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Mercado de IPOs deve seguir retraído em 2024, vê B3

A B3 divulgou na noite da quinta-feira lucro líquido de 915,5 milhões de reais para o quarto trimestre do ano passado, queda de cerca de 9% na comparação anual.

por Reuters
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As ofertas públicas iniciais de ações (IPOs) devem continuar sendo um evento raro em 2024 na bolsa de valores de São Paulo, apesar das condições macroeconômicas melhores que no ano passado e de um conjunto importante de empresas preparadas para abrir capital, segundo avaliação nesta sexta-feira do diretor financeiro da B3 (B3SA3), André Veiga Milanez.

“Não acho que 2024 será um ano com muitos IPOs. Vemos espaço para follow-ons (ofertas subsequentes de ações)”, disse o executivo durante conferência com analistas e investidores após a publicação dos resultados da B3 na noite da véspera.

“Tem um ‘pipeline’ bastante interessante de potenciais IPOs, mas é difícil prever” quando a janela para as operações poderá se abrir, afirmou o executivo.

Após um ciclo robusto em 2020/2021, quando ocorreram 71 IPOs, incluindo as chamadas ofertas restritas e excluindo as emissões de BDRs de Aura, Nubank, e G2D Invest, não houve IPOs na bolsa brasileira em 2022 e 2023.

Milanez afirmou que o cenário é mais otimista para este ano, com a possibilidade dos juros continuarem caindo e com isso “deve ter um segundo semestre de retomada da atividade” no mercado de IPOs.

Em janeiro, o presidente-executivo da B3, Gilson Finkelsztain, já adotara um tom cauteloso em termos de IPOs para 2024, citando que há mais de 100 empresas se preparando para abrir capital no Brasil, mas disse que enxergava apenas algumas ofertas iniciais neste ano, com movimento mais robusto de follow-ons.

A B3 divulgou na noite da quinta-feira lucro líquido de 915,5 milhões de reais para o quarto trimestre do ano passado, queda de cerca de 9% na comparação anual.

Para os analistas da BB Investimentos Luan Calimério e William Bertan, o resultado da operadora da bolsa paulista foi “negativo…porém em linha com nossas expectativas”.

Segundo eles, o segmento de renda variável segue pressionando o resultado da B3, diante da fraqueza do mercado acionário influenciado pela incerteza sobre juros dos Estados Unidos, mas as iniciativas da empresa em diversificação têm sido relevantes “para compensação de receitas, e se mostrado mais significativa a cada resultado”.

Às 12h15, as ações da B3 recuavam 1,6%, a 12,45 reais. No mesmo horário, o Ibovespa mostrava recuo de 0,4%.

Questionado sobre quando a adquirida Neoway vai apresentar equilíbrio de resultados, atingindo o “break even”, Milanez afirmou que a B3 tem expectativa de que isso ocorra neste primeiro semestre. A previsão anterior da empresa era que isso ocorresse no final do ano passado

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