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Cartão de débito ou crédito: 5 razões para preferir o débito

por Conrado Navarro
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Cartão de débito ou crédito: 5 razões para preferir o débito

Dê mais chances ao cartão de débito e talvez seu orçamento familiar fique mais simples de administrar.

Toda conversa envolvendo escolha entre cartão de débito ou crédito pode facilmente escorregar para uma discussão acalorada e sem fim. Meu objetivo hoje é reconhecer o importante papel que o cartão de débito exerce na trilha simplificada de educação financeira, aquela que muitos brasileiros podem adotar sem dificuldades.

O presente texto não tem como objetivo cravar que o cartão de débito é a melhor solução para a educação financeira, mas simplesmente notar como ele pode fazer muita diferença justamente por se tratar de um meio de pagamento praticamente equivalente ao dinheiro em espécie.

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Cartão de débito: 5 razões para usá-lo com mais frequência

Assim, convido-o a conhecer as cinco razões pelas quais acredito que o cartão de débito pode ser um aliado na realização de objetivos financeiros e no melhor planejamento de decisões importantes de nossas vidas.

1. Cartão de débito facilita o controle financeiro

Ao usar o cartão de débito, a transação financeira ocorre na hora e sua conta já é automaticamente debitada. Para o controle financeiro, isso é excelente, pois o registro da despesa ocorre no mesmo momento em que ela de fato acontece. Você consome no momento em que paga, e isso faz uma tremenda diferença no aspecto emocional.

Aqui a grande vantagem é que você pode fazer suas anotações diariamente, enquanto compra através do cartão de débito, e vai perceber seu orçamento doméstico se comportar da forma mais atualizada possível, uma vez que você gastou o que tem (e pode) e não postergou pagamentos.

Um olhar sobre o extrato (e seu controle financeiro) será capaz de mostrar exatamente como seu mês está, sem falsas expectativas e/ou provisões (geralmente mentais) para faturas ou acertos de carnês ainda por acontecer. Em se tratando de controle financeiro, quanto mais simples e real, melhor.

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2. Cartão de débito está vinculado à sua conta corrente

Um dos desafios do cartão de crédito para muitas pessoas é o mesmo de manter diferentes contas: fica difícil administrar gastos realizados a partir de diferentes opções de pagamentos e depois integrá-los a um único orçamento familiar estruturado em termos de Receitas e Despesas.

Neste aspecto, o cartão de débito associado ao uso de apenas uma conta corrente é uma solução ao mesmo tempo simples e prática. Você tem uma conta apenas em que o dinheiro entra, e de onde ele sai, e para movimentá-lo usa apenas uma ferramenta, o cartão de débito.

Não se trata de afirmar que esta é a melhor maneira de administrar suas finanças, mas apenas reconhecer que para os que estão começando no controle financeiro e não tem familiaridade com o tema, é muito mais fácil e rápido ver resultados quando as transações estão em apenas uma conta e são administradas com um cartão.

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3. Cartão de débito é sinônimo de planejamento

Há algo subjetivo que noto sempre que vejo famílias optando por usar mais o cartão de débito que o crédito: suas compras são feitas depois de mais (e melhor) planejamento. Quando o cartão de débito é usado, a família já avaliou o impacto financeiro da escolha e reservou o dinheiro para a compra.

Adoto uma máxima eficaz no meu dia a dia que gosto de chamar de “Tenho dinheiro? Compro. Não tenho? Não compro (agora)”. Podemos incrementar o conceito, abraçando assim o planejamento. Que tal algo como “Tenho dinheiro e planejei isto? Compro. Não tenho? Preciso me organizar para tal”.

A “beleza” do cartão de débito é que ele pode ser um aliado neste processo, uma vez que serve como o instrumento de pagamento ideal para o momento da decisão consciente, planejada e devidamente estruturada junto ao orçamento familiar. O crédito, por outro lado, costuma ser sedutor quando a tentação é muito grande.

4. Cartão de débito tem efeito na hora

Em finanças pessoais, há uma regra de ouro que diz que todos devemos gastar menos do que ganhamos. No cartão de crédito, este limite é um pouco mais complicado de respeitar, principalmente porque mais de 30% das pessoas nem sabem quanto possuem de limite – e 80% delas apontam o crédito como principal fator de endividamento.

O cartão de débito está vinculado à sua conta e você o movimenta de acordo com a realidade financeiro do dia. Se extrapolar, o dinheiro acaba agora. Hoje. É claro que existem casos de pessoas que exageram e acabam “vivendo” no limite do cheque especial, mas a “dor” desta escolha está mais palpável no dia a dia que a da fatura do cartão.

É natural checar muito mais o extrato da conta corrente que a fatura do cartão de crédito. A necessidade de ainda ter dinheiro em espécie para uma ou outra coisa sempre faz as pessoas recorrerem ao terminal de autoatendimento – uma espiada no saldo real, naquele instante, é praticamente um ato instintivo.

Comprar ou não no cartão de débito passa a ser uma decisão com efeito prático instantâneo, podendo representar uma simples compra planejada ou a entrada no limite do cheque especial. Tudo acontece ali, na hora, e isso assusta e nos faz mais alerta (ainda que não paremos para admitir).

5. Cartão de débito equivale a dinheiro

Existe uma polêmica envolvendo a equivalência do cartão de crédito ao dinheiro, principalmente para efeitos de pagamento com mesmas condições. O estabelecimento comercial não poderia diferenciar dinheiro de cartão de crédito, segundo entidades de proteção ao consumidor, mas sabemos que isso não é o que acontece.

O cartão de débito é uma alternativa para chegar o mais próximo possível do dinheiro vivo. Não são todos, mas grande parte dos lojistas e comerciantes oferece melhores condições de pagamento para o cartão de débito. Não raro, os descontos são os mesmos oferecidos para o pagamento em dinheiro.

Há quem diga que muitos estabelecimentos preferem o pagamento em dinheiro vivo para manter uma espécie de Caixa 2, sonegando impostos inclusive. Isso realmente acontece, mas cada vez mais são comuns os lugares em que o cartão de débito é bem-vindo e recompensado com desconto.

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Conclusão

Dê uma chance para o débito, mas sempre se lembrando da importância do planejamento financeiro. Seu controle precisa ser realizado com cuidado, sempre registrando tudo, categorizando os gastos corretamente e de forma constante.

Ainda que você não passe a ser um usuário mais frequente do cartão de débito, como eu sou, vai perceber que para muitas compras ele pode ser a alternativa mais interessante. O seu dia a dia tende a ficar mais simples e seu futuro menos carregado de preocupações (só de pensar em parcelar tudo, já desanimo).

Foto: Pixabay.

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