Os futuros do milho e da soja na bolsa de Chicago se recuperaram com a cobertura de posições vendidas nesta segunda-feira, após fornecimentos abundantes terem anteriormente derrubado os contratos de vencimentos próximos para seus níveis mais baixos em mais de três anos, disseram os operadores.
O contrato do milho com vencimento mais próximo na CBOT se recuperou e encerrou acima de 4 dólares o bushel, um nível de referência que o mercado rompeu na sexta-feira pela primeira vez desde novembro de 2020.
O contrato já caiu cerca de 14% este ano e está 37% inferior em relação há um ano, após safras recordes nos Estados Unidos e no Brasil.
Os agricultores dos EUA precisam lidar com os grandes estoques de milho da safra do ano passado e com a demanda limitada por ração dos produtores de gado, que reduziram o rebanho bovino do país ao seu menor nível em sete décadas.
Os EUA também enfrentam uma forte concorrência nas vendas globais de exportação de grãos e soja.
No entanto, o mercado de milho continua vulnerável a surtos de cobertura de posições vendidas por especuladores, disseram os analistas.
Os gestores de dinheiro aumentaram sua posição líquida vendida em futuros e opções da CBOT para um recorde de 340.732 contratos na semana encerrada em 20 de fevereiro.
“O pregão de hoje foi especulativo e técnico, com as posições vendidas de milho em um pico em quase uma semana atrás e os mercados externos de commodities sendo negociados em alta”, disse Terry Reilly, estrategista agrícola sênior da Marex.
O contrato março do milho na CBOT fechou em alta de 7,25 centavos, a 4,07 dólares o bushel, depois de cair para uma mínima contratual de 3,945 dólares.
O março da soja se recuperou de uma mínima contratual de 11,2475 dólares o bushel para encerrar com alta de 3 centavos, a 11,36 dólares.
O trigo também fechou em alta, com os futuros de março na CBOT subindo 3,75 centavos, para 5,7725 dólares o bushel.