O Ibovespa (IBOV) buscava uma melhora nesta terça-feira, apoiado principalmente em ações de bancos, com destaque para a alta de mais de 2% das preferenciais do Bradesco, mas a desempenho era pressionada pelo declínio dos papéis da Vale acompanhando a queda do minério de ferro na China.
A temporada de resultados no Brasil também ocupava as atenções, com Carrefour Brasil disparando 8% após o balanço mostrar prejuízo líquido de 565 milhões de reais no quarto trimestre, mas Ebitda ajustado de 1,88 bilhão de reais.
Às 11:01, o Ibovespa subia 0,1%, a 129.168,02 pontos. Mais cedo, na mínima, chegou a cair a 128.326,04 pontos. Na máxima, chegou a 129.307,2 pontos. O volume financeiro somava 3 bilhões de reais.
Ainda no exterior, a China anunciou nesta terça-feira uma redução de 25 pontos-base na taxa primária de empréstimos (LPR) de cinco anos, sendo a maior desde que ela foi adotada em 2019 e muito mais do que os analistas esperavam.
Em nota a clientes, economistas do Bradesco destacaram que o corte visa impulsionar o mercado imobiliário chinês, mas investidores seguem receosos com sua eficácia na atividade chinesa e esse sentimento se refletiu na queda do preço do minério de ferro nesta sessão.
Destaques
Itaú (ITUB4) ganhava 1,09%, a 35,30 reais, enquanto Bradesco (BBDC4) subia 2,20%, a 13,95 reais. Analistas do Goldman Sachs elevaram a recomendação das ações do Bradesco para “neutra” ante “venda”, e mantiveram o preço-alvo dos papéis em 14 reais, ponderando que ainda há um “longo caminho para a recuperação” do banco, mas que os riscos negativos estão provavelmente precificados. Banco do Brasil (BBAS3) tinha elevação de 1,37%, a 59,73 reais. Analistas do Citi cortaram o preço-alvo dos papéis para 67 reais, mas reiteraram “compra” para os mesmos.
Carrefour (CRFB3) subia 7,93%, a 11,70 reais, mesmo após um prejuízo líquido de 565 milhões de reais no quarto trimestre, contra lucro de 426 milhões de reais um ano antes, em resultado afetado por custos decorrentes do fechamento de lojas físicas.
O Ebitda ajustado, por sua vez, somou 1,88 bilhão de reais no trimestre, acima da média das projeções compiladas pela LSEG, que apontava 1,72 bilhão de reais. Analistas do Bradesco BBI afirmaram ver tendências subjacentes positivas nos resultados do Carrefour Brasil, bem como uma melhoria sequencial. No setor, Assaí (ASAI3), que divulga seu resultado na quarta-feira, após o fechamento, era negociada em alta de 2,88%.
Vale (VALE3) caía 2,16%, a 66,03 reais, afetada pelo declínio dos futuros do minério de ferro na China, em meio a preocupações crescentes sobre as perspectivas de demanda naquele país, apesar de nova medida de Pequim para reanimar o mercado imobiliário. O contrato mais negociado na Dalian Commodity Exchange encerrou o dia com queda de 5,41%, a 909,5 iuanes (126,35 dólares) por tonelada, menor valor desde 1º de novembro.
Investidores também aguardam o balanço da Vale na quinta-feira e acompanham as movimentações em torno de uma eventual troca no comando da mineradora. Analistas da XP elevaram a recomendação dos papéis para “compra”, enquanto reduziram a de CSN para “neutra”. CSN (CSNA3) perdia 4,02%, a 18,16 reais. Usiminas (USIM5), por sua vez, subia 1,72%, a 10,07 reais, apoiada por relatório do Goldman Sachs elevando a recomendação das ações para “compra” e o preço-alvo a 14 reais.
Petrobras (PETR4) recuava 0,49%, a 42,69 reais, tendo de pano de fundo a queda do petróleo no exterior, com o barril de Brent em baixa de 0,53%, a 83,12 dólares.
Petz (PETZ3) avançava 7,74%, a 3,76 reais, tendo no radar comunicado da companhia, com data da véspera, de que o fundador e presidente-executivo da Petz, Sergio Zimerman, informou que sua participação acionária ultrapassou 10% envolvendo instrumentos derivativos referenciados em ações da companhia. Ele agora detém, direta ou indiretamente, cerca de 43% do capital social.