Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no primeiro trimestre deste ano somaram 23,3 bilhões de reais, alta de 22% sobre o mesmo período do ano passado, afirmou o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, nesta quinta-feira.
As aprovações de crédito avançaram 91% no período, para 24,7 bilhões de reais, enquanto as consultas por financiamentos subiram 68%, para 61 bilhões de reais.
O BNDES também divulgou nesta quinta lucro líquido recorrente de 2,7 bilhões de reais nos três meses encerrados em março, uma alta ano a ano de 58,8%.
“O resultado do banco foi extraordinário, consistente, sólido e promissor”, disse Mercadante a jornalistas após a apresentação do balanço.
Segundo Mercadante, o banco de fomento está em busca de novas fontes de financiamento para acelerar o ritmo de empréstimos esse ano.
O BNDES espera captar no exterior 4,6 bilhões de dólares, mas parte desses recursos podem estar disponíveis só em 2025.
![(Imagem: Facebook/ BNDES)](https://media.dinheirama.com/medias/uploads/2023/07/20230717-bndes-4-1024x576.jpg)
No primeiro trimestre, a captação foi de 200 milhões de dólares, sendo que outros 1,6 bilhão dependem de questões burocráticas para serem viabilizados, segundo Mercadante.
Já a carteira de participações societárias do BNDES ficou estável no período e atingiu 78 bilhões de reais.
Ajuda ao Sul
O presidente do BNDES afirmou que o banco não medirá esforços para ajudar as empresas gaúchas afetadas pelo temporal da última semana que já matou mais de 100 pessoas e deixou um enorme rastro de destruição.
Algumas medidas de socorro já foram anunciadas nessa quinta-feira pelo governo federal que englobam os bancos públicos federais, entre eles, o BNDES.
O governo se comprometeu a injetar 500 milhões de reais no FGI PEAC, e o banco estima que esses recursos podem alavancar 5 bilhões em empréstimos a empresas afetadas pela enxurrada.
O programa de ajuda prevê ainda a suspensão por 12 meses do pagamento de empréstimos de empresas com CNPJ no Estado do Rio Grande do Sul contratados juntos ao banco de fomento.
![Vista aérea de pessoas em botes buscando por pessoas isoladas em meio à inundação na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)](https://media.dinheirama.com/medias/uploads/2024/05/20240507-rio-grande-do-sul-1024x576.jpg)
Essas empresas poderão após um ano diluir o que deixou de ser pago no período ou conseguir mais um ano de prazo para quitar o passivo. Caberá à empresa escolher o que for melhor para ela.
O banco tem em carteira um saldo de 22 bilhões de reais em recursos empréstimos e um total de 56 mil operações.
Segundo Mercadante, a medida pode dar um alívio de caixa para as empresas gaúchas de 7,6 bilhões de reais. “Estamos dando até um ano de suspensão do pagamento da dívida com BNDES e isso pode beneficiar mais de 50 mil micro e pequenas empresas.
Tem ainda o aporte da Fazenda de 500 milhões no fundo garantidor. É dinheiro novo, podemos ter novas medidas. O BNDES não vai poupar esforços para ajudar a reconstruir o Rio Grande do Sul.”