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Como negociar dívidas e o que priorizar para sair do vermelho

por Conrado Navarro
3 min leitura
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As dívidas seguem sendo um grande problema para a maioria dos brasileiros. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), conduzida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 69,5% das famílias devem em diferentes tipos de crédito.

Esse percentual representa o total de famílias com dívidas em cartão de crédito, cheque especial, cheque pré-datado, crédito consignado, crédito pessoal, carnê de loja, prestação de carro e prestação da casa, mas não necessariamente inadimplentes.

O recordista em dívidas é sempre ele, o cartão de crédito. Em dezembro de 2019, ele atingiu seu maior patamar na série histórica: 79,8%. Em segundo lugar, apareceram os carnês (15,6%) e, em terceiro, o financiamento de carro (9,9%).

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Para ter ideia, trata-se do maior patamar da série histórica da PEIC, desde 2010. O total de 69,5% de famílias endividadas em dezembro de 2019 é maior que o de um ano atrás, quando era de 59,8% (dezembro de 2018).

Segundo a pesquisa, o percentual de famílias inadimplentes em dezembro de 2019 foi de 24,5%, também maior que a medição de dezembro de 2018, que foi de 22,8%. Este grupo é um dos mais delicados, pois daqui podem ajustar suas contas ou simplesmente desistir e complicar ainda mais seu quadro.

Quando eu falo em “complicar o quadro”, destaque especial para o percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes. Em dezembro de 2019 este número alcançou 10% dos endividados. Em dezembro de 2018, o mesmo indicador era de 9,2%.

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Como negociar dívidas: primeiro, assuma que elas existem

Como você percebeu nos primeiros parágrafos, a situação é delicada para muitos brasileiros. Será este o seu caso? O primeiro passo para lidar bem com as dívidas é falar francamente sobre elas e seu impacto no seu dia a dia financeiro e familiar. Sim, estou falando com você. Sobre você.

Vamos falar sério e na boa: como andam as coisas por aí em relação ao seu dinheiro, suas decisões de consumo e as dívidas? A situação está sob controle ou o endividamento já preocupa e você está perdido(a), sem saber o que fazer? Mais do que falar a verdade, assuma a realidade.

Dói, eu sei. Dói porque tudo o que está acontecendo agora é um reflexo de decisões incoerentes, apressadas e erradas que você tomou ao longo dos últimos tempos. O lado positivo desta constatação é que você também tem o poder de mudar o curso da própria história.

Acompanhe o nosso Podcast: Quando acaba o dinheiro acaba o amor?

Como negociar dívidas: detalhe tudo

A situação é pesada e desagradável, mas temos que fazer alguma coisa. Esconder na gaveta os boletos e contas que continuam chegando não muda nada, só complica mais a realidade e seus desdobramentos. Agora é hora de encarar tudo, com paciência e muita calma.

Seu foco agora deve ser na criação de uma lista bem detalhada com todas as dívidas atuais do seu orçamento, colocando informações como: para quem deve, saldo devedor, Custo Efetivo Total (CET), total de parcelas pagas, total de parcelas a pagar, telefone para negociação/informações e o que mais for relevante para conhecer sua realidade.

O resultado desta etapa precisa ser uma tabela ou documento em que você consiga classificar as principais dívidas, considerando aquelas maiores (saldo devedor) e mais caras (CET). Sua situação precisa ser compreendida em termos de gravidade, não apenas quantidade.

Leia também: Falta dinheiro no fim do mês? Confira 3 dicas para mudar essa realidade

Como negociar dívidas: priorize o que é possível pagar

Uma das respostas para a avaliação do documento criado no item anterior, quando confrontado com a realidade de suas finanças será: “Eu não consigo pagar todas as dívidas e ainda assim continuar com o meu dia a dia sem me endividar ainda mais”. Agora você assume isso e sabe exatamente por que as contas não fecham.

O passo a ser dado agora envolve priorizar o pagamento das dívidas possíveis, ao mesmo tempo em que você age em duas outras frentes:

1. Renegocia as dívidas mais complicadas (falaremos disso no item seguinte);

2. mantém as contas sob controle para não incorrer em novas dívidas durante o processo de saneamento e controle de danos.

Quanto mais dívidas você conseguir honrar, melhor vai ficar o seu quadro de endividamento (sim, o que você aprendeu a criar no item anterior). Agora é hora de parar de “atirar para todo lado” e “atirar para matar”, ou seja, acabar de vez com as dívidas que podem ser eliminadas.

Neste ponto, considere inclusive usar seus bens e itens que não usa mais ou que podem estar “sobrando”, principalmente depois de sua reavaliação de prioridades/necessidades. Talvez a moto possa ser vendida; quem sabe algumas coisas em casa não possam ser negociadas? Vale tudo aqui, inclusive o esforço para gerar renda extra.

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Como negociar dívidas: renegocie o que parece impossível

Órgãos de proteção ao crédito, como Serasa, Boa Vista e SPC, por exemplo, podem ser muito úteis na renegociação, intermediando ofertas entre você e as empresas para as quais deve dinheiro.

O Procon também pode ser um ótimo aliado neste momento crítico, principalmente para sanar suas dúvidas sobre eventuais cobranças abusivas e também ajudando na negociação direta com a loja ou instituição. Pode ser que você consiga condições ainda melhores com a intervenção do Procon.

Neste passo, o objetivo é não deixar nenhuma conta sobre a mesa ou escondida na gaveta, mas dar movimento à sua vida financeira renegociando tudo que for possível para criar novos termos, estes sim capazes de serem honrados no decorrer dos meses/anos.

Também faz sentido avaliar a possibilidade de trocar uma dívida mais cara por uma mais barata, ou seja, usar o crédito de diferentes maneiras para levantar dinheiro mais barato e usá-lo para quitar as dívidas caríssimas. Atenção para não incorrer em novas dívidas enquanto toma estes passos.

Leia também: 5 dicas fundamentais para começar o ano com mais grana

Conclusão

Seu objetivo deve ser viver o menos endividado(a) possível. Um estilo de vida livre de dívidas não é apenas desejável como também psicologicamente favorável, o que significa que você viverá mais motivado, feliz e disposto a enfrentar novos desafios – o que o fará crescer em todos os aspectos, inclusive o financeiro.

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