Os preços do cacau na ICE se recuperaram das perdas iniciais acentuadas em uma sessão volátil na quarta-feira, com o contrato de Nova York atingindo um novo pico histórico, enquanto os preços do açúcar também tiveram ganhos.
Cacau
O cacau em Nova York subiu 5,3%, para 7.761 dólares por tonelada, tendo atingido uma máxima de 7.880 dólares.
Os comerciantes disseram que a decisão da ICE, na terça-feira, de aumentar as exigências de margem foi um dos fatores por trás da liquidação inicial, mas os sólidos fundamentos do mercado apoiaram a recuperação mais tarde.
Um corretor disse que o sistema de comercialização do cacau nos principais produtores, Costa do Marfim e Gana, está quebrado e precisa ser reformulado.
Os dois países estão em meio à pior safra dos últimos anos e os processadores de cacau estão lutando para obter o produto.
As chegadas de cacau aos portos da Costa do Marfim, o maior produtor, caíram 27% desde o início da temporada até 17 de março, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Açúcar
O açúcar bruto de maio fechou em alta de 0,13 centavo, ou 0,6%, a 21,77 centavos de dólar por libra-peso, depois de fechar em queda de 2,3% na terça-feira.
A União Europeia chegou a um acordo provisório na quarta-feira para conceder aos produtores de alimentos ucranianos, incluindo os produtores de açúcar, acesso livre de tarifas aos seus mercados até junho de 2025.
Há previsão de chuvas no cinturão de açúcar do Brasil, o maior produtor, no final desta semana e no início da próxima, mas não está claro se elas serão suficientes para melhorar as perspectivas da safra.
A corretora hEDGEpoint Global Markets reduziu sua previsão para a nova safra de cana-de-açúcar do centro-sul do Brasil de 615 milhões de toneladas para 605 milhões de toneladas, citando um clima mais seco do que o normal.
O açúcar branco de maio subiu 1,4%, a 628,80 dólares por tonelada.
Café
O café robusta caiu 39 dólares, ou 1,2%, a 3.315 dólares por tonelada.
Os negociantes disseram que a situação da oferta no Vietnã, principal produtor, continua extremamente apertada, com os preços locais atingindo seguidos recordes.
No entanto, as perspectivas para a próxima safra de café do Brasil, o maior produtor, melhoraram.
O café arábica de maio caiu 0,4%, a 1,824 dólar por libra-peso.
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