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Exportação de café atinge recorde na safra 23/24, diz Cecafé

O Brasil fechou a safra 2023/24 com embarques totais de café de 47,3 milhões de sacas, um volume recorde e 3,6% maior que a máxima histórica anterior

por Reuters
Café robusta no Espírito Santo

 As exportações de café verde do Brasil atingiram 3,297 milhões de sacas de 60 kg em junho, um crescimento de 43,8% na comparação anual e marcando um novo recorde para o mês, na esteira da crescente demanda pelo grão brasileiro e apesar de problemas logísticos persistentes, disse nesta quarta-feira o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

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Os embarques totais, que incluem o café solúvel e industrializado, avançaram 35,7% em relação a junho do ano passado, para 3,573 milhões de sacas, um volume também recorde para o período, segundo dados do Cecafé.

“Do lado bom, o Brasil, com uma safra melhor, após dois ciclos de colheita menor, ampliou seu market share no comércio global, ocupando espaços deixados por oferta reduzida de outros produtores, como Indonésia e Vietnã, principalmente com o conilon e o robusta nacionais”, destacou o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira.

As exportações de café verde arábica somaram 2,48 milhões de sacas em junho, alta de 20,3%, enquanto as de robusta saltaram 254,5%, para 817,83 mil sacas.

Com isso, o Brasil fechou a safra 2023/24 com embarques totais de café de 47,3 milhões de sacas, um volume recorde e 3,6% maior que a máxima histórica anterior de 45,675 milhões de sacas no ciclo 2020/21.

Em receita, as exportações brasileiras da commodity subiram 20,7% nos últimos 12 meses encerrados em junho passado. O valor saltou de 8,142 bilhões de dólares na temporada 2022/23 para os atuais 9,826 bilhões de dólares. Essa cifra é a maior na história do levantamento das exportações brasileiras de café, iniciado em 1990, apontou o Cecafé.

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Café robusta no Espírito Santo
Café robusta no Espírito Santo (Imagem: Reuters)

O presidente do Cecafé ressaltou, porém, que os exportadores continuam enfrentando “intensos gargalos logísticos”, com problemas no exterior devido à permanência de conflitos geopolíticos e, internamente, com o esgotamento do Porto de Santos, “o que tem gerado altos custos adicionais e imprevistos aos exportadores”.

Conforme números do Boletim Detention Zero (DTZ), elaborado pela ElloX Digital em parceria com o Cecafé, 254 navios destinados à exportação de café sofreram atrasos ou alterações de escala nos portos brasileiros em junho, o equivalente a 62% dos 413 porta-contêineres movimentados no mês passado.

Somente em Santos, foram 118 embarcações que tiveram atraso no processo de embarque, ou 82% do total.

O Porto de Santos segue como o principal ponto de exportação de café do Brasil, tendo embarcado em 23/24 68,9% de todo o volume comercializado.

Apesar disso, o percentual registrado na última safra é o menor da história, “o que evidencia o seu esgotamento e sinaliza mais dificuldades para o segundo semestre, quando aumentam as exportações de cargas conteinerizadas”, disse o Cecafé.

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