O senador Eduardo Girão (Novo-CE) relatou a visita que fez a Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na última segunda-feira (1º), no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
Silvinei foi detido em agosto de 2023, acusado de usar a PRF para interferir no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
A visita foi autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
O senador expressou preocupação com a saúde do ex-diretor da PRF que, segundo ele, está debilitado e com sinais de depressão.
Girão classificou a prisão de Silvinei como uma “injustiça cruel e arbitrária” e criticou o que chamou de “completa inversão de valores”.
Ele acusou os ministros do STF de abusos de autoridade e disse que há omissão do Senado “em cumprir seu dever constitucional”, julgando o impeachment dos integrantes do Supremo.
O famigerado inquérito de 8 de janeiro é um verdadeiro festival de injustiças e arbitrariedades que tenta impor a narrativa insustentável de que pessoas portando bandeira do Brasil e Bíblia seriam perigosas terroristas, capazes de derrubar um governo e destituir um Supremo Tribunal Federal em pleno domingo.
Isso poderia muito bem funcionar como o enredo de uma comédia, mas é, na realidade, uma grande tragédia — disse Girão em pronunciamento nesta terça-feira (2).
O parlamentar também mencionou o caso de Débora Rodrigues dos Santos, presa na Penitenciária Feminina do Distrito Federal há um ano e três meses após pichar uma estátua do STF no dia 8 de janeiro.
De acordo com o senador, Débora enfrenta acusações de crimes graves, incluindo tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito e associação criminosa.
Um único homem [Alexandre de Moraes], sem nenhuma legitimidade popular, vem ferindo frontalmente o Estado democrático de direito com a cumplicidade silenciosa de parte expressiva da grande mídia brasileira e a omissão do Senado Federal, que foge ao seu dever constitucional de abrir um processo de impeachment.
Até quando, até quando esta Casa vai continuar suportando tantas e tão graves injustiças, sendo humilhada dia sim, dia não?