Open Banking é o nome da estratégia adotada pelo Banco Central para, de fato, aumentar a competitividade no Sistema Financeiro Nacional (SFN). Essa medida trará mais serviços e produtos financeiros com custos reduzidos e mais transparência aos clientes.
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Dessa forma, a solução tecnológica vem para trazer autonomia aos usuários sobre sua própria vida financeira. Isso porque eles terão o poder de controlar seus dados financeiros e escolher com quais empresas e em quais momentos irão compartilhá-los.
A seguir, você fica sabendo tudo sobre o Open Banking:
- significado do termo;
- conceito;
- a adequação da nova tecnologia à LGPD;
- Vantagens e desvantagens para o consumidor.
E muito mais. Então, confira tudo abaixo!
O que é open banking?
O significado de Open Banking é literalmente “banco aberto” ou “sistema bancário aberto”. A definição, em resumo, é simples.
Oferecer mais opções para que o consumidor tenha mais liberdade quanto às suas informações financeiras.
O sistema tem como base o consentimento do usuário. Isso significa que as instituições financeiras têm a obrigação de compartilhar todas as informações de qualquer cliente com outras instituições, desde que este solicite e autorize essa ação.
Esse compartilhamento não é feito por meio de um novo aplicativo ou produto, mas nos canais que a instituição financeira já possui. Ou seja, a opção de adesão deve estar disponível no aplicativo ou site da própria instituição financeira.
Open banking e LGPD
Uma das regras do Open Banking Banco Central é que as instituições financeiras que fazem parte do sistema se adequem à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Assim, as instituições podem assegurar a segurança no armazenamento e uso de dados dos clientes.
No momento em que aderir ao Open Banking, o cliente deve assinar um termo de compartilhamento de dados, que é uma base legal da LGPD. Dessa forma, o cliente pode permitir ou cancelar o compartilhamento de dados quando quiser.
Open banking no mundo
A tecnologia que está sendo implementada no Brasil já funciona em outros países desde 2018, sendo que o Reino Unido foi o pioneiro. Países como Austrália e Índia já têm o sistema implementado, enquanto Rússia, Estados Unidos e Canadá estão estudando sua implementação.
Como funciona?
No Open Banking, as instituições financeiras devem adotar uma tecnologia padrão que simplifique a transferência de dados. Essa tecnologia, chamada APIs, também permite a ampliação da oferta de serviços e produtos financeiros.
Isso porque as APIs Open Banking são abertas. Ou seja, essa base tecnológica fica disponível para que as instituições financeiras possam desenvolver os novos serviços e produtos financeiros. Isso gera mais concorrência ao setor.
Para o cliente, a principal facilidade é poder levar todo o seu histórico de crédito para outras instituições financeiras. Dessa forma, adquirir novos produtos financeiros ou mesmo mudar de banco fica muito mais simples e é um processo sem burocracia.
Na prática, com o Open Banking, cliente que quer pedir empréstimo em uma instituição pode usar seu histórico em outras instituições. Assim, é mais fácil conseguir melhores taxas de juros ou limites, por exemplo.
Quando começa o open banking?
De fato, o futuro já começou! O cronograma iniciou em fevereiro de 2021, e os usuários passaram a ter acesso aos serviços em julho do mesmo ano. Uma das mudanças que teve mais destaque, sem dúvida, foi o sistema de pagamentos por meio do PIX.
Fases do open banking no Brasil
A saber, o cronograma de implantação do Open Banking Bacen teve quatro etapas em 2021 e ainda terá outras cinco etapas em 2022. Confira:
2021
- Fase 1 (fevereiro). Em primeiro lugar, os dados das instituições participantes foram abertos. Isso inclui os produtos e serviços oferecidos, e seus canais de atendimento.
- Fase 2 (agosto). A partir de então, os clientes já puderam começar a autorizar o compartilhamento de seus dados pessoais e das transações realizadas em suas contas.
- Fase 3 (outubro). Em seguida, veio a implementação do sistema PIX.
- Fase 4 (dezembro). Logo depois, ampliou-se o leque de dados de produtos e serviços financeiros compartilhados.
2022
- Fevereiro: possibilidade de compartilhar serviços e transferências entre contas do mesmo banco TEDs.
- Março: as instituições poderão enviar propostas de operações de crédito aos clientes que aderirem ao Open Banking.
- Maio: consumidores poderão compartilhar dados de outras operações financeiras.
- Junho: compartilhamento de serviços de pagamento por boleto.
- Setembro: por fim, haverá a liberação do compartilhamento de serviços de débito em conta.
Quais bancos estão no open banking?
Apenas instituições autorizadas pelo Banco Central podem participar do Open Banking. No entanto, algumas instituições são obrigadas a participar, como os grandes bancos, e outras podem participar voluntariamente. Confira as principais instituições e a lista completa:
Caixa
Ao compartilhar as informações com a Caixa pelo Open Finance, o usuário tem acesso a serviços e produtos personalizados às suas necessidades.
Banco do Brasil
O Banco do Brasil Open Banking usa os dados para entender as preferências e o momento da vida do usuário para criar soluções relevantes.
Itaú
O Open Finance do Itaú (ITUB4) já está disponível para clientes e não clientes por meio do site ou aplicativo.
Nubank
Apesar de o Open Finance do Nubank não ter suas fases divulgadas, a fintech aderiu ao PIX, assim como todas as outras instituições financeiras.
Santander
O Open Banking do Santander tem o objetivo de entender melhor o perfil do usuário para que possa oferecer mais limite de crédito e melhores taxas e condições.
Bradesco
O Open Finance Bradesco permite que o usuário tenha acesso a serviços e produtos com condições melhores.
Banco Pan
No momento em que compartilhar os dados no Open Banking Banco Pan, o usuário aumenta suas chances de ter acesso aos melhores serviços e produtos.
Inter
O Open Banking do Inter tem como base a segurança dos dados do usuário, que só são compartilhados após sua autorização.
C6
O Open Finance do C6 tem como objetivo desenhar ofertas mais interessantes para atrair novos clientes.
Sicoob
O Open Banking Sicoob é uma oportunidade de a instituição conhecer melhor os cooperados e prestar serviços melhores.
Como participar do open banking?
A adesão ao sistema é feita de forma exclusiva pelos canais digitais das instituições financeiras que participam. Ou seja, não há sites ou aplicativos específicos, nem é necessário assinar qualquer documento em agências.
A instituição oferecerá a opção de adesão ao sistema aos clientes que acessarem seus canais digitais em busca de produtos ou serviços financeiros. Dessa forma, o cliente poderá autorizar o compartilhamento de dados de outra instituição que também participe do Open Banking.
O cliente poderá definir o prazo de compartilhamento, que é de até 12 meses. Quando esse período terminar, o cliente deverá fazer uma nova autorização, caso queira continuar compartilhando seus dados.
São três etapas para a autorização do Open Banking, de acordo com o Banco Central:
- Consentimento – Quando o consumidor acessa o site ou aplicativo da instituição e clica em um campo específico para permitir que seus dados sejam compartilhados;
- Autenticação – Em seguida, o consumidor será transferido para o site da instituição da qual já é cliente para fazer login. Nesta etapa, os dados a serem compartilhados, a finalidade, o prazo de validade do compartilhamento e nome da instituição que vai receber as informações serão apresentados . Se concordar, o cliente confirma o compartilhamento;
- Confirmação – Após a autenticação, o cliente é direcionado de volta à instituição original e será informado sobre a efetivação do compartilhamento.
Quais as vantagens do open banking?
Para os clientes, as principais vantagens são autonomia e liberdade. Isso porque suas informações não serão perdidas em casos de mudança de instituição financeira, e terá acesso a mais vantagens, mesmo que seja considerado como cliente novo.
Para as instituições, as APIs abertas significam menos custos e mais agilidade. Para o mercado financeiro como um todo, o Open Banking traz mais competição e cria um ambiente propício para a criação de novos produtos e serviços.
Quais os riscos do open banking?
Apesar da obrigatoriedade de adequação à LGPD, há riscos de exposição de dados e quebra da segurança das informações. Porém, o Open Banking do Banco Central determina que sejam criados mecanismos de segurança que garantam a autonomia dos usuários.
Open banking vale a pena?
O open finance vale a pena quando todas as regras são atendidas, o que traz benefícios para todas as partes envolvidas. Isso porque, além da transparência e do maior controle das informações para o usuário, também estimula a competição.
Conclusão
O Open Banking é uma tecnologia adotada pelo banco Central para permitir que os usuários tenham mais controle sobre seus dados. Além disso, o sistema bancário aberto permite que novas soluções financeiras sejam desenvolvidas para atender às necessidades dos usuários.
Qual é sua opinião sobre o sistema bancário aberto? Acha que o open finance é seguro? Conte-nos nos comentários!