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Home Economia e Política Campos Neto vê melhora em expectativa de inflação do mercado, mas reitera ritmo de corte da Selic

Campos Neto vê melhora em expectativa de inflação do mercado, mas reitera ritmo de corte da Selic

"Entendemos que o ritmo de 50 (pontos-base) é o adequado", afirmou Campos Neto

por Reuters
3 min leitura
Campos Neto afirmou que há cerca de oito anos economistas estimavam o crescimento potencial do PIB brasileiro em cerca de 2,8% (Imagem: Reprodução/ Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta sexta-feira que as expectativas de inflação implícitas nas operações do mercado mostraram uma pequena melhora, mas reiterou que, com as variáveis conhecidas hoje, a avaliação é de que o ritmo de corte de 0,50 ponto percentual da Selic segue sendo apropriado.

“Entendemos que o ritmo de 50 (pontos-base) é o adequado”, afirmou Campos Neto, acrescentando que ainda é necessário que os juros permaneçam no campo restritivo. “Com as variáveis de hoje, o ritmo de 50 (de corte da Selic) é apropriado para as próximas reuniões”, reiterou.

A taxa básica Selic está atualmente em 12,25% ao ano. Em suas comunicações oficiais, o BC tem reforçado a perspectiva de que sejam promovidos mais cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões o que abarcaria pelo menos dezembro e janeiro.

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Na curva de juros brasileira, a precificação majoritária é justamente de pelo menos mais dois cortes de meio ponto percentual. Entre os investidores e os analistas, no entanto, a dúvida é sobre qual será a taxa Selic no fim do atual ciclo de cortes.

Falando em evento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em São Paulo, a pouco mais de dez dias da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste ano, em 12 e 13 de dezembro, Campos Neto disse que a expectativa é de que a taxa terminal do ciclo de cortes siga em patamar restritivo.

(Imagem: Reprodução/Pedro França/Agência Senado)
(Imagem: Reprodução/Pedro França/Agência Senado)

Em evento na tarde de quinta-feira, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, também citou um cenário “mais benigno” para a inflação. Em função disso, segundo ele, há maior pressão do mercado para aceleração dos cortes de juros no Brasil. Ainda assim, Galípolo enfatizou a postura de cautela do BC diante das incertezas.

Autonomia

Durante o evento na Febraban, Campos Neto também destacou a importância da autonomia do BC, ainda que tenha reconhecido, de forma indireta, haver “ruídos” na relação com o governo.

“Tem, obviamente, um atrito, um ruído natural, de se acostumar a trabalhar nesta forma”, comentou, acrescentando que o primeiro teste da autonomia ocorre quando há mudança de governo.

Escolhido para o cargo de presidente do BC durante o governo de Jair Bolsonaro, Campos Neto tem mandato assegurado até o fim do próximo ano, em função da autonomia da instituição aprovada pelo Congresso Nacional.

(Imagem: Reprodução/Marcos Oliveira/Agência Senado)
(Imagem: Reprodução/Marcos Oliveira/Agência Senado)

Somente a partir disso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá indicar um substituto.

“O processo de autonomia colocou o BC no ambiente internacional em outro patamar”, disse Campos Neto.

Parcelado sem juros

Campos Neto afirmou ainda, para uma plateia com representantes de instituições financeiras, que a importância do parcelado sem juros cresceu muito no Brasil e, neste contexto, o BC tem tentando chamar todos os grupos envolvidos com o produto para conversar.

Em evento recente, Campos Neto alertou que existe a possibilidade de que os juros do crédito direto ao consumidor (CDC) estejam aumentando por conta do crescimento do parcelado sem juros. Isso ocorreria para compensar a inadimplência no parcelado.

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