Os futuros do cacau subiram mais de 4% nesta quinta-feira, com poucas perspectivas para o fim da escassez de grãos que tem forçado as fábricas nos principais produtores, Costa do Marfim e Gana, a cortar ou interromper o processamento.
Os futuros do café também subiram.
Cacau
O contrato julho do cacau em Londres subiu 255 libras, ou 4,9%, para 5.480 libras por tonelada, tendo atingido um pico no contrato de 5.5657 por tonelada.
Grandes fábricas na Costa do Marfim e em Gana interromperam ou cortaram o processamento por não terem condições de comprar as amêndoas, disseram quatro fontes comerciais, à medida que os preços aumentaram após três anos de safras ruins, com a expectativa de uma quarta safra.
Um total de 75.000 toneladas de cacau foi ofertado contra o contrato de cacau de março da ICE, que expirou na quarta-feira, segundo dados da bolsa londrina.
O julho do cacau em Nova York subiu 4,3%, para 6.759 dólares por tonelada, tendo atingido um pico no contrato de 7.021 dólares.
Açúcar
O maio do açúcar bruto caiu 0,16 centavo, ou 0.7%, para 21,77 centavos de dólar por libra-peso.
O Rabobank disse que há um déficit significativo no mercado, graças à queda geral na disponibilidade de cana do Brasil, principal produtor da commodity.
Isso deve sustentar os preços, disse o Rabobank, mas advertiu que a demanda parece um pouco fraca, à medida que as importações são afetadas por disrupções no transporte marítimo no Mar Vermelho.
O maio do açúcar branco ficou quase estável, a 614,80 dólares por tonelada.
Café
O maio do café robusta fechou em alta de 17 dólares, ou 0,5%, a 3.277 dólares a tonelada.
Os prêmios de preços do café robusta nos principais produtores Vietnã e Indonésia subiram esta semana, já que as ofertas continuam apertadas, com preocupações crescentes sobre a próxima safra devido à falta de chuvas nesta temporada.
O maio do café arábica subiu 0,7%, para 1,8385 dólar por libra-peso.
A disponibilidade de arábica no Brasil pode ser apertada no curto prazo até que a nova safra comece a chegar ao mercado.