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Ibovespa: veja os 11 destaques de hoje; Azul cai mais de 4% 

O volume financeiro, contudo, permanece fraco: somou apenas 20,17 bilhões de reais, contra uma média diária no ano de 23,5 bilhões de reais

por Reuters
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O Ibovespa (IBOV) fechou com uma alta modesta nesta quarta-feira, mas confirmando o oitavo pregão seguido no azul, embora distante da máxima do dia, conforme movimentos de realização de lucros atenuaram o efeito benigno do viés positivo em Wall Street e do IPCA abaixo do esperado no mês passado.

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Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa encerrou com variação positiva de 0,09%, a 127.218,24 pontos, após chegar a 127.769,25 pontos na máxima da sessão.

Na mínima, marcou 126.928,28 pontos. É a maior série de altas desde maio de 2023, quando também subiu em oito sessões consecutivas.

O volume financeiro, contudo, permanece fraco: somou apenas 20,17 bilhões de reais, contra uma média diária no ano de 23,5 bilhões de reais.

“Era para o Ibovespa estar voando hoje, porque tudo está conspirando a favor, com exceção do preço do minério de ferro”, afirmou o chefe da EQI Research, Luís Moran, destacando o desempenho positivo das bolsas em Nova York, o alívio nos Treasuries, bem como a inflação abaixo do previsto no Brasil.

Para ele, o movimento mais contido na bolsa paulista refletiu realização de lucros. “Subiu muito rápido e muito forte. É uma realização, claramente. Mas tem papel que, mesmo tendo avançado bastante nesses últimos dias, ainda tem muito espaço pra subir”, ressaltou.

Finclass

Desde que atingiu a mínima do ano em 17 de junho, de 118.685,10 pontos no intradia, o Ibovespa recuou em apenas dois dos 17 pregões seguintes, acumulando até a máxima desta quarta-feira uma valorização de 7,65%.

De acordo com o sócio e chefe da área de análise da Levante Investimentos, Enrico Cozzolino, o IPCA abaixo do esperado foi uma notícia positiva nesta sessão, mas o Ibovespa permanece negativo no ano e tende a continuar à mercê da volatilidade ditada pelo exterior e por ruídos políticos no Brasil.

“Há uma falsa sensação de que o mercado está subindo muito”, afirmou, destacando que no final do ano passado o Ibovespa estava em 134 mil pontos. “Não estamos em um cenário de retomada econômica… ou de arrefecimento de juros, dólar ou mesmo ruídos políticos”, acrescentou.

Apesar da série de ganhos, o Ibovespa ainda acumula um declínio de 5,19% no ano.

Nesta quarta-feira, o IBGE divulgou uma alta de 0,21% no IPCA em junho, desacelerando frente ao avanço de 0,46% em maio e ficando abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, que apontavam alta de 0,32%. Em 12 meses, a taxa acelerou, ficando acima de 4%, mas o aumento foi menor que o esperado.

Os números endossaram a continuidade da queda das taxas dos contratos de DI, principalmente nos vencimentos mais longos, beneficiando ações de empresas sensíveis a juros, embora algumas tenham reduzido ou revertido ganhos durante a sessão.

No final do dia, a curva de DI precificava 90% de chance de manutenção da Selic em 10,50% no fim deste mês e possibilidade de 10% de alta de 25 pontos-base.

No início da semana passada, as apostas majoritárias eram de elevação da Selic — algo que o próprio Banco Central tem indicado que não está em seu cenário-base.

Destaques

LWSA (LWSA3) avançou 3,56%, tendo como pano de fundo relatório do BTG Pactual reiterando recomendação de “compra”, com os analistas afirmando que a queda acumulada no ano que deixou a ação perto do preço do IPO não faz sentido e que veem crescimento mais forte da empresa à frente.

Eztec (EZTC3) subiu 3,19%, com o setor de construção como um todo se beneficiando do alívio na curva de juros.

O índice do setor imobiliário, que inclui ainda empresas de shopping centers, fechou em alta de 0,6%.

MRV (MRVE3) ganhou 2,32%.

Santander Brasil (SANB11) encerrou em alta de 3,63%, capitaneando os ganhos dos grandes bancos de varejo no Ibovespa. Na sequência, Bradesco (BBDC4) subiu 1,69%, Banco do Brasil (BBAS3) avançou 1,56% e Itaú Unibanco (ITUB4) ganhou 1,06%.

Vamos (VAMO3) valorizou-se 1,99%, apoiada pelo alívio na curva de DI, mas também tendo no radar relatório do JPMorgan elevando a recomendação das ações para “overweight”, com preço-alvo de 13,50 reais um upside potencial de 49% frente à cotação de fechamento da véspera, de 9,06 reais.

Azul (AZUL4) caiu 4,83%, após cinco altas seguidas, com relatório do JPMorgan cortando a recomendação dos papéis para “neutra” e reduzindo o preço-alvo de 24,50 reais para 19 reais.

A Azul também afirmou na véspera que segue conversando com o Grupo Abra, holding controladora da Gol, mas que, até o presente momento, “não houve qualquer definição a respeito da implementação de qualquer negócio, tampouco estrutura”.

Vale (VALE3) fechou em queda de 1,35%, acompanhando o declínio dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com perda de 0,5%, a 834 iuanes (114,70 dólares) a tonelada.

Petrobras (PETR4) perdeu 0,94%, apesar da melhora dos preços do petróleo no exterior, onde o barril de Brent terminou negociado em alta de 0,5%, a 85,08 dólares.

A companhia assinou com a Yara Brasil um “master agreement” para estruturar potencial parceria de negócios em fertilizantes.

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