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Minimalismo: modinha ou um estilo de vida de verdade?

por Cristina Pizarro
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Minimalismo: modinha ou estilo de vida - garota se sentindo livre

O minimalismo parece agora ser uma mudança necessária diante de 2020. O que podemos aprender sobre isso?

O minimalismo anda na moda, isso é um fato. Não sei se está na moda vivê-lo verdadeiramente, mas falar sobre o assunto está, definitivamente, em alta há alguns anos.

O minimalismo anda tão na moda que está gerando uma certa confusão. Casas com pouquíssimos objetos pipocam em nossas redes sociais, assim como gente falando sobre o assunto. Será que minimalismo é isso? É tão simples?

Não sei bem a resposta, mas de uma coisa tenho certeza: há muita gente ganhando com isso. Vendendo cursos, vendendo material para organização e, às vezes, vivenciando pouco do que é dito.

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Minimalismo ou simplicidade voluntária?

Acredito que a organização e a simplicidade de vida vão muito além de caixinhas coloridas e de tardes de faxina e doação de roupas e itens de decoração. Vamos falar hoje sobre minimalismo e sobre simplicidade voluntária. São conceitos diferentes, mas buscas bem parecidas.

A simplicidade voluntária é um movimento antigo e muito interessante. Não tem nada a ver com pobreza. Como diz Duane Elgin em seu livro clássico sobre o tema:

“Simplicidade voluntária é viver com mais determinação e com o mínimo de distração desnecessária. A forma exterior que essa simplicidade assume é uma questão pessoal. Cada um de nós sabe em que aspectos nossa vida é desnecessariamente complexa. Estamos dolorosamente conscientes da confusão e falsidade que pesam sobre nós e tornam nossa passagem pelo mundo mais incômoda e inadequada”

O que o autor vem nos dizer é que cada um de nós precisa descobrir o que é essencial. E isso muda de uma casa para outra, de uma família para outra, de um ser humano para outro. Educação financeira também é isso.

É descobrir o que é importante para você e a partir daí definir prazos, metas, escolher onde investir, quanto precisa faturar. Tudo parte da sua análise, do autoconhecimento. Sem isso, não há fórmula, nem curso, nem mentor que vá te levar ao sucesso.

Com o minimalismo e a simplicidade é a mesma coisa: é preciso parar e analisar o que está sobrando em nossas vidas. Objetos, relações, sonhos que nem são tão importantes assim e pelos quais nos matamos dia após dia.

Existe espaço para comparação no minimalismo?

Eu não sou da turma que acredita que não devemos nos comparar com ninguém. Eu creio que a comparação é saudável e necessária, sim. Só somos algo em relação a alguma coisa ou alguém. É natural nos compararmos.

O que não podemos fazer é deixar que isso nos torne eternos insatisfeitos, sempre correndo atrás de algo (mesmo que esse algo seja a tal simplicidade).

Se você gosta de colecionar discos, livros, panelas, seja o que for, isso é importante para você. O mundo todo pode estar descartando objetos, mas você já sabe que “não é todo mundo”, né?

História e reflexão sobre minimalismo

Quando eu ainda era fisioterapeuta, ouvia muitas histórias de meus pacientes, sobretudo dos mais idosos. Uma história me marcou. Achei engraçada e ao mesmo tempo me fez refletir.

Uma senhora contava que o neto iria embora do Rio Grande do Sul para São Paulo para arriscar a vida por lá. Ela, indignada, dizia: “ele mora na beira do açude cheio de peixes. O campo ao lado da casa é cheio de mandiocas. Pra que ir tentar a vida em São Paulo, se já tem tudo o que precisa aqui?”

Para aquela senhora, bastavam peixes, mandiocas e um lugar calmo para morar. Para ela, era insano correr atrás de mais, quando a natureza já tinha dado tanto. E ela falava sério, pode acreditar. Ela, em sua simplicidade, tinha autoconhecimento.

Não estou dizendo para você se contentar com comida e um local para morar. Eu também quero muito mais, mas não quero tanto mais que comece a me sentir sufocada pelas coisas e pelo estilo de vida. Estou sempre reavaliando o que ainda faz sentido para mim, e mudando sempre que necessário.

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Vamos terminar novamente citando Duane Elgin:

“Viver com simplicidade é aliviar a nossa carga. Viver com mais leveza, clareza e liberdade de movimentos. É estabelecer um relacionamento mais direto, despretensioso e desimpedido com todos os aspectos de nossa vida: aquilo que consumimos, o trabalho que executamos, nossas relações com nossos semelhantes, nossa ligação com a natureza. É uma maneira de viver exteriormente mais simples e interiormente mais rica.”

Se o distanciamento social já não o fez, te convido a pensar no que ainda faz sentido conservar e buscar. O que estiver só te sobrecarregando, lute para modificar. Só você pode saber.

O Conrado Navarro também já fez um vídeo em que fala mais sobre o consumismo e aborda um pouco do que falei aqui, confira:

Acesse mais videos!

Foto: Pexels.

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