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Linha de Salsicha de Frango Sadia da BRF

A BRF GmbH, subsidiária integral da BRF (BRFS3), firmou contrato vinculante com a Henan Best Foods para adquirir uma fábrica de processados na província de Henan, na China. As ADRs (BRFS) da empresa brasileira sobem em torno de 1,5% em Nova York, a US$ 4,27, enquanto no Brasil é feriado do Dia da Consciência Negra.

A transação tem o valor total de US$ 43 milhões, segundo comunicado ao mercado divulgado nesta quarta-feira, 20. A Henan Best Foods é subsidiária da OSI Group, companhia norte-americana que atua no processamento de alimentos.

Construída em 2013, a fábrica a ser adquirida possui duas linhas para processamento de alimentos. A planta possui capacidade de 28 mil toneladas por ano e possibilidade de expansão para duas linhas adicionais.

Até então, a BRF tinha apenas um escritório comercial na China.

Em seu último balanço, do terceiro trimestre de 2024, a BRF disse que observou uma recuperação de preços na região tanto da proteína de frango quanto suína, enquanto seguia ampliando a presença nos países do Sudeste Asiático como resultado das novas habilitações conquistadas durante o ano.

Expansão

Após a expansão, cujo investimento é previsto em cerca de US$ 36 milhões, é esperada uma produção de 60 mil toneladas/ano. Além disso, é estimado que cerca de 850 postos de trabalho adicionais sejam gerados, informa a BRF.

A companhia destaca que o fechamento da operação está sujeito à verificação de condições precedentes aplicáveis a transações dessa natureza. Entre elas, a aprovação pelas autoridades regulatórias e reorganização societária dos ativos que constituem a fábrica.

Veja o documento da BRF

(Com Estadão Conteúdo)

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Marcopolo

O conselho de administração da Marcopolo (POMO4) aprovou o pagamento de dividendos a todos os acionistas da companhia, na razão de R$ 0,077 por ação, por conta do exercício de 2024, a serem pagos a partir do dia 13 de dezembro, isentos de imposto de renda na fonte, de acordo com a legislação em vigor.

Também foi aprovado o pagamento de juros sobre o capital próprio, no valor de R$ 0,063 por ação, sendo que do referido valor será retido o imposto de renda na fonte, conforme legislação em vigor.

O valor líquido dos referidos juros será imputado ao dividendo obrigatório declarado antecipadamente, por conta do presente exercício de 2024.

Veja o documento:

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Refinaria de petróleo nos EUA

Os estoques de petróleo nos Estados Unidos tiveram alta de 545 mil de barris, a 430,29 milhões de barris na semana encerrada em 15 de novembro, informou nesta quarta-feira, 20, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) do país.

O resultado contrariou a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que era de queda de 800 mil barris.

Os estoques de gasolina tiveram alta de 2,05 milhões barris, a 208,92 milhões de barris, enquanto a projeção era de queda de 200 mil barris.

Já os de destilados cederam 114 mil barris, a 114,3 milhões barris, quando a previsão era de menos 400 mil barris.

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A taxa de utilização da capacidade das refinarias caiu de 91,4% na semana anterior para 90,2%, contra expectativa de alta para 91,7%

Os estoques de petróleo no centro de distribuição de Cushing tiveram queda de 140 mil barris, a 25,05 milhões de barris.

Já a produção média diária dos EUA recuou a 13,2 milhões barris no período, ante 13,4 milhões barris no levantamento anterior.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Black Friday

Este Guia Black Friday foi feito para ajudar os consumidores a comprar seus itens de desejo (ou necessidade) sem se endividar nem prejudicar o orçamento.

A Black Friday acontece sempre na última sexta-feira de novembro. Em 2024, portanto, será dia 29 de novembro.

O planejamento de compras é importante porque este é um dos eventos de compras mais esperados do ano e a possibilidade de adquirir produtos com grandes descontos é crescente.

Assim, é preciso estar alerta e tomar precauções para não comprometer as finanças, além de cuidar da segurança digital.

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Com este guia, conheça as vantagens de comprar na data, como se planejar para as compras, como evitar golpes e cuidados financeiros essenciais para não se endividar.

Tópicos do artigo “Guia: Black Friday sem comprometer as finanças”

Neste texto, você vai ler sobre:

-Vantagens de comprar na Black Friday;

-Como se planejar para comprar na Black Friday: passo a passo;

-Como não cair em golpes durante a Black Friday;

-Cuidados financeiros para não se endividar;

-Busque ofertas de cartão de crédito para usar de forma consciente na Black Friday.

Vantagens de comprar na Black Friday

A data oferece uma série de vantagens que fazem dela um dos eventos mais aguardados do ano. Saiba alguns prós de comprar na Black Friday:

Possibilidade de comprar com grandes descontos

Durante a Black Friday, as lojas podem oferecer bons descontos em uma ampla variedade de categorias, de eletrônicos e roupas a móveis e eletrodomésticos.

Alguns descontos podem chegar a 50% ou mais, tornando a data uma oportunidade única para economizar dinheiro na compra de produtos.

Antecipação de presentes de Natal

Como a Black Friday ocorre sempre na última sexta-feira de novembro, a data é o momento perfeito para antecipar as compras de presentes de Natal.

Por isso, aproveite para comprar os presentes desejados a preços mais baixos, economizando tempo e dinheiro.

Renovação de eletrônicos

Caso esteja pensando em trocar o smartphone, computador ou qualquer outro dispositivo eletrônico, geralmente de alto valor, a Black Friday é o momento ideal para fazer isso. Os descontos nos eletrônicos são particularmente atraentes.

Oportunidade de economizar em itens caros

Itens mais caros, como aparelhos de TV, geladeiras ou móveis, geralmente têm descontos expressivos durante a Black Friday. Caso esteja planejando fazer uma compra desse tipo em breve, espere até a Black Friday para verificar se é a hora certa.

Como se planejar para comprar na Black Friday: passo a passo

Para ser de fato um momento de compras vantajoso é preciso ter planejamento – a chave para aproveitar ao máximo a data sem comprometer as finanças.

Semana Black Friday
(Imagem: Sebrae/Divulgação)

Para isso, confira alguns passos para aproveitar melhor a data, se preparando para o evento:

Faça uma lista de desejos e necessidades

Ter uma lista prévia ajuda a evitar compras por impulso. Por isso, antes da Black Friday, faça uma lista dos produtos que deseja comprar. Priorize os itens de acordo com a importância e necessidade.

Defina um orçamento

Estabeleça um orçamento máximo para suas compras na Black Friday e comprometa-se a não ultrapassá-lo. Isso ajudará a manter as finanças sob controle e evitar desperdícios com itens muitas vezes desnecessários.

Pesquise os preços antes do evento

Cuidado com os falsos descontos. Pesquise os preços dos produtos que deseja comprar antes da Black Friday para ter uma noção real dos descontos oferecidos.

Para isso, existem ferramentas de monitoramento de ofertas, que fazem envios de alerta sempre que um preço melhor for anunciado.

É o caso de plataformas como o Buscapé, por exemplo, que tem uma ferramenta de alerta de preço.

Acompanhe as ofertas

Confira de perto as promoções e ofertas pré-Black Friday que muitas lojas lançam. É possível encontrar ofertas antecipadas ao longo de todo o mês de novembro que podem valer a pena.

Use aplicativos de comparação de preços

Existem aplicativos e sites que têm ferramentas de como comparar preços em diferentes lojas para encontrar a melhor oferta. Use essas ferramentas para garantir que está obtendo o melhor negócio.

O próprio Google Shopping é um exemplo de plataforma que pode ser utilizada para comparar diferentes lojas virtuais que tenham o mesmo produto.

Como evitar cair em golpes e fraudes durante a Black Friday

Infelizmente, a Black Friday também é um terreno fértil para golpistas. Por isso, a prevenção é a chave para que o consumidor aproveite as ofertas com tranquilidade.

Para se entender como funcionam os golpes mais comuns na Black Friday, meses antes da data já começam as tentativas de golpes de diferentes meios:

-sites falsos;

-mensagens de texto com ofertas enganosas;

-e-mails falsos com links para sites supostamente conhecidos;

-perfis de lojas de redes sociais cheios de depoimentos falsos.

Para evitar ser vítima de fraudes, siga estes cuidados:

Compre em lojas confiáveis

Dê preferência a lojas conhecidas e estabelecidas. Desconfie de lojas online desconhecidas que oferecem descontos excessivamente altos. Na dúvida, pesquise a reputação da loja na internet, em sites como Reclame Aqui.

Use métodos de pagamento seguros

Opte por métodos de pagamento seguros, como cartões de crédito, que oferecem proteção contra fraudes. Evite fazer pagamentos por transferência bancária ou em dinheiro.

Verifique o site

Certifique-se de que o site em que está comprando é seguro. Procure pelo símbolo do cadeado na barra de endereço do navegador e verifique se o endereço começa com “https://” para garantir que suas informações pessoais e financeiras estejam protegidas.

Cuidado com e-mails e mensagens suspeitas

Golpistas costumam enviar e-mails e mensagens de texto falsos com ofertas tentadoras. Não clique em links suspeitos nem compartilhe informações pessoais por meio de mensagens não solicitadas.

Cuidados financeiros para não se endividar

Depois de conhecer as vantagens, saber como se planejar e evitar cair em golpes, é importante saber como não se endividar em meio a tanta oferta.

Confira as principais orientações financeiras:

Cumpra o orçamento

Lembre-se do orçamento estabelecido antes da Black Friday e tenha disciplina para não gastar mais do que o planejado.

Evite compras por impulso

Mantenha-se fiel à lista de desejos e não faça compras por impulso. Pergunte a si mesmo se o item é realmente necessário e se ele cabe no orçamento atual.

Considere a necessidade

Pondere se a compra é necessidade real ou desejo momentâneo. Se for preciso, priorize as necessidades e adie os desejos para quando estiver em situação financeira mais confortável.

Use recursos de fidelidade e descontos

Aproveite os programas de fidelidade das lojas e os cupons de desconto para economizar ainda mais. Muitas vezes é possível acumular pontos e obter descontos adicionais.

Avalie a possibilidade de parcelar

Em alguns momentos, e dependendo do item a ser comprado, pode valer a pena pagar parcelado.

Caso escolha parcelar as compras, certifique-se de que as parcelas cabem no orçamento mensal sem comprometer outras despesas essenciais.

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Recompensa, Pcc

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo oferece uma recompensa de R$ 50 mil para quem tiver informações sobre o paradeiro de um dos criminosos envolvidos no assassinato do delator do Primeiro Comando da Capital (PCC), Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, morto com tiros de fuzil no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro.

Kauê do Amaral Coelho, de 29 anos, está com a prisão temporária decretada pela Justiça.

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Conforme as investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele é um dos principais envolvidos no crime e foi identificado após uma extensa análise de câmeras de segurança do saguão do Terminal 2 do aeroporto.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Coelho.

O montante de R$ 50 mil é o máximo previsto pelo programa de recompensa, criado em 2002, mas que só passou a funcionar na prática 12 anos após a publicação do decreto.

O valor também foi oferecido por informações sobre Kaique Coutinho do Nascimento, apontado como responsável pela morte do soldado Samuel Wesley Cosmo. Ele foi preso em Uberlândia, em Minas Gerais, em fevereiro desse ano.

Como surgiu o programa de denúncias?

O programa foi criado em um decreto pelo então governador Geraldo Alckmin em 2002, mas só entrou em vigor 12 anos depois, em 2014, quando teve sua primeira regulamentação.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, de 2022 a 2014 nenhum pagamento foi realizado.

Ele foi instituído para estimular a população a contribuir com a polícia, compartilhando informações úteis que possam ajudar a localizar criminosos. “Qualquer cidadão com detalhes sobre a identidade ou a localização de algum procurado, pode fazer a denúncia de forma anônima, ou seja, todo o processo garante a preservação da identidade do denunciante”, diz a SSP.

Qual o critério para entrar no programa?

Para um caso ser inserido no programa, ele deve apresentar relevância ou ter sua inclusão solicitada pelo delegado geral de Polícia ou comandante geral da Polícia Militar.

O pedido é feito diretamente ao secretário da Segurança Pública, que oficializa a inserção por meio de resolução. Essa resolução fixará o prazo de validade da recompensa e o valor a ser pago, o qual não pode ultrapassar R$ 50 mil, que devem ser pagos com recursos do Fundo de Incentivo à Segurança Pública – FISP.

Quem pode fazer a denúncia?

Qualquer pessoa pode participar do programa, exceto os servidores da SSP e seus respectivos familiares. No entanto, as informações fornecidas devem ser determinantes ou conclusivas para elucidação do crime ou localização do suspeito procurado.

A SSP afirma que toda denúncia é submetida à análise da autoridade responsável pelas investigações para verificar o seu grau de relevância para resolução do caso.

Como fazer a denúncia?

As denúncias são realizadas de forma anônima. As informações podem ser prestadas por telefone, pelo número 181, ou de forma online, pela página do Web Denúncia.

Em ambos os casos, o denunciante recebe um número de protocolo para acompanhar o andamento da denúncia e também é comunicado, caso seja beneficiado com a recompensa.

Dinheiro, recompensa
(Imagem: Pixabay/ @joelfotos)

Como o denunciante receberá a recompensa?

Para receber a recompensa, a tela do WebDenuncia mostrará um número de cartão bancário virtual, que permitirá saques do valor em qualquer caixa eletrônico do Banco do Brasil, sem que haja a necessidade de identificação. Segundo a SSP, a retirada pode ser feita de uma vez ou aos poucos, como um cartão bancário comum.

Quando há mais de uma denunciante, como é feito o pagamento da recompensa?

Quando há mais de uma denúncia relevante, fica a cargo do secretário analisar e decidir sobre o valor a ser destinado a cada pessoa, respeitando o teto máximo fixado para a recompensa

Quando foi realizado o primeiro pagamento e quantos já foram feitos até hoje?

Segundo o governo, a primeira recompensa paga por meio do programa ocorreu em 2017. Desde então, três pagamentos já foram realizados.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Ucrânia

O governo Biden permitirá que a Ucrânia use minas terrestres antipessoal fornecidas pelos EUA para desacelerar o progresso da Rússia no campo de batalha na guerra, disse o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, nesta quarta-feira, 20.

Falando a repórteres durante uma viagem ao Laos, Austin disse que a mudança na política de Washington sobre minas terrestres antipessoal para a Ucrânia segue a mudança de tática dos russos.

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Segundo ele, as tropas terrestres russas estão liderando o movimento no campo de batalha, em vez de forças mais protegidas em veículos blindados, então a Ucrânia tem “uma necessidade de recursos que possam ajudar a desacelerar esse esforço por parte dos russos”.

Os comentários ocorrem enquanto a embaixada dos EUA e outras embaixadas ocidentais em Kiev permanecem fechadas, após a ameaça de um grande ataque aéreo russo à capital ucraniana.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Oi Oibr3

A Pimco, principal acionista da Oi (OIBR3) após a conversão de dívidas em ações, encaminhou à companhia um comunicado informando que não tem o objetivo de atingir qualquer participação acionária em particular ou alterar a composição do controle ou a estrutura administrativa da companhia, exceto nos termos e condições do plano de recuperação judicial.

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A Pimco recebeu 120,4 milhões de ações da Oi, atingindo uma fatia de 36,5% na operadora.

A informação consta em carta encaminhada à Oi e divulgada pela empresa nesta quarta-feira, 20. O documento foi enviado à operadora pela gestora de investimentos Pacific Investment Management Company, sediada nos Estados Unidos, e que abarca os fundos Pimco.

Os representantes legais no Brasil dos Fundos Pimpco são o Citibank e o JP Morgan.

Também foi informado que os fundos não possuem outros valores mobiliários ou instrumentos financeiros derivativos referenciados em tais ações.

Veja o documento:

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(Com Estadão Conteúdo)

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Escolas, Pé-de-meia, ensino médio

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (19) projeto de lei que permite ao governo usar até R$ 4 bilhões do Fundo Garantidor de Operações (FGO) para custear o Programa Pé-de-Meia de poupança para estímulo à conclusão do ensino médio.

O texto retornará ao Senado devido às mudanças.

O Projeto de Lei 6012/23, do Senado, foi aprovado com parecer do deputado Afonso Motta (PDT-RS) que inclui dispositivo sobre compra de créditos de carbono por seguradoras.

Esse tema já foi votado hoje pela Câmara no Projeto de Lei 182/24, porém com outra redação.

Alguns trechos da lei do Pronampe, de apoio às microempresas, alterados pelo projeto também foram mudados recentemente (outubro deste ano) por meio da Lei 14.995/24.

Como uma das atribuições do FGO é garantir operações de empréstimos no Pronampe, o PL 6012/23 prevê que, a partir de 2025, 50% dos recursos do fundo não utilizados para garantir esses empréstimos, assim como dos valores recuperados, deverão continuar com essa finalidade.

O restante poderá ir para o Pé-de-Meia, que faz pagamentos a alunos da rede pública que concluírem etapas do ensino médio e prestarem o Enem.

Atualmente, a lei aprovada em outubro deste ano determina o uso dessas sobras, a partir de 2025, para pagar a dívida pública.

Com a mudança aprovada hoje, a destinação de recursos do FGO para o Fundo da Poupança de Incentivo à Permanência e Conclusão Escolar para Estudantes do Ensino Médio (Fipem) passa a ser uma de suas atribuições.

O Fipem é um fundo privado da Caixa para onde os recursos do Pé-de-Meia são transferidos.

Emendas parlamentares

Adicionalmente, o texto autoriza a União a aumentar a sua participação no FGO para a cobertura de operações do Pronampe no mesmo montante de emendas parlamentares com essa finalidade incluídas na Lei Orçamentária.

Isso será por fora dos limites vigentes de integralização de cotas no fundo.

O governo federal, estados e municípios e seus respectivos órgãos e entidades, inclusive consórcios públicos, poderão firmar convênio com o Banco do Brasil, administrador do FGO. Isso será permitido até mesmo para instituições privadas, na forma da legislação.

O objetivo é incentivar o desenvolvimento de microempresas e empresas de pequeno porte em sua área de atuação.

Afonso Mota afirmou que a descontinuidade do Pronampe a partir de 2025 traria efeitos negativos na economia e na saúde financeira das micro e pequenas empresas.

Empresas, Mulheres
(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

“Os micro e pequenos empresários teriam uma maior dificuldade de acesso a crédito e, provavelmente, um impacto negativo em seus negócios por não terem capital próprio suficiente para financiar suas atividades”, disse.

Já o deputado Eli Borges (PL-TO) lembrou que o Pronampe ajudou muitas micro e pequenas empresas no País desde a gestão Bolsonaro até atualmente, mesmo com o uso de fundos garantidores para viabilizar o programa.

“Temos esses fatores positivos, mas temos os fatores negativos, que é a questão orçamentária. É um cheque em branco que se dá para o governo.”

Para o deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), o projeto é mal projetado por utilizar recursos de fundos fora do arcabouço fiscal.

“O governo está usando de subterfúgios fora do Orçamento, utilizando um cartão de crédito para pagar o rotativo de outro cartão. Sem responsabilidade fiscal”, declarou.

Créditos de carbono

Para cumprir acordo entre as lideranças partidárias sobre percentual de compra de créditos de carbono pelas seguradoras, o Plenário da Câmara aprovou trecho idêntico de texto anteriormente aprovado no PL 182/24, mudando apenas o índice.

Assim, em vez de as seguradoras, as entidades abertas de previdência complementar, as sociedades de capitalização e as resseguradoras locais terem de comprar um mínimo de 1% ao ano de ativos ambientais para compor suas reservas técnicas e de provisões, o novo texto prevê o mínimo de 0,5% proposto pelos senadores.

O deputado Marcel Van Hattem questionou a forma de aprovação desse ponto. “O artigo dentro de um relatório faz referência a uma lei ainda não sancionada e, por isso, com projeto não instruído de acordo com o Regimento Interno.”

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Luís Roberto Barroso

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), fez um apelo para a Justiça do Trabalho aplicar a resolução, editada pelo CNJ no fim de setembro, que busca reduzir a litigiosidade trabalhista no País.

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A fala foi feita na sessão do CNJ após Barroso se reunir com o presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Aloysio Corrêa da Veiga, e com representantes patronais de instituições financeiras e presidentes de centrais sindicais.

De acordo com Barroso, a reunião tratou sobre “a melhor forma de implementar nossa resolução para conter a litigiosidade trabalhista, que está sendo aplicada pela Justiça do Trabalho”.

“Mais uma vez, um apelo para que a Justiça do Trabalho conserve seu papel de fiscal da integridade, da justiça dos acordos, mas que nos ajude nesse processo que acho que ajudará na formalização do emprego e no aumento do investimento no País”, complementou.

A resolução do CNJ prevê que o acordo firmado entre empresa e trabalhador na rescisão do contrato de trabalho não poderá mais ter seus termos questionados no Judiciário, caso já tenha sido homologado na Justiça do Trabalho.

Ou seja, será entendido como quitação final.

A reunião foi solicitada pelo ex-deputado federal Rodrigo Maia, presidente do Conselho de Representantes da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF).

Presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, na sessão plenária do STF
Presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, na sessão plenária do STF
(Imagem: Gustavo Moreno/SCO/STF)_

Também participou o deputado Paulinho da Força (Solidariedade), fundador da Força Sindical. Segundo apurou o Broadcast, Maia buscou a audiência com Barroso para defender que os acordos extrajudiciais entre empresas e trabalhadores sejam respeitados pela Justiça do Trabalho.

A edição da norma em setembro provocou a reação de magistrados trabalhistas. No início de outubro, a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) divulgou nota dizendo que a resolução “trata de institutos jurídicos já existentes no âmbito do sistema processual trabalhista” e que “reforça o papel conferido à Justiça do Trabalho de sempre analisar, com cautela, os termos do acordo, inclusive, a sua abrangência e quitação”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Rodovias

Dois levantamentos divulgados nesta semana sobre as rodovias brasileiras apresentam dados contrastantes. O monitoramento do governo federal diz que o País atingiu a melhor marca histórica da qualidade da estrutura viária federal, com 75% em classificação boa e 25% em classificações regular, ruim ou péssimo. Já a pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) diz que 77,3% da malha federal está em patamar regular, ruim ou péssimo.

O levantamento do governo federal é baseado no Índice de Condição da Manutenção (ICM), ferramenta utilizada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) desde 2016.

Pela metodologia, 75% dos 60 mil quilômetros de estradas avaliadas sob gestão pública ou concedidas foram classificadas como boas, quase dez pontos acima dos 67% verificados no ano passado e 23 pontos além dos 52% de 2022.

Conforme os dados do DNIT, o Distrito Federal e 24 Estados registraram melhoria de suas estradas. “Vale destacar que Acre, Amazonas, Amapá, Sergipe, Maranhão e Santa Catarina tiveram uma evolução expressiva, uma vez que esses Estados estavam com índice bom inferior a 40% em dezembro de 2022 e o levantamento atual revela que estão com 64%, 57,1%, 98,4%, 71,3%, 64,1% e 71,5%, respectivamente”, diz o Ministério dos Transportes.

A Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada nesta terça-feira, 19, analisou 67 mil quilômetros de rodovias federais. No quadro geral deste ano, 22,7% da malha foi classificada como bom ou ótimo, contra 62,2% como regular (43,4%), ruim (15,4%) e péssimo (3,4%).

Os índices indicam um patamar similar ao da pesquisa do ano passado, quando regular, ruim e péssimo somaram 62,9%.

O quadro mais abrangente da pesquisa CNT, quando também se considera as rodovias estaduais, apresenta uma melhora igualmente tímida.

Neste ano, 33% da malha foi classificada como bom ou ótimo, contra 67% como regular (40,4%), ruim (20,8%) e péssimo (5,8%). No ano passado, regular, ruim e péssimo somaram 67,5% e, em 2022, 66%.

Rodovias
(Imagem: Freepik/ @ evening_tao)

Na segmentação por tipo de gestão, as rodovias públicas, que correspondem a 74,8% da extensão avaliada, foram classificadas como ótimo (2,7%); bom (20,0%); regular (43,7%); ruim (25,9%) ou péssimo (7,7%).

Já entre as rodovias concedidas, 63,1% ficou com classificações ótimo (21,4%); bom (41,7%) e regular (30,8%) – ruim ou péssimo somaram 6,1%.

Metodologias

As informações da Pesquisa CNT foram obtidas a partir de levantamento de campo realizado por 24 equipes ao longo de 30 dias, entre junho e julho deste ano.

A coleta foi realizada de forma 100% digital, com o uso de novas tecnologias e de inteligência artificial.

O levantamento conduzido pelo DNIT envolve a filmagem in loco dos segmentos rodoviários com câmeras de alta precisão. Já a análise dos dados tem suporte do software DNIT-ICM que, por meio de Inteligência Artificial (IA), apresenta resultados matemáticos, excluindo interferências pessoais.

O Dnit-ICM foi desenvolvido pela equipe do Labtrans da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Cabe destacar que, desde quando o DNIT passou a aferir os dados, em 2016, sempre houve discrepância na comparação de seus resultados com os dados da CNT.

Em 2016, por exemplo, 68% da malha federal era classificada como boa pelo DNIT, contra 48,8% apontados pela CNT.

Investimentos

Embora os números sejam discrepantes, ambos os levantamentos concordam sobre o aumento de investimentos do poder público na infraestrutura rodoviária.

Entre janeiro de 2023 e outubro de 2024 foram destinados mais de R$ 26 bilhões para ações de manutenção, conservação e construção das estradas do País.

“A CNT reconhece os esforços que vêm sendo realizados para transformar o cenário rodoviário nacional e afirma que ainda é necessário ampliar os recursos e o orçamento destinados às rodovias brasileiras. A melhoria da infraestrutura de transporte é um processo de longo prazo que requer constância e comprometimento”, considera a entidade em um dos materiais de divulgação da pesquisa.

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Congresso, Primeira-Dama, política

Qual o papel da Primeira-Dama?

por André Torres

A posição de primeira-dama, ocupada pela esposa de um presidente da República, tem uma história carregada de simbolismo, expectativa social e, em muitos casos, influência política.

Embora o cargo não tenha uma definição oficial na Constituição ou qualquer vínculo formal com a estrutura governamental, a figura da primeira-dama desempenha um papel importante no cenário político e social de um país, com atribuições que variam conforme o perfil individual e o contexto político de cada gestão.

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Origem e significado do título

O termo “primeira-dama” surgiu nos Estados Unidos no século XIX e foi progressivamente adotado por outras nações.

No Brasil, o título remonta ao período republicano, com a esposa do primeiro presidente, Deodoro da Fonseca, sendo reconhecida como uma figura pública de destaque.

Desde então, cada primeira-dama brasileira contribuiu para moldar o papel, ora como símbolo de tradição familiar, ora como agente ativa em campanhas sociais e políticas.

Atribuições tradicionais

Historicamente, a primeira-dama é vista como uma representante da imagem pública da presidência. Frequentemente, ela desempenha funções protocolares, como acompanhar o presidente em viagens oficiais, recepções e cerimônias, além de atuar como anfitriã no Palácio da Alvorada ou do Planalto.

Sua presença em eventos oficiais e internacionais ajuda a reforçar a diplomacia e o prestígio do país no cenário global.

No entanto, a atuação da primeira-dama vai além das formalidades. Muitas assumem o papel de liderar ou apoiar projetos sociais, frequentemente focados em áreas como saúde, educação e assistência a populações vulneráveis.

Essa é uma forma de consolidar uma imagem de sensibilidade e comprometimento com causas humanitárias, mesmo que a ação não esteja vinculada diretamente à gestão pública.

Primeiras-Damas ativas no Brasil

Ao longo da história brasileira, muitas primeiras-damas se destacaram pelo engajamento em causas sociais. Darcy Vargas, esposa de Getúlio Vargas, fundou a Legião Brasileira de Assistência (LBA), entidade voltada à proteção de mães e crianças.

Sarah Kubitschek, por sua vez, ficou conhecida pelo trabalho em prol de comunidades carentes, simbolizando o humanismo da era desenvolvimentista.

Ruth Cardoso, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, trouxe uma abordagem inovadora ao fundar o programa Comunidade Solidária, que buscava articular esforços entre governo, sociedade civil e iniciativa privada para enfrentar a pobreza.

Com formação acadêmica sólida e uma carreira própria, Ruth simbolizou a transição para um perfil mais moderno e independente de primeira-dama.

Mais recentemente, Michelle Bolsonaro, esposa de Jair Bolsonaro, destacou-se pelo trabalho com a comunidade surda e a promoção da inclusão de pessoas com deficiência, utilizando a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como uma de suas principais ferramentas de comunicação.

Limites e críticas ao papel

Embora muitas primeiras-damas sejam admiradas por suas contribuições, o papel também é alvo de críticas.

Por não ser uma posição oficial, a atuação da primeira-dama pode levantar questionamentos éticos, especialmente quando seus projetos envolvem recursos públicos ou influenciam políticas de governo.

Por exemplo, a LBA, fundada por Darcy Vargas, foi extinta em 1995, em meio a denúncias de corrupção e má gestão.

Além disso, o uso de programas sociais por primeiras-damas para fins políticos é frequentemente criticado, levantando dúvidas sobre a separação entre a esfera pública e privada.

Congresso, Primeira-Dama, política
(Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Outro ponto de debate é a expectativa de gênero que o título carrega. O papel da primeira-dama muitas vezes reforça estereótipos de gênero, ao associar a mulher do presidente exclusivamente a tarefas de cuidado e suporte, em detrimento de sua autonomia e carreira.

Em contextos onde o presidente é uma mulher ou não tem uma esposa, como ocorreu com Dilma Rousseff, a ausência de uma primeira-dama tradicional também evidenciou a fluidez e a dependência cultural desse papel.

A Evolução do Papel no Século XXI

No século XXI, o papel da primeira-dama está em transformação. O maior protagonismo das mulheres na política e na sociedade desafia os moldes tradicionais desse título.

Primeiras-damas com carreiras próprias e agendas políticas mais autônomas representam uma mudança significativa.

Essa modernização também se reflete em novas dinâmicas familiares. Em alguns países, a figura do “primeiro-cavalheiro”, marido de uma chefe de Estado, ganhou destaque, como ocorreu com Philip May, esposo da ex-primeira-ministra britânica Theresa May.

O mesmo poderá ocorrer no Brasil se um dia uma mulher presidente for casada.

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Fernanda Torres

Após o perfil da Academia do Oscar postar uma foto belíssima de Fernanda Torres e “quebrar a internet” no Brasil, a atriz brasileira se pronunciou.

Em vídeo compartilhado no Instagram nesta terça-feira, 19, Fernanda deixou o recado: “vamos ao cinema“.

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“De Malibu Beach: Fernanda ainda em Los Angeles, quase voltando ao Brasil, passando aqui para lembrar o seguinte: aproveite esse embalo do Ainda Estou Aqui e vá para outros filmes brasileiros com a sua família. Por exemplo: A Arca de Noé. Vinícius de Moraes, pelo amor de Deus, gente. Levem as crianças. E já já vem aí O Auto da Compadecida 2. Então, aproveite o embalo do Ainda Estou Aqui e vá para o cinema ter essas experiências com os outros”, disse a atriz.

Sucesso de ‘Ainda Estou Aqui’

Se depender da torcida brasileira, Oscar vem! O post da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas animou ainda mais os brasileiros que desejam uma indicação para Fernanda Torres na categoria de Melhor Atriz.

O registro foi tirado durante a participação dela no evento Governor’s Awards, que contou com várias estrelas de Hollywood.

Atores e diretor do filme 'Ainda Estou Aqui'
(Imagem: Facebook/ Selton Mello)

Diante da avalanche dos comentários – maioria de brasileiros elogiando Torres, o administrador da página retribuiu: “She is MOTHER”, o que significa em português “Ela é MÃE”, provavelmente em alusão a sua personagem, Eunice Paiva, mãe guerreia que se tornou advogada para descobrir o paradeiro do marido durante a ditadura. Até a tarde desta terça, o post tinha 253 mil comentários e mais de 1 milhão de likes.

Ainda estou Aqui foi o longa brasileiro escolhido para concorrer a uma vaga ao Oscar. Segundo os dados da Comscore, o longa já levou 1,06 milhão de pessoas às salas de cinema.

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Presidente dos EUA, Donald Trump

Os promotores de Nova York concordaram, nesta terça-feira, 19, em adiar outros procedimentos no caso de suborno de Donald Trump, enquanto o presidente eleito busca a retirada das acusações uma medida que pode levar a um longo atraso em sua sentença para 34 acusações criminais.

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O promotor distrital de Manhattan, Alvin Bragg, um democrata que apresentou o caso em 2023, afirmou que fazia sentido adiar a sentença de Trump até que os últimos argumentos do ex-presidente fossem resolvidos.

A equipe jurídica do republicano tentou repetidamente anular o caso, mas está fazendo um esforço renovado após sua eleição neste mês para um segundo mandato presidencial.

Bragg também disse que o juiz deveria considerar várias opções, incluindo o adiamento de todos os processos criminais restantes até o final do próximo mandato.

Um porta-voz de Trump chamou o pedido de Bragg de “uma vitória total e definitiva” para o recém eleito presidente. “A promotoria de Manhattan admitiu que essa caça às bruxas não pode continuar”, disse.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Luckin Coffee

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a rede de cafeterias chinesas Luckin Coffee assinaram memorando de entendimento para promoção do café brasileiro na China.

O memorando, assinado na tarde desta terça-feira no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), prevê a compra de aproximadamente 240 mil toneladas de café brasileiro pela Luckin Coffee entre 2025 e 2029. Esse volume exportado deve gerar receita de US$ 2,5 bilhões.

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A Luckin Coffee é a maior rede de cafés da China, com mais de 22 mil lojas no país, e é a principal importadora de café brasileiro no país, tanto café verde quanto grão especial do Brasil.

O compromisso foi assinado pelo vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, e o CEO da Luckin Coffee, Jinyi Guo. Em junho, durante visita do vice-presidente e ministro, Geraldo Alckmin, ao país asiático, a Luckin Coffee firmou contrato para compra de 120 mil toneladas de café brasileiro por cerca de US$ 500 milhões.

De acordo com o MDIC, o acordo deve alavancar o saldo das exportações brasileiras de café. De janeiro a outubro deste ano, o Brasil exportou cerca de US$ 9,6 bilhões de café, segundo dados do Comex Stat, plataforma de comércio exterior do MDIC.

A China atualmente é o sexto maior comprador do grão brasileiro. Conforme o MDIC, a Luckin Coffee se comprometeu também a promover o café do Brasil no país.

Jorge Viana lembrou que o País é o maior produtor e exportador mundial de café. “Temos o melhor café canéfora e arábica do mundo, mas temos que trabalhar melhor a propaganda no mundo”, disse.

Luckin Coffe
(Imagem: Facebook/Luckin Coffee)

Segundo ele, o público da rede chinesa é de 300 milhões de consumidores, apesar de o hábito de tomar café ainda ser incipiente no país em detrimento do consumo de chás.

O CEO da Luckin Coffee, Jinyi Guo, afirmou que o acordo é símbolo da boa relação entre Brasil e China. “O consumo de café está crescendo no mercado chinês.

É um mercado de 1,4 bilhão de consumidores, mas a média de consumo e de dez copos por ano. Há espaço para crescimento”, afirmou.

Jinyi destacou ainda a qualidade do café brasileiro. “O Brasil produz grãos de alta qualidade e tem técnicas avançadas que atendem a nossa demanda”, observou.

Segundo ele, a rede de cafeterias chinesa também vai investir em um escritório no Brasil e em centro de apoio para cafeicultores brasileiros.

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Mário Fernandes, golpe

O general da reserva Mário Fernandes, um dos presos na Operação Contragolpe, da Polícia Federal, afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro deu aval para um plano golpista até 31 de dezembro de 2022.

A conversa consta no relatório de inteligência da operação, deflagrada nesta terça-feira (19) para prender cinco militares que pretendiam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice, Geraldo Alckmin, eleitos em outubro de 2022. 

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No áudio enviado a Mauro Cid, Fernandes disse ao ex-ajudante de ordens de Bolsonaro que o ex-presidente teria dito a ele que a “ação” poderia ocorrer até o último dia do mandato.

“Cid, boa noite. Meu amigo, antes de mais nada me desculpa estar te incomodando tanto no dia de hoje. Mas, porra, a gente não pode perder oportunidade. São duas coisas. A primeira, durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo, não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo. Mas, porra, aí na hora eu disse, pô presidente, mas o quanto antes, a gente já perdeu tantas oportunidades”, disse Fernandes.

Durante o governo Bolsonaro, o general ocupou o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República e foi responsável, segundo a PF, pela elaboração do arquivo de word intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, com planejamento “voltado ao sequestro ou homicídio” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e de Lula e Alckmin. 

Segundo a PF, o documento foi impresso no Palácio do Planalto e levado para o Palácio da Alvorada, residência oficial de Jair Bolsonaro. O ex-presidente não é citado no caso como investigado.

“A investigação, mediante diligências probatórias, identificou que o documento contendo o planejamento operacional denominado Punhal Verde Amarelo foi impresso pelo investigado Mário Fernandes no Palácio do Planalto, no dia 09/11/2022 e, posteriormente, levado até o Palácio do Alvorada, local de residência do presidente da República, Jair Bolsonaro”, completou a PF.

Outro lado

O ex-presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal. Pelas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) declarou que “pensar em matar alguém não é crime”.

“Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido. Sou autor do projeto de lei 2109/2023, que criminaliza ato preparatório de crime que implique lesão ou morte de 3 ou mais pessoas, pois hoje isso simplesmente não é crime. Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas”, declarou.

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Drex

Um dos desafios na execução do projeto piloto do Drex a moeda digital do Banco Central (BC) é estabelecer uma nova infraestrutura para o mercado que não trave a inovação.

A migração do mercado financeiro do ambiente tradicional para o ambiente blockchain exige um equilíbrio, aponta o coordenador do Drex no BC, Fábio Araujo.

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“A tendência do banqueiro central é ser conservador. Fazer o que já sabe fazer. Mas, nesse caso, o que já sabemos é muito limitado para o mundo blockchain”, disse Araujo, durante painel no Criptorama, evento promovido pela Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto).

Jayme Chataque, responsável pela unidade de negócios de ativos digitais e blockchain no Santander Brasil, considera que estabelecer segurança e governança no Drex não será simples justamente porque é imprescindível que a inovação não seja coibida.

Ele indica que talvez os participantes do piloto tenham que aceitar que outras plataformas terão que coexistir e a inovação ocorrerá fora do ambiente regulado. “Depois que ficarem maduras é que poderão ser integradas ao Drex”, projetou.

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Fernando OIG, dono do Jogo do Tigrinho, bets

A CPI das Bets deve ouvir na próxima terça-feira (26) o empresário Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG, apontado como responsável pela operação do “jogo do tigrinho” no Brasil.

A convocação foi sugerida pela relatora da comissão, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS). Em reunião deliberativa desta terça-feira (19), o colegiado aprovou 169 requerimentos de depoimentos e informações. Veja a lista completa na pauta da reunião.

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O aplicativo de apostas Fortune Tiger conhecido como “jogo do tigrinho” foi desenvolvido pela empresa PG Soft, sediada em Malta.

Ele funciona como uma máquina caça-níqueis virtual. Soraya aponta a empresa One Internet Group (OIG), de Oliveira Lima, como principal responsável pela divulgação do jogo entre o público brasileiro. A empresa afirma atuar no ramo de anúncios em redes sociais e nega que tenha qualquer relação oficial com a PG Soft.

“Sua empresa é suspeita de facilitar operações de apostas online, o que levanta preocupações sobre possíveis práticas ilícitas e lavagem de dinheiro. A convocação de Fernando é essencial para esclarecer as operações de sua empresa e as estratégias adotadas para divulgar o jogo”, destaca a relatora na justificativa do requerimento.

Na reunião da próxima terça-feira, a CPI das Bets também pode ouvir autoridades de Pernambuco que atuam no combate ao jogo do bicho e às apostas esportivas online. Os convidados são:

-Alessandro Carvalho Libório, secretário de Defesa Social;

-Paulo Gustavo Gondim Borba Correia, diretor metropolitano da Polícia Civil; e

-Renato Márcio Rocha Leite, delegado-geral da Polícia Civil.

O autor dos requerimentos, senador Izalci Lucas (PL-DF), destaca que a Secretaria de Defesa Social e a Polícia Civil de Pernambuco têm desempenhado “um papel central” com a Operação Integration, que investiga um esquema de lavagem envolvendo jogos de azar.

“Deflagrada em setembro de 2024, a Operação Integration teve como objetivo desmantelar um esquema de apostas online e jogo do bicho que movimentou bilhões de reais de forma ilícita”, justifica Izalci.

Influenciadores

A CPI das Bets também aprovou a convocação de vários artistas e influenciadores digitais que estariam atuando na expansão do mercado de apostas no Brasil. Essas oitivas ainda não têm data marcada. A comissão quer ouvir as seguintes personalidades:

-Deolane Bezerra dos Santos, influenciadora digital

-Gessica Kayane Rocha de Vasconcelos (Gkay), atriz e influenciadora digital

-Jordana Gleise de Jesus Menezes (Jojo Todynho), cantora

-Wesley Oliveira da Silva (Wesley Safadão), cantor

-Everson de Brito Silva (Tirulipa), humorista

-Vitória di Felice Moraes, influenciadora digital

-Rodrigo Abrão de Carvalho Mussi Ivo, influenciador digital

-Pâmela de Souza Drudi, influenciadora e esposa de Fernandin OIG

-Luan Kovarik (Jon Vlogs), influenciador digital e criador da JonBet

A senadora Soraya Thronicke demonstrou preocupação com a participação dos influenciadores na divulgação dos aplicativos de apostas. Para ela, os jogos comprometem a saúde dos brasileiros e a economia do país.

Quando as propagandas das bets ilegais aparecem nas redes sociais, a pessoa se empolga. São nessas ocasiões que se vão os recursos das famílias.

Bets, Jogo do Tigrinho
(Imagem: Joédson Alves/Agência Brasil)

Muitas estão indo à bancarrota. Jogadores com vício estão pedindo dinheiro emprestado para agiotas. Todo esse recuso, que é vultoso, está saindo do mercado brasileiro.

São bilhões de reais, que estão saindo do nosso comércio e do setor de serviços alertou ela durante a reunião da CPI.

Investigados

Além de Deolane Bezerra, a CPI das Bets vai convocar da mãe da influenciadora, Solange Alves Bezerra, e a sua advogada, Adélia Soares. Deolane e Solange foram presas em setembro, em Recife (PE), pela Operação Integration.

Ainda na esteira daquela investigação, a CPI aprovou nesta terça-feira a convocação de dez pessoas citadas no inquérito sobre lavagem de dinheiro e apostas ilegais. Eles devem depor na condição de investigadas:

-Marcela Tavares Henrique da Silva Campos, sócia da Esportes Gaming

-José André da Rocha Neto, representante da BPX Bets

-Aislla Sabrina Truta Henriques Rocha, sócia-administradora da BPX Bets

-Edson Antonio Lenzi Filho, diretor da Pay Brokers Cobrança

-Darwin Henrique da Silva, dono da empresa Caminho da Sorte

-Boris Maciel Padilha, ligado à HSF Entretenimento

-Thiago Lima Rocha, sócio da Zelu Brasil Pagamentos

-Rayssa Ferreira Santana Rocha, sócia da Zelu Brasil Pagamentos

-Italo Tavares de Moura, sócio da ST Soft Desenvolvimento de Programas

-Djalma Junior dos Santos, sócio da ST Soft Desenvolvimento de Programas

Autoridades

Outro lote de requerimentos aprovados sugere o depoimento de autoridades públicas. O senador Izalci Lucas, responsável pela maior parte das sugestões, alterou a natureza dos pedidos de convocação para convite.

A CPI pode ouvir, entre outros:

-Fernando Haddad, ministro da Fazenda

-Jorge Messias, advogado-geral da União

-Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central

-Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal

-Ricardo Liáo, presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)

-Alexandre Cordeiro Macedo, presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)

O presidente da CPI, senador Dr. Hiran (PP-RR), disse que a comissão “não é contra nem a favor de governo”.

Esta CPI é a favor da sociedade, que está adoecendo por conta da falta de regulamentação desta atividade. Não vamos espetacularizar nada aqui. Vamos fazer tudo com muita responsabilidade e com a seriedade que o caso requer — afirmou.

Informações

A CPI também aprovou pedidos de informação. Entre eles, há solicitações ao Coaf de 37 relatórios de inteligência financeira (RIFs).

Os documentos podem identificar operações com indícios de crimes. Os alvos incluem pessoas físicas e empresas ligadas a apostas online e plataformas de pagamento.

A CPI das Bets foi instalada em 12 de novembro para investigar a influência das apostas online no orçamento das famílias brasileiras e a possível associação com organizações criminosas. Os trabalhos do colegiado vão até abril do próximo ano.

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Mega-Sena

A Caixa Econômica Federal sorteou, na noite desta terça-feira (19/11), o concurso 2798 da Mega-Sena, que terminou sem vencedores.

Os números sorteados foram: 03-09-18-54-59-60.

A estimativa de prêmio do próximo concurso, em 23/11/2024, é de R$ 18 milhões.

A quina foi acertada por 70 apostas, com o prêmio individual de R$ 33.750,59, enquanto a quadra teve 4.184 ganhadores, com o prêmio de R$ 806,65.

A arrecadação total foi de R$ 45,801 milhões.

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Celulares, Brisanet

A Brisanet (BRIT3) anunciou a conclusão de sua reorganização societária, que será efetivada em 4 de dezembro de 2024, mostra um comunicado enviado ao mercado nesta terça-feira (19). A operação envolve a incorporação da Brisanet Participações pela Brisanet Serviços de Telecomunicações.

Com isso, as ações da Brisanet Participações deixarão de ser negociadas na B3 (B3SA3) no final do pregão do mesmo dia. Já em 5 de dezembro, as ações da Brisanet Serviços estrearão no Novo Mercado da B3 sob o código de negociação “BRST3”.

A reorganização foi aprovada em Assembleia Geral Extraordinária realizada em setembro e inclui o pagamento de reembolsos aos acionistas que exerceram o direito de recesso. No total, 7,7 milhões de ações da Brisanet Participações serão canceladas como parte do processo. O valor do reembolso será creditado diretamente nas contas de custódia dos acionistas em 4 de dezembro.

Uma das condições excepcionais concedidas pela B3 é a manutenção temporária do Free Float (ações em circulação) em 18,84%, inferior ao mínimo exigido pelo regulamento do Novo Mercado. A Brisanet Serviços terá 18 meses para atingir o percentual regulamentar. Durante esse período, a empresa não poderá reduzir ainda mais o Free Float, caso ele alcance um nível superior ao atual.

Além disso, a Brisanet Serviços assumiu compromissos adicionais para reforçar sua governança. A companhia deverá divulgar relatórios anuais de ESG baseados em padrões internacionais, garantir a inclusão de mulheres em cargos de liderança e contratar um formador de mercado para fomentar a liquidez de suas ações. O estatuto social da empresa também será adaptado para assegurar direitos adicionais aos acionistas, como a possibilidade de convocar assembleias especiais e eleger representantes ao Conselho de Administração.

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O ministro da Casa Civil, Braga Netto, e o presidente Jair Bolsonaro durante solenidade alusiva aos 54 anos da Embratur e do lançamento do selo comemorativo Embratur 54 anos, no Palácio do Planalto

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou nesta terça-feira (19) que são “fortíssimos” os indícios contra quatro militares do Exército e um agente da Polícia Federal (PF) presos preventivamente por suspeita de organizar um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin, e consolidar um golpe de Estado no país.

“Os indícios da prática desses crimes são fortíssimos, até porque a prisão preventiva exige, primeiramente, a constatação da materialidade do crime. E isso foi constatado. E indícios fortes de autoria. Esses dados que são exigidos pela legislação processual penal estão presentes e serviram de fundamento para decretação da prisão preventiva. Os fatos são gravíssimos, absolutamente inaceitáveis e colocam em risco não apenas as instituições republicanas, mas a vida dos cidadãos brasileiros” afirmou Lewandowski, em entrevista a jornalistas na sede do ministério, em Brasília.

A Operação Contragolpe foi deflagrada mais cedo pela PF, no contexto das investigações sobre as ações golpistas de apoiadores e ex-integrantes do governo do presidente Jair Bolsonaro.

Os fatos ocorreram no fim de 2022, quando Lula e Alckmin já havia sido eleitos, mas ainda não tinham tomado posse.

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Além deles, o plano incluía o assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator das investigações e processos por tentativa de golpe, que culminaram nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.  

Quem são os presos

A pedido da PF, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes e dos tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra Azevedo.

Os quatro são integrantes das Forças Especiais do Exército, também conhecidos como “kid pretos”, altamente especializados em ações de guerrilha, infiltração e outras táticas militares de elite.

Também foi autorizada a prisão preventiva do agente da PF Wladimir Matos Soares, suspeito de envolvimento no plano.

O general Fernandes atuou como chefe substituto da Secretaria-Geral da Presidência da República durante a gestão de Jair Bolsonaro.

O agente Wladimir Matos Soares teria auxiliado o núcleo militar, “fornecendo informações que pudessem, de alguma forma, subsidiar as ações que seriam desencadeadas”.

O planejamento teve seu auge a partir de novembro de 2022 e avançou até dezembro do mesmo ano, em uma operação denominada pelos investigados de Copa 2022.

“Eu quero dizer que a Polícia Federal está decepcionada porque um dos seus participou dessa tentativa de golpe, de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de organização criminosa. São as três imputações que se fazem contra essas pessoas. Por enquanto, suspeitas, elas ainda serão julgadas pelo Supremo Tribunal Federal”, destacou Lewandowski.

Reação de Lula

O ministro da Justiça também disse que conversou com o presidente Lula por telefone sobre a investigação da PF e descreveu a reação do mandatário.

“Estava surpreso, estupefato com a dimensão deste golpe. Ele não podia imaginar que poderia ser vítima fatal desses agentes criminosos.”

Lula está voltando para Brasília nesta terça-feira, após ter sido o anfitrião da Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro. O presidente ainda não comentou a operação da Polícia Federal.

Nesta quarta, ele recebe a visita oficial do presidente da China, Xi Jinping.

Quase materializado

Lewandowski reconheceu que os suspeitos estiveram muito perto de materializar os intentos criminosos, especialmente contra o ministro Alexandre de Moraes, que teve as imediações de seu apartamento funcional, em Brasília, vigiadas pelos envolvidos.

“Eu posso lhes dizer que, pelo inquérito, a que todos tiveram acesso, o segredo de Justiça foi retirado, os suspeitos, os acusados chegaram muito próximos de materializar seus intentos criminosos. “É claro que a segurança das autoridades está sendo atualizada, aperfeiçoada”, observou.

Sobre as suspeitas de envolvimento de aliados diretos de Jair Bolsonaro, incluindo o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e candidato à vice-presidente em 2022, Ricardo Lewandowski foi mais cauteloso e disse que as investigações continuam em andamento, mas que uma reunião ocorrida na casa do general pode provar o seu envolvimento no crime.

O ministro da Justiça ainda comentou sobre a gravidade do envolvimento de agentes de segurança do Estado na tentativa de golpe e assassinato de autoridades constituídas.

“É muito grave que pessoas que foram formadas pelo Estado, para o emprego lícito da violência, que foram armadas pelo Estado, pratiquem esse tipo de atentado contra o próprio Estado. Isso é inadmissível, não é esperado”, afirmou.

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Auren

A Auren Energia (AURE3) irá recomprar até 5,4 milhões de ações ordinárias, informou a empresa por meio de um comunicado enviado ao mercado nesta terça-feira (19).

Segundo o documento, o montante a ser adquirido representa 1,67% das ações em circulação no mercado (323,738 milhões de papeis). Isso representa cerca de R$ 53,406 milhões.

O prazo máximo para a aquisição das ações é de 18 meses, contados a partir da data de aprovação do programa pelo Conselho de Administração, encerrando-se em 19 de maio de 2026.

As operações serão realizadas por meio da Itaú Corretora.

“Os membros do Conselho de Administração entendem que a situação financeira atual da Companhia é compatível com a execução do Programa de Recompra nas condições ora aprovadas, não sendo vislumbrado nenhum impacto no cumprimento das obrigações assumidas com credores nem no pagamento do eventual dividendo mínimo obrigatório”, informou a Auren.

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XP INC

A XP (XPXPBR31) fechou o terceiro trimestre de 2024 novamente com lucro líquido e receitas recorde. Com um lucro líquido de R$ 1,187 bilhão, a companhia registrou um crescimento de 9% ano contra ano e 6% em relação ao segundo trimestre.

A receita bruta somou R$ 4,546 bilhões, 4% acima do mesmo intervalo de 2023 e 1% acima do segundo trimestre. A receita líquida foi de R$ 4,3 bilhões, alta anual de 5% e trimestral de 2%.

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A margem do lucro líquido ficou em 27,5%, aumento anual de 118 pontos-base e trimestral de 98 pontos-base.

O EBT métrica que reúne os desempenhos operacional e financeiro, antes da taxação de impostos foi de R$ 1,212 bilhão, 5% acima do terceiro trimestre de 2023 e 12% mais baixo do que no segundo trimestre.

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O retorno sobre o patrimônio (ROAE) subiu 38 pontos-base no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado e avançou 83 pontos-base no trimestre, para 23%.

A margem EBT fechou o terceiro trimestre em 28,1%, 6 pontos-base acima do mesmo trimestre de 2023 e 472 pontos-base abaixo do segundo trimestre.

A base de clientes da XP alcançou 4,7 milhões, totalizando R$ 1,213 trilhão de ativos sob custódia, um crescimento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior.

“Entregamos mais um trimestre consistente, de lucro líquido recorde e um crescimento de 20% nos últimos 12 meses. Este resultado comprova, novamente, que estamos no caminho certo para entregar nosso guidance de longo prazo em 2026”, diz Thiago Maffra, CEO da XP Inc no release de resultados.

O executivo destacou ainda investimentos em segmentação e no desenvolvimento de produtos, além do cross-sell, reforçando o negócio principal de investimentos, o qual aumenta a receita média de cada cliente.

XP
(Imagem: Reprodução/X´s/@xpinvestimentos)

“Nossa missão é entregar um serviço único, para todos os segmentos de investidores – do Private ao varejo -, queremos democratizar o planejamento financeiro de qualidade, algo que nenhum outro player faz”, acrescenta.

No final de 2023, a XP previu um guidance de receita anual ao final de 2026 entre R$ 22,8 bilhões e R$ 26,8 bilhões.

A XP previu também alcançar uma margem EBT de 26% de margem, superada no terceiro trimestre.

Veja o documento:

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(Com Estadão Conteúdo)

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Assai

O Ibovespa (IBOV) teve mais uma sessão de moderada variação no fechamento, com giro relativamente alto na véspera de feriado amanhã, Dia da Consciência Negra, com mercados abertos lá fora.

Assim, também à espera do pacote de cortes de gastos, e em dia de agenda doméstica e externa esvaziada, o índice da B3 oscilou dos 127.234,80 aos 128.579,47 pontos, saindo de abertura aos 127.768,19.

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Ao fim, mostrava hoje leve ganho de 0,34%, aos 128.197,25 pontos, vindo, nada menos, de cinco sessões em que teve variação inferior a 0,2%, para cima ou para baixo quatro das quais em oscilação que não chegou a 0,1%.

Dessa forma, desde o fechamento de 8 de novembro, o Ibovespa segue trancado em margem estreita, variando dos 127,7 mil a quase 128,2 mil pontos, agora, em fechamentos.

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O giro financeiro desta terça-feira foi a R$ 19,9 bilhões. Na semana, o Ibovespa sobe 0,32%, ainda cedendo 1,17% no mês e recuando 4,46% no ano.

A recuperação do preço do minério de ferro na China e em Cingapura, negociado acima do limiar de US$ 100 por tonelada, deu suporte à principal ação do Ibovespa, Vale ON (VALE3), em leve alta de 0,23% no fechamento.

O dia foi positivo também para o segmento financeiro, à exceção, entre as grandes instituições, de Santander (SANB11) (Unit -0,04%) – destaque para alta de 0,90% em Itaú (ITUB4) PN, a principal ação do setor.

Por outro lado, Petrobras (PETR3; PETR4) ON e PN cederam hoje 1,28% e 1,05%, respectivamente, em dia de virtual estabilidade para os preços do petróleo, na sessão em Londres e Nova York.

Na ponta ganhadora do Ibovespa, destaque para Vamos (VAMO3) (+4,66%), BRF (BRFS3) (+3,74%) e Natura (NTCO3) (+3,25%). Do outro lado, Assai (ASAI3) (-3,06%), Embraer (EMBR3) (-2,19%) e Rede D’Or (RDOR3) (-2,17%).

“A Bolsa teve uma melhora e chegou a subir quase 0,60%, e mesmo a possível postergação, por mais uma semana, do pacote de gastos foi recebida de forma suave e tranquila. O mercado espera por um anúncio de real eficiência, e foi ajudado hoje, também, pela melhora externa à tarde”, diz Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

Em Nova York, os principais índices de ações mostravam variação de -0,28% (Dow Jones), +0,40% (S&P 500) e de +1,04% (Nasdaq) no fechamento desta terça-feira.

“O Ibovespa operou com cautela hoje, refletindo a expectativa do mercado em relação ao pacote fiscal que o governo anunciará na próxima semana. O governo está sob pressão para apresentar um plano mais estrutural, especialmente após a piora nas expectativas de inflação apontada pelo Boletim Focus”, diz Eduardo Nogueira, sócio da One Investimentos. “A expectativa é de que o pacote inclua medidas significativas para reduzir o déficit fiscal, o que pode impactar diretamente a política monetária e a precificação dos ativos locais”, acrescenta.

O índice da B3 vem de pregões em consolidação na faixa entre 126.869 e 128.423 pontos, observa Inácio Alves, analista da Melver.

“Caso o mercado goste do pacote, o índice poderá abrir caminho para romper para cima o canal de baixa iniciado em agosto. Mas, se o mercado rejeitar a proposta, há grande possibilidade de o índice continuar, e até acelerar, o movimento descendente”, acrescenta Alves.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar)

O aumento das temperaturas no Brasil, assim como acontece no mundo, pode ajudar a geração de caixa das empresas de saneamento, como a Sanepar (SAPR11), avalia a Fitch Ratings em um relatório enviado a clientes nesta terça-feira (19).

Segundo Gustavo Mueller e Leonardo Coutinho, esta situação amplia volumes faturados de água e esgoto acima do antecipado e, consequentemente, fortalece sua geração operacional de caixa.

“Diante deste cenário, as companhias terão que continuar investindo em segurança hídrica para atender a maior demanda, apesar de, no curto prazo, os recursos hídricos disponíveis e a adequada flexibilidade operacional sustentarem o aumento do consumo”, opinam os analistas.

A agência de classificação de risco explica que o volume faturado por conexão das empresas públicas avaliadas cresceu em média 3% no primeiro semestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023, o que elevou a geração de caixa operacional das companhias acima das expectativas. Em média, o indicador deste grupo ficou estável nos últimos cinco anos.

Para a Fitch, os destaques foram a Saneamento de Goiás (Saneago), cujo volume faturado por conexão cresceu 4%, e a Sanepar, que aumentou 5%. A Caern e a Cagece apresentaram a menor expansão (2%).

O volume total faturado das empresas privadas aumentou 4,7% no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período de 2023 (ajustado para aquisições). A Aegea reportou a maior expansão entre as companhias privadas avaliadas pela Fitch (6,9%).

Crises hídricas

A Fitch avalia que a segurança hídrica e a resiliência operacional das companhias melhoraram, principalmente após as crises hídricas ocorridas no Paraná (2020-2021) e no Sudeste (2014-2015).

“Nos últimos anos, o aumento de investimentos em capacidade de reservação e captação de água e a maior interligação entre os principais sistemas de abastecimento mitigaram os riscos de diminuição da disponibilidade hídrica. Uma melhor gestão das bacias hídricas também colaborou, por ajudar a prevenir restrições de abastecimento”, pontua o relatório.

Ao final de outubro de 2024, o nível de água dos principais reservatórios da maioria das empresas estava acima do verificado nos últimos quatro anos ao final do mesmo mês, o que atenua as preocupações.

A Sanepar apresentava condição mais favorável dentre essas companhias, com 95% de reservação de água nos sistemas de abastecimento da região metropolitana de Curitiba. Os níveis dos principais reservatórios de Cagece, Sabesp (SBSP3), Saneago e Caern também eram confortáveis para o período, com respectivos 48%, 45%, 86% e 68%.

No caso da Copasa (CSMG3), os reservatórios do Sistema Paraopeba, que abastecem 52% da Região Metropolitana de Belo Horizonte, estavam em 52%. Minas Gerais está entre os estados mais impactados pela estiagem, mas a expectativa é de aumento dos níveis dos reservatórios nos próximos meses, com o início do período de maior pluviometria.

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Instagram

O Instagram anunciou nesta terça-feira (19) a fase de testes de uma nova ferramenta que permitirá aos usuários, incluindo adolescentes, redefinir as recomendações de conteúdo exibidas nas seções Explore, Reels e Feed. A funcionalidade busca oferecer um “recomeço” para aqueles que desejam renovar os temas e contas sugeridos pela plataforma, promovendo uma experiência mais alinhada às mudanças de interesse e preferências pessoais.

A iniciativa se soma a um conjunto de ferramentas já disponíveis que permitem maior controle sobre o conteúdo visualizado no Instagram, empresa da Meta (META; M1TA34). Agora, com poucos cliques, será possível apagar o histórico de recomendações e recomeçar a personalização com base nas novas interações realizadas. Além disso, o recurso dará aos usuários a opção de revisar a lista de contas seguidas e deixar de seguir aquelas que não atendem mais aos seus interesses.

Conteúdo seguro

Como parte do compromisso em oferecer experiências seguras e adequadas para adolescentes, a Meta – empresa controladora do Instagram – reforça que a ferramenta está alinhada com medidas de proteção já implementadas, como as regras mais rígidas sobre o que é exibido para contas de menores de idade. A empresa também publicou uma nova página no Transparency Center, detalhando como monitora e limita o acesso a conteúdos sensíveis para esse público.

A plataforma quer garantir que adolescentes possam adaptar o que veem ao que realmente os interessa. Entre os recursos já disponíveis estão a possibilidade de criar listas de favoritos, organizar as interações na seção “Sua Atividade” e usar o Feed de Seguidores para visualizar publicações em ordem cronológica.

Como parte do lançamento, o Instagram se uniu às especialistas em organização Joanna e Clea, do The Home Edit. A colaboração busca inspirar pais e adolescentes a “organizar” suas contas no Instagram de forma semelhante à organização de uma casa, revisando regularmente o que consomem e buscando novas opções que reflitam suas paixões e interesses.

Personalização

Além da nova funcionalidade de “zerar” o algoritmo, a plataforma oferece outras formas de personalizar o uso, como marcar conteúdo como “Interessante” ou “Não Interessante” e usar palavras ocultas para evitar postagens com termos indesejados. A Meta também destaca que a ferramenta será disponibilizada globalmente em breve, reforçando o compromisso com a criação de experiências mais relevantes e positivas para todos os usuários.

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Howard Lutnick

O bitcoin (BTCUSD) voltou a avançar hoje, chegando a renovar seu recorde histórico durante a sessão, ainda impulsionado pelas perspectivas para a postura de Donald Trump para as criptomoedas em seu segundo mandato.

Hoje, o presidente eleito nomeou o CEO da Cantor Fitzgerald, Howard Lutnick, para chefiar o Departamento de Comércio. Lutnick também apoia abertamente a indústria cripto. Sua empresa é custodiante das reservas da empresa de stablecoin Tether.

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Pouco depois das 17h20 (de Brasília), o bitcoin subia 1,40%, a US$ 93.040,90, enquanto o ether recuava 1,80%, a US$ 3.116,80, de acordo com a Binance.

A equipe econômica de Trump está finalmente começando tomando forma e um dos principais defensores cripto de Wall Street está ganhando um papel de destaque. Trump disse hoje que Lutnick “liderará a nossa agenda tarifária e comercial, com responsabilidade direta adicional pelo Gabinete do Representante Comercial dos Estados Unidos”.

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O empresário, que é copresidente da equipe de transição de Trump, era visto como um dos principais candidatos à chefia do Departamento do Tesouro.

Como secretário do Comércio, ele desempenharia um papel importante na investigação de práticas comerciais e na administração de tarifas, que, segundo Trump, serão a peça central da sua agenda econômica.

Os investidores estão se posicionando para se beneficiarem de uma recuperação contínua no preço do Bitcoin no primeiro dia de negociação de opções no iShares Bitcoin Trust, o maior fundo negociado em bolsa focado na criptomoeda.

Por volta das 14h (horário de Brasília) desta terça-feira, cerca de 100 mil opções do ETF, que é negociado com o ticker IBIT, mudaram de mãos.

Mercado Bitcoin
Mercado Bitcoin (Imagem: Freepik/ @freepik)

As opções de compra, que dão aos titulares o direito de comprar o fundo a um preço determinado, representaram 85% do volume.

As opções IBIT, as primeiras disponíveis em um ETF Bitcoin, vencem em meados de dezembro e meados de janeiro.

A negociação no IBIT é a 15ª maior entre todas as opções de ações listadas, de acordo com Chris Murphy, codiretor de estratégia de derivativos do Susquehanna International Group.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Agrogalaxy

O desembargador Breno Caiado, do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), negou pedido do Banco do Brasil (BBAS3) para suspender os efeitos da decisão que deferiu o processamento da recuperação judicial da AgroGalaxy Participações S/A (AGXY3) e outras 12 empresas do mesmo grupo econômico.

A companhia enfrenta dívidas de R$ 4,6 bilhões e teve seu pedido de recuperação aceito pela 19ª Vara Cível de Goiânia em setembro.

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O Banco do Brasil havia interposto agravo de instrumento alegando que os créditos garantidos por cessão fiduciária não estariam sujeitos à recuperação, conforme o artigo 49, ?3º, da Lei 11.101/05.

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Também questionou a mudança da sede da holding AgroGalaxy de São Paulo para Goiânia pouco antes do pedido de recuperação, classificando o ato como uma tentativa de “forum shopping” para obter decisões mais favoráveis.

Em sua decisão, Caiado afirmou que “o exercício do direito creditório ou possessório deve ser postergado em prol do não agravamento da situação dos agravados”, ressaltando a importância de preservar as atividades de um grupo “de grande porte e consolidado no mercado, valendo ressaltar que está em risco a sua própria sobrevivência”.

O magistrado também rejeitou o pedido de efeito suspensivo ao agravo, por não ver demonstrados os requisitos de dano grave ou de difícil reparação.

A decisão manteve as tutelas de urgência concedidas em primeira instância, como a suspensão de retenções e cobranças sobre recebíveis considerados essenciais, a proibição de rescindir contratos com base no pedido de recuperação judicial, e a suspensão do vencimento antecipado de dívidas.

O desembargador considerou que tais medidas são necessárias para evitar a paralisação das operações durante o ‘stay period’ de 180 dias.

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(Imagem: Reprodução/ Agrogalaxy)

Desde o deferimento do processamento, a AgroGalaxy já obteve na Justiça a liberação de R$ 4,97 milhões retidos pelo Sicoob Ouro Verde, a proibição de cortes de energia elétrica e água por débitos anteriores ao pedido, e a liberação de fertilizantes retidos pela Santa Clara Agrociência.

A empresa deve apresentar o plano de recuperação até dezembro e negociar sua aprovação com os credores. Com operação em 14 Estados e mais de 30 mil clientes, a AgroGalaxy fechou 95 lojas e demitiu mais de 500 funcionários desde o início do processo.

O desembargador destacou a necessidade de equilibrar os interesses dos credores e a preservação da atividade empresarial.

“A concessão de qualquer medida na recuperação judicial deve ser precedida pela manifestação dos administradores judiciais e do Ministério Público em 2º grau, evitando decisões precipitadas que possam comprometer a paridade de tratamento entre credores e o equilíbrio da recuperação judicial”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Flávio Bolsonaro

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e senador, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), escreveu em seu perfil do X (antigo Twitter) que “por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime”, se referindo ao suposto conluio investigado pela Polícia Federal (PF), que prendeu cinco suspeitos nesta terça-feira, 19, por tentativa de golpe contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O senador afirmou na mesma publicação que é autor de um projeto de lei que criminaliza ato preparatório de crimes como esse, que implique em lesão ou morte de três ou mais pessoas. “Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas”, escreveu.

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O projeto de lei foi apresentado pelo senador em abril de 2023, e tem como justificativa “prevenir crimes como os recentes massacres que presenciamos em escolas brasileiras”. O texto aguarda distribuição na Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

O plano, segundo as investigações, envolvia o assassinato de Lula, de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), previsto para ser executado em 15 de dezembro de 2022.

Ao Estadão, o pastor Silas Malafaia corroborou os argumentos de Flávio. “Desejar não quer dizer nada. Eu repudio qualquer desejo maléfico contra qualquer pessoa, tá certo? Agora, onde é que tá materialidade do crime? Tudo é o jogo da farsa do golpe.”

O pastor qualificou o caso como “mais uma narrativa para incriminar Bolsonaro” e se referiu ainda aos presos pela invasão dos prédios nos ataques golpistas de 8 de Janeiro. “Se esses caras queriam dar um golpe, o que é que aquele povo que estava lá tem com isso?”, citando “faxineiras”, “donas de casa” e “idosos”.

Os argumentos têm sido usados por bolsonaristas que mantém viva a esperança de que uma anistia seja concedida aos golpistas, o que pode beneficiar Bolsonaro, investigado em inquéritos e indiciado duas vezes.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Dólar

A indefinição sobre o tamanho do ajuste fiscal a ser promovido pelo governo Lula pode levar o dólar (USDBRL) ao nível de R$ 6 ainda em 2024, alerta o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes nesta terça-feira (19) com projeções atualizadas para a economia brasileira este ano e em 2025.

A economista Iana Ferrão ressalta que, aplicando um modelo de componentes principais que considera as moedas de países pares – emergentes e exportadores de commodities – é possível afirmar que cerca de R$ 0,60/US$ da taxa de câmbio atual é atribuível a fatores idiossincráticos domésticos.

Atraso de Lula em ajuste gera danos irreversíveis para 2025

“Esse resultado reflete predominantemente o aumento das preocupações do mercado quanto à sustentabilidade do arcabouço fiscal e à dinâmica da dívida pública no Brasil. Sem esse elemento interno de pressão, estimamos que a taxa de câmbio estaria atualmente em torno de R$ 5,25”, explica.

Ou seja, a implementação de um pacote fiscal robusto e crível, com medidas que sinalizem claramente o compromisso do governo com a sustentabilidade do arcabouço fiscal e a estabilização da trajetória da dívida pública, teria o potencial de reduzir o prêmio de risco do Brasil, promovendo uma apreciação do câmbio para um patamar próximo a R$ 5,20/US$.

“Além disso, tal avanço poderia pavimentar o caminho para uma revisão positiva do rating soberano por parte das agências de classificação de risco, com o País recuperando o grau de investimento em pelo menos uma delas, o que, por sua vez, teria potencial de fortalecer ainda mais o Real à frente”, diz Ferrão.

Por outro lado, explica a economista, uma eventual frustração com o pacote de corte de gastos a ser anunciado em breve, com a ausência de medidas mais estruturais, por exemplo, pode levar o câmbio a romper a barreira de R$ 6,00 ainda este ano.

Projeções

A estimativa para a taxa de câmbio foi para R$ 5,70 no fim de 2024 e R$ 5,80 no fim de2025 em função da vitória de Donald Trump na eleição americana.

“Entre os fatores que sustentaram esse movimento, destacam-se as expectativas de inflação e taxas de juros do Federal Reserve mais elevadas, em resposta a possíveis estímulos fiscais adicionais sob uma nova administração Trump. O movimento pressionou particularmente as moedas de mercados emergentes, como o Brasil, já impactadas por elevada incerteza fiscal”, lembra a economista.

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Janja

A atuação da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, dentro e fora do governo, tem se tornado destaque dentro e fora do País.

Desde o início do governo de seu marido, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a socióloga acumula gafes, polêmicas e controvérsias por suas falas e atitudes.

Como mostrou o Estadão, aliados de Lula têm reclamado do excesso de influência da primeira-dama em assuntos do governo.

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Segundo interlocutores do Palácio do Planalto, Janja tem interferido em temas importantes da gestão desde que se instalou em um gabinete ao lado da sala presidencial.

Entre as queixas de parlamentares e até de ministros do governo em relação à primeira-dama estão a de que ela teria barrado propostas na área da comunicação social e imposto medidas nas áreas econômica, social e política, além de dar palpites na relação do presidente com militares e afastá-lo de deputados e senadores.

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Ela chegou a afirmar em entrevista à CNN Brasil na última quarta-feira, 13, que as pessoas ‘precisam entender’ que ela é a voz de ‘milhares de mulheres’ no governo e que suas ações vão além de interesses pessoais, representando demandas sociais ao interagir com ministros.

No último sábado, 16, durante uma mesa de debates com o influenciador Felipe Neto, em um evento paralelo ao G20, a primeira-dama xingou o bilionário Elon Musk.

Ao fim do painel, ela pediu a palavra para destacar a dificuldade de aprovação de leis para regulamentar plataformas de mídias sociais e reforçou seu impacto em tragédias climáticas por causa da disseminação de informações falsas.

Então, abaixou-se por causa do que parecia ser um ruído no ambiente onde estava. Ela interrompeu o discurso e disparou: “Acho que é o Elon Musk. Eu não tenho medo de você. Inclusive, fuck you, Elon Musk”.

O bilionário reagiu em seu perfil no X momentos depois, indicando por meio da sigla “lol” que estava dando risadas do ocorrido.

Ao comentar outro post na plataforma, Musk afirmou que “eles”, em indicação ao governo atual, vão perder as próximas eleições.

Janja
(Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

No mesmo evento, Janja fez referência em tom de deboche sobre a morte de Tiü França na explosão em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira, 13, afirmando que o “bestão acabou se matando com fogo de artifício”.

As duas declarações no evento do fim de semana entram na lista de outras que envolvem o nome da primeira-dama.

‘Vários não merecem estar aqui’, disse sobre ex-presidentes

A primeira-dama visitou, no começo do mês, a galeria do ex-presidentes no Palácio do Planalto, reaberta após restauração O local havia sido destruído nos ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Durante a visita, Janja afirmou que vários ex-chefes do Executivo federal não mereciam ter fotografia no espaço, localizado no piso térreo da sede do governo federal.

“(No poder) do dia 2 ao dia 15. Gente, ele não merece estar aqui Ah, bom, tem vários que não merecem. Pascoal Ranieri Mazilli, vocês tinham ouvido falar desse presidente?”, questionou.

Ranieri Mazilli era presidente da Câmara e assumiu o poder em 2 de abril de 1964, depois de João Goulart ser deposto, abrindo caminho para a ditadura militar. Ele ficou no cargo até 15 de abril daquele ano, como consta nas informações abaixo da foto do ex-presidente no mural.

Vídeo sobre B.O. da esposa de Nunes nas eleições de São Paulo

Janja e outras mulheres apoiadoras do então candidato à prefeitura paulistana, Guilherme Boulos (PSOL), divulgaram um vídeo nas véspera do segundo turno resgatando o boletim de ocorrência por suposta violência doméstica registrado pela mulher do prefeito Ricardo Nunes (MDB) em 2011.

O emedebista, que classificou o vídeo como “jogo baixo”, venceu Boulos no segundo turno com 3.393.110 votos, o que representa 59,35% dos votos válidos.

Gafe e quebra de protocolo na posse de juízes

Em agosto, a esposa de Lula participou da posse de novos juízes federais no Tribunal Federal da 3ª Região (TRF-3), em São Paulo.

Durante seu discurso, Janja disse que o ministro Hernan Benjamin, presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), integrava o Supremo Tribunal Federal (STF) e chamou o STJ de “Supremo Tribunal de Justiça”.

“Meu querido ministro Herman Benjamin, do STF. Infelizmente, não pude estar na sua posse (como presidente do STJ), mas desejo uma excelente condução do Supremo Tribunal de Justiça”, disse Janja.

Na cerimônia, Janja também quebrou o protocolo e deu à juíza Gabriela Shizue Soares de Araújo o diploma e o colar que, usualmente, são entregues aos novos empossados pelo presidente do Tribunal. Gabriela é madrinha de casamento de Janja e Lula e esposa do deputado estadual e ex-prefeito de Osasco, Emídio de Souza (PT-SP), amigo de longa data do presidente.

Polêmicas com humoristas

Em maio, durante as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, Janja se envolveu em uma polêmica com o humorista e influenciador Whindersson Nunes por conta do resgate de um cavalo que estava ilhado no telhado de uma casa em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre.

Janja mobilizou esforços para o resgate do animal e compartilhou um vídeo nas redes sociais comemorando o sucesso da operação. O humorista, então, publicou como resposta uma imagem da atriz Jade Picon lavando roupas à mão, cena da novela “Travessia”, interpretada por muitos como uma crítica à comoção gerada em torno do resgate.

Em resposta, a primeira-dama comentou que “ele não sabe que já inventaram máquina de lavar roupa faz tempo, que libera o tempo das mulheres fazerem e estarem onde elas quiserem”, sugerindo que a postagem de Whindersson era machista.

Já em julho, a socióloga publicou uma indireta nas redes sociais horas depois de o humorista Dilson Alves, o “Nego Di”, ser alvo de uma operação do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro.

Em maio, Nego Di fez uma postagem nas redes sociais ofendendo Janja com uma palavra de baixo calão. “P… de carteira assinada”, escreveu. Após repercussão negativa, o humorista apagou a publicação. O ex-BBB está preso preventivamente desde 14 de julho, acusado de envolvimento em um suposto esquema de produtos não entregues por uma loja que seria sócio.

Polêmica com os móveis do Alvorada

No começo de 2023, Lula e Janja alegaram o desaparecimento de itens do Palácio da Alvorada após a saída de Bolsonaro e Michelle. Dez meses depois, os 261 itens foram encontrados dentro da própria residência oficial. Antes da descoberta, o casal presidencial comprou peças de luxo, justificando a aquisição pela ausência dos objetos.

Na época, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) informou que os itens foram encontrados em “dependências diversas” dentro do Palácio da Alvorada, mas não especificou os locais exatos.

Janja
(Imagem: X.com/@JanjaLula)

Segundo o órgão, foram necessárias três vistorias para localizar todos os itens. A primeira, em novembro de 2022, atestou o desaparecimento de 261 itens; a segunda, no começo do ano passado, localizou 173 peças e a última, feita em setembro, confirmou que nenhum item havia sido extraviado pelo casal Bolsonaro. Apesar da descoberta dos itens, a Secom disse que os móveis sofreram um “descaso” por parte de Bolsonaro e Michelle.

Durante a transição de governo, no final de 2022, Lula e Janja reclamaram das condições da residência oficial e apontaram que os bens estavam faltando após Bolsonaro e a ex-primeira-dama deixarem o Alvorada. Além de móveis, utensílios domésticos, livros e obras de arte foram citados como “desaparecidos”.

O casal presidencial passou o primeiro mês de mandato de Lula morando em um hotel no centro de Brasília, afirmando que a residência oficial e a Granja do Torto, residência de veraneio da Presidência, estavam deteriorados.

Durante um café da manhã com jornalistas em janeiro do ano passado, o presidente afirmou que Bolsonaro e Michelle “levaram tudo” do palácio residencial.

Depois que os itens foram encontrados, o casal Bolsonaro acionou a Justiça, pedindo uma indenização de R$ 20 mil por danos morais como “medida pedagógica”, além de retratação por parte de Lula “na mesma proporção do dano que realizou”, o que incluía uma entrevista à imprensa no Palácio da Alvorada e uma retratação “perante o veículo de comunicação GloboNews e nos canais oficiais de comunicação do governo federal”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Ex-ministro do STF Celso de Mello

O ministro aposentado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, emitiu um contundente alerta sobre as recentes notícias envolvendo oficiais do Exército, incluindo um general reformado, suspeitos de planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Segundo ele, os eventos remetem à frase de Karl Marx: “A primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”.

Celso de Mello relacionou o suposto plano golpista ao episódio conhecido como “Revolta dos Sargentos”, ocorrido em 1963. Na ocasião, militares amotinados detiveram e sequestraram o ministro Victor Nunes Leal, do STF, levando-o à Base Aérea de Brasília. O episódio, embora contido, foi um prenúncio da ruptura institucional que culminaria no golpe militar de 1964.

Para o ex-ministro, há um vínculo histórico entre esses eventos. Ele aponta que “insurgências de natureza pretoriana” fragilizam a democracia e ameaçam os fundamentos do poder civil. Celso de Mello também reforçou que o respeito à Constituição é um limite intransponível, cabendo às Forças Armadas exercer funções estritamente institucionais.

Democracia

O plano revelado de assassinato de líderes civis e judiciais evidencia, segundo Celso, uma tentativa de instaurar um regime autoritário baseado em práticas incompatíveis com o Estado democrático de direito. Ele destacou que o poder militar deve estar subordinado ao civil e que “qualquer desvio desse princípio conduz à dissolução da República democrática”.

Citando o estudioso Samuel P. Huntington, Celso de Mello alertou para os perigos do pretorianismo – o envolvimento de militares na política –, seja ele de caráter oligárquico, radical ou de massa. Esse tipo de intervenção, segundo ele, “descaracteriza a legitimidade do poder civil e fragiliza as instituições democráticas”.

Ministro Alexandre de Moraes e o presidente Lula antes de iniciar a sessão solene de abertura do Ano Judiciário, em 2023
(Imagem: Fellipe Sampaio /SCO/STF)

Paralelos históricos

A referência ao golpe de 1964 serve como advertência para o presente. Durante o regime militar, o Brasil viveu um período de repressão às liberdades individuais e de limitação do dissenso político. Para Celso de Mello, essa experiência deve ser vista como um alerta permanente contra o retorno de práticas autoritárias. Ele ressalta que intervenções militares, quando vitoriosas, “reduzem ou eliminam o espaço institucional reservado ao dissenso, com danos irreversíveis ao sistema democrático”.

Para o ex-ministro, os eventos atuais são uma repetição farsesca das tragédias passadas. Ele enfatizou que “o respeito indeclinável à Constituição e às leis da República representa, no regime democrático, limite inultrapassável a que se devem submeter os agentes do Estado e as próprias Forças Armadas”.

O discurso de Celso de Mello ecoa a importância de fortalecer as instituições democráticas e rechaçar qualquer tentativa de ruptura. Em tempos de tensão política, sua análise é um chamado à vigilância e à defesa do Estado de direito, reafirmando que a democracia não deve ser subjugada por interesses autoritários ou militares.

Veja o texto de Celso de Mello sobre o Golpe

Plano de assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes: a História repetindo-se como farsa

A notícia sobre a prisão de oficiais do Exército, inclusive a de um general reformado, supostamente envolvidos em gravíssimo e sórdido plano sedicioso (e criminoso) que objetivava, no contexto de um pretendido golpe de Estado, assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, permite afirmar, quanto a tal evento, que é a História repetindo-se como “farsa”, para relembrar a frase de Karl Marx, logo no primeiro parágrafo de seu conhecido trabalho “O 18 Brumário de Luís Bonaparte” (1852)!

Marx, em seu “O 18 Brumário de Luís Bonaparte”, inicia a sua obra proferindo, logo no primeiro parágrafo, a sua célebre frase:

“Hegel observa (…) que todos os fatos e personagens de grande importância na história do mundo ocorrem, por assim dizer, duas vezes. E esqueceu-se de acrescentar: a primeira vez como tragédia, a segunda como farsa (…)”!

Cabe rememorar, bem por isso, neste ponto, evento ocorrido em Brasília, em 12 de setembro de 1963, uma quinta-feira.

Refiro-me ao episódio que ficou conhecido como “A Revolta dos Sargentos” e em cujo contexto sobrevieram a detenção e o sequestro de um ministro do Supremo Tribunal Federal por militares da FAB e da Marinha (sargentos e cabos amotinados), que o conduziram até a Base Aérea de Brasília (o sequestro ocorreu no “Trevo da Sarah” ou em suas proximidades).

O magistrado arbitrariamente detido e criminosamente sequestrado foi o ministro Victor Nunes Leal, que se dirigia ao Supremo Tribunal Federal para um encontro com o seu então presidente, o ministro Lafayette de Andrada!

O ministro Victor Nunes Leal ficou detido na Base Aérea de Brasília durante uma hora e meia (das 10h às 11h30) .

Assim que libertado, retornou à sua residência, para, em seguida, dirigir-se ao STF, onde, em sessão especialmente convocada pelo ministro Lafayette de Andrada, relatou os fatos que culminaram com sua detenção e sequestro (v. DJU, ed. de 13/9/1963, pgs. 3009/3010).

Pronunciaram-se, em referida sessão plenária, além do seu presidente, também o ministro Ribeiro da Costa, o dr. Cândido de Oliveira Neto, procurador-geral da República , e o dr. Esdras Gueiros, presidente do Conselho Seccional da OAB/DF, que censuraram duramente o comportamento criminoso de referidos militares.

O registro dessa sessão plenária do Supremo Tribunal Federal, realizada no próprio dia do sequestro do ministro Victor Nunes Leal (12/9/1963), consta de publicação oficial feita no Diário da Justiça da União, de 13 de setembro de 1963, que contém o relato do Ministro Victor Nunes Leal, seguido dos pronunciamentos do PGR e do Conselho Seccional da OAB/DF.

É importante destacar que o ministro Ribeiro da Costa, em mencionada sessão plenária do STF (12/9/1963), pronunciou discurso que, meses depois, quando houve o ominoso golpe de Estado de 1964, instaurador da ditadura militar que se abateu sobre nosso país e que destruiu a ordem democrática até então vigente, mostrou-se profético, pois, ao defender a decisão da Suprema Corte proferida contra os militares que queriam exercer cargos políticos, afirmou, com inteira razão, que a função institucional das Forças Armadas é outra, e que incentivar (e permitir) o envolvimento de militares com a atividade política poderia fazer com que as Forças Armadas absurdamente culminassem por se sobrepor às leis e à Constituição da República!

Disse, então, o ministro Ribeiro da Costa :

“Nessas condições, ao invés de contar o país com Forças Armadas unidas, aptas a agir com a presteza e a energia necessárias em dados momentos, quando a ordem nacional estiver em perigo ou sob ameaça, o que acontecerá, então, é que esses elementos, que são numerosíssimos, e indispensáveis, trarão para o seio das Forças Armadas a cizânia, a divisão, a incompreensão, a indisciplina, pretendendo sobrepor-se, como agora o fizeram, não só às leis e à Constituição, mas aos seus superiores hierárquicos”!

Cabe sempre advertir que o poder militar está sujeito, historicamente, nas democracias constitucionais, ao poder civil , cabendo-lhe, unicamente, as estritas funções institucionais que lhe foram atribuídas pela Constituição!!!

O poder castrense, que NÃO dispõe de atribuição moderadora NEM de função arbitral que lhe permita resolver – como se fosse uma anômala (e estranha) instância de superposição – eventuais conflitos entre as instituições civis do Estado, há de submeter-se, por inteiro e incondicionalmente, à autoridade suprema da Constituição, sob pena de a República democrática – sob cuja égide vivemos – dissolver-se, esmagada pelo peso e deslegitimada pelo estigma de uma estratocracia desestabilizadora da ordem democrática e opressora das liberdades e franquias individuais!!!

A necessidade do controle civil sobre as Forças Armadas – advertem os estudiosos da matéria (como Eliézer Rizzo de Oliveira, “Democracia e Defesa Nacional: A criação do Ministério de Defesa na Presidência de FHC”, São Paulo, 2005, pág. 84) – busca definir parâmetros e implementar os seguintes objetivos:

“a) O comando inquestionável das Forças Armadas pelo chefe do Poder Executivo;

b) Garantir a imparcialidade política das Forças Armadas;

c) Estabelecer uma estrutura de ordenamento legal das Forças Armadas que as submeta [aos princípios essenciais do] Estado democrático;

d) Qualquer decisão quanto ao emprego do poder militar deve ter origem exclusiva nas decisões políticas [das autoridades civis]; e

e) Reafirmar o caráter nacional das Forças Armadas.”

Os fatos hoje noticiados referentes ao alegado envolvimento de altas patentes militares revelam um quadro deplorável de periclitação da ordem democrática e de perversão da ética do poder e do direito!

Em situações tão graves assim, ressurge fundado temor de que se desenhem na intimidade do aparelho castrense movimentos que parecem prenunciar a retomada, de todo inadmissível, de práticas estranhas (e lesivas) à ortodoxia constitucional, típicas de um pretorianismo que cumpre repelir, qualquer que seja a modalidade que assuma: pretorianismo oligárquico, pretorianismo radical ou pretorianismo de massa (Samuel P. Huntington, “Pretorianismo e Decadência Política”, 1969, Yale University Press).

A nossa própria experiência histórica revela-nos – e também nos adverte – que insurgências de natureza pretoriana, à semelhança da ideia metafórica do ovo da serpente (República de Weimar), descaracterizam a legitimidade do poder civil e fragilizam as instituições democráticas !

Impõe-se repelir, por isso mesmo, qualquer manifestação de um pretorianismo oligárquico que pretenda sufocar e dominar, com grave lesão à ordem democrática, as instituiçōes da República !

Já se distanciam no tempo histórico os dias sombrios que recaíram sobre o processo democrático em nosso país, em momento declinante das liberdades fundamentais, quando a vontade hegemônica dos curadores militares do regime político então instaurado sufocou, de modo irresistível e ditatorial, o exercício do poder civil.

É preciso ressaltar que a experiência concreta a que se submeteu o Brasil no período de vigência do regime de exceção (1964/1985) constitui, para esta e para as próximas gerações, marcante advertência que não pode ser ignorada: as intervenções pretorianas no domínio político-institucional têm representado momentos de grave inflexão no processo de desenvolvimento e de consolidação das liberdades fundamentais.

Intervenções castrenses, quando efetivadas e tornadas vitoriosas, tendem, na lógica do regime supressor das liberdades que se lhes segue, a diminuir (quando não a eliminar) o espaço institucional reservado ao dissenso, limitando, desse modo, com danos irreversíveis ao sistema democrático, a possibilidade de livre expansão da atividade política e do exercício pleno da cidadania.

Tudo isso é inaceitável porque o respeito indeclinável à Constituição e às leis da República representa, no regime democrático, limite inultrapassável a que se devem submeter os agentes do Estado e as próprias Forças Armadas!

Enfim, parece-me haver, entre a detenção e o sequestro, em 1963, perpetrados por militares amotinados contra o ministro Victor Nunes Leal, do STF, e o noticiado plano, agora revelado, de oficiais militares de assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes, do STF, um indissociável vínculo histórico, um indisfarçável liame entre a tragédia e a farsa…

(CELSO DE MELLO, ministro aposentado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, 1997-1999)

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FIIs Fundos Imobiliários, Kinea

O time de análise do Safra criou uma lista com os quatro melhores fundos de investimentos imobiliários (FIIs) com os maiores descontos individuais sobre o valor patrimonial, mostra um relatório divulgado neste domingo (17).

Segundo os estrategistas, de maneira geral, todos os setores negociam com um desconto significativo sobre seus valores patrimoniais, e o Ifix oferece hoje um desconto de 18,7%, patamar cerca de 40% superior à média dos últimos dois anos, de 13,5%.

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“Os fundos de tijolo apresentam os maiores descontos (21%) por serem mais sensíveis aos juros. Por outro lado, os fundos de ativos financeiros capturam melhor o ambiente de juros e inflação mais altos e, por isso, o desconto médio é inferior (-14%)”, calculam Cauê Pinheiro, Carolina Carneiro, Nayane Kava e Luana Nunes.

Setorialmente, o segmento de escritórios apresenta o maior desconto sobre o seu valor patrimonial, afetado por uma taxa de vacância relativamente elevada nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro (embora com tendências ainda favoráveis) e rendimentos de dividendos menores, levando a uma pior precificação em bolsa (P/VP de 0,59x).

FIIs: Veja os 5 melhores para receber dividendos

Já os híbridos, que têm exposição não desprezível a escritórios, registram o segundo maior desconto, seguidos pelos fundos de shoppings. Os menores descontos setoriais ficam para agências bancárias, logística e ativos financeiros.

“Realizamos uma análise com base no indicador preço/valor patrimonial dos fundos mais negociados do mercado e notamos que diversos fundos de qualidade se encontram com descontos interessantes”, destacam os analistas do Safra.

As oportunidades estão nos papeis Kinea Securities (KNSC11), Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11), XP Malls (XPML11) e JS Ativos Financeiros (JSAF11).

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante 2ª Sessão da Reunião de Líderes do G20

A demora da equipe econômica e do presidente Lula em elaborar e divulgar um plano de contenção de gastos gerou danos irreversíveis para o desempenho do País em 2025, revelam estudos elaborados por bancos e consultorias. Isso acontece porque as expectativas continuam piorando, o que afeta as decisões das empresas e também do Banco Central.

Conforme disse o presidente do BC, Roberto Campos Neto, nesta terça-feira (19), a grande expectativa hoje é como vai ser o ajuste.

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“(…) A gente precisa ter um anúncio que gere esse impacto positivo, porque no final das contas não é o fiscal que afeta a política monetária diretamente, é a expectativa de que o fiscal vai gerar uma dívida equilibrada na frente. Então a gente precisa que essa expectativa se realize”, disse durante uma palestra para empresários reunidos na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).

A principal preocupação dos investidores são os níveis iniciais de dívida do Brasil, com Lula herdando uma dívida pública bruta de 72% do PIB (comparado aos 53% de Dilma Rousseff em seu 1º mandato) e tendo aprovado medidas significativas de aumento de gastos no início de seu mandato (+1,7% do PIB), aponta o BTG Pactual em um relatório enviado a clientes.

“Com razão, os mercados estão preocupados com a trajetória da dívida, com nossos economistas projetando que a dívida em relação ao PIB aumentará para cerca de 84% até o final do mandato de Lula. Isso é significativo, pois a dívida em relação ao PIB está se expandindo 12 p.p. durante o mandato de Lula, colocando o nível de dívida do Brasil bem acima de pares como México em 50%, Chile em ~40%, Colômbia em 54% e Turquia em 30%, para citar alguns”, apontam os analistas Leonardo Correa, Carlos Sequeira, Antonio Junqueira e Osni Carfi.

Segundo eles, até que o governo aborde os níveis de dívida e implemente medidas (de preferência cortes de gastos) para desacelerar esse aumento, os preços dos ativos provavelmente continuarão refletindo altos prêmios de risco.

Reunião do ministro Fernando Haddad com equipe de Secretários e Assessores Especiais, Multinacionais
Reunião do ministro da Fazenda Fernando Haddad com equipe de Secretários e Assessores Especiais (Imagem: Washington Costa/Ascom/MF)

Mais juros e inflação

O Itaú calcula que o ajuste de despesas necessário seria de pelo menos R$ 60 bilhões, sendo R$ 25 bilhões em 2025 e R$ 35 bilhões em 2026.

Um relatório assinado por Mario Mesquita, economista-chefe do banco, destaca que as incertezas fiscais somadas às externas, com perspectiva de um dólar (USDBRL) mais forte globalmente, o levou a revisar a projeção de câmbio para R$ 5,70 por dólar em 2024 e 2025 (de R$ 5,40 e R$ 5,20, respectivamente) – a despeito do aumento do diferencial de juros.

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A projeção de crescimento do PIB para 2024 foi mantida em 3,2%, porém a de 2025 caiu para 1,8% (de 2%). Além disso, a inflação esperada para este ano subiu de 4,4% para 4,8% e, em 2025, de 4,2% para 5%.

“Com câmbio mais depreciado, atividade ainda resiliente, expectativas desancoradas (por um período prolongado) e riscos crescentes, o Banco Central precisará recalcular o grau de aperto monetário e avançar ainda mais, e com maior celeridade, em território contracionista”, opina Mesquisa.

Ou seja, com isso, a Selic poderá saltar a 13,5% no próximo ano, enquanto a estimativa anterior estava em 12%. O banco está mais pessimista do que o mercado, que projeta o juros a 12% em 2025, segundo o último boletim Focus do Banco Central.

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2 - Trabalho Transporte manki-kim-ABxVTtK-guA-unsplash

Enquanto o Brasil debate se a redução da escala 6×1 é discutida como uma maneira de uma vida mais “humana”, um estudo do pesquisador Nicholas Bloom, economista e professor da Universidade de Stanford, revela que o fator mais importante para os trabalhadores não é o número de horas trabalhadas, mas o tempo gasto no deslocamento para o trabalho.

Ele defende que o aumento significativo do trabalho remoto desde a pandemia pode ser uma solução para o desacelerado crescimento da produtividade, trazendo benefícios para empresas, trabalhadores e a sociedade em geral.

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De acordo com Bloom, o trabalho remoto teve um aumento de dez vezes no início da pandemia e, atualmente, estabilizou-se em um nível cinco vezes superior ao período anterior. Ele aponta que essa mudança pode sustentar o crescimento econômico nas próximas décadas. “O trabalho híbrido, comum entre profissionais e gestores, economiza cerca de cinco horas por semana ao reduzir o tempo de deslocamento”, explica.

Deslocamento: a atividade mais odiada

Baseando-se em pesquisas, Bloom destaca que “o deslocamento é a atividade mais detestada do dia, mais odiada do que o próprio trabalho”. Isso explica por que muitos funcionários valorizam tanto a oportunidade de trabalhar remotamente. Para eles, evitar horas de tráfego intenso significa maior qualidade de vida e flexibilidade, além de possibilitar moradias mais distantes dos centros urbanos.

O trabalho remoto também ampliou a inclusão no mercado de trabalho. Bloom cita que “cerca de dois milhões de pessoas com deficiência entraram no mercado de trabalho nos Estados Unidos após a pandemia, especialmente em ocupações que permitem o trabalho remoto”. Além disso, o estudo mostra um aumento na participação de mulheres na força de trabalho, atribuído à maior flexibilidade para conciliar responsabilidades familiares.

Ele ainda sugere que essa tendência pode impactar taxas de fertilidade, especialmente em regiões como o leste asiático, onde longas jornadas e deslocamentos dificultam a criação de famílias. Dados preliminares nos Estados Unidos indicam um aumento de 0,3 a 0,5 filhos desejados por casal quando ambos os pais trabalham remotamente pelo menos um dia por semana.

2 - Home Office djurdjica-boskovic-G8_A4ZWxE3E-unsplash
(Imagem: Unsplash/ Djurdjica Boskovic)

Redução de custos

Do ponto de vista de capital, o trabalho remoto permite a redução de espaços de escritórios, liberando terrenos urbanos para habitação ou comércio. Bloom observa que “o espaço reduzido de escritórios nos centros urbanos pode tornar a habitação mais acessível, especialmente para trabalhadores essenciais, como professores, policiais e profissionais da saúde, que precisam viver próximos ao trabalho”.

Além disso, a diminuição do tráfego gerada pelo trabalho remoto contribui para a redução da poluição e melhora a saúde pública. Segundo o estudo, “menos emissões de poluentes, especialmente partículas pesadas, estão ligadas a melhorias cognitivas e de produtividade”.

Produtividade

Embora o trabalho remoto total possa apresentar desafios de gestão, o modelo híbrido mostrou um impacto neutro na produtividade individual, com benefícios como ambientes mais tranquilos para trabalho em casa, compensando a menor interação presencial. Contudo, Bloom argumenta que o impacto macroeconômico é positivo, pois o trabalho remoto expande os mercados de trabalho para além das fronteiras locais, permitindo que empresas contratem os melhores talentos, independentemente da localização.

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Tecnologia

Bloom também aponta que o crescimento do trabalho remoto impulsiona a inovação tecnológica. O aumento de patentes relacionadas a “trabalho remoto” ou “home office” desde 2020 demonstra como as empresas estão investindo em soluções para esse novo cenário. Ele prevê que tecnologias como realidade virtual e hologramas podem melhorar ainda mais a produtividade do trabalho remoto nos próximos anos.

Para Bloom, o impacto do trabalho remoto é amplamente positivo. Ele conclui que “em minha vida como economista, nunca vi uma mudança tão amplamente benéfica”. Com benefícios para empresas, funcionários e sociedade, o trabalho remoto não apenas melhora a produtividade, mas também redefine a dinâmica urbana e social.

PEC da escala

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de fim da escala 6×1 é de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que formalizou uma iniciativa do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), do vereador eleito no Rio Rick Azevedo (PSOL).

A medida propõe acabar com a jornada de 44 horas de trabalho semanais, vigente há 81 anos no País, desde que a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) foi publicada, em 1943. Em vez disso, a ideia é reduzir esse limite para 36 horas semanais.

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Aneel

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, disse nesta terça-feira, 19, que há uma “boa tendência” para o acionamento da bandeira tarifária verde no mês de dezembro, com melhora nas condições hidrológicas e redução do preço de energia.

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Os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 em outubro foram: risco hidrológico (GSF) e o aumento do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) valor calculado para a energia a ser produzida em determinado período.

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Foi um relaxamento nesses dois indicadores que possibilitou o acionamento da bandeira amarela no mês de novembro.

“Temos alguns sinais, uma maior elevação de chuva, o PLD reduziu o preço. Então, esses indicativos, nos dão uma boa tendência. O resto é torcida. Eu estou torcendo para que a bandeira seja verde e que ela fique verde durante muito tempo”, disse, em conversa com jornalistas na sede da Aneel. “Tem que esperar chegar o fim de novembro (para a definição)”, complementou.

O Broadcast Energia (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou que os contratos de energia para dezembro apresentaram queda de 16,53%, conforme relatórios da plataforma BBCE.

O retorno da bandeira tarifária verde em dezembro deste ano está sendo projetado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) desde o início do mês.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Embraer, Super Tucano

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou na segunda-feira, 18, durante a Cúpula de Líderes do G20, com o governo do Paraguai, contrato de financiamento da ordem de R$ 600 milhões para exportação de seis Super Tucanos e de pacote logístico da Embraer (EMBR3) para Força Aérea paraguaia.

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A informação foi divulgada nesta terça-feira, 19, pelo BNDES.

A assinatura contou com as presenças do ministro da Economia do Paraguai, Carlos Fernández Valdovinos, e do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Essa foi a primeira operação de financiamento a exportações de produtos de Defesa aprovada em mais de 13 anos pelo BNDES, marcando a retomada do Banco no apoio à Base Industrial de Defesa brasileira. É um setor estratégico da Nova Indústria Brasil por ser intensivo em tecnologia e gerador de inovações, com fabricação de produtos de alto valor agregado e geração de empregos de alta qualificação”, disse Mercadante em nota.

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Segundo o banco brasileiro, a aeronave A-29 Super Tucano é líder mundial em sua categoria, com mais de 260 aeronaves entregues, mais de 500 mil horas de voo e utilizada por 16 Forças Aéreas.

O Super Tucano é utilizado para ações de treinamento, reconhecimento e combate.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Plataforma da Petrobras, petróleo

O Brasil exportou mais da metade do petróleo que produziu nos primeiros nove meses do ano, registrando crescimento de 260% em relação há dez anos, informa levantamento feito pelo Instituto Estratégico de Petróleo e Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep).

De janeiro a setembro de 2024, o País exportou uma média de 1,8 milhão de barris de petróleo por dia (bpd), ou 54% do petróleo produzido, contra 47% exportado no mesmo período do ano passado, somando as exportações da Petrobras (PETR3;PETR4) e de petroleiras privadas.

“O crescimento das exportações na última década deve-se principalmente à ampliação da produção advinda do pré-sal, em contraste com a modesta expansão da capacidade de refino nacional. Enquanto a produção nacional de petróleo registrou uma alta de cerca de 48%, passando de 2,3 para 3,4 milhões de barris por dia, a capacidade de refino avançou apenas 7,5%, subindo de 2,13 para 2,29 milhões de barris por dia”, destaca o instituto, utilizando dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A China foi o principal destino das exportações em 2024, que absorveu cerca de 46,2% do total exportado. Os Estados Unidos e a Espanha se destacaram como outros destinos significativos, recebendo, respectivamente, 13,1% e 10,2% do total.

A Petrobras continua como a principal exportadora, apesar da contribuição crescente das empresas privadas, atualmente em cerca de 450 mil bpd.

Na última década, impulsionada pela produção do pré-sal e redução do parque de refino – com o programa de desinvestimentos no setor durante os governos de Michel Temer e de Jair Bolsonaro, a Petrobras experimentou um crescimento significativo na produção.

Em 2013, a companhia exportou cerca de 0,21 milhões de barris de petróleo por dia, o equivalente a 11% de sua produção total.

Em 2023, o volume exportado atingiu 0,59 milhões de barris diários, representando 27% da produção total na mesma comparação.

Petróleo
(Imagem: REUTERS/Ricardo Moraes)

No terceiro trimestre do ano, a Petrobras como concessionária deteve 63% da produção total de petróleo e gás, alcançando a marca de 2,71 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d).

As demais petroleiras responderam por 1,62 milhão boe/d, o que corresponde a aproximadamente 37% da produção nacional no período.

Derivados

Apesar da elevada produção e exportação de petróleo, o Brasil continua importando derivados, tendência que, segundo o Plano Decenal de Energia (PDE 2034) da EPE, deve persistir na próxima década, ressalta o Ineep.

“Embora as exportações gerem ganhos financeiros no curto prazo, especialmente em momentos de alta do preço da commodity, a falta de uma política industrial articulada e que busque desenvolver a cadeia de valor interna limita o desenvolvimento econômico e produtivo do País no longo prazo, mantendo-o dependente de importações (de derivados)”, avalia o estudo.

Ainda de acordo com o Ineep, a dependência de derivados importados torna os preços dos combustíveis mais suscetíveis às oscilações provocadas pelas dinâmicas geopolíticas e econômicas globais.

“Um planejamento ampliado e integrado para a indústria de óleo e gás, com investimentos em exploração, produção e refino, é crucial para garantir o abastecimento interno e a segurança energética do país, além de posicionar o Brasil de forma estratégica no mercado internacional de petróleo”, conclui o estudo.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Aplicativo de bets

A pesquisaBets e inadimplentes: A relação dos inadimplentes com apostas no Brasil”, feita pela Serasa em parceria com o instituto Opinion Box, aponta que 46% dos inadimplentes já apostaram pelo menos uma vez na vida.

Deste total, 44% o fizeram para quitar dívidas.

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No total, foram entrevistados 4.463 consumidores acima de 18 anos de todas as regiões do País que constam na base cadastral da Serasa.

O período da coleta foi de 12 a 18 de outubro. A margem de erro do estudo é de 1,4 ponto porcentual e o intervalo de confiança é de 95%.

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Dívidas

“Quase metade dos inadimplentes apostam na esperança de poder quitar as suas dívidas, e é justamente o caminho contrário que deveria ser feito”, avalia o especialista em educação financeira da Serasa, Thiago Ramos. “Em vez de organizar as finanças para poder encontrar um bom acordo de renegociação das dívidas que não comprometerá o orçamento mensal, 44% dos entrevistados revelaram apostar na esperança de quitar dívidas.”

O levantamento também mostra que 13% dos inadimplentes já deixaram de pagar contas para realizar apostas, o que é visto por Ramos como um cenário “realmente delicado”, por comprometer ainda mais o orçamento dos consumidores.

Por outro lado, a pesquisa revela que 54% dos inadimplentes nunca apostaram.

Para Ramos, isso reflete o medo dos entrevistados em se viciar nas apostas ou em enfrentar consequências financeiras principalmente entre aqueles que estão em uma situação de maior vulnerabilidade econômica.

“Renda extra”

O principal motivo que os atrai para essa atividade é a tentativa de ganhar um dinheiro rápido para comprar ou pagar algo que precisava (29%). Na sequência, aparecem ter uma renda extra (27%) e se divertir (18%).

Foram ouvidos para o levantamento 4.463 consumidores de todas as regiões do País acima de 18 anos e que constam na base cadastral da Serasa. O período de coleta foi de 12 a 18 de outubro. A margem de erro do estudo é de 1,4 ponto porcentual e o intervalo de confiança é de 95%.

Bets, Jogo do Tigrinho
(Imagem: Joédson Alves/Agência Brasil)

“Essas respostas dos entrevistados têm uma relação com a falta de, por exemplo, uma educação financeira na vida do brasileiro, que não é um tema que está presente na grade de ensino público e, muitas vezes, nem na escola particular”, diz o especialista em educação financeira da Serasa, Thiago Ramos.

Ele ressalta ainda que a educação financeira é um tabu entre famílias e até casais, sendo uma conversa secundária, o que se reflete nos dados das principais motivações das apostas, com os consumidores priorizando elas como uma renda extra ou um meio rápido de ganhar dinheiro, em vez de “puramente uma forma de diversão”.

Segundo a pesquisa da Serasa, 28% dos entrevistados não têm medo de se viciar em apostas e acabar perdendo dinheiro. Além disso, apenas 7% dos consumidores afirmaram ver as apostas como a única perspectiva de mudança de vida.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Ministro Alexandre de Moraes e o presidente Lula antes de iniciar a sessão solene de abertura do Ano Judiciário, em 2023

O plano ‘Punhal Verde e Amarelo’, apreendido com o general reformado do Exército Mário Fernandes ex-secretário-executivo da Presidência do governo Bolsonaro previa o assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, em 2022, por envenenamento ou “uso de químicos para causar um colapso orgânico”, considerando a vulnerabilidade de saúde e ida frequente a hospitais do petista.

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No planejamento dos militares presos nesta terça-feira, 19, na Operação Contragolpe, Lula era tratado pelo codinome ‘Jeca’ e seu vice, Geraldo Alckmin, era ‘Joca’.

Os detalhes constam da representação da Polícia Federal pela prisão do general reformado do Exército Mário Fernandes; dos ‘kids pretos Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo militares com especialização em Forças Especiais; e do policial federal Wladimir Matos Soares.

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Todos foram capturados na manhã desta terça-feira, 19, por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

O general era o guardião do ousado plano montado ainda no governo Bolsonaro. O documento também trazia detalhes sobre a possível execução de Moraes e de Alckmin.

Segundo a Polícia Federal, o arquivo “continha um verdadeiro planejamento com características terroristas”.

Na visão dos investigados, segundo a PF, a “neutralização” de Lula “abalaria toda a chapa vencedora, colocando-a, dependendo da interpretação da Lei Eleitoral, ou da manobra conduzida pelos 3 Poderes, sob a tutela principal do PSDB”.

Já a morte de Alckmin “extinguiria a chapa vencedora”. “Como reflexo da ação, não se espera grande comoção nacional”, registrou o documento sobre o ex-tucano.

O plano de assassinatos ainda cita um ‘Juca’, o qual a PF ainda não identificou. Ele é descrito no documento como “iminência parda do 01 e das lideranças do futuro gov” e sua “neutralização desarticularia os planos da esquerda mais radical”.

Artefato explosivo

O plano para eliminar Moraes demandava, por sua vez, artefatos mais pesados. O documento cita não só a possibilidade de envenenamento em evento oficial público, mas também o uso de “artefato explosivo”.

Em outro capítulo, o general chegou a descrever os armamentos que seriam necessários para concretizar o plano ‘Punhal Verde e Amarelo’: pistolas e fuzis comumente utilizados por policiais e militares, “inclusive pela grande eficácia dos calibres elencados”; além de uma metralhadora, um lança granada e um lança rojão, “armamentos de guerra comumente utilizados por grupos de combate”.

Lula
(Imagem: Ricardo Stuckert / PR)

Para a PF, o contexto de emprego de armamentos extremamente letais, bem como de uso de artefato explosivo ou envenenamento revelam que o grupo trabalhava com a possibilidade de assassinato de Moraes.

“Tal fato é reforçado pelo tópico denominado “Danos colaterais passiveis e aceitáveis”, em que o documento descreve como passível “100%” e aceitável também o percentual de “100%”. Ou seja, claramente para os investigados a morte não só do ministro, mas também de toda a equipe de segurança e até mesmo dos militares envolvidos na ação era admissível para cumprimento da missão de “neutralizar” o denominado “centro de gravidade”, que seria um fator de obstáculo à consumação do golpe de Estado”, indicou a PF.

Veja o documento:

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(Com Estadão Conteúdo)

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Agronegócio, exportação, exportações

As exportações brasileiras de produtos agropecuários alcançaram em outubro US$ 14,27 bilhões, informou o Ministério da Agricultura, em nota.

O valor é recorde para o mês e 6,2% superior ao obtido em igual mês do ano passado, o equivalente a um aumento de US$ 840 milhões ante os US$ 13,43 bilhões registrados um ano antes.

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O setor representou 48,4% dos embarques totais do País no último mês, em comparação com 45,2% de outubro de 2023.

O resultado positivo da balança comercial foi impulsionado, em grande parte, pelo aumento do volume exportado, de 3,7%, e da alta do índice de preços dos produtos embarcados, de 2,5%, disse o ministério.

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“Se olharmos para a quantidade de produtos exportados, o Brasil só vem aumentando. Se observarmos os dados de janeiro a setembro de 2024, nossas exportações caíram 0,2%, mas, com os dados até outubro e com o crescimento de 6,2% que tivemos, já revertemos a tendência e, hoje, de janeiro a outubro, o agro está crescendo 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado”, ressaltou o secretário da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, Luis Rua, em nota. “O nosso agronegócio representa basicamente metade de tudo o que o Brasil exporta”, pontuou.

De acordo com nota técnica da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) da pasta, os principais produtos exportados no último mês foram complexo soja, carnes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais, café, cereais, farinhas e preparações.

Juntos, representaram 82,7% de tudo o que foi exportado pelo agronegócio brasileiro no último mês, equivalente a US$ 11,80 bilhões em receita.

O desempenho das exportações do agronegócio de outubro foi puxado pelo aumento no volume embarcado de açúcar de cana em bruto (+1 milhão de toneladas), farelo de soja (+452,56 mil toneladas), celulose (+423,43 mil toneladas) e carnes (+190,67 mil toneladas), destacou o ministério.

Em relação ao valor exportado, houve incremento na receita gerada pela exportação de vários produtos, como carnes (+38,6%, somando US$ 2,62 bilhões), açúcar (+14,5%, no total de US$ 1,763 bilhão) e café (+61,1%, para US$ 1,397 bilhão), o que compensou a queda na receita das exportações do complexo soja (-22,8%, para US$ 3,031 bilhões) e de milho (-33,5%, para US$ 1,250 bilhão).

O ministério ressaltou, ainda, o crescimento no valor exportado de suco de laranja, algodão não cardado nem penteado, bovinos vivos, feijões secos, óleo essencial de laranja. “Estes produtos foram responsáveis por uma expansão de US$ 362,01 milhões nas exportações de outubro de 2024 em comparação com outubro de 2023”, afirmou a pasta.

Destinos

Entre os destinos, a China se manteve como a principal importadora de produtos do agronegócio brasileiro em outubro, seguida por Estados Unidos e Alemanha.

Os embarques brasileiros à China, contudo, caíram 28,5% em outubro, com as vendas externas recuando para US$ 3,50 bilhões, o equivalente a US$ 1,39 bilhão a menos exportado para o país asiático. A queda nas vendas reduziu a participação da China de 36,4% para 24,5% em um ano.

“A queda nas exportações de soja em grãos (-US$ 1,06 bilhão) e milho (-US$ 730,73 milhões) explicam a redução das vendas à China. Em compensação, houve incremento nas exportações de outros produtos: carne bovina in natura (US$ 723,24 milhões; +32,0%); celulose (US$ 609,53 milhões; +120,0%); açúcar de cana em bruto (US$ 182,42 milhões; +74,5%)”, explicou a secretaria na nota técnica.

Soja, Agronegócio, exportações, exportação
(Imagem: Reuters)

Em outubro, o País desembolsou o valor recorde de US$ 1,771 bilhão com a importação de produtos agropecuários, aumento de 29% ante igual mês de 2023.

Os principais produtos agropecuários importados pelo Brasil no último mês foram trigo (US$ 136,77 milhões; +68,9%); papel (US$ 92,64 milhões; +24,4%); malte (US$ 87,05 milhões; -2,9%); salmões (US$ 80,90 milhões; +16,2%); azeite de oliva (US$ 57,77 milhões; -1,3%); arroz (US$ 57,57 milhões; +7,7%); leite em pó (US$ 55,29 milhões; -4,0%); vinho (US$ 52,59 milhões; +6,1%); óleo de palma (US$ 50,35 milhões; +133,6%).

Acumulado do ano

De janeiro a outubro, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 140,02 bilhões, crescimento de 0,3% ante igual período do ano passado.

“Esse recorde foi fortemente influenciado pela elevação do volume embarcado, que subiu 6,6%. Por outro lado, o índice de preços registrou queda de 5,9%, o que reduziu a possibilidade de se atingir um valor ainda mais expressivo nas exportações”, observou a secretaria.

Já a participação do agronegócio nas exportações brasileiras recuou levemente de 49,3% nos dez meses de 2023 para 49,2% no acumulado até outubro deste ano.

Juntos, complexo soja (US$ 50,33 bilhões), carnes (US$ 21,49 bilhões), complexo sucroalcooleiro (US$ 16,60 bilhões), produtos florestais (US$ 14,30 bilhões) e café (US$ 9,75 bilhões) representaram 80,3% das vendas externas do agronegócio brasileiro entre janeiro e outubro de 2024.

As importações de produtos agropecuários cresceram 17,2% nos dez meses do ano em relação a igual período do ano anterior, para US$ 16,241 bilhões, equivalente a 7,3% do total internalizado pelo País no período.

Em contrapartida, o valor desembolsado com a internalização de insumos utilizados na produção agropecuária diminuiu na comparação anual, somando US$ 11,39 bilhões (-6,5%) de importações de fertilizantes e US$ 4,39 bilhões (-4,6%) de importações de defensivos.

O saldo da balança comercial do setor ficou positivo em US$ 123,776 bilhões, abaixo dos US$ 125,754 bilhões de igual período de 2023.

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(Com Estadão Conteúdo)

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