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Ação da Azul pode dobrar em fusão com a Gol, diz analista

"Em nossa opinião, as sinergias de tal acordo poderiam desbloquear de R$ 11 a R$ 14 para as ações", calculam os analistas da Ágora

por Gustavo Kahil
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O Goldman Sachs elevou a recomendação para os papéis da Azul para "compra" e projetou um cenário melhor para o turismo no Brasil

As ações da Azul (AZUL4) podem decolar em um cenário de fusão com a Gol (GOLL4), avalia a Ágora Investimentos em um relatório enviado a clientes nesta quinta-feira (7).

“Em nossa opinião, as sinergias de tal acordo poderiam desbloquear de R$ 11 a R$ 14 para as ações”, calculam Victor Mizusaki, Wellington Lourenço e Larissa Monte.

Com isso, os ativos poderiam até dobrar de valor, a partir do nível atual de aproximadamente R$ 12,20. Eles têm uma recomendação de compra para os papeis, com preço-alvo de R$ 38. Para a Gol, a indicação é de venda, com preço-alvo de R$ 1.

Segundo a Bloomberg, os bancos Citi e Guggenheim já foram contratados para analisar uma possível oferta.

Negociações

 A Gol afirmou hoje que estudará opções para levantar recursos e “transações alternativas disponíveis”, segundo comunicado ao mercado, onde a empresa não cita a rival.

A empresa aérea em recuperação judicial é alvo de potencial interesse de aquisição da Azul, segundo informações publicadas nesta semana pela imprensa.

Na terça-feira, a Azul disse que está sempre atenta a possíveis oportunidades de parcerias, mas que, até o momento, não negociou nem aprovou nenhuma transação específica.

“A Azul, ciente de sua responsabilidade fiduciária, está sempre atenta às dinâmicas estratégicas do setor aéreo e a possíveis oportunidades de parcerias, podendo como prática regular contratar consultores para apoiar a empresa nesses esforços”, afirmou a empresa à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Endividamento

Um dos pontos que pode auxiliar na união dos negócios está no endividamento de ambas.

O processo recente de renegociação de dívidas da Azul com arrendadores e fabricantes de aeronaves, finalizado em outubro do ano passado, foi mais bem conduzido que o da Gol, culminando em uma redução de R$ 4,3 bilhões.

Ainda assim, as duas compartilham de uma série de credores. “No limite, se Azul convencer grande parte destes, ficaria mais próxima de seu objetivo”, avalia a Ativa Investimentos em um relatório recente enviado a clientes.

Vale lembrar que Azul segue com uma situação financeira delicada e seguirá envolvida nos esforços para equalização da sua dívida, como por meio da emissão de ações, durante os próximos anos.

“Desta forma, acreditamos que pelo perfil creditício da empresa (e do setor), dificilmente a empresa teria acesso à dívida para fomentar uma operação desta magnitude. Lhe sobraria assim a possibilidade de avançar rumo a uma proposta por emissão de ações, que iria necessitar da anuência de uma série de minoritários que seriam diluídos e necessitariam passar a acreditar que dispor de uma menor parte de uma empresa maior seria vantajoso”, ressalta a Ativa.

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