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Legado: 3 lições mágicas (e simples) deixadas pelo meu falecido pai

por Fabiano Santana
3 min leitura

Sim, é triste e dói muito no coração. Só quem passou por isso conhece tal sentimento. Porém, o ponto principal aqui que eu aprendi ao longo da minha jornada, e principalmente no Coaching e nos estudos e práticas de Autoconhecimento, é colher os aprendizados, as resultantes e crescer com os desafios e momentos difíceis. Faz sentido para você?

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A nossa vida é repleta desses momentos tenebrosos, já parou para pensar nisso? E na grande maioria das vezes o que vemos são as pessoas reclamando, se revoltando. O que acontece na prática? Mais e mais situações desconfortáveis se apresentam como um sinal dizendo: “Oh meu querido, ou você aprende a lição ou vai passar pela experiência novamente”.

Veja por exemplo o cenário das multas e radares. Se o radar é de 60 km/h e você passar a 80 km/h, você vai ser multado. E isso se repetirá eternamente até que o camarada aprenda que se ele não passar por ali a menos de 60 km/h ele vai continuar sendo multado.

Do meu ponto de vista, ainda que restrito, parece-me lógica essa razão: enquanto não aprendemos com um fato ou experiência, aquilo se repetirá. A famosa escola da vida, já ouviu alguém falar disso, não é mesmo?

E existem alguns aprendizados que nós, seres humanos, costumamos colher somente quando alguns extremos acontecem. É o famoso “tem que perder para dar valor”. É um ditado popular, porém podemos também aprender sem perder. Na prática não é tão simples assim, mas é possível, com certeza.

Muitos diriam “Perdi meu pai”. No meu caso, gostaria de convidá-lo para ressignificar essa frase dizendo: “Ganhei um Pai Exemplar durante 35 anos na minha vida”. Apenas para contextualizar, hoje tenho 35 anos e foi exatamente nessa fase da minha vida que meu pai partiu dessa para melhor.

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Sim! Durante 35 anos da minha vida, tive o privilégio de ter um pai maravilhoso, e nessa nova jornada em que ele se encontra, deixa também algumas lições que gostaria de compartilhar com você.

O convite, se me permite, é que você sinta com o coração, e se fizer sentido para você, compartilhe com seus amigos. Mais do que isso, corre lá hoje mesmo e aproveite seu pai se ele ainda está vivo; caso não esteja, faça isso com outra pessoa que ama.

Lição 1: Jamais julgue algum ser humano

A verdade é simples: você não tem a mínima ideia do que se passa na cabeça do próximo e das lutas que a pessoa está passando e/ou já passou.

Mas Fabiano, eu vivi 50 anos ao lado da pessoa e sei exatamente como ele pensa, seus desafios e suas vitórias! Pode até saber algumas coisas, mas não saberá tudo, pois cada ser é único. É virtude não julgar! Cuidado ao criar rótulos para as pessoas.

Veja esse exemplo: sempre via meu pai como uma pessoa mais rígida ou um pouco mais direta ao ponto às vezes, sempre um tubarão no mundo dos negócios (muito bem-sucedido por sinal).

E ao ter criado esse rótulo do meu pai pensei: “Poxa, será que no velório dele os amigos virão? Será que terá bastante gente?”. Meu receio era ver um velório vazio. Conclusão: nunca vi um velório tão cheio em todos os 35 anos da minha vida. Amigos e parentes do Brasil todo, outros estados, cada um contando suas histórias de alegria e convívio com o meu pai. Primeiro “tapa na cara” que levei.

Lição 2: Nunca é tarde para dizer “Eu te amo” e dar um beijo na pessoa que você ama

Nunca fui um filho muito carinhoso também, daqueles que abraçam e beijam. Fui construindo isso aos poucos e, mesmo assim, de uma forma um pouco tímida. Lembro da fase em que eu não conversava com meu pai, aquela fase de jovem revoltado onde só você está certo e o mundo todo está errado.

Bom, tive a sorte de, naquele momento, ter uma aula em um curso de autoconhecimento que faço há muito tempo que me mostrou que nada é por acaso, que todos têm uma importância universal e todos estamos aprendendo nessa escola da vida uns com os outros. Foi o suficiente para fazer com que eu pedisse desculpas e começasse a cultivar o Respeito.

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Mais recentemente, tive o privilégio também de começar a dizer mais “Eu te amo”, beijar, abraçar e até escrever uma carta de agradecimento, cuja entrega fora marcada com a gravação de um vídeo. Qual o valor desse vídeo? Será que tem dinheiro que pague?

Conclusão: mesmo que a vida te afaste da pessoa que você ama, dos amigos, da família, nunca se esqueça de que tudo pode ser reconstruído. Não podemos fazer um novo começo, mas o final da história ainda não está escrito! Corre lá, abraça, beija, diz eu te amo e ressignifique!

Lição 3: A felicidade geralmente está nas coisas simples

Pense em uma pessoa que nunca teve uma roupa de marca, nem um relógio daqueles maravilhosos e muito menos frequentou aqueles restaurantes que cobram R$ 200,00 por um prato de comida. E, ao mesmo tempo, muito bem-sucedido, com condições de fazer tudo isso diariamente.

Não estamos levando em conta aqui o que é certo ou errado, pois isso é relativo, é o ponto de vista de cada pessoa. Existem pessoas que praticam isso todos os dias e são totalmente infelizes, cheios de doenças e problemas com a família. O conceito de felicidade é individual e cabe a nós respeitar a tudo e a todos.

O alerta aqui é outro. Eu aprendi que às vezes buscamos muito a felicidade no material e nas coisas externas, na construção de uma imagem tipo “casa bonita e carrão na garagem”, mas isso não é nem de longe suficiente.

Por vezes, cultivar o simples, usar o disponível de forma sábia e econômica, prezar mais pelo “Ser” do que pelo “Ter”, também pode ser um caminho para a busca da plenitude e felicidade. Nessa lição, eu aprendi que podemos viver muito mais, com muito menos.

Só um exemplo para deixar isso claro: por vezes chego em caso após um treinamento de Coaching que zera minhas energias e minha vontade é encher a banheira e ficar lá por horas. Sim, é bom, mas só de pensar que dá para se tomar um banho com um balde de agua apenas, o conflito já se estabelece. Sim, eu já tomei banho com um balde de água. Faça o teste, dá e sobra.

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Conclusão

É isso, meus amigos e amigas. Torço para que tenham gostado das lições, que são baseadas em um caso real: a minha própria vida. Se quiserem aprofundar um pouco mais esse assunto, pesquisem sobre a Psicologia Positiva, sobe os 3 tipos de vidas que Martin Seligman cita: Vida Agradável, Vida com Comprometimento e Vida com Significado.

Um forte abraço e até a próxima!

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