificação em tempos de volatilidade. “Enquanto o S&P 500 caiu 4,5% no ano, títulos municipais subiram 1,5% e ações internacionais desenvolvidas avançaram 9,1%”, ressaltou a gestora. A diversificação tem funcionado como uma estratégia eficaz para mitigar riscos em um cenário de incertezas políticas e econômicas.

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    Pão de Açúcar, GPA

    A Fitch Ratings afirmou o Rating Nacional de Longo Prazo ‘AA(bra)’ da Companhia Brasileira de Distribuição S.A. (CBD), dona do Pão de Açúcar (PCAR3), mas revisou a perspectiva para negativa, refletindo preocupações com a lenta recuperação da geração de caixa operacional da empresa.

    A revisão da perspectiva, segundo a Fitch, “reflete frustações sobre a esperada recuperação da geração de caixa operacional da CBD, decorrente de elevado consumo com pagamento de juros e contingências, que resultará em desalavancagem mais lenta que o esperado e em fluxos de caixa livre (FCFs) negativos nos próximos anos”.

    O cenário-base da Fitch assume que a CBD precisará refinanciar R$ 850 milhões em dívidas com vencimento em 2025 e R$ 1,9 bilhão em 2026 para evitar pressões adicionais em sua classificação. Caso a empresa não demonstre uma tendência de desalavancagem nos próximos 12 a 24 meses, o rating poderá ser rebaixado.

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    Apesar dos desafios, a Fitch reconhece o bom posicionamento da CBD no varejo alimentar brasileiro, sua escala e modelo multiformato e multicanal, além da expectativa de melhora na rentabilidade. No entanto, a agência de classificação de risco prevê FCFs negativos para a empresa nos próximos anos, equivalentes a 3,1% da receita líquida em 2025 e 1,5% em 2026.

    A expectativa de melhora do Ebitdar e da rentabilidade da CBD, para R$ 1,8 bilhão (8,8% de margem) em 2025 e R$ 1,9 bilhão (9,2% de margem) em 2026, será neutralizada pelo elevado desembolso com juros da dívida e contingências tributárias e trabalhistas. A Fitch considerou um crescimento de vendas mesmas lojas (SSS) de 5,0% a 5,5% e investimentos anuais médios de R$ 650 milhões.

    A alavancagem da CBD também é motivo de preocupação para a Fitch. A empresa deve operar com indicador dívida líquida ajustada/Ebitdar próximo a 4,1 vezes em 2025, 4,0 vezes em 2026 e 3,8 vezes em 2027, níveis próximos ao gatilho de rebaixamento do rating. A expectativa de FCFs negativos e de aumento da dívida líquida ajustada limita a trajetória de desalavancagem da companhia.

    A Fitch espera que as iniciativas da gestão para reduzir custos, melhorar o sortimento e reduzir perdas de produtos continuem impactando positivamente o desempenho da empresa. A CBD também tem sido eficiente na venda de ativos não estratégicos para melhorar sua estrutura de capital.

    O varejo alimentar brasileiro é um setor altamente competitivo, com a CBD enfrentando a concorrência de grandes empresas nacionais e internacionais, além do crescimento do formato de atacarejo. A empresa também enfrenta um ambiente competitivo desafiador nos formatos premium e de proximidade.

    A Fitch também destaca o fraco vínculo da CBD com seu principal acionista, o grupo francês Casino, que possui cerca de 23% das ações da empresa brasileira. A agência já analisa a CBD de forma isolada devido às proteções legais que limitam o acesso do Casino ao caixa da empresa.

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    Ovos Inflação

    O Índice de Preços ao Produtor (PPI) para demanda final nos EUA permaneceu estável em fevereiro, após altas de 0,6% em janeiro e 0,5% em dezembro, segundo dados ajustados sazonalmente do Departamento de Trabalho divulgados nesta quinta-feira (13). Na comparação anual, o índice avançou 3,2% em 12 meses, refletindo pressões moderadas de inflação.

    O núcleo do PPI – que exclui itens voláteis – caiu 0,1% em fevereiro ante janeiro, segundo a pesquisa divulgada nesta quinta. Na comparação anual, o núcleo do PPI avançou 3,4% em fevereiro. Analistas consultados pela FactSet projetavam alta mensal de 0,3% e acréscimo anual de 3,5% em fevereiro.

    A estabilidade do PPI foi resultado de um aumento de 0,3% nos preços de bens para demanda final, compensando a queda de 0,2% nos serviços. “Este é o quinto aumento consecutivo para bens”, destacou o relatório, com destaque para alimentos, que subiram 1,7%. Já os serviços foram pressionados pela queda de 1,0% nas margens do comércio atacadista e varejista.

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    Núcleo do PPI

    Excluindo alimentos, energia e serviços de comércio, o núcleo do PPI subiu 0,2% em fevereiro, desacelerando ante o 0,3% de janeiro. Na base anual, o índice registrou alta de 3,3%, sinalizando pressões persistentes em setores essenciais. “A inflação subjacente mantém ritmo, mas mostra certa moderação”, analisa o relatório.

    Ovos

    O salto de 53,6% nos preços de ovos de galinha foi responsável por dois terços do aumento nos bens. “O índice de vegetais frescos e secos também subiu, assim como energia elétrica e produtos de tabaco”, detalha o Departamento de Trabalho. Em contrapartida, a gasolina recuou 4,7%, e produtos químicos básicos caíram.

    O setor de serviços registrou a maior queda desde julho de 2024 (-0,2%), com margens do comércio atacadista caindo 1,4%. “A redução em máquinas e veículos no atacado foi determinante”, explica o relatório. Varejo de alimentos, automóveis e vestuário também recuaram, enquanto cuidados médicos subiram 0,8%.

    Enquanto o varejo de roupas e calçados caiu, o setor de saúde avançou, com hospitais registrando alta de 0,8%. No atacado, máquinas e equipamentos subiram, mas produtos químicos e empréstimos imobiliários recuaram. “A dinâmica mostra ajustes pontuais, não uma tendência generalizada”, avalia o relatório.

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    Tenda

    O Bradesco BBI classificou os resultados da Tenda (TEND3) no quarto trimestre de 2024 como mistos, destacando a forte geração de caixa, mas também impactos negativos no reconhecimento de receitas por um ritmo mais lento das obras. “Os resultados da Tenda foram mistos, em nossa opinião”, avaliaram os analistas Bruno Mendonça e Wellington Lourenço.

    A empresa registrou uma receita líquida de R$ 851 milhões no trimestre, crescimento de 13% em relação ao ano anterior, mas queda de 7% na comparação com o terceiro trimestre de 2024. No acumulado do ano, a receita atingiu R$ 3,3 bilhões, com alta de 13%. A Tenda respondeu por R$ 791 milhões do total, enquanto sua subsidiária Alea contribuiu com R$ 59 milhões.

    A margem bruta consolidada ficou em 27,1%, avançando 4,9 pontos percentuais na comparação anual, mas recuando 2,1 pontos no trimestre. Na operação principal da Tenda, a margem atingiu 28,4%. “Vemos uma melhora na lucratividade e um forte impulso operacional continuando a dar suporte ao processo de recuperação da Tenda”, analisaram os especialistas do Bradesco BBI.

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    O lucro líquido ajustado da operação core da Tenda foi de R$ 66 milhões, crescimento expressivo frente aos R$ 3 milhões do 4T23, mas abaixo dos R$ 92 milhões do trimestre anterior. O resultado foi impactado por duas despesas não recorrentes: R$ 17,4 milhões relacionados à norma contábil CPC 01 e R$ 12,7 milhões em provisões adicionais para contingências e investimentos em inovação. “Notamos que essa provisão é a empresa adotando uma postura mais conservadora”, pontuaram os analistas.

    Mesmo com esses impactos, a Tenda gerou R$ 97,5 milhões em caixa operacional no trimestre, impulsionada pelo saldo positivo de R$ 132 milhões da operação principal, que compensou a queima de caixa de R$ 34,5 milhões da Alea. A relação dívida líquida/patrimônio líquido caiu para 20%, uma redução de 33 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

    O Bradesco BBI ressaltou que a receita líquida foi afetada por um reconhecimento de receitas mais fraco e por vendas moderadas no período, mas que isso não deve impactar revisões para baixo nas estimativas. A margem bruta para novas vendas e projetos em carteira também mostrou avanço, atingindo 35,3% e 32,6%, respectivamente.

    Para 2025, os analistas enxergam possíveis ajustes positivos nas projeções, impulsionados pelo programa Pode Entrar, voltado para habitação popular. “Assim, vemos uma melhora na lucratividade e um forte impulso operacional continuando a dar suporte ao processo de recuperação da Tenda”, concluíram Mendonça e Lourenço.

    Apesar dos desafios no trimestre, a avaliação geral do Bradesco BBI é de impacto neutro sobre a tese de investimentos na companhia. A expectativa agora é pelo desempenho nos próximos trimestres, com a continuidade da recuperação operacional e os efeitos das medidas adotadas pela empresa.

    Os analistas do Bradesco BBI mantiveram sua recomendação “outperform” (desempenho acima da média do mercado) para as ações da Tenda, com preço-alvo de R$ 25,00.

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    Mercados Ibovespa S&P 500 13ba1bdd1e0f4edc92542e90fd4beed1

    As negociações do Ibovespa futuro (WIN1) indicam uma abertura perto da estabilidade nesta quinta-feira (13), com uma leve tendência de alta. Os investidores acompanham a publicação dos dados do setor de serviços no Brasil, além dos desenvolvimentos sobre a guerra comercial deflagrada nos EUA.

    O volume de serviços no Brasil recuou 0,2% em janeiro de 2025, após ficar estável em dezembro de 2024, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quarta-feira (13) pelo IBGE. A queda foi impulsionada principalmente pelo setor de transportes, que registrou retração de 1,8%, com destaque para os segmentos dutoviário, aéreo e rodoviário coletivo de passageiros. Apesar do resultado negativo no mês, o setor acumula alta de 1,6% em relação a janeiro de 2024, marcando a décima taxa positiva consecutiva nessa base de comparação.

    Os juros futuros operam estáveis na manhã desta quinta-feira, 13, diante da alta dos rendimentos dos Treasuries e após o volume de serviços ter mostrado queda. É a terceira queda mensal do indicador. Às 9h16 desta quinta, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 marcava 14,705%, de 14,722% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2027 cedia para 14,580%, de 14,601%, e o para janeiro de 2029 estava em 14,575%, de 14,582% no ajuste anterior.

    Calendário Econômico fornecido por Investing.com Brasil, o portal líder financeiro.

    Ibovespa “neutro”

    Segundo a Ágora Investimentos, apesar de o Ibovespa fechar em leve alta na última sessão, o índice não quebrou a tendência neutra de curto prazo, tão pouco desconfigurou a possibilidade da formação de um pivô de baixa. “A atenção permanece para eventual perda do nível de suporte atual, aos 122.634”, mostra um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (13).

    Ásia

    As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira, apesar da recuperação parcial de Wall Street ontem na esteira de números benignos de inflação dos EUA.

    O índice japonês Nikkei teve ligeira perda de 0,08% em Tóquio, a 36.790,03 pontos, pressionado por ações de montadoras e eletrônicos, enquanto o Hang Seng caiu 0,58% em Hong Kong, a 23.462,65 pontos, mais uma vez sob o peso de ações de tecnologia, o sul-coreano Kospi recuou 0,05% em Seul, a 2.573,64 pontos, com o fraco desempenho de ações de baterias, e o Taiex registrou queda de 1,42% em Taiwan, a 21.961,68 pontos, influenciada pela TSMC (-2,33%), que está negociando uma joint venture para operar a divisão de fundição da Intel, segundo a Reuters.

    Na China continental, o Xangai Composto caiu 0,39%, a 3.358,72 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto mostrou baixa mais expressiva, de 1,12%, a 2.066,95 pontos.

    Europa

    As bolsas europeias operam em alta modesta na manhã desta quinta-feira, ensaiando recuperação da abertura negativa de mais cedo, mas o ambiente de cautela persiste em meio às incertezas da política tarifária do presidente dos EUA, Donald Trump.

    Por volta das 7h25 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 subia 0,57%, a 544,32 pontos.

    Depois de começarem o dia no vermelho, os mercados acionários da Europa tentam se recuperar no começo da manhã. O índice FTSE 100 de Londres, por exemplo, avançava 0,40% às 7h39 (de Brasília), à medida que a ação do IG Group saltava 4,3%, após a plataforma de negociação online britânica divulgar sólido resultado de receita.

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    Ônibus, Mulheres

    O volume de serviços no Brasil recuou 0,2% em janeiro de 2025, após ficar estável em dezembro de 2024, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta quarta-feira (13) pelo IBGE. A queda foi impulsionada principalmente pelo setor de transportes, que registrou retração de 1,8%, com destaque para os segmentos dutoviário, aéreo e rodoviário coletivo de passageiros. Apesar do resultado negativo no mês, o setor acumula alta de 1,6% em relação a janeiro de 2024, marcando a décima taxa positiva consecutiva nessa base de comparação.

    “Após alcançar o ápice de sua série histórica em outubro de 2024, o setor de serviços apresentou duas taxas negativas e uma estabilidade nos últimos três meses. Em janeiro, três das cinco atividades investigadas mostraram resultados negativos, mas o desempenho ficou próximo da estabilidade”, analisa Rodrigo Lobo, gerente da pesquisa no IBGE. Ele destaca que a queda de 1,1% acumulada no trimestre pode ser explicada pela alta margem de comparação com períodos anteriores.

    O setor de transportes foi o principal responsável pela variação negativa em janeiro, com queda de 1,8%. “Houve quedas importantes no transporte dutoviário, aéreo, rodoviário coletivo de passageiros, ferroviário de cargas e na atividade de correio”, explica Lobo. O transporte de passageiros recuou 7,6%, pressionado pelo aumento nos preços das passagens aéreas e pela redução no transporte rodoviário coletivo. Já o transporte de cargas caiu 0,7%, terceira queda consecutiva, acumulando perda de 3,3% no período.

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    Por outro lado, os serviços de informação e comunicação (2,3%) e outros serviços (2,3%) foram os únicos a apresentarem avanços em janeiro. “Os serviços de tecnologia da informação têm crescido de forma bastante expressiva no pós-pandemia, ditando o ritmo do setor como um todo. Em janeiro, esse segmento renovou seu recorde na série histórica da pesquisa”, afirma Lobo. O setor de tecnologia da informação acumula alta de 7,8% nos últimos meses.

    Regionalmente, 17 das 27 unidades da federação registraram queda no volume de serviços em janeiro. Os impactos mais significativos vieram do Distrito Federal (-8,7%), Minas Gerais (-1,7%) e Pernambuco (-4,5%). Em contrapartida, São Paulo (0,9%), Rio de Janeiro (1,0%) e Santa Catarina (3,4%) tiveram as principais contribuições positivas. Na comparação com janeiro de 2024, o crescimento de 1,6% foi puxado principalmente por São Paulo (4,3%) e Rio de Janeiro (3,8%).

    O setor de turismo também apresentou retração de 6,4% em janeiro, após avançar 3,1% em dezembro. A queda foi a mais intensa desde março de 2021, influenciada principalmente por restaurantes, transporte aéreo de passageiros e serviços de buffet. Regionalmente, São Paulo (-8,3%) e Rio de Janeiro (-5,4%) foram os estados com maior impacto negativo. No entanto, na comparação anual, o setor turístico cresceu 3,5%, com destaque para Bahia (9,0%) e Santa Catarina (7,0%).

    A próxima divulgação da PMS, referente a fevereiro de 2025, está prevista para 10 de abril. A pesquisa investiga a receita bruta de serviços em empresas formais com 20 ou mais funcionários, excluindo saúde e educação, e é uma das principais fontes para o acompanhamento conjuntural do setor no país.

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    Carnes Picanha

    A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse que acredita na redução dos preços de muitos alimentos nos próximos 30 dias. Ao ser questionada pela jornalista Miriam Leitão, em entrevista exibida pela GloboNews na noite da quarta-feira, 12, se os alimentos vão ficar mais baratos ou não vão subir tanto quanto no ano passado, a ministra respondeu positivamente, de maneira geral.

    Sobre a redução para zero do imposto de importação de diversos produtos, incluindo a carne, Tebet disse que a medida pode ter efeito “meio que moral”, levando produtores a aumentar a oferta e a reduzir preços para defender posições no mercado doméstico frente à competição estrangeira.

    “A própria carne, embora falem assim ‘nós somos exportadores’, há um efeito assim meio que moral. Opa, se está isenta a importação de carne, ao invés de só exportar tanto, vou deixar um pouco mais para o mercado nacional. Com isso, baixo o preço para evitar a concorrência de fora”, afirmou a ministra. “Há um conjunto de fatores que vão mostrar que nos próximos 30 dias muitos produtos vão começar a baixar de preço.”

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    Ásia

    As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quinta-feira, apesar da recuperação parcial de Wall Street ontem na esteira de números benignos de inflação dos EUA.

    O índice japonês Nikkei teve ligeira perda de 0,08% em Tóquio, a 36.790,03 pontos, pressionado por ações de montadoras e eletrônicos, enquanto o Hang Seng caiu 0,58% em Hong Kong, a 23.462,65 pontos, mais uma vez sob o peso de ações de tecnologia, o sul-coreano Kospi recuou 0,05% em Seul, a 2.573,64 pontos, com o fraco desempenho de ações de baterias, e o Taiex registrou queda de 1,42% em Taiwan, a 21.961,68 pontos, influenciada pela TSMC (-2,33%), que está negociando uma joint venture para operar a divisão de fundição da Intel, segundo a Reuters.

    Na China continental, o Xangai Composto caiu 0,39%, a 3.358,72 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto mostrou baixa mais expressiva, de 1,12%, a 2.066,95 pontos.

    A falta de apetite por risco predominou na Ásia embora Wall Street tenha se recuperado parcialmente ontem, depois de amargar perdas generalizadas nos dois dias anteriores. Dois dos principais índices acionários de Nova York subiram mais de 1% no último pregão, após dados da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA virem abaixo do esperado, sugerindo que os preços ainda não sentiram o impacto da política tarifária do governo Trump.

    Investidores na região asiática e em outras partes do mundo seguem atentos a desdobramentos da guerra comercial deflagrada pela tarifação da Casa Branca. Ontem, a União Europeia (UE) e o Canadá anunciaram retaliações, após tarifas de 25% dos EUA a importações de aço e alumínio entrarem em vigor.

    Na Oceania, a bolsa australiana ficou no vermelho pelo terceiro dia seguido, com baixa de 0,48% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 7.749,10 pontos.

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    XP INC

    A XP Inc. (XPXPBR31) tentou, em um pedido feito à CVM, em 2021, a dispensa de certos requisitos de relatórios, como a divulgação de relatórios diários e mensais, dos seus fundos Gladius e Coliseu. Os veículos de investimentos são apontados, pela Grizzly Research em um relatório divulgado nesta quarta-feira (12), como fundamentais em um “esquema de pirâmide” que seria operado pela XP. A empresa brasileira nega todas as acusações (veja a resposta abaixo).

    “Esta foi uma solicitação incomum — efetivamente para manter os dados do fundo semiconfidenciais, atualizando somente após os lucros da XP serem públicos. A CVM negou essa solicitação em março de 2021″, disse a Grizzly em seu relatório.

    O pedido da XP, conforme consta na decisão contrária da autarquia, explicava que “investidores que acompanhem a evolução diária ou mensal das informações dos Fundos são capazes de calcular de maneira relativamente fidedigna uma parte relevante dos resultados da XP Inc”. Isso atrapalharia, segundo a XP, que tais resultados sejam divulgados ao mercado de forma ampla e irrestrita, na forma exigida pela regulação norte-americana, já que a empresa possui ações listadas na Nasdaq.

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    A CVM, por outro lado, ressaltou que “a dispensa pleiteada não comprovou a existência concreta de inconsistências entre regimes regulatórios, restando concluir se tratar de mera conveniência da Companhia, que, de maneira legítima e voluntária, optou por submeter-se a mais de um regime jurídico”.

    “Concordamos com a CVM que investidores e clientes não sofrem nenhuma desvantagem com as publicações diárias do fundo que fornecem insights sobre o desempenho financeiro da XP. A solicitação da XP não é razoável, e acreditamos que é muito mais provável que a XP tenha pedido isenção para reduzir a transparência em relação à Gladius para observadores críticos”, pontua a Grizzly.

    A casa de análise também ressalta que a KPMG, auditora do fundo Gladius até 2021, emitiu apenas uma opinião qualificada para 2018 e 2019, e se absteve de emitir uma opinião para 2016, citando falta de transparência. Por fim, a Grizzly destaca que a própria XP nunca menciona a Gladius ou a Coliseu como importantes e eles apenas mencionam COEs brevemente na teleconferência de resultados do segundo trimestre 2020, “mas permanecem recatados sobre isso”.

    Veja o posicionamento da XP

    A XP tomou conhecimento de informações falsas, incorretas e imprecisas divulgadas recentemente pela Grizzly Research e reforça seu comprometimento com a ética, a transparência, a conformidade regulatória, a governança e o cumprimento da lei.

    A companhia cumpre com a lei e segue todas as normas estabelecidas por órgãos reguladores, como CVM, SEC, Banco Central, dentre outros, e tem suas operações auditadas regularmente por instituições independentes.

    Serão tomadas todas as medidas legais cabíveis contra a Grizzly Research.

    A XP reitera seu compromisso com a integridade e a confiança de seus clientes, parceiros e acionistas, e continuará a operar com os mais altos padrões de ética e transparência no mercado financeiro.

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    Mercados ações

    Em dia de agenda mais cheia, o Ibovespa (IBOV) operou em margem de pouco mais de mil pontos entre a mínima (122.969,29) e a máxima (124.048,45) da sessão, em que os destaques foram as leituras sobre a inflação no Brasil e nos Estados Unidos, divulgadas ainda pela manhã. No fechamento, vindo de perdas nas duas sessões anteriores, o Ibovespa mostrava leve alta de 0,29%, aos 123.863,50 pontos, com giro reforçado a R$ 36,1 bilhões, em dia de vencimento de opções sobre o índice. Na semana, o Ibovespa acumula perda de 0,94%, limitando o ganho do mês a 0,87% e o do ano a 2,98%.

    Entre as blue chips, o dia foi majoritariamente negativo, e ao fim misto para Petrobras (ON +0,36%, PN sem variação), em dia de ganhos na casa de 2% para o petróleo em Londres e Nova York, após dados dos EUA terem apontado grande queda nos estoques de gasolina na última semana. Destaque para o recuo de 1,25% em Vale ON, que ontem havia contribuído de outra forma com o Ibovespa ao oscilar para cima. Em geral, os grandes bancos também iam mal nesta quarta-feira, mas melhoraram no fechamento, com destaque para Santander Unit (+0,12%), Itaú PN (+0,31%) e Bradesco ON (+0,48%).

    Na ponta ganhadora do Ibovespa, RDSaúde (+5,03%), Minerva (+4,26%) e Cogna (+4,24%). No lado oposto, Azzas (-13,39%), Braskem (-4,02%) e Automob (-3,85%). Entre as componentes do índice, o desempenho de Azzas refletiu a “insatisfação do mercado com o balanço divulgado, em que lucrou 38,5% menos no quarto trimestre”, diz Anderson Silva, head da mesa de renda variável e sócio da GT Capital.

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    No quadro mais amplo, “nos Estados Unidos, o CPI índice de preços ao consumidor veio abaixo do esperado, mas aqui houve uma aceleração, um pouco acima do esperado. Sinais divergentes sobre os preços, lá e aqui. Mas, nos Estados Unidos, apesar do arrefecimento, há ainda os receios em torno dos efeitos das tarifações do Trump”, diz Pedro Caldeira, sócio e operador da mesa de renda variável da One Investimentos. Em Nova York, os principais índices de ações fecharam o dia com variação entre -0,20% (Dow Jones) e +1,22% (Nasdaq).

    “O IPCA em 12 meses até fevereiro foi a 5,06%, em momento no qual o Copom já tinha o guidance de alta de 100 pontos-base para a Selic na reunião da semana que vem”, diz Ian Lopes, economista da Valor Investimentos, referindo-se à percepção de que a taxa básica de juros do Brasil chegue a 15%, provavelmente, no final de ciclo – um nível elevado que desestimula o investimento em ativos de risco, como ações, em meio também às incertezas sobre o protecionismo americano, que tende a afetar o dinamismo econômico global.

    Para Patricia Krause, economista-chefe da Coface para América Latina, a leitura de fevereiro do IPCA não trouxe muitas novidades, com o avanço de 1,31%, na margem, em linha com o esperado após uma baixa de ritmo em janeiro. “Projeções do Focus continuam em alta para os preços em 2025, o que mantém o BC no rumo de colocar a Selic a 14,25% em março, com a inflação ainda distante do centro da meta.”

    (Com Estadão Conteúdo)

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    Carteira de trabalho digital

    O governo federal afirmou que o programa que reformula o crédito consignado para trabalhadores formais da iniciativa privada pretende reduzir o superendividamento ao oferecer uma linha de crédito “mais atraente também para migrar dívidas com maior custo”. Com a publicação da Medida Provisória (MP), assinada nesta quarta-feira, 12, pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o sistema entrará em operação pelos bancos oficiais e privados a partir de 21 de março.

    De acordo com informações divulgadas nesta quarta-feira pelo governo, a contratação começa por meio da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital). Quem já tem o consignado ativo pode fazer a migração para a nova linha a partir de 25 de abril de 2025. A portabilidade entre os bancos poderá ser realizada a partir de 6 de junho.

    A medida mira públicos como o dos empregados domésticos e trabalhadores rurais com carteira assinada, além de MEIs. A estimativa do governo é que mais de 80 instituições financeiras estejam habilitadas para oferecer. O início da habilitação se dará a partir da publicação da MP.

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    “O desconto das parcelas será na folha de salários, mensalmente pelo eSocial, o que permite que as taxas de juros sejam inferiores às praticadas atualmente no consignado por convênio. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento das parcelas”, explica a nota do governo, sem oferecer detalhes sobre as taxas de juros.

    “As parcelas do empréstimo serão descontadas na folha do trabalhador mensalmente, por meio do eSocial, observada a margem consignável de 35% do salário. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento. A partir de 25 de abril, o trabalhador também poderá fazer contratações pelos canais eletrônicos dos bancos.”

    O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho deu um exemplo de como a nova política pode beneficiar os brasileiros, na prática. “Imagine um trabalhador que paga uma prestação no consignado, ou numa operação que tem hoje, de R$ 1.600. Com a mesma quantidade de parcelas, a prestação pode sair de R$ 1.600 para R$ 830. Essa é a magnitude desse produto. Tudo em busca de oferecer a menor taxa de juros aos trabalhadores e trabalhadoras de todo o país”, explicou Marinho.

    O governo afirma que o Brasil tem hoje 47 milhões de trabalhadores formais, incluindo 2,2 milhões de domésticos, 4 milhões de trabalhadores rurais, além de empregados do MEI, que hoje estão excluídos da consignação privada. Citando dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Executivo diz que a estimativa é que, em até quatro anos, cerca de 19 milhões de celetistas optem pela consignação dos salários, o que pode representar mais de R$ 120 bilhões em empréstimos contratados. Pelo sistema, o trabalhador pode usar como garantia até 10% do saldo no FGTS e 100% da multa rescisória em caso de demissão.

    “Atualmente, o consignado do setor privado, segundo dados da Febraban, conta com cerca de 4,4 milhões de operações contratadas, somando mais de R$ 40,4 bilhões em recursos”, cita a nota.

    O governo explica que, por meio do aplicativo da CTPS Digital, o trabalhador tem a opção de requerer a proposta de crédito. Para isso, seguindo as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), autoriza as instituições financeiras habilitadas pelo Ministério do Trabalho a acessar dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa. A partir da autorização de uso dos dados, o trabalhador recebe as ofertas em até 24h, analisa a melhor opção e faz a contratação no canal eletrônico do banco.

    Perguntas e respostas

    COMO VAI FUNCIONAR?
    Por meio do app da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), o trabalhador tem a opção de requerer a proposta de crédito. Para isso, seguindo as regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), autoriza as instituições financeiras habilitadas pelo Ministério do Trabalho a acessar dados como nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa. 

    QUANTO TEMPO PARA RECEBER AS OFERTAS?
    A partir da autorização de uso dos dados, o trabalhador recebe as ofertas em até 24h, analisa a melhor opção e faz a contratação no canal eletrônico do banco. 

    COMO SERÁ FEITO O DESCONTO DAS PARCELAS?
    As parcelas do empréstimo serão descontadas na folha do trabalhador mensalmente, por meio do eSocial, observada a margem consignável de 35% do salário. Após a contratação, o trabalhador acompanha mês a mês as atualizações do pagamento. A partir de 25 de abril, o trabalhador também poderá fazer contratações pelos canais eletrônicos dos bancos.

    QUEM TEM DIREITO?
    O trabalhador com carteira assinada, inclusive rurais e domésticos, além de MEIs.

    QUANDO O CRÉDITO DO TRABALHADOR ESTARÁ DISPONÍVEL? 
    A partir de 21 de março de 2025. 

    SE EU JÁ TIVER UM CONSIGNADO, POSSO MIGRAR? 
    Os trabalhadores que já tem empréstimos com desconto em folha podem migrar o contrato existente para o novo modelo a partir de 25 de abril deste ano. 

    EM CASO DE DEMISSÃO, COMO FICAM AS PARCELAS DEVIDAS?  
    No caso de desligamento, o desconto será aplicado sobre as verbas rescisórias, observado o limite legal. 

    O QUE PODE SER DADO COMO GARANTIA DE PAGAMENTO DO EMPRÉSTIMO? 
    O trabalhador pode usar até 10% do saldo no FGTS para garantias e ainda 100% da multa rescisória em caso de demissão. 

    O PROCESSO É SÓ PELA CARTEIRA DIGITAL OU POSSO IR AOS BANCOS? 
    Inicialmente, somente na CTPS Digital. A partir de 25 de abril, o trabalhador poderá também iniciar contratações pelos canais eletrônicos dos bancos. Pela CTPS Digital, o trabalhador tem a possibilidade de receber propostas de todos os bancos interessados, o que permite comparação e a escolha mais vantajosa. 

    AS OPERAÇÕES SERÃO SÓ POR BANCOS HABILITADOS? 
    Sim. A estimativa é que mais de 80 instituições financeiras estejam habilitadas. O início da habilitação se dará a partir da publicação da Medida Provisória. 

    OS BANCOS TERÃO ACESSO A TODOS OS DADOS DO TRABALHADOR? 
    Apenas os dados necessários para que as instituições façam propostas de crédito: nome, CPF, margem do salário disponível para consignação e tempo de empresa. 

    SERÁ AUTOMÁTICA A MIGRAÇÃO DO CRÉDITO DIRETO AO CONSUMIDOR (CDC) PARA O CRÉDITO DO TRABALHADOR? 
    O trabalhador que tiver CDC deve procurar uma instituição financeira habilitada, caso queira fazer a migração para o Crédito Trabalhador.

    DEPOIS DE REALIZAR O CRÉDITO DO TRABALHADOR, O TRABALHADOR PODE FAZER A PORTABILIDADE PARA UM BANCO COM TAXAS MELHORES? 
    Sim. A portabilidade estará disponível a partir de junho de 2025. 

    O CRÉDITO DO TRABALHADOR SUBSTITUI O SAQUE-ANIVERSÁRIO? 
    Não, o Saque-Aniversário continuará em vigor.

    (Com Estadão Conteúdo e Agência GOV)

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    Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de inauguração do novo laminador para expansão da produção de aço em Minas Gerais

    O BTG Pactual aponta que a reeleição do presidente Lula em 2026 dependerá crucialmente de sua capacidade de recuperar a popularidade, alcançando ao menos 40% de aprovação. Segundo relatório do banco, “a taxa de aprovação do governo é a métrica mais relevante para acompanhar neste momento”, já que a disputa ainda carece de definição de candidatos. Atualmente, a avaliação de Lula está em 24%, nível considerado “extremamente desafiador” para uma corrida presidencial, segundo consultores políticos.

    A aprovação de Lula atingiu o menor patamar desde o início do mandato, com 24% em fevereiro, segundo o Datafolha. Esse índice só é superior aos de FHC 2 (24%), Temer (7%) e Collor (12%), mas inferior aos de Bolsonaro (37%) e Dilma (30%) no mesmo período de governo. O relatório destaca que a reprovação já supera a aprovação em 4 pontos percentuais, contra uma vantagem de 15 pontos no início do mandato.

    Analisando governos anteriores, o BTG observa que presidentes como Lula 2 (alta de 13 pontos) e Dilma 1 (12 pontos) recuperaram popularidade nos últimos anos de mandato. “FHC 1 e Dilma 1 terminaram com 35% e 42% de aprovação, respectivamente, e foram reeleitos”, lembra o relatório. No entanto, a economia em desaceleração e a desaprovação atual de 46% complicam a trajetória de Lula.

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    Para reverter o quadro, o governo prepara medidas como isenção fiscal para renda abaixo de R$ 5 mil, redução de juros em empréstimos consignados e auxílios a estudantes. “Essas ações devem ter impacto positivo na aprovação”, avalia o BTG, mas alerta para efeitos colaterais: “O mercado pode reagir negativamente, prejudicando crescimento e taxas de juros, o que limitaria os ganhos políticos”.

    O BTG estima que, se Lula recuperar 40% de aprovação, será “um candidato competitivo em 2026, especialmente com a máquina administrativa a seu favor”. Contudo, a distância atual é grande: seriam necessários 16 pontos a mais em dois anos, algo sem precedentes desde a redemocratização.

    A análise ressalta que a economia é a principal barreira. Com inflação persistente e crescimento modesto, as medidas populistas podem não ser suficientes. Além disso, a polarização política e a judicialização de temas como o orçamento secreto adicionam incertezas ao cenário.

    Para o BTG, Lula precisará navegar entre “medidas eleitoreiras e a sustentabilidade fiscal” para evitar um “efeito sanfona” na economia. A meta de 40% é ambiciosa, mas não impossível se o governo combinar políticas sociais com ajustes credíveis. Como conclui o relatório: “O desafio é monumental, mas a história mostra que recuperações são possíveis”.

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    XP Inc

    A XP Inc. (XP; XPBR31), dona das corretoras XP Investimentos, Rico e Clear, está no centro de uma polêmica após a divulgação de um relatório da Grizzly Research (veja abaixo) que alega que a empresa opera um esquema Ponzi. A casa de análise afirma que os lucros da XP dependem de vendas de derivativos para clientes de varejo, canalizadas através de fundos específicos e apresentadas como lucros de negociação proprietária. A XP nega as acusações (veja a resposta completa no final do texto).

    “A XP tomou conhecimento de informações falsas, incorretas e imprecisas divulgadas recentemente pela Grizzly Research e reforça seu comprometimento com a ética, a transparência, a conformidade regulatória, a governança e o cumprimento da lei”, mostra uma nota encaminhada à imprensa.

    No cerne do suposto esquema está um fundo da XP chamado GLADIUS FIM CP IE (“Gladius”), que obteve retornos de mais de 2.419% nos últimos cinco anos, com uma volatilidade considerada “inacreditavelmente baixa”. A Grizzly Research destaca que os retornos do Gladius e de seu fundo afiliado, COLISEU FIM CP IE (“Coliseu”), são superiores aos lucros da XP. “Sem Gladius e Coliseu, a XP não seria lucrativa”, afirma o relatório.

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    COEs

    O segredo da rentabilidade do Gladius estaria em um produto chamado COE (Certificado de Operações Estruturadas), que a Grizzly Research descreve como “produtos de investimento predatórios” que a XP promove agressivamente para seus clientes de varejo brasileiros.

    Os COEs (Certificados de Operações Estruturadas) são produtos financeiros que combinam renda fixa e variável, oferecendo diferentes níveis de proteção ao capital investido. Eles permitem exposição a ativos como ações, câmbio e commodities, com ganhos atrelados a índices de mercado e prazos definidos.

    A casa de análise consultou ex-funcionários da XP e pessoas com conhecimento do funcionamento interno do Gladius, que confirmaram que o fundo estaria pagando lucros com os novos prêmios recebidos da venda de produtos COE para a XP.

    “O que vemos com esses altos retornos [em Gladius e Coliseu] é uma métrica de desempenho errada porque o que realmente vemos é a quantidade de entradas nominais em dinheiro em moeda brasileira”, disse um dos especialistas consultados pela Grizzly.

    De acordo com ex-funcionários da XP, o esquema só continua funcionando enquanto a XP conseguir vender mais COEs. “Assim que as entradas pararem de crescer, o sistema desmorona e a XP pode ser responsável por enormes obrigações que não pode cumprir”, alerta o relatório. Os denunciantes chegaram a comparar o Gladius a um “esquema Ponzi semelhante ao de Madoff”.

    A suspeita de que o Gladius estaria empregando meios ilícitos para produzir seus retornos é reforçada pela análise de outros fundos brasileiros do mesmo segmento. “Outros fundos comparáveis de concorrentes da XP produzem apenas retornos medíocres que não são de forma alguma comparáveis aos do Gladius”, aponta a Grizzly Research.

    O Gladius opera sob uma estrutura complexa e utiliza uma ampla variedade de classes de ativos. A XP descreve o Gladius como uma ferramenta para os negócios estruturados, formador de mercado, gestão de liquidez e otimização tributária da XP. “Apenas alguns insiders estão cientes da verdadeira natureza do Gladius e do esquema subjacente”, afirma o relatório.

    A Grizzly questiona a validade dos lucros do Gladius, argumentando que a magnitude do fluxo de caixa gerado pelo fundo não pode ser explicada apenas por operações lucrativas. “É provável que envolva atividades nefastas, incluindo predominantemente o que os insiders da XP descrevem como um esquema Ponzi”, diz o relatório.

    A casa de análise também levanta dúvidas sobre a ausência de outros players globais no mercado brasileiro de formadores de mercado. “Se tais oportunidades de lucro existissem no mercado brasileiro, então outros provedores de liquidez globais líderes (por exemplo, Citadel) também seriam players ativos no espaço. Suas ausências falam muito”, argumenta a Grizzly Research.

    Erro do relatório da Grizzly

    A Grizzly Research destaca a importância do Gladius e do Coliseu para a XP Inc. Os fluxos de caixa desses fundos excedem o lucro líquido da XP em todos os anos desde 2021. “A XP parece, em uma inspeção mais detalhada, altamente dependente dos fluxos de caixa de Gladius e Coliseu, que excedem o lucro líquido da XP em todos os anos desde 2021”, afirma o relatório.

    De 2020 a 2024, a XP retirou R$ 27,66 bilhões do Gladius e do Coliseu, enquanto o lucro líquido corporativo da XP foi de apenas R$ 17,52 bilhões. “Sem receber dinheiro desses dois fundos, a XP teria um lucro líquido cumulativo negativo nos últimos anos”, aponta a Grizzly Research.

    Segundo a Ativa Investimentos, contudo, o relatório cometeu um erro ao comparar os R$ 167 bilhões em ativos da XP Asset com o volume total de ativos sob custódia do conglomerado.

    “Atualmente, os ativos de clientes assessorados pela XP somam R$ 1,08 trilhão, o que torna totalmente factível que os fundos tenham gerado essa contribuição de receita, especialmente devido à alta penetração de produtos predatórios em sua base de clientes, como o próprio relatório mencionou. A XP apresenta um ROA (Retorno sobre Ativos) exclusivo de investimentos próximo a 1%, o que vai em linha com uma receita de R$ 11 bilhões”, explica uma análise divulgada a clientes nesta quarta-feira (12).

    Os analistas, portanto, discordamos da tese do Grizzly Research, que sugere que os resultados da XP estejam relacionados a um esquema Ponzi.

    “Contudo, reconhecemos que relatórios como este ajudam a destacar preocupações legítimas sobre a sustentabilidade do modelo de negócios da companhia, especialmente com a alta participação de produtos predatórios e a baixa alíquota efetiva de IR. Consideramos, inclusive, que relatórios como esse aumentam o risco tributário ao expor a forma contábil como a empresa opera”, ponderam.

    A Ativa tem recomendação neutra aos BDRs da XP, com preço-alvo de R$ 120. As ações recuam cerca de 5% em um movimento que parece ter ligação com o relatório da Grizzly.

    Venda agressiva de COEs

    A casa de análise questiona a atuação da XP na venda agressiva de COEs para clientes de varejo, utilizando uma rede de 18 mil assessores. “A XP é a principal provedora de COE no Brasil. A XP aborda seus clientes por meio de uma vasta rede de 18 mil assessores”, diz o relatório.

    A Grizzly entrevistou um ex-assessor de investimentos da XP, que comentou sobre o cenário brasileiro para COEs: “Eles [BTG, Santander Brasil ou Banco do Brasil] têm COEs, mas não os usam muito porque viram que as pessoas não gostam desse tipo de investimento. Mas a XP usou esse investimento com uma grande narrativa, dizendo às pessoas por que deveriam investir em COE. E eles insistem o tempo todo. Eles têm esse tipo de comercial agressivo que faz você investir com esse tipo de investimento por pressão, não porque você realmente gosta. Então, eles começam prometendo um tipo de percentual de retorno que não é normal no mercado. E, infelizmente, aqui no Brasil, as pessoas não têm esse conhecimento em investimento.”

    FIIs Fundos Imobiliários 3 XP Investimentos
    (Imagem: Gustavo Kahil/ Dinheirama)

    Veja o posicionamento da XP

    A XP tomou conhecimento de informações falsas, incorretas e imprecisas divulgadas recentemente pela Grizzly Research e reforça seu comprometimento com a ética, a transparência, a conformidade regulatória, a governança e o cumprimento da lei.

    A companhia cumpre com a lei e segue todas as normas estabelecidas por órgãos reguladores, como CVM, SEC, Banco Central, dentre outros, e tem suas operações auditadas regularmente por instituições independentes.

    Serão tomadas todas as medidas legais cabíveis contra a Grizzly Research.

    A XP reitera seu compromisso com a integridade e a confiança de seus clientes, parceiros e acionistas, e continuará a operar com os mais altos padrões de ética e transparência no mercado financeiro.

    Veja o relatório da Grizzly Research sobre a XP

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