A arrecadação do governo federal teve alta real de 7,22% em março sobre o mesmo mês do ano anterior, a 190,611 bilhões de reais, informou a Receita Federal nesta quarta-feira, marcando o melhor desempenho da série histórica iniciada em 1995.
No acumulado de janeiro a março, a arrecadação teve alta real de 8,36%, a 657,769 bilhões de reais, também um recorde da série para primeiros trimestres.
Segundo a Receita Federal, esse desempenho se dá pelo comportamento das variáveis macroeconômicas. O órgão citou impacto positivo da produção industrial, das vendas no varejo, do setor de serviços e da massa salarial na arrecadação.
Mas o fisco também atribuiu o desempenho recorde ao retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis e à tributação dos fundos exclusivos, depois que, no ano passado, o Congresso aprovou a taxação periódica desses fundos usados por investidores de alta renda e autorizou pagamentos antecipados com desconto.
Os dados da Receita mostram que 3,380 bilhões de reais entraram no caixa do governo em fevereiro com a tributação de fundos exclusivos. De janeiro a março, os ganhos sobre esse segmento totalizam 11,320 bilhões de reais.
Em março, os recursos administrados pela Receita, que englobam a coleta de impostos de competência da União, avançaram 6,06% em termos ajustados pela inflação frente a um ano antes, a 182,876 bilhões de reais. No período de janeiro a março de 2024, o ganho foi de 8,11%, totalizando 624,772 bilhões de reais.
Já as receitas administradas por outros órgãos, com peso grande dos royalties sobre a exploração de petróleo, saltaram 44,87% em março frente ao mesmo período de 2023, a 7,734 bilhões de reais. No acumulado do primeiro trimestre, esses recursos tiveram alta real de 13,17%, totalizando 32,997 bilhões.