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Dólar cai sob influência de ata do Copom e exterior

Às 17h11, o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas caía 0,17%, a 105,010

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/Freepik/@jcomp)

O relativo alívio trazido pela ata do último encontro do Copom, divulgada pela manhã, e a queda do dólar (USDBRL) ante a maior parte das demais divisas no exterior fizeram a moeda norte-americana fechar a terça-feira em baixa no Brasil.

O dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,1300 reais na venda, em baixa de 0,42%. Em maio, a divisa acumula queda de 1,21%.

Às 17h04, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,53%, a 5,1380 reais na venda.

Divulgada antes da abertura do mercado, a ata do último encontro do Comitê de Política Monetária(Copom) do Banco Central esclareceu que os quatro dirigentes que votaram por corte de 50 pontos-base da taxa básica Selic todos indicados pelo governo Lula estavam preocupados com o cumprimento do forward guidance (indicação futura) do BC, que havia apontado para corte de 0,50 ponto neste encontro de maio.

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Por outro lado, os cinco dirigentes que votaram por corte de 25 pontos-base todos indicados antes do governo Lula estavam mais preocupados, conforme a ata, com a credibilidade em si do BC no combate à inflação, deixando em segundo plano o guidance.

Atualmente, a Selic está em 10,50% ao ano.

As explicações técnicas sobre a divergência entre os membros do Copom reduziram em parte os receios de que em 2025, quando se tornar maioria, o grupo de indicados por Lula será mais vulnerável à influência política em suas decisões.

Com isso, surgiu um movimento de retirada de prêmios na curva de juros brasileira e uma pressão de baixa para o dólar ante o real.

A moeda norte-americana chegou a subir pontualmente ante o real após a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA, às 9h30, mas as cotações voltaram para o território negativo na sequência, em sintonia com o exterior e com a mensagem da ata do Copom.

(Imagem: Reprodução/REUTERS/Adriano Machado)
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Adriano Machado)

O PPI subiu 0,5% em abril, depois de cair 0,1% em março.

“Vi um fortalecimento pontual dos rendimentos dos Treasuries após o PPI, porque os números vieram acima do esperado. Mas os (rendimentos dos) Treasuries viraram, e o dólar passou a acompanhar, perdendo força”, afirmou o diretor da assessoria de câmbio FB Capital, Fernando Bergallo, acrescentando que a ata do Copom ajudou a amenizar o mal-estar que permeava o mercado de câmbio no Brasil.

“O compromisso com o fiscal e com a inflação, que se mostrou consenso (no Copom), mantém o suporte para os juros curtos, aliviando muito os vencimentos mais longos. Isso naturalmente promove um movimento favorável na bolsa e no câmbio”, acrescentou.

Ainda assim, o dólar oscilou em margens estreitas no Brasil, com investidores à espera da divulgação, na quarta-feira, do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA dado bastante aguardado por quem deseja calibrar as apostas sobre o futuro dos juros norte-americanos.

O dólar à vista oscilou entre a máxima de 5,1618 reais (+0,20%) às 9h30, sob efeito do PPI, e a mínima de 5,1237 reais (-0,54%) às 11h11.

No exterior, o dólar cedia no fim da tarde ante as moedas fortes e a maioria das divisas de exportadores de commodities e emergentes.

Às 17h11, o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas caía 0,17%, a 105,010.

Pela manhã o BC vendeu todos os 12.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados para rolagem dos vencimentos de julho.

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