A Gerdau (GGBR3; GGBR4) espera ter um resultado operacional adicional de 235 milhões de dólares por ano com um novo projeto de mineração que deve entrar em operação no final de 2025, afirmaram executivos da companhia nesta quarta-feira.
A empresa anunciou mais cedo projeto que vai elevar a capacidade de produção de minério de ferro da mina em Miguel Burnier (MG) para 5,5 milhões de toneladas, após um investimento de 3,2 bilhões de reais a ser desembolsado entre este ano e 2026.
“No longo prazo, esperamos que quando o projeto estiver em ramp up gere em torno de 230 milhões de dólares de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) a mais do que hoje”, disse o diretor financeiro da Gerdau, Rafael Japur, durante entrevista a jornalistas após a publicação dos resultados de segundo trimestre da Gerdau na noite da véspera.
Segundo Japur, o projeto permitirá à companhia usar minério de melhor qualidade na usina de Ouro Branco (MG), com teor de 65% de ferro, reduzindo o consumo pelo alto-forno da instalação de pelotas, material que a empresa compra de terceiros.
“Vamos reduzir em 1 milhão de toneladas o consumo de pelotas no longo prazo”, afirmou o executivo.
Após o projeto de mineração, a usina de Ouro Branco também vai se dedicar totalmente à produção de produtos acabados de aço, como fio-máquina, perfis estruturais e chapas grossas.
Atualmente, 15% a 20% da produção da usina é dedicada para semiacabados que são principalmente exportados para operações da própria Gerdau na América do Sul.
Questionado sobre o cenário de preços e demanda por aço no Brasil, o presidente-executivo da Gerdau, Gustavo Werneck, afirmou que espera estabilidade nos próximos meses em relação aos níveis de junho e julho.
