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Ibovespa: veja os 8 destaques desta quarta-feira; Magalu recua 4%

Por volta de 10:50, o Ibovespa caía 0,65%, a 121.532,94 pontos

por Reuters
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Ibovespa
Ibovespa
(Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) recuava nesta quarta-feira, em meio a preocupações com o quadro fiscal do país na esteira de novas declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que ofuscavam o resultado abaixo do esperado do IPCA-15, tendo de pano de fundo também alta nos rendimentos dos Treasuries e quedas em Wall Street,

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Por volta de 10:50, o Ibovespa caía 0,65%, a 121.532,94 pontos. O índice Small Caps perdia 1,26%, a 1.965,34 pontos. O volume financeiro somava 3,17 bilhões de reais.

De acordo com o superintendente da Necton/BTG Pactual, Marco Tulli, o IPCA-15 menor do que o previsto em junho foi uma boa notícia, mas afirmações de Lula resistindo a corte de gastos pesavam no sentimento dos agentes financeiros.

Em entrevista ao portal UOL, Lula afirmou que os gastos no Brasil estão muito aquém dos gastos de muitos países da OCDE, e descartou desvincular pensões e benefícios como o BPC da política de ganhos reais do salário mínimo. Ele também reiterou promessa de aumentar a faixa de isenção do IR.

“Não fosse a narrativa do presidente, estaríamos em mais um dia positivo”, afirmou Tulli.

No caso do IPCA-15, o IBGE divulgou uma alta de 0,39% em junho em relação ao mês anterior, quando avançou 0,44%, em resultado abaixo das previsões no mercado (+0,45%). Em 12 meses, porém, a medida avançou e voltou a ficar acima de 4%.

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Na visão da economista para Brasil do BNP Paribas, Laiz Carvalho, o dado não muda as expectativas de inflação para o ano, e assim não deve trazer nenhum alívio para o Banco Central. “Continuamos esperando (uma alta) de 4% para o IPCA esse ano… e também nenhum corte de taxa de juros em 2024”, afirmou.

Investidores também estão na expectativa de edição nesta quarta-feira, por Lula, de decreto que formalizará a meta contínua para a inflação, substituindo o atual sistema, que segue o ano-calendário. O presidente confirmou a mudança na entrevista ao UOL.

No exterior, a sessão era de alta nos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, com o Treasury de 10 anos marcando 4,3001%, de 4,238% na véspera, enquanto as bolsas em Nova York adotavam uma trajetória mista, com o S&P 500 perdendo 0,12%, mas o Nasdaq subindo 0,1%,.

Destaques

 Magazine Luiza (MGLU3) recuava 4,49%, em sessão negativa para ações sensíveis a juros diante do avanço nas taxas dos contratos de DI na esteira de receios fiscais e avanço nos rendimentos dos Treasuries. O índice do setor de consumo perdia 1,28%, enquanto o do setor imobiliário registrava declínio de 1,87%. MRV (MRVE3) caía 3,44%.

Itaú Unibanco (ITUB4) era negociada em baixa de 1,2%, em pregão negativo para bancos do Ibovespa, com Bradesco (BBDC4) cedendo 1,38%. Ainda no setor financeiro, B3 caía 2,33%, tendo ainda como pano de fundo que a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou projeto de lei que cria incentivos para a instalação de uma bolsa na cidade.

Vale (VALE3) avançava 0,45%, apoiada pela alta dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 3,4%, a 826 iuanes (113,67 dólares) a tonelada, seu nível mais alto desde 21 de junho. O avanço do dólar ante o real era mais um componente benigno.

Suzano (SUZB3) valorizava-se 3,04%, favorecida pela alta de cerca de 1% do dólar frente ao real. Também no radar estava o anúncio de que as operações de sua nova fábrica de celulose no Mato Grosso do Sul, conhecida como Projeto Cerrado, iniciarão ao longo do mês de julho — e não mais junho como previsto anteriormente. Klabin (KLBN11) subia 1,16%.

Petrobras (PETR4) caía 0,76%, conforme os preços do petróleo no exterior também perderam o fôlego, com o barril do Brent registrando variação negativa de 0,21%, a 84,83 dólares. Na máxima, mais cedo, chegou a subir a 85,76 dólares.

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