As ações da Vale (VALE3) ganharam espaço na carteira recomendada de investimentos do Santander para junho, mostra um relatório enviado a clientes.
Segundo os estrategistas Ricardo Peretti e Alice Corrêa, a mineradora é a top pick do setor diante da preferência por minério de ferro versus o aço.
O banco projeta preços médios de minério de ferro de US$ 105 por tonelada em 2024 contra os US$ 100 anteriormente.
“Além disso, vemos a Vale negociando a um valuation atraente (rendimento de FCL de 9% e 3,5x EV/EBITDA 2024E), um desconto de 29% em relação aos pares globais”, explicam.
Tese da Vale
Ainda assim, embora reconheçamos que a tese de investimento da Vale continua altamente dependente da China, os fundamentos que apoiam os preços do minério de ferro no curto prazo continuam sólidos, especialmente no momento que o Brasil passa por uma transição na sazonalidade de produção no Brasil e na Austrália.
“Olhando para 2024, esperamos que o mercado de minério de ferro permaneça relativamente equilibrado”, pontuam.
O peso da Vale no portfólio de dividendos subiu de 11% para 12%, enquanto caiu para a Eletrobras (ELET3), de 10% para 9%.
Veja a carteira de dividendos
Resultado
A Vale reportou um Ebitda ajustado no primeiro trimestre de US$ 3,5 bilhões (-9% a/a, -49% t/t), 3% acima do consenso e 8% abaixo da estimativa do banco.
No geral, a Vale apresentou resultados ainda “tímidos”, explicados principalmente pelos preços realizados mais baixos e vendas sazonalmente mais baixas.
O principal impacto no lucro líquido da Vale quando comparado ao primeiro trimestre do ano passado veio dos menores preços realizados de minério de ferro, níquel e cobre, de acordo com seu balanço financeiro.
Os impactos negativos no resultado, entretanto, foram parcialmente compensados por maiores volumes de vendas de minério de ferro e cobre, ponderou a companhia, em seu balanço financeiro.