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PIX: O que é e como vai mudar o mercado bancário no Brasil

por Ricardo Pereira
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PIX: O que é e como vai mudar o mercado bancário no Brasil

O PIX é algo revolucionário que irá mudar para sempre o mercado de bancos no Brasil. Você já deve ter lido isso por aí, mas você já sabe exatamente o que é o PIX?

O mercado financeiro é sempre cheio de siglas e algumas explicações precisam de tradução para que todos possam entender. Por isso acompanhe abaixo algumas considerações sobre o pagamento instantâneo.

Recorde de transações diárias

As transações financeiras Pix bateram recorde na última sexta-feira (4/03). Ao total, ocorreram 58.531.277 operações em tempo real em apenas um dia.

Dessa forma, no mês de fevereiro, foram realizadas 1,1 bilhão de transações. No mês anterior, ocorreram 1,3 bilhão de operações, enquanto em dezembro do ano passado, foram 1,4 bilhão.

Conforme dados do Banco Central, atualmente existem 408,6 milhões de chaves Pix ativas no Brasil, que pertencem a 122 milhões de usuários.

  • 153 milhões eram aleatórias
  • 100,9 milhões com CPF
  • 87,8 milhões com número de telefone celular
  • 59,9 milhões com e-mail

PIX: Entenda o que ele é

Em resumo, o PIX nada mais é do que um meio de pagamento. Mas o envio e recebimento de dinheiro acontecem em questão de segundos nos 365 dias do ano.

Você que se espantou com as linhas acima tem razão para isso, com o PIX aquelas transações aos finais de semana se efetivam sem precisar esperar o próximo dia útil.

De acordo com o Banco Central, o PIX além de ser um meio de pagamento mais rápido será muito seguro e mais barato do que tudo o que temos até os dias atuais.

Um dos pontos chaves de tudo é que através do PIX as transferências ocorrem direto da conta de quem paga para quem recebe. Em outras palavras, não existe mais a necessidade de intermediários.

PIX veja como ele vai funcionar

A saber, tudo relacionado ao PIX parte do conceito de simplificação, tornar a experiência mais rápida e fácil. Assim, os pagadores poderão iniciar a operação de algumas formas diferentes:

  • Com a utilização de chaves ou apelidos para a identificação da conta transacional, como o número do telefone celular, CPF, CNPJ, endereço de e-mail, ou EVP (número aleatório gerado pelo sistema, para quem não quiser compartilhar um dos dados acima)
  • Com a utilização QR Code (estático, usado em múltiplas operações; ou dinâmico, utilizado em apenas uma)

Existe a previsão de que em 2021 será possível realizar operações com QR Code próprio e tecnologias que permitam a troca de informações por aproximação, como a NFC.

Já para este ano, o BC pretende oferecer requisição de pagamento e débito automático. E para 2023, os pagamentos acontecerão também com a apresentação de documento.

Como vai funcionar?

Todas as opções serão oferecidas pelos canais das instituições financeiras cadastradas no PIX. A instituição pode escolher oferecer a funcionalidade no internet banking, agências, apps no celular e até em lotéricas.

O PIX irá dispensar a utilização de cartões de débito, folhas de cheque, cédulas e maquininhas. A plataforma, contudo, não substituirá cartões de crédito, cuja operação não será modificada ou incluída na plataforma.

O que poderá ser pago através do PIX?

O novo meio de pagamento já nasce com a possibilidade de realização de  pagamentos de qualquer tipo e valor. Então, estarão contempladas as transferências entre pessoas físicas e empresas; bem como o pagamentos de bens em serviços em locais físicos e no comércio eletrônico.

Como as pessoas poderão utilizar o PIX?

A partir do dia 5 de outubro  as pessoas já poderão cadastrar o método de identificação de sua preferência para receber o PIX.

O consumidor que quiser pagar e receber com PIX em novembro deverá ter conta corrente, conta de depósito de poupança ou conta de pagamento pré-paga em uma instituição financeira que foi aprovada na plataforma.

O PIX vai ser realmente seguro?

O PIX já está nascendo com a perspectiva de tornar o processo super seguro. As informações no PIX vão ser armazenadas em uma plataforma desenvolvida e operada pelo Banco Central (BC).

É importante lembrar que a base de dados do PIX vai ser sempre protegida pelo sigilo bancário e pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A identificação do usuário será sempre informada por quem recebe o dinheiro ao pagador. Em seguida, o pagador utilizará o aplicativo da sua instituição financeira ou de pagamento para inserir a chave de preferência.

Importante mencionar que o pagador que tiver registrado no seu celular o telefone ou o e-mail de quem recebe o valor poderá fazer a transação sem perguntar o dado.

Mais segurança: o Pix terá outras formas práticas para iniciar o pagamento, como, por exemplo, a leitura de um QR Code.

Conclusão

É inegável que o PIX vai tornar a experiência das pessoas muito mais dinâmica e confiável.

Quando falamos de custos o Banco Central prevê que a tarifa fique em torno de um centavo para cada 10 mensagens de pagamentos instantâneos liquidadas. Pessoas físicas, contudo, serão isentas de qualquer taxa.

Vamos acompanhar de perto a implementação do PIX e torcer para que as notícias positivas possam de fato representar melhoria para as pessoas.

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