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Após falar com 48 senadores, Galípolo é aprovado por 26 a 0

O placar obtido é idêntico ao que recebeu o atual mandatário, Roberto Campos Neto, em 2019

por Gustavo Kahil
3 min leitura
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza sabatina de indicado para exercer o cargo de presidente do Banco Central do Brasil. Participam: senador Renan Calheiros (MDB-AL); senador Randolfe Rodrigues (PT-AP); indicado para exercer o cargo de presidente do Banco Central do Brasil (BC), Gabriel Muricca Galípolo; presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO); senador Davi Alcolumbre (União-AP)

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (8), por unanimidade, a indicação de Gabriel Galípolo para presidente do Banco Central. Foram 26 votos favoráveis e nenhum contrário. O placar obtido por Galípolo é idêntico ao que recebeu o atual mandatário, Roberto Campos Neto, em 2019.

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A indicação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, segue agora para o plenário, em regime de urgência, e deve ser apreciada ainda esta tarde. Se aprovado pelo Senado, Galípolo assumirá o lugar de Roberto Campos Neto a partir de 1º de janeiro de 2025, com mandato até o final de 2028. 

O indicado de Lula é o atual diretor de Política Monetária do Banco Central.

A CAE aprova a indicação de Gabriel Galípolo para presidente do Banco Central. Ele teve 26 votos favoráveis e nenhum contrário. A indicação segue para o Plenário, que deve levar o nome de Galípolo a votação secreta ainda na tarde desta terça, em regime de urgência
A indicação segue para o Plenário, que deve levar o nome de Galípolo a votação secreta ainda na tarde desta terça, em regime de urgência (Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Como foi a votação?

A pedido do senador Izalci Lucas (PL-DF), o painel para votação foi aberto antes de a sabatina terminar, pouco depois das 14h. O parlamentar argumentou que Galípolo já havia “conversado com todos os senadores” e, por isso, eles poderiam votar a indicação

Há pouco mais de um ano, em julho de 2023, Galípolo já havia passado por uma sabatina, quando era candidato ao cargo de diretoria, que ocupa hoje. Na ocasião, recebeu 23 votos favoráveis e dois contrários. Desde que foi indicado por Lula, o postulante ao cargo visitou 48 senadores da base governista e da oposição para se reapresentar ao Congresso.

A aprovação do atual presidente do BC para o cargo, Roberto Campos Neto, pela CAE do Senado ocorreu por unanimidade, com 26 votos favoráveis. A sabatina ocorreu em 26 de fevereiro de 2019. Seu antecessor, Ilan Goldfajn, foi aprovado em 7 de junho de 2016 por 19 votos a favor e oito contra. Já Alexandre Tombini recebeu 22 “sim” contra um “não”, em 7 de dezembro de 2010, enquanto o placar de Henrique Meirelles foi de 21 a 5, em 17 de dezembro de 2002.

Lula e Galípolo

Galípolo disse que sempre ouviu do presidente Lula a garantia da liberdade na tomada de decisões da instituição.

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“Toda vez que me foi concedida a oportunidade de encontrar o presidente Lula, eu escutei de forma enfática e clara a garantia da liberdade na tomada de decisões e que o desempenho da função deve ser orientado exclusivamente pelo compromisso com o povo brasileiro, que cada ação e decisão deve unicamente ao interesse do bem-estar de cada brasileiro”, relatou, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

O diretor comentou ser um privilégio ter sido indicado para presidir o Banco Central pelo presidente Lula. “Estar indicado pelo presidente Lula é uma grande honra e enorme responsabilidade.”

Ele também salientou que compete ao BC ser o guardião da moeda. “A confiança depositada à instituição é um dos pilares centrais da sociedade civil organizada como nós conhecemos. Então isso por si só já é uma enorme responsabilidade. Essa responsabilidade ela é amplificada pelo desafios impostos, pelo quadro histórico em que a gente vive, mas também pela confiança que é depositada em mim e em toda a diretoria do Banco Central”, mencionou.

Galípolo disse que, apesar de poder estar “meio fora de moda”, a tentativa é de evitar antagonismos e cizânias para tentar construir e exaltar a convergência e o diálogo.

“Faço questão de reafirmar: todas as conversas com as senadoras e senadores, independente do partido, se oposição ou situação, também foram todas no sentido de me assegurar a liberdade na gestão e de manter o compromisso com o nosso povo e com o nosso País”, descreveu.

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