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Lula exalta trabalho “extraordinário” na aprovação de medidas econômicas no Congresso

Em discurso de abertura na última reunião ministerial do ano, em Brasília, Lula ainda afirmou que o Brasil está tratando com muita seriedade a questão da economia e que o governo deve manter a capacidade de diálogo em 2024

por Reuters
3 min leitura
Lula

Na última reunião ministerial do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva exaltou, nesta quarta-feira, o “trabalho extraordinário” na aprovação de medidas econômicas importantes neste primeiro ano de governo, e afirmou que continuará conversando com todos os partidos para fazer avançar sua agenda, sem “fazer mágicas” na economia.

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“Agora nós temos que jogar água, colocar fertilizante, continuar conversando para aperfeiçoar, para que a gente dê ao povo brasileiro e ao mundo inteiro que quer investir no Brasil a certeza de que esse país está tratando com muita seriedade a questão econômica, que a gente não pensa em nenhum momento que é possível fazer mágica na economia, que a gente pode dar um cavalo de pau em um navio do tamanho do Brasil e que a gente vai continuar no ano de 2024 com esse mesmo jeito de governar”, afirmou o presidente na abertura da reunião.

Lula, que irá tirar uma semana de férias a partir do dia 26, chamou os ministros para uma última reunião de avaliação do primeiro ano e planejamento para 2024. Em sua fala, o presidente cobrou que o governo continue com a mesma capacidade de diálogo no próximo ano.

“É preciso a gente comemorar o feito extraordinário da aprovação da reforma tributária depois de anos de tentativa de uma nova política tributária. E conseguimos colocar em prática através do diálogo com o Congresso Nacional”, disse, elogiando em especial os esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Lula também confirmou a realização de um ato no dia 8 de janeiro para marcar um ano da invasão das sedes dos três Poderes por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, a ser realizado possivelmente no Congresso. Segundo ele, os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara, Arthur Lyra (PP-AL), já confirmaram presença. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, também confirmou que estará em Brasília para o ato.

O presidente cobrou ainda a presença de todos os ministros do governo.

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A reunião desta quarta marca também a despedida do governo do ministro da Justiça, Flávio Dino, que tomará posse no STF no final de fevereiro. Lula elogiou o ministro, mas lembrou que ministros do STF não devem ficar “dando entrevistas e palpites sobre votos.” Ao longo do ano a frente do MJ, Dino foi um dos ministros que mais deu entrevistas.

“Segundo a extrema-direita, foi primeiro comunista a assumir a Suprema Corte. E espero que seja comunista do bem, que tenha amor, carinho e, sobretudo, que seja justo”, acrescentou.

Na semana passada, o próprio Lula havia afirmado que “pela primeira vez na história deste país conseguimos colocar na Suprema Corte um ministro comunista, o companheiro Flávio Dino”.

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