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EUA expressam preocupação com mortes de palestinos enquanto número de vítimas fatais em Gaza chega a 11 mil

As Forças militares de Israel disseram mais tarde que um projétil lançado por militantes palestinos em Gaza falhou e atingiu Shifa.

por Reuters
3 min leitura
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa)

Os Estados Unidos expressaram nesta sexta-feira preocupação crescente com o número cada vez maior de mortos palestinos na Faixa de Gaza, onde autoridades de saúde disseram que o número de vítimas fatais em uma onda de bombardeios israelense que já dura cinco semanas ultrapassou 11 mil.

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Os combates entre as forças israelenses e os militantes do Hamas aumentaram perto e ao redor dos hospitais sitiados e superlotados da Cidade de Gaza, que autoridades palestinas disseram ter sido atingidos por explosões e tiros.

Em seus comentários mais vigorosos até hoje sobre a situação dos civis pegos no fogo cruzado em Gaza, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse aos jornalistas durante uma visita à Índia: “Palestinos demais foram mortos; muitos sofreram nas últimas semanas”.

Blinken saudou as pausas humanitárias israelenses de quatro horas, anunciadas pela Casa Branca na quinta-feira, mas disse a jornalistas que são necessárias mais ações para proteger os civis de Gaza.

Israel tem enfrentado pedidos crescentes de moderação em sua guerra de um mês com o Hamas, mas diz que os militantes, que atacaram Israel em 7 de outubro e fizeram reféns, explorariam uma trégua para se reagrupar.

“Israel está agora lançando uma guerra contra os hospitais da Cidade de Gaza”, disse Mohammad Abu Selmeyah, diretor do hospital Al Shifa.

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Ele disse mais tarde que pelo menos 25 pessoas foram mortas em ataques israelenses à escola Al-Buraq, na Cidade de Gaza, onde estavam abrigadas pessoas cujas casas foram destruídas.

Autoridades de Gaza disseram que mísseis caíram no pátio de Al Shifa, o maior hospital do enclave, nas primeiras horas da manhã, danificaram o Hospital Indonésio e supostamente incendiaram o hospital pediátrico de câncer Nasser Rantissi.

(Imagem: Reprodução/ REUTERS/Anas al-Shareef)
(Imagem: Reprodução/ REUTERS/Anas al-Shareef)

As Forças militares de Israel disseram mais tarde que um projétil lançado por militantes palestinos em Gaza falhou e atingiu Shifa.

Os hospitais ficam na região norte de Gaza, onde Israel diz que estão concentrados os militantes do Hamas que atacaram seu território no mês passado, e estão cheios de deslocados, assim como de pacientes e médicos.

O porta-voz do governo israelense, Eylon Levy, disse que a sede do Hamas ficava no porão do hospital Shifa, o que significava que o hospital poderia perder seu status de proteção e se tornar um alvo legítimo.

Israel diz que o Hamas esconde armas em túneis sob hospitais, acusações que o grupo nega.

Os tanques israelenses, que avançam pelo norte de Gaza há quase duas semanas, assumiram posições em torno do hospital de câncer Nasser Rantissi, assim como do hospital Al-Quds, alertaram equipes médicas anteriormente. 

O porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al-Qidra, disse que Israel bombardeou as instalações de Shifa cinco vezes.

“Um palestino foi morto e vários ficaram feridos no ataque matinal”, disse ele por telefone. Vídeos verificados pela Reuters mostraram cenas de pânico e pessoas cobertas de sangue.

Autoridades palestinas disseram nesta sexta-feira que 11.078 moradores de Gaza foram mortos em ataques aéreos e de artilharia desde 7 de outubro.

Nesta sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que cerca de 1.200 pessoas foram mortas, a maioria civis, no ataque do Hamas em 7 de outubro, uma revisão do número de mortos anterior, embora tenha acrescentado que isso pode mudar novamente assim que todos os corpos forem identificados.

(Imagem: Reprodução/REUTERS/Amir Cohen)
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Amir Cohen)

Israel também afirmou que cerca de 240 pessoas foram feitas reféns pelo Hamas em 7 de outubro, enquanto 39 soldados foram mortos em combate desde então.

A Cruz Vermelha Palestina disse que as forças israelenses estavam disparando contra o hospital Al-Quds e houve confrontos violentos, com uma pessoa morta e 28 feridas, a maioria delas crianças.

O porta-voz do Exército israelense, tenente-coronel Richard Hecht, disse em um briefing noturno que o Exército “não dispara contra hospitais. Se virmos terroristas do Hamas atirando a partir de hospitais, faremos o que for necessário. Estamos cientes da sensibilidade (dos hospitais), mas, novamente, se virmos terroristas do Hamas, nós os mataremos.”

A Casa Branca disse na quinta-feira que Israel concordou em interromper as operações militares em partes do norte de Gaza durante quatro horas por dia, e o Exército disse que os palestinos na sexta-feira foram autorizados a sair por mais de sete horas ao longo de uma estrada ao sul, mas não havia sinal de um alívio na luta.

Palestinos disseram que um míssil israelense atingiu a estrada usada pelas pessoas para fugir para o sul e a imprensa dirigida pelo Hamas disse que três pessoas foram mortas.

Mas as retiradas de Gaza para o Egito de portadores de passaportes estrangeiros e de palestinos que necessitam de atendimento médico urgente foram suspensas nesta sexta-feira.

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