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Apostas: TJ-GO torna réus sete jogadores por manipulação

Manipulação ocorreu em 13 resultados de apostas em jogos da Série A do Brasileiro de 2022, alvo da fase três da Operação Penalidade Máxima

por Agência Brasil
3 min leitura
(Imagem: Freepik/ Freepik)

O Tribunal de Justiça de Goiás aceitou denúncia do Ministério Público (MP-GO) e tornou réus sete jogadores e outras sete pessoas acusadas de envolvimento em esquema de manipulação de 13 resultados de apostas em jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de 2022, alvo da fase três da Operação Penalidade Máxima. 

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De acordo com o Gaeco, por meio de conteúdo localizado em aparelhos celulares apreendidos, apurou-se que na 25ª rodada do Brasileirão 2022, realizada entre 3 e 5 de setembro, parte dos denunciados elaborou uma lista de jogadores cooptados para o esquema de corrupção. 

Entre os atletas citados na decisão proferida pelo juiz Alessandro Pereira Pacheco, da 2ª Vara de Repressão ao Crime Organizado e Lavagem de Capitais, na noite de quarta-feira (26) estão Dadá Belmonte (América-MG), Alef Manga (Coritiba; já afastado do clube), Igor Carius (Sport), Jesus Trindade jogador (uruguaio, ex-Coritiba), Pedrinho (ex-Athletico-PR, atualmente no Shakthar), Sidcley (ex-Cuiabá e hoje no Dínamo de Kiev), e Thonny Anderson (ABC).

Também responderão por supostos crimes previstos na Lei Geral do Esporte (LGE) os seguintes acusados: Bruno Lopez de Moura, conhecido como  BL, já preso por suspeita de chefiar organização de apostadores; Cleber Vinicius Rocha Antunes da Silva, empresário chamado de Clebinho Fera,  Ícaro Fernando Calixto dos Santos, Romário Hugo dos Santos (o ex-jogador Romarinho), Thiago Chambó Andrade, Victor Yamasaki Fernandes (conhecido como Vitinho).

Os réus citados pelo juiz Alessandro Pereira Pacheco foram denunciados pelo MP-GO por condutas descritas na LGE, nos seguintes artigos:

198: Solicitar ou aceitar, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem patrimonial ou não patrimonial para qualquer ato ou omissão destinado a alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

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199. Dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado. Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

Regulamentação de apostas esportivas

Na última terça (25), foi publicada no Diário Oficial uma medida provisória que inicia o processo de regulamentação das apostas esportivas de quota fixa, também conhecido como mercado de bets. Criado em 2018, pela Lei 13.756, o mercado, com potencial de arrecadação anual de até R$12 bilhões, permaneceu quatro anos sem regulamentação.

Partidas nas quais foram identificados atos manipulados: 

•    Athletico Paranaense x Fluminense – no dia 3 de setembro
•    América Mineiro x Coritiba – no dia 3 setembro
•    Juventude x Avaí – dia 3 de setembro
•    Flamengo X Ceará – dia 4 de setembro
•    Juventude x Fortaleza – dia 18 de setembro
•    Ceará x São Paulo – dia 18 de setembro
•    Red Bull Bragantino x Goiás – dia 18 de setembro
•    Athetico Paranaense x Cuiabá – dia 18 de setembro
•    Athetico Paranaense x Coritiba – dia 16 de outubro
•    Ceará x Cuiabá – dia 16 de outubro
•    Goiás x Juventude – dia 5 de novembro
•    Fluminense x Goiás – dia 9 de novembro 
•    Atlético Mineiro x Cuiabá – dia 10 de novembro

Veja a peça acusatória:

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