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Fed confia em desinflação apesar de dúvidas, diz ata

Autoridades do Fed também afirmaram que ganhar "maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%

por Reuters
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As autoridades do Federal Reserve indicaram em sua última reunião de política monetária que ainda acreditavam que as pressões sobre os preços diminuirão, ainda que lentamente, mesmo reconhecendo a decepção com as recentes leituras de inflação, de acordo com a ata da reunião de 30 de abril a 1º de maio do banco central dos Estados Unidos.

“Os participantes … destacaram que continuam a esperar que a inflação retornará a 2% no médio prazo“, disse a ata, mas que “a desinflação provavelmente levará mais tempo do que se pensava anteriormente”.

Embora a resposta da política monetária por enquanto “envolva a manutenção” da taxa de juros de referência do banco central em seu nível atual, a ata, divulgada nesta quarta-feira, também refletiu a discussão sobre possíveis novos aumentos.

“Vários participantes mencionaram a disposição de apertar ainda mais a política monetária caso os riscos para a inflação se materializem de forma que tal ação se torne apropriada”, disse o texto, empregando termos que não se encaixam no conjunto usual de palavras, como “alguns”, “muitos” e a “maioria”, usadas na ata para dar uma ideia de quantas autoridades expressaram uma opinião específica.

A ata também refletiu o debate sobre o grau de restrição atual da política monetária em função da força da economia, uma discussão importante dada a necessidade de que seja “suficientemente” restritiva para conter a inflação.

Desde essa reunião, as autoridades reduziram as expectativas de cortes iminentes na taxa de juros, que investidores agora veem começando em setembro.

Porém, mesmo reconhecendo o risco de que as pressões inflacionárias voltem a se acumular na economia, as autoridades do Fed consideraram os dados do início do ano como um revés temporário na batalha para que a inflação volte a atingir a meta de 2% do banco central.

A reunião foi a sexta consecutiva em que não houve alteração na taxa básica de juros.

Neste momento, as autoridades parecem propensas a manter a taxa básica do Fed na faixa de 5,25% a 5,50% até setembro, pelo menos, depois que a confiança na redução das pressões sobre os preços foi abalada por uma inflação maior do que a esperada nos três primeiros meses deste ano.

Nas semanas após a decisão surgiram alguns sinais de que a inflação está novamente diminuindo, a demanda está se abrandando e o mercado de trabalho está mais equilibrado.

As autoridades do Fed estão observando atentamente os sinais de uma possível desaceleração do consumo, e os avisos das empresas voltadas para o consumidor apontam nessa direção.

Autoridades do Fed também afirmaram que ganhar “maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%” um padrão para a mudança para cortes nos juros que eles incorporaram em suas declarações de política monetária desde janeiro levará mais tempo.

Veja a Ata do Fed

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