O governo federal realiza nesta quinta-feira o primeiro leilão de projetos de transmissão de energia deste ano, com oferta de 15 lotes que devem exigir investimentos totais da ordem de 18,2 bilhões de reais.
Somados, os empreendimentos preveem a construção de 6.465 quilômetros de novas linhas e subestação com capacidade de transformação de 9.200 mega-volt-ampéres (MVA), e estão distribuídos em 14 Estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
O certame encerra uma sequência de três grandes licitações realizadas desde o ano passado visando reforçar a capacidade de escoamento de energia renovável gerada principalmente na região Nordeste para centros de carga do Sudeste e Sul. Este é o segundo maior leilão de transmissão em volume de investimentos já realizado pelo Brasil, atrás apenas do de dezembro do ano passado, quando foi licitada a construção de um bipolo em corrente contínua.
Os empreendimentos licitados têm prazos de instalação que variam de 36 a 72 meses a partir da assinatura dos contratos, e deverão entrar em operação entre junho de 2027 e junho de 2030.
Dos 15 lotes em disputa nesta quinta-feira, seis têm investimento previsto superior a 1 bilhão de reais. Além disso, alguns lotes têm oferta condicionada: a licitação do lote 12 só ocorrerá se o lote 1 for arrematado, e os lotes 14 e 15 só serão licitados caso haja propostas válidas para o lote 6.
A expectativa é de um certame com a forte presença de grandes empresas do setor elétrico, como Engie (EGIE3), CPFL Energia (CPFE3), Eletrobras (ELET3) e Alupar (ALUP11). Mas algumas empresas já declararam previamente que não irão participar, como as transmissoras Taesa (TAEE11) e ISA Cteep (TRPL4) e as estatais Cemig (CMIG4) e Copel (CPLE6).