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Dizer não e priorizar a si mesmo pode gerar mais ganhos do que você pensa

por Janaína Gimael
Dizer não e priorizar a si mesmo pode gerar mais ganhos do que você pensa

Ao longo dos anos tenho percebido que há no mundo pessoas com tendências mais “cuidadoras”: aquelas que gostam de proteger e resolver os problemas dos outros. E naturalmente também há as que preferem receber e pedir por cuidados o tempo todo.

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Como tudo na vida, equilíbrio seria a melhor coisas nestes casos, já que quem cuida demais dos outros acaba esquecendo de si e quem está acostumado a ser cuidado o tempo todo não consegue resolver os próprios problemas e sempre tenta achar aquela mão amiga de um cuidador nas horas de sufoco. Vale para situações relacionadas ao dinheiro também.

Tenho visto muitos casos de um lado e de outro e muitas vezes penso que estas pessoas, agora adultas, apenas perpetuam as atitudes que tinham – ou foram ensinadas a ter- quando crianças. É por isso que sempre vale a pena falar sobre como é importante estarmos atentos ao que vem sendo repassado aos pequenos ao nosso redor.

É um papo nem sempre fácil e não existem receitas prontas, mas pensar de forma mais “neutra” e até teórica pode ajudar um pouquinho na prática. É mais ou menos aquela história de tornar consciente o que até então não está. Desta forma, quando a situação aparecer, você tenderá a lembrar do que refletiu a respeito e pode tentar fazer diferente!

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Separei alguns casos para exemplificar:

A criança que precisa ser sempre boazinha e ajudar a todos

Qual o peso de ter que ser sempre perfeito, ouvir os conselhos e seguir os caminhos impostos pelos adultos e não poder falar “não”? Financeiramente falando, esta situação é bem complicada, pois muitas vezes os bonzinhos deixam de lado os próprios sonhos para realizar na maior parte do tempo os sonhos dos outros.

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Já ouvi uma história de alguém que a vida toda havia ajudado os parentes, arrumado a casa de um e de outro, ajudando com milhares de coisas e, quando mais velho, não havia conseguido um próprio canto para chamar de seu porque ao longo dos anos achava egoísmo priorizar a si mesmo. É preciso estimular a bondade, o auxílio aos outros, mas não a ponto de desvalorizar os sonhos individuais de cada um, entende?

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Dizer não: A criança que recebe tudo nas mãos o tempo todo

Não ter que batalhar por nada durante a vida também é um caminho perigoso a ensinar, pois o mundo externo não costuma dar tudo nas mãos de alguém, pelo contrário, exige esforço, flexibilidade e resiliência; características que muitas vezes alguém até tem, mas por falta de necessidade em praticar, acabou esquecendo.

Quantos adultos não se perdem ao não poder contar mais com a estabilidade dos pais? Não é melhor deixar ao menos algumas brechas para a criança cair e levantar? Conheço quem não saiba fritar um ovo literalmente porque a vida toda os pais fizeram tudo.

Neste caso, o que parece amor pode ser muito prejudicial, pois é preciso que saibamos nos virar minimamente na vida. Quantas são as histórias que ouvimos de filhos adultos que se apoiam na aposentadoria dos pais porque a vida inteira foram acostumados a viver sob a tutela deles?

Dizer não: Pais que ensinam que ter é mais importante que ser

Precisamos falar do consumismo exagerado também. Quando possuir bens é mais importante do que ser alguém admirável (e isso não tem a ver com dinheiro), fica difícil estimular o consumo consciente, tão necessário em tantas fases da vida para quem quer alcançar equilíbrio financeiro.

Quem cresce entendendo que é preciso comprar o tempo todo, ou que fulano é melhor que sicrano apenas porque um é rico e o outro não, vai ter que lidar com valores deturpados e pode até se tornar um comprador compulsivo ou um alguém que está sempre no vermelho. Ensinar que não se pode ter tudo – e que ter tudo nem sempre é saudável ou preciso – é muito importante porque se trata de ensinar a priorizar.

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Pais que dizem que dinheiro é coisa de gente ruim

Outro ponto importante é quando alguém cresce vendo o dinheiro como algo ruim e os ricos e/ou empreendedores como pessoas do mal. Este tipo de coisa acaba funcionando como um limitador gigantesco da própria prosperidade e muitas vezes a pessoa nem sabe o porquê.

Sem querer, um milhão de atos de auto sabotagem podem acontecer e a pessoa não segue em frente financeiramente ou na carreira porque acha que é ruim adquirir fortuna e sucesso. É preciso ensinar, ao contrário, que dinheiro é ótimo! Que pode ajudar a realizar sonhos, que pode auxiliar muitas pessoas e projetos, que pode proporcionar conforto a quem se ama.  Só não pode ser a única finalidade da vida.

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Que tal ensinar a pescar em vez de dar o peixe?

As pessoas mais fortes e flexíveis que conheço tiveram que aprender a “arte da pesca” no lugar de receber o peixe de graça.

Não significa que você não deva ajudar, pelo contrário. Significa que você deve estimular e auxiliar as crianças – com todo carinho obviamente – a se tornarem adultos que consigam enfrentar o mundo e as eventuais dificuldades, até porque o mundo não será tão carinhoso quanto a sua casa. E cá entre nós, eu nem preciso dizer nada disso porque você já sabe e provavelmente já viveu isso na pele em algum momento.

Dizer não: Cuide-se antes e não se sinta egoísta por isso

Todas essas reflexões até aqui ajudam a lembrar de algo essencial e que pode parecer egoísmo, mas não é. Outro dia vi uma postagem de uma planejadora financeira que dizia “Preocupe-se primeiro em construir uma reserva financeira para você e não para seus filhos.” Parece um pouco egoísta? Eu acredito que faz todo sentido. Não adianta gerar todo um patrimônio para os filhos e esquecer de si mesmo.

Quer melhor presente que envelhecer bem e não depender do auxílio das crianças no futuro? Ajude-as a conseguir o próprio dinheiro, ajude-as a trilhar os caminhos da melhor forma, mas use o seu dinheiro para garantir a própria estabilidade. Desta forma, você também as libera para viver os próprios sonhos no futuro porque elas não precisarão ajudá-lo financeiramente também.

E cá entre nós, quem aprende a ganhar, a ir atrás das coisas e não desistir estará salvo em qualquer situação, muito mais que quem ganha tudo nas mãos e corre o risco de eventualmente perder. É mais ou menos como a história da máscara de oxigênio no avião que todo mundo fala… a ordem correta para que tudo funcione melhor no caos é colocá-la primeiro em você e depois ajudar os demais!

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