Ibovespa, B3

A desvalorização das commodities e a cautela fiscal no Brasil pesam no Ibovespa (IBOV) na sessão desta sexta-feira, 6. A queda do principal indicador da B3 destoa da leve alta nos índices futuros de ações norte-americanos nesta manha, após a divulgação do payroll nos Estados Unidos.

A economia dos EUA criou 227 mil empregos em novembro, ante projeção de 155 mil a 270 mil vagas, com mediana de 200 mil.

A taxa de desemprego dos EUA ficou em 4,2% em novembro, uma alta em relação à do mês anterior, de 4,1%, segundo o Departamento do Trabalho do país.

O resultado veio em linha com a expectativa de analistas. Ainda houve aumento dos salários.

Na visão de Harrison Gonçalves, CFA e sócio da CMS Invest, o mercado de trabalho aquecido nos Estados Unidos, conforme indicados os dados de hoje, lançam dúvidas sobre o ritmo de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que se reunirá este mês.

“E inclusive se haverá novos cortes, pois o mercado de trabalho aquecido faz com que os salários fiquem mais pressionados e o país tenha mais inflação, que é o que o Fed está tentando combater”, analisa.

Já para o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, os dados do payroll indicam que a economia dos EUA está aquecida, mas é algo que não preocupa, que não tende a intensificar muito a inflação no país. “Tem cenário para cortar juros”, diz.

No Brasil, afirma Laatus, a queda das commodities e o fiscal pesam no Índice Bovespa. “O mercado amenizou um pouco após perceber andamento das medidas, mas há muitas duvidas quanto ao valor em si da economia que será gerada, quanto isso custará e se o pacote será desidratado”, acrescenta Laatus.

Para Inácio Alves, analista da Melver, há dias as preocupações internas têm influenciado mais os ativos no Brasil do que as questões externas.

Segundo avalia, o andamento dos mercados está muito relacionado a perspectivas, sobretudo em relação ao plano de redução de despesas fiscais.

“O mercado não enxerga o pacote como um programa de corte de gastos, mas apenas como uma troca financeira. Espera-se um valor menor do que os R$ 70 bilhões anunciado”, analisa.

Desta forma, o dólar ante o real volta a subir acima de R$ 6,00, influenciada pela cautela fiscal, o que também respinga nos juros.

B3, Ibovespa
(Imagem: Reprodução/Site Oficial B3)

Há temores de uma desidratação do pacote de corte de gastos. Isso porque parlamentares resistem a mexer no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda.

Líderes da Câmara garantem que o pacote será aprovado ainda neste ano, mas há dúvidas sobre o tamanho final do ajuste, além do impasse envolvendo o pagamento de emendas parlamentares após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Perto das 11h30, o dólar à vista subia 0,29%, a R$ 6,0267, infleunciando os juros futuros. Hoje saiu um novo indicador mostrando pressão inflacionária.

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 1,18% em novembro, após elevação de 1,54% em outubro, divulgou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O resultado do IGP-DI superou a mediana de 1,06% das projeções, e tende a manter as preocupações de que a inflação segue preocupante, de forma a manater as apostas de uma elevação da Selic de 0,75 ponto porcentual no Comitê de Política Monetária (Copom) na semana que vem, ao menos.

Hoje, o petróleo cede cerca de 1,00% e o minério de ferro fechou com queda de 0,93% hoje em Dalian.

No horário citado acima, o Ibovespa cedia 0,44%, aos 127.286,81 pontos, ante recuo de 0,60% (mínima aos 127.093,93 pontos), e abertura em 127.856,01 pontos Vale (VALE3) caía 0,33%, enquanto Petrobras (PETR3;PETR4) tinhas declínio entre 0,78% (PN) e de 1,40% (ON).

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(Com Estadão Conteúdo)

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Jair Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na manhã desta sexta-feira, 6, que ele é “o plano A, B e C” para as eleições 2026: “enquanto eu não morrer”.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ex-chefe do Executivo descartou escolher o nome de um substituto, dois dias após o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se colocar à disposição como o “plano B” para a disputa.

“Enquanto eu não morrer, física e politicamente, sou eu mesmo. O plano A sou eu, o plano B sou eu também e o plano C sou eu. A não ser depois da minha morte física ou política em definitivo que eu vou pensar em possível num nome”, afirmou Bolsonaro.

A efetivação de uma nova candidatura presidencial de Bolsonaro em 2026 é considerada improvável. Ele está inelegível até 2030 por determinação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O ex-presidente foi condenado em três ocasiões. Duas penas por inelegibilidade seguem em vigor, enquanto outra decisão foi revogada.

A primeira condenação ocorreu em junho de 2023, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação, em razão da reunião com embaixadores na qual o então presidente atacou, sem apresentar provas, as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral do País.

Três meses depois, em outubro, o ex-chefe do Executivo foi condenado por abuso de poder político durante o feriado de Dia da Independência em 2022.

Os ministros concluíram que ele usou a data cívica para fazer campanha.

Em entrevista na quarta-feira, 4, o filho “03” do ex-presidente ressaltou que não é pré-candidato ao Planalto. “O plano A é Bolsonaro, posso ser o plano B”, disse o parlamentar, ao jornal Folha de S.Paulo.

Anistia

Apesar de estar inelegível, o ex-presidente coloca-se como opção para o próximo pleito presidencial e conta uma anistia para voltar a disputar cargos eletivos.

Na Câmara, um projeto de lei que anistia os presos durante os atos golpistas de 8 de Janeiro está com a tramitação congelada, aguardando a criação de uma comissão especial, que depende da presidência da Casa.

Apesar de, por ora, não incluir Jair Bolsonaro, o PL da Anistia é encampado por bolsonaristas e sua aprovação poderia pavimentar uma medida que beneficiasse o ex-presidente.

Ex-Presidente Jair Bolsonaro
(Imagem: Facebook/Jair Bolsonaro)

Além da tramitação congelada, a margem para a aprovação do projeto foi dificultada pelo atentado a bomba à sede do Supremo Tribunal Federal (STF), em 13 de novembro, e pela conclusão do inquérito da Polícia Federal (PF) por uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Federal Reserve

O mercado ampliou a precificação para um afrouxamento monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na reunião de dezembro, após o relatório de emprego payroll apontar criação de empregos acima do esperado em novembro.

Logo após o dado, a chance de uma redução de 25 pontos-base neste mês disparou e chegou a registrar mais de 91% de probabilidade.

Há pouco, segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group, o mercado estimava em 89,3% a chance de redução de 25 pontos-base (pb) nos juros na reunião de política monetária deste mês, contra probabilidade de 10,7% para manutenção.

Antes do dado, as apostas estavam em 72,1% e 27,9%, respectivamente.

A chance estimada de redução acumulada de 50 pontos-base pelo Fed até maio de 2025 também aumentou, de 41,4% para 44,2%.

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Lula, Mercosul

Os chefes de Estado do Mercosul e a representante da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, anunciaram, nesta sexta-feira (6), que foi firmado o acordo de livre comércio para redução das tarifas de exportação entre os países que compõe esses mercados. As negociações se arrastavam há 25 anos.

O acordo foi anunciado em coletiva de imprensa em Montevidéu, no Uruguai, onde ocorre a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.

Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; do presidente argentino, Javier Milei; do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou; e do Paraguai, Santiago Peña, foi anunciado que as negociações foram concluídas para regras de livre comércio entre os países dos blocos. Ao todo, o acordo envolve nações que somam mais de 750 milhões de pessoas.

A presidente da União Europeia destacou que a medida marca o início de uma nova história. “Agora estou ansiosa para discutir isso com os países da UE.

Este acordo funcionará para pessoas e empresas. Mais empregos. Mais escolhas. Prosperidade compartilhada”.

Assinatura

Apesar das negociações terem sido encerradas, ainda é necessário que o acordo seja assinado. Os textos negociados passarão por revisão jurídica e serão traduzidos para os idiomas oficiais dos países.

Em seguida, o acordo precisa ser aprovado internamente por cada nação. Não há prazo para a finalização desse processo.

“Após a assinatura entre as partes, o Acordo será submetido aos procedimentos de cada parte para aprovação interna – no caso do Brasil, o Acordo será submetido à aprovação pelo Poder Legislativo. Uma vez aprovado internamente, o Acordo pode ser ratificado por cada uma das partes, etapa que permite a entrada em vigor do Acordo”, informou o governo brasileiro.

Oportunidade

O presidente do Uruguai, anfitrião do encontro que anunciou o fim das negociações, lembrou que o acordo foi possível apesar das diferenças políticas entre os países do Mercosul. Para o mandatário uruguaio, é uma oportunidade.

“Um acordo desse tipo não é uma solução. Não há mais soluções mágicas. Não há burocratas ou governos para firmar a propriedade. É uma oportunidade. É muito importante que os passos sejam pequenos, mas seguros”.

A presidente da UE lembrou dos laços históricos entre os dois continentes e que o acordo é uma “necessidade política” em um mundo cada vez mais fragmentado e convulsionado.

“Num mundo cada vez mais conflituoso, demonstramos que as democracias podem apoiar-se umas às outras. Este acordo não é apenas uma oportunidade econômica, é uma necessidade política. Somos parceiros com mentalidades comuns, que têm raízes comuns”, afirmou Ursula.

Ursula von der Leyen disse ainda que está consciente da oposição de agricultores europeus, especialmente os franceses, preocupados que uma invasão de produtos do Mercosul lhes tomem mercado, .

“Este acordo inclui salvaguardas robustas para protegê-los”, comentou.

Segundo ela, o acordo deve beneficiar cerca de 60 mil empresas que exportam para os países do Mercosul, com uma economia de 4 bilhões de euros.

“Se beneficiam de tarifas reduzidas, processos aduaneiros mais simples e também de acesso preferencial a algumas matérias-primas essenciais. Isso trará grandes oportunidades de negócios”.

Meio Ambiente

Para a representante europeia, o acordo firmado entre os blocos vai permitir que os investimentos feitos respeitem o meio ambiente.

“O acordo entre o Mercosul e a União Europeia é este primeiro passo para o acordo de Paris e para poder combater o desmatamento. O Presidente Lula e seus esforços para proteger a Amazônia são bem-vindos e necessários, mas preservar a Amazônia é uma responsabilidade compartilhada de toda a humanidade”, completou.

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EUA

A economia dos Estados Unidos criou 227 mil empregos em novembro, em termos líquidos, segundo relatório publicado nesta sexta-feira, 6, pelo Departamento do Trabalho do país.

Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam criação de 155 mil a 270 mil vagas, com mediana de 200 mil.

O relatório, também conhecido como payroll, é a principal métrica do mercado de trabalho dos EUA.

Desemprego

A taxa de desemprego dos EUA ficou em 4,2% em novembro, uma alta em relação à do mês anterior, de 4,1%, segundo relatório divulgado pelo Departamento do Trabalho do país nesta sexta-feira, 6.

O resultado veio em linha com a expectativa de analistas compilados pelo Projeções Broadcast.

O relatório, conhecido como payroll, também mostrou revisão para cima dos números de empregos criados em outubro, de 12 mil para 36 mil, e em setembro, de 223 mil a 255 mil.

Em novembro, o salário médio por hora aumentou 0,37% em relação a outubro, ou US$ 0,13, a US$ 35,61, variação que ficou acima da projeção do mercado, de queda de 0,3%.

Na comparação anual, houve ganho salarial de 4,03% no último mês, acima da previsão de 3,9%.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Poupança

A caderneta de poupança teve saque líquido de R$ 2,931 bilhões em novembro, informou o Banco Central nesta sexta-feira, 6.

Em outubro, as retiradas já haviam superado os depósitos em R$ 6,256 bilhões.

O fluxo para a poupança é negativo em R$ 20,426 bilhões de janeiro a novembro deste ano. Mesmo assim, o saldo ficou em R$ 1,021 trilhão em novembro, uma alta frente ao R$ 1,019 trilhão de outubro.

É o sexto mês consecutivo acima da marca de R$ 1 trilhão.

No mês passado, os depósitos na poupança somaram R$ 340,490 bilhões. Os saques atingiram R$ 343,421 bilhões.

O rendimento da caderneta, de R$ 5,631 bilhões, mais do que compensou a diferença – por isso, o saldo cresceu.

Veja o documento:

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(Com Estadão Conteúdo)

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INSS

A Associação Brasileira de Bancos (ABBC) entrou com ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a competência do INSS para estabelecer o teto de juros para o consignado.

A entidade pede que o Conselho Monetário Nacional (CMN) passe a fixar o teto para a modalidade, caracterizada por empréstimos com desconto em folha.

A decisão da entidade que representa bancos médios ocorre em um momento de redução das taxas (spreads) do consignado, por conta da alta dos juros, que tem levado bancos a suspenderem a operação para aposentados e pensionistas.

A taxa DI de dois anos, referência do custo para captação dos bancos saiu da casa dos 9,6% no início do ano, quando havia expectativa que o Banco Central fosse reduzir a taxa básica de juros, para 14% este mês, em meio a frustração do mercado com o pacote fiscal do governo e perspectiva de mais altas da Selic.

“Na contramão, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) promoveu seguidas quedas do teto de juros do consignado INSS, com impacto direto na viabilidade das operações”, argumenta a ABBC. Por isso a decisão de entrar no Supremo. “Com esta medida, temos como expectativa o retorno do normal funcionamento do mercado e a manutenção da oferta desta importante linha de crédito”, afirma um comunicado da ABBC.

Desde 2006, o INSS “vem atribuindo a si próprio de forma indevida”, argumentam os advogados da ABBC, a competência para determinar o limite de juros do consignado. Isso ocorre a despeito do “caráter técnico e da vocação legal e constitucional atribuída aos órgãos do sistema financeiro” para a fixação desse teto.

Existe um lei, a 10.820/03, que garante ao órgão a competência para fixar as regras gerais de operação dos descontos nos benefícios dos aposentados, mas segundo a ABBC, ela não autoriza que o INSS determine limites de juros.

“E nem poderia, já que a lei em questão é lei ordinária e consequentemente inapta para regular o Sistema Financeiro, matéria dedicada à lei complementar.”

Aplicativo Meu INSS
Aplicativo Meu INSS (Imagem: Blog Serasa)

A ABBC argumenta que, apesar das reiteradas conversas em reuniões com o CNPS sobre o que está acontecendo no mercado, tem havido “forte resistência” em rever a atual metodologia do teto, que utiliza a variação da Selic como base para a revisão.

O argumento dos advogados é que essa metodologia não reflete as variações do custo de captação de longo prazo, e por isso a piora dos spreads.

Alta da Selic

“Não bastasse o referido equívoco técnico, agrava a situação o fato de que o CNPS, quando há redução da Selic, rapidamente diminui o teto dos juros; contudo, quando há aumento da Selic, não ocorre o correspondente e indispensável aumento do teto.” Nas duas recentes elevações da Selic, a partir de setembro, o INSS não elevou o teto, mantido até agora em 1,66%.

Sem o reajuste, o spread agora do consignado para o INSS está abaixo do verificado em março de 2023, quando todo o mercado suspendeu as concessões.

Naquele mês, o teto estava em 1,70% e o spread dos bancos em 0,73%. Agora o spread está em 0,61%.

“Reforçamos que a ABBC não se opõe à fixação de teto de juros para o consignado INSS, mas defende que se cumpra a previsão Constitucional, atribuindo-se esta responsabilidade ao CMN, órgão que reúne a necessária competência técnica para avaliar e decidir sobre o assunto”, conclui o documento da ABBC.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Notas de dólar

O dólar (USDBRL) opera na manhã desta sexta-feira, 6, alinhado com a valorização moderada da moeda norte-americana e dos rendimentos curtos e intermediários dos Treasuries.

Os investidores buscam proteção antes da divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos de novembro, o payroll (10h30, de Brasília), que deve guiar as apostas de juros nos EUA.

A expectativa do mercado é de que indicador deve mostrar criação de 200 mil vagas, com forte recuperação após os 12 mil postos criados em outubro.

A confirmação de um número mais forte pode gerar dúvidas sobre redução de juros de 25 pontos-base em 18 de dezembro e esfriar o saldo total esperado para o ciclo de cortes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Na quinta-feira, o dólar caiu pelo terceiro dia seguido, a R$ 6,0097 no mercado à vista, após os sinais de que o pacote de gastos do governo vai ser apreciado com celeridade no Congresso. Mas as taxas de juros fecharam em alta em toda curva, em meio a revisões para cima da Selic.

c. A piora da percepção no mercado sobre a dinâmica da dívida pública derivada do aumento dos juros continua pesando, além da chance de desidratação do pacote de medidas no Congresso.

Parlamentares resistem a mexer no Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, e o pacote corre risco de desidratação. Líderes da Câmara garantem que o pacote será aprovado ainda neste ano, mas há dúvidas sobre o tamanho final do ajuste, além do impasse envolvendo o pagamento de emendas parlamentares após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

A desaceleração do Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI), que subiu 1,18% em novembro, ante 1,54% em outubro, está ligada principalmente à redução no preço da tarifa de energia ao consumidor final e uma alta mais leve nos preços das commodities agrícolas, informou em nota o economista do FGV IBRE, Matheus Dias.

A caderneta de poupança teve saque líquido de R$ 2,931 bilhões em novembro, informou o Banco Central. Em outubro, as retiradas já haviam superado os depósitos em R$ 6,256 bilhões.

O fluxo para a poupança é negativo em R$ 20,426 bilhões de janeiro a novembro deste ano. Mesmo assim, o saldo ficou em R$ 1,021 trilhão em novembro, uma alta frente ao R$ 1,019 trilhão de outubro. É o sexto mês consecutivo acima da marca de R$ 1 trilhão.

A Sabesp anunciará nesta sexta R$ 15 bilhões em investimentos, sobretudo para a universalização do saneamento, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Esse é o maior volume único de investimento anunciado pela Sabesp em sua história e faz parte do conjunto de mais de R$ 60 bilhões previstos até 2029.

Dólar
(Imagem: Freepik/ jcomp)

Ainda na agenda desta sexta, a Universidade de Michigan divulga o índice de sentimento do consumidor de dezembro, com expectativas de inflação (12 horas).

São esperados discursos da diretora do Fed Michelle Bowman (11h15); e dos presidentes regionais Austan Goolsbee, de Chicago, (12h30); Beth Hammack, de Cleveland (14h); Mary Daly, de São Francisco (15h).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da reunião da cúpula do Mercosul, em Montevidéu, no Uruguai, e pode ser assinado o acordo comercial com a União Europeia.

Às 9h31, o dólar à vista ganhava 0,18%, a R$ 6,0208. O dólar futuro para janeiro subia 0,42%, a R$ 6,0355.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Prédio do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta sexta-feira, 6, o julgamento que discute se o Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD) o chamado imposto de herança incide sobre o repasse dos valores de planos de previdência privada em razão da morte do titular.

A análise é realizada no plenário virtual que começa a partir das 11h de hoje e vai até a próxima sexta-feira, 13. Até o momento, o placar está em 3 a 0 contra a incidência do imposto. O julgamento começou em agosto, mas foi suspenso por pedido de vista do ministro Gilmar Mendes.

O caso teve origem no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que julgou inconstitucional uma lei estadual que estabelece a incidência do imposto sobre dois tipos de plano de previdência privada, o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL).

O Tribunal entendeu que o VBGL seria uma espécie de seguro, sem caráter de herança. Já a tributação do PGBL foi considerada válida porque seria equivalente a uma aplicação financeira, segundo o TJRJ.

Para o relator, Dias Toffoli, tanto o PGBL quanto o VGBL têm caráter de seguro de vida e, por isso, não podem sofrer incidência do imposto de herança.

Ele destacou que, nos dois casos, o segurado pode indicar livremente o beneficiário. “Não é necessário que esse seja herdeiro legal daquele”, afirmou. Toffoli foi seguido pelos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino.

“O PGBL cumpre sua função principal (cobertura por sobrevivência) quando o participante-assistido goza do benefício De outro giro, se o titular do plano falece, sobressai do PGBL (tal como no VGBL) o caráter de seguro de vida, no qual há estipulação em favor de terceiro”, argumentou Toffoli no voto.

O advogado Luis Inácio Adams, que representa a Confederação Nacional das Seguradoras (Cnseg), sustentou em manifestação à Corte que a incidência do imposto “representa um novo tributo sobre esse recurso, criando-se desestímulo à expansão do mercado de previdência complementar aberta”.

Ele também alega que a lei do Rio de Janeiro cria uma falta de isonomia, pois nem todos os Estados cobram o imposto.

Luiz Gustavo Bichara, advogado que falou pela Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenaseg), argumentou que os valores dos planos de previdência privada não pertencem aos herdeiros.

“O direito decorrente dessa morte é transmitido ao beneficiário nos termos da apólice. É uma relação sem matriz sucessória, nitidamente contratual”, afirmou.

STF
(Imagem: Flickr/STF/Gustavo Moreno/SCO/STF)

“A herança é um conceito jurídico, nada mais é que patrimônio deixado pelo falecido. O VGBL e PGBL não se qualificam como herança, porque não compõem o patrimônio do falecido”, complementou o advogado.

VGBL e PGBL

Para a procuradora Juliana Florentino de Moura, do Rio de Janeiro, a tributação é válida e não há motivos para conferir tratamento diferenciado entre o VGBL e o PGBL. “Ambos são planos de previdência complementar aberta e têm a finalidade de ser uma renda extra para o trabalhador quando da sua velhice, no futuro.

A escolha por um ou outro é guiada muito mais por uma questão tributária do que pela natureza jurídica ou funcionamento desses planos para o titular”, afirmou.

Ela também apontou distinções entre o VGBL e o seguro de vida. “O seguro de vida é uma estipulação em favor de terceiros.

O VGBL é um benefício por sobrevivência do próprio titular, que ele pode usufruir em vida”, disse em sustentação oral enviada à Corte. “Justamente por haver uma confusão entre os dois, é que se considera que VGBL não poderia sofrer incidência do ITCMD”.

O tema também é discutido na regulamentação da reforma tributária. A versão final do texto aprovado na Câmara dos Deputados acaba com a cobrança do imposto de herança sobre os planos de previdência privada.

A primeira versão previa a tributação, mas com diferenças entre o PGBL e VGBL. Enquanto no VGBL o Imposto de Renda incidiria apenas sobre os rendimentos, no PGBL, o imposto seria cobrado sobre o valor total a ser resgatado ou recebido sob a forma de renda.

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Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião com a indústria farmacêutica para anúncio de investimentos, no Palácio do Planalto

O presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da Bolívia, Luis Arce, discutiram obras nas áreas de gás e energia em uma reunião bilateral realizada na noite de quinta-feira, 5, no Uruguai.

A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa do Palácio do Planalto.

“Eles trataram de acordos de cooperação e projetos de integração entre os dois países. O presidente boliviano e o líder brasileiro exaltaram a possibilidade de contribuição do Brasil em obras de infraestrutura estratégicas para a Bolívia, em especial em áreas como a produção e distribuição de gás e de energia elétrica”, afirma a nota divulgada pelo Planalto.

Lula e Arce estão em Montevidéu por causa da reunião de cúpula do Mercosul, que será realizada nesta sexta-feira, 6.

É possível que seja anunciado o acordo comercial entre o bloco latino-americano e a União Europeia.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Ações da China, Ásia

As bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta sexta-feira, em meio à expectativa dos mercados globais para a leitura de novembro do relatório de emprego dos EUA, o payroll.

A esperança por novos estímulos na China ajudou os negócios na segunda maior economia do planeta, mas a crise política na Coreia do Sul manteve o índice de Seul sob pressão.

O governo chinês promove, na semana que vem, a Conferência Central de Trabalho Econômico, para discutir as metas para a atividade.

O ANZ espera um orçamento adicional de 2 trilhões de yuans para ajudar o crescimento, mas avalia que o foco das autoridades será no emprego.

No aguardo do encontro, o índice Xangai Composto encerrou a sessão em alta de 1,05%, a 3.404,08 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 1,24%, a 2.064,65 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 1,56%, a 19.865,85 pontos.

Na contramão, o índice Kospi perdeu 0,56%, a 2.428,16 pontos, no terceiro dia consecutivo de perdas desde a controversa decisão do presidente sul-coreano,

Yoon Suk Yeol, de decretar e depois revogar a lei marcial. O chefe do partido de Yoon, Han Dong-hoon, defendeu o impeachment do presidente e alertou para o risco de uma nova medida autoritária.

Em Tóquio, o Nikkei cedeu 0,77%, a 39.091,17 pontos. Já o Taiex, de Taiwan, recuou 0,32%, a 23.193,27 pontos.

Na Oceania, o S&P/ASX 200 computou desvalorização de 0,64%, a 8 420,90 pontos, em Sydney.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Sede do Banco Central, em Brasília

Um total de 1,5 mil pessoas que participaram de uma pesquisa do Banco Central (BC) sobre Pix tiveram dados expostos, informou nesta quinta-feira (5) o órgão.

O problema afetou os participantes da segunda edição da pesquisa O brasileiro e os hábitos de uso de meios de pagamento, ocorrida em outubro e novembro de 2023 e publicada na última sexta-feira (29).

Segundo o BC, na hora de publicar a pesquisa, o órgão também publicou acidentalmente os dados pessoais dos respondentes.

A instituição classificou o problema de erro operacional e informou que a falha foi identificada no dia da divulgação e que a pesquisa foi retirada da internet e substituída por outra versão sem nenhuma informação pessoal.

Os dados expostos dos entrevistados foram nome, endereço, número de telefone, gênero, etnia, idade, escolaridade, estado civil, nível de renda, vínculo empregatício, possibilidade de acesso à internet, grau de conhecimento sobre finanças digitais, posse de conta transacional e meio no qual recebe a principal fonte de renda.

Também foram expostas informações sobre hábito de uso e preferências no uso de meios de pagamento, hábito em verificar extrato da conta, facilidade em identificar pagamentos na conta, hábito em verificar fatura de cartão de crédito, facilidade em identificar pagamentos na fatura de cartão de crédito, determinantes de escolha do meio de pagamento, determinantes de escolha de pagamento parcelado, avaliação sobre o Pix e hábito de uso do Pix.

O BC ressaltou que não foram expostos dados sensíveis como senhas, informações de movimentações ou saldos financeiros em contas transacionais nem quaisquer outras informações sob sigilo bancário.

O incidente afetou uma pesquisa divulgada na última sexta-feira com foco na utilização do Pix, não a pesquisa O brasileiro e sua relação com o dinheiro, divulgada na quarta-feira (4) e que constatou que o Pix é a forma de pagamento mais usada no Brasil..

Alerta de golpes

As vítimas da exposição de dados serão notificadas pelo Banco Central em carta. Ainda não se sabe se os dados chegaram a ser vistos por terceiros, mas o órgão alertou para o risco de golpes.

O BC recomendou aos entrevistados pela pesquisa que tenham cuidado caso recebam ligações telefônicas que mencionem hábitos de uso de meios de pagamento ou demais dados informados durante a pesquisa.

Banco Central, crédito
(Imagem: Reuters/Ueslei Marcelino)

A exposição de dados não significa necessariamente que todas as informações tenham vazado, mas que ficaram visíveis durante algum tempo e podem ter sido capturadas.

O BC informou ter comunicado o incidente por transparência e que tomou todas as medidas exigidas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais.

O órgão ressaltou manter uma página específica em seu site para registrar incidentes de segurança desse tipo.

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Mega-Sena

Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.804 da Mega-Sena, realizado nesta quinta-feira (5), no Espaço da Sorte, em São Paulo.

Com isso, o prêmio acumulou e vai para R$ 27 milhões no próximo sorteio, no sábado (7).

Os números sorteados foram 14 – 24 – 25 – 31 – 33 – 60.

A quina teve 21 apostas vencedoras que vão receber, cada uma, R$ 77.162,16. Os 1.821 acertadores da quadra terão o prêmio individual de R$ 1.271,20. 

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal.

Para fazer a aposta pela internet, é necessário fazer um cadastro, ter mais de 18 anos e preencher o número do cartão de crédito.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 5.

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Inteligência Artificial

O texto definitivo do Projeto de Lei 2.338/2023, mais conhecido como Marco da Inteligência Artificial (IA) foi aprovado nesta quinta-feira, 5, em uma sessão no Senado que marcou o avanço da tramitação do que pode se tornar uma das primeiras leis no mundo a regular a IA. A votação pela aprovação do texto foi simbólica e unânime.

O pleito no Senado está marcado para a próxima terça-feira, 10.

O PL tem como objetivo criar regras para o desenvolvimento da IA no Brasil para o setor público e privado, estabelecendo, principalmente, fundamentos de segurança e de crescimento para a tecnologia no País.

Na sessão desta terça, o Senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da Comissão Temporária Interna sobre Inteligência Artificial (CTIA), afirmou que, desde a última leitura, o texto recebeu mais de 40 emendas e que, depois de analisá-las, a comissão julgou que o texto estava pronto para a votação.

Na semana passada, o texto foi apresentado com mudanças, após um período de análise da comissão e foi considerado uma versão branda do projeto inicial com a suavização de diversos tópicos que versam sobre a responsabilidade das empresas e a classificação de risco das IAs.

Agora, o texto deve ir para votação em plenário no Senado e, se aprovada, passa para a Câmara dos Deputados para mais um pleito. Apenas se for aprovada nas duas casas o Projeto de Lei pode seguir para sanção presidencial.

De acordo com o próprio Senado, o objetivo do PL é a “definição de princípios éticos para IA, a criação de uma Política Nacional de Inteligência Artificial, a regulação do uso de IA em áreas como publicidade e justiça, além de mecanismos de governança e responsabilização”.

Com isso, regras de desenvolvimento e orientações para sua construção são abordadas no documento.

O Marco da IA começou a ser discutido ainda em 2022, mas apenas em 2023 foi criada uma comissão para reunir informações, realizar audiências públicas e consultar especialistas para construir o texto da lei.

Para quem são as regras?

A regulação se aplica para as IAs públicas e privadas que tenham uso comercial e de larga escala no País – ou seja, além dos modelos desenvolvidos pela iniciativa pública, startups e gigantes de tecnologia como Meta, Amazon, Microsoft, OpenAI e outras terão que se adaptar ao contexto da lei, caso aprovada.

O texto ainda afirma que, independente do tipo de sistema, a regulação não se aplica para o desenvolvimento de IAs que sejam de uso pessoal e não comercial ou de uso em alguns setores governamentais, como defesa nacional.

Sistemas de IA

Fundamental para entender o PL, os Sistemas de IA, de acordo com o texto, são todos os algoritmos, modelos ou softwares que tenham autonomia e conseguem gerar previsão, conteúdo ou recomendação a partir de algum conjunto de dados. A definição é proposta separadamente dos sistemas de IA de propósito geral e de sistemas de IA generativa.

Para a lei, os sistemas de IA de propósito geral são modelos treinados com dados que conseguem realizar diversas tarefas, “incluindo aquelas para as quais não foram especificamente desenvolvidos”.

Inteligência Artificial (IA)
(Imagem: Pixabay/AMRULQAYS)

Já os sistemas de IA generativa são aqueles que podem modificar algum conteúdo com informações criadas pelo próprio modelo, como ChatGPT e Meta AI, por exemplo.

Classificação de risco

Um dos principais pontos do Marco da IA é a classificação de risco dos produtos construídos com a tecnologia. Segundo o texto, fica proibido o desenvolvimento de IAs que possam “comprometer a segurança, direitos fundamentais ou a integridade física e moral das pessoas de forma significativa e irreparável”, que são chamadas de Risco Excessivo.

Deepfakes e IAs que podem manipular o sistema eleitoral, como bots de disseminação de conteúdos falsos entram nessa categoria, além de armas autônomas, como robôs de guerra.

O documento também fala que as IAs de Risco Alto, que podem ter impacto nos direitos fundamentais dos indivíduos, como sistemas de seleção de candidatos e biometria via IA, devem ser submetidas a uma maior supervisão e uma regulamentação rigorosa antes de serem liberadas.

Já as IAs consideradas de Risco Geral ou Baixo Risco podem ser desenvolvidas com menos burocracia, por não apresentarem riscos fundamentais – de acordo com texto, é o caso de IAs de tradução, correção ortográfica ou de filtro de mensagens, por exemplo.

Estão também na classificação de alto risco algoritmos de recomendação de redes sociais, reflexo do debate de moderação de conteúdo online que domina os três poderes nos últimos anos. Embora o PL não cite explicitamente as plataformas, ele afirma que são classificados como alto risco IAs de “curadoria, difusão, recomendação e distribuição, em grande escala e significativamente automatizada, de conteúdo por provedores de aplicação de internet, com objetivo de maximização do tempo de uso e engajamento das pessoas ou grupos afetados”.

Os casos, porém, serão analisados a partir dos riscos que podem causar à liberdade de expressão e ao acesso à informação, por exemplo, como manipulação do debate público e influência no processo eleitoral.

Direitos dos cidadãos

Todas as pessoas afetadas pelas IAs precisam ter alguns direitos, de acordo com o PL. Um deles é ter o conhecimento de que os seus dados estão sendo utilizados para treinar ou alimentar modelos da tecnologia, além de ser possível remover ou optar por não ter suas informações utilizadas – a norma segue a mesma regra que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) já possui no Brasil.

Além disso, a lei prevê que pessoas que sejam afetadas negativamente, independente de seu grau de risco, podem recorrer à Justiça para obter explicações sobre a ação da IA. O texto não deixa explícito quais seriam as reparações judiciais de processos ou se algum tipo de multa ou outra punição seriam aplicadas nos casos de prejuízos pessoais.

Em alguns casos, porém, as empresas de tecnologia argumentam que nem sempre é possível fornecer uma explicação para decisões de um modelo de IA.

Esses sistemas, chamados de black box (caixa preta, em tradução literal), possuem mecanismos que não são totalmente transparentes nem mesmo para os programadores, por conta da quantidade de processamento gerada a partir dos dados de treinamento do modelo – é como se a IA fizesse tantos cruzamentos de informações que, em algum momento no caminho, nem ela soubesse dizer exatamente como chegou a determinada conclusão.

Fiscalização

Para a fiscalização, o texto determina dois órgãos responsáveis pela supervisão e triagem dessas tecnologias: o Sistema Nacional de Regulação e Governança de Inteligência Artificial (SIA) e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

O SIA tem como objetivo “realizar auditorias internas de sistemas de inteligência artificial quando necessária para a aferição de conformidade com esta Lei, garantido o tratamento confidencial das informações em atenção aos segredos comercial e industrial”. É ele quem pode determinar se uma IA está ou não em conformidade com a lei.

Para sistemas que infringirem a legislação, uma multa que pode chegar a R$ 50 milhões de reais a depender do caso, além de perder o direito de testar a tecnologia por até cinco anos – ou seja, sem a possibilidade de submeter aos testes, a IA se torna ilegal no País.

Também é de responsabilidade da SIA promover os sandboxes regulatórios para testes das IAs – e pequenas empresas e startups devem ser priorizadas no processo.

IA generativa

O novo texto também aborda as IAs generativas, ainda que de forma reduzida. De acordo com o PL, todos os produtos gerados por esses sistemas precisam ter uma identificação, como uma marca d’água, que deixe claro a procedência do material. As empresas que possuem esse tipo de produto também terão que publicar quais dados foram utilizados para treinar o modelo de IA.

Painel de inteligência artificial em conferência mundial sobre o tema em Xangai, China (Imagem: REUTERS/Aly Song)
Painel de inteligência artificial em conferência mundial sobre o tema em Xangai, China (Imagem: REUTERS/Aly Song)

Ainda, as IAs generativas e de propósito geral terão que apresentar, regularmente, documentos técnicos sobre o funcionamento, propósito e uso da IA por 10 anos.

O impacto algorítmico também foi incluído nos casos em que a supervisão humana é apenas recomendada. Segundo o texto, a avaliação nessa situação é obrigatória apenas para as IAs consideradas de alto risco.

Incentivo, fomento e capacitação

O texto fala, ainda, que é de responsabilidade da administração pública (governo federal, estadual e municipal) criar programas de educação em IA, incluindo o letramento digital para que os cidadãos possam saber o que é a tecnologia e como usá-la, e disciplinas no ensino público que ensinem sobre o impacto ambiental e social da IA.

Programas de capacitação e formação de profissionais na área também estão previstos no Projeto de Lei, em especial nos níveis de ensino técnico e superior, além de citar que os órgãos públicos também devem prestar apoio a trabalhadores que foram impactados negativamente pela tecnologia.

O documento não especifica, porém, como ou quais devem ser os programas adotados pelo governo. O texto também não especifica a partir de que período ou quanto tempo os órgãos teriam para fazer as medidas serem adotadas.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Mastercard

A Mastercard (MAMSCD34) começará a testar no Brasil em janeiro a ferramenta que permitirá aos clientes pagar compras feitas online sem ter de digitar senhas.

O chamado Passkey será utilizado inicialmente pela plataforma de vendas pela internet Sympla, e pela empresa de pagamentos Yuno. Em uma segunda etapa, a solução será estendida a mais empresas.

O Passkey usa a biometria do cliente coletada pelo dispositivo em que ele faz a compra para confirmar sua identidade e liberar transações.

Com isso, o comprador não precisa digitar a senha do cartão ao fazer uma compra, o que segundo a Mastercard torna o processo mais seguro e também mais rápido.

A plataforma da Mastercard utiliza a chamada tokenização, que é a criação de uma credencial nova a partir de uma existente.

Na prática, significa que o estabelecimento não recebe os dados do cartão do cliente, mas sim uma credencial gerada a partir deles que serve apenas para aquela transação.

É um modelo similar ao dos cartões virtuais, mas mais sofisticado, e que garante a maior segurança do método de pagamento.

Para as empresas de e-commerce, o novo produto deve ajudar a aumentar as vendas e reduzir o chamado abandono de carrinho, que acontece quando o cliente desiste da compra, durante o pagamento.

Um dos motivos que levam a esse abandono na hora de pagar é a necessidade de digitar os dados do cartão, do número à senha.

A tecnologia é uma aposta da Mastercard para cumprir o objetivo de eliminar, até 2030, o uso de senhas nos pagamentos com cartões emitidos pela empresa.

mastercard
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Thomas White/Ilustração/Arquivo)

Esse objetivo é global, e o Brasil, pelo alto grau de digitalização dos pagamentos, é um dos países em que a empresa tem iniciado antes os testes de soluções.

No País, por exemplo, a empresa participou da implementação do Click to Pay, uma espécie de “primeira geração” do Passkey em que o cliente só precisa digitar novamente o código verificador do cartão.

“Hoje, 80% das transações com cartões Mastercard na Sympla são de Click to Pay”, afirma o vice-presidente de Produtos e Serviços da empresa no Brasil, Leonardo Linares.

Segundo ele, a Mastercard conversa com outras empresas para que também ofereçam pagamentos via Passkey. O trabalho tem várias frentes, porque inclui tanto o varejo online quanto os bancos emissores.

“A Mastercard tem um papel de orquestrador do ecossistema”, diz.

A solução será oferecida pela empresa através de acordos com os bancos emissores. É um modelo similar ao do Click to Pay, em que cada banco que tem um acordo com a companhia oferece ao cliente a possibilidade de cadastrar o cartão na base de dados.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Cimento

As vendas de cimento registraram queda de 0,3% em novembro, em relação ao mesmo mês de 2023, totalizando 5,4 milhões de toneladas, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).

No acumulado do ano até novembro, o setor chegou a 60 milhões de toneladas, alta de 4% sobre o mesmo período do ano passado.

Dentre as razões para o desempenho, está a melhora do mercado de trabalho e o aquecimento do mercado imobiliário, puxado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, responsável por 50% dos lançamentos e 44% das vendas no período.

Por outro lado, o SNIC sinaliza que o setor da construção civil vem encontrando dificuldade em preencher as vagas disponíveis.

“A escassez de mão de obra e o alto custo de contratação tem elevado salários, pressionado a inflação, com reflexos nos preços dos imóveis e na alta do INCC”, diz o texto do sindicato

A entidade pontua ainda que a tendência de elevação da taxa Selic aumenta a competição entre os ativos financeiros e os imobiliários, além de tornar o financiamento mais oneroso para o tomador de empréstimo, impactando diretamente o mercado imobiliário.

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Anatel

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) confirmou nesta quinta, 5, multa à Amazon (AMZNAMZO34) pela comercialização de equipamentos não homologados em seu site e estabeleceu multa de R$ 47,3 mil.

A Anatel recolheu 12 mil produtos irregulares nos armazéns da Amazon em Cajamar (SP) em uma ação de fiscalização ocorrida em novembro, durante a Black Friday, citou o conselheiro relator do processo, Vicente Aquino.

Entre os produtos não homologados há desde celulares até TV box – que captam sinal pirata das prestadoras de TV por assinatura e serviços de streaming.

O advogado Fábio Kujawski, representante da Amazon, argumentou que a Anatel não teria competência legal para agir contra marketplaces, uma vez que eles atuam apenas como intermediários entre os vendedores dos produto e os clientes finais.

Já na visão da Anatel, o site tem um papel importante ao participar da relação de consumo.

A Amazon apontou ainda que cabe à Anatel a fiscalização do uso dos aparelhos de telecomunicações, e não o comércio.

Por sua vez, os conselheiros rebateram e disseram que a agência tem poder legal de fiscalizar equipamentos de um modo amplo com o objetivo de proteger os consumidores.

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Cvc Brasil

O Ibovespa (IBOV) se reaproximou da linha dos 128 mil pontos nesta quinta-feira e fechou no maior nível desde o último dia 26, hoje aos 127.857,58 pontos, em alta de 1,40% na sessão, no que foi seu melhor desempenho desde 22 de novembro.

Desde o dia 28, quando cedeu 2,40% no ajuste inicial ao anúncio do pacote fiscal do governo, o índice tem alternado ganhos e perdas em base diária.

Mas, de ontem (-0,04%) para hoje (+1,40%), parece mostrar padrão mais estável, tendo saído de mínima de 123.946,16 durante a sessão da sexta-feira passada para máxima a 127.989,06 pontos na sessão de hoje, em variação de 4 mil pontos entre os polos do intervalo.

Nesta quinta-feira, o piso do dia (126.087,09 pontos) correspondeu praticamente ao nível de abertura (126.087,78 pontos), com giro financeiro a R$ 23,1 bilhões no fechamento.

Na semana e no mês, o Ibovespa registra alta de 1,74%, ainda cedendo 4,72% no ano.

Como pouco visto desde que se impuseram as preocupações em torno do pacote fiscal com efeitos diretos sobre o câmbio, hoje ainda a R$ 6,00 (-0,63%) no encerramento, e a curva de juros doméstica, a recuperação do índice da B3 foi bem distribuída, nesta quinta-feira, pelos componentes da carteira, especialmente entre as ações de maior peso e liquidez

Na contramão dos preços do petróleo em leve viés de baixa na sessão, Petrobras (PETR3;PETR4) ON e PN subiram, respectivamente, 1,49% e 0,99%.

Vale ON (VALE3) avançou 0,82%, na máxima do dia no fechamento, e os ganhos entre as ações dos principais bancos ficaram entre 1,23% (BB ON) (BBAS3) e 2,14% (Itaú PN) (ITUB4). Na ponta ganhadora do Ibovespa, destaque para Eletrobras (ELET3) (ON +4,02%), Multiplan (MULT3) (+3,63%) e Iguatemi (IGTI11) (+3,54%).

No lado oposto, CVC (CVCB3) (-8,98%), Hapvida (HAPV3) (-1,15%) e Braskem (BRKM5) (-1,11%) – apenas 11 das 86 ações que compõem a carteira Ibovespa fecharam no negativo.

“Foi também um dia relativamente leve para os ativos de risco lá fora, sem grandes destaques na agenda de dados econômicos”, diz Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas, destacando a expectativa, amanhã, para o ponto alto da semana, os dados oficiais sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos em novembro, a poucos dias da deliberação do Federal Reserve, na próxima quarta-feira, 11, sobre a taxa de juros de referência.

“No cenário doméstico, depois de os ativos brasileiros terem uma longa sequência de ‘underperformance’ desempenho abaixo em relação aos pares, houve uma recuperação hoje, uma certa reversão, com alta da Bolsa e apreciação no câmbio, e algum fechamento na curva de juros, sem um gatilho muito definido. O noticiário continua muito concentrado na tramitação inicial, no Congresso, do pacote de cortes de gastos”, aponta o economista.

Segundo ele, a votação, na noite de ontem, dos requerimentos de urgência foi um desdobramento positivo, ainda que tendam a permanecer incertezas fiscais até que se defina a efetividade e a economia proporcionada pelo pacote principalmente se haverá ou não mudanças nos textos e o ritmo em que serão votados, acrescenta Ashikawa.

“De qualquer forma, houve uma relativa descompressão hoje nos ativos brasileiros, após o que se viu nas últimas semanas.”

“A pressão contra a ideia de isentar do IR a renda de até R$ 5 mil por mês começa a produzir efeito sobre a Bolsa e o câmbio, em recuperação na sessão de hoje. Um pouco mais de responsabilidade fiscal é algo interpretado de forma positiva pelo mercado”, diz Virgilio Lage, especialista da Valor Investimentos.

Ele destaca a retomada das ações do setor bancário pelo terceiro dia: um dos segmentos que mais haviam sido impactados no ajuste inicial da Bolsa ao pacote da semana passada, quando o Ibovespa havia fechado, naquela quinta-feira, no menor nível em cinco meses exatamente na mínima desde 28 de junho.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Dólar

O dólar (USDBRL) emendou o terceiro pregão consecutivo de queda em relação ao real nesta quinta-feira, 5, e esboçou fechar abaixo do nível psicológico de R$ 6,00, algo não visto desde 28 de novembro.

Os sinais de que o pacote de gastos do governo vai ser apreciado com celeridade no Congresso e o enfraquecimento da moeda americana no exterior abriram espaço para ajustes nos prêmios de risco embutidos na taxa de câmbio.

No fim da noite de ontem, a Câmara dos Deputados aprovou requerimento de urgência para dois projetos que compõem o plano da equipe econômica: um relacionado ao crescimento real do salário e outro que traz novos gatilhos para o arcabouço fiscal, como limitação na compensação de créditos tributários e autorização de contingenciamento e bloqueio de emendas parlamentares.

Operadores e analistas ouvidos pelo Broadcast nos últimos dias consideravam que havia espaço para uma recuperação, ainda que parcial, da moeda brasileira, em caso de sinais favoráveis de Brasília e acomodação do dólar no exterior.

Isso apesar de mostrarem ceticismo em relação à economia estimada com as medidas fiscais e apontarem uma derrapada de comunicação do governo ao anunciar conjuntamente o pacote de contenção de gastos com a proposta de isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês.

Em baixa desde a abertura, o dólar à vista furou o piso de R$ 6,00 na primeira hora de negócios e registrou mínima a R$ 5,9608 pela manhã.

Com uma moderação do ritmo de baixa ao longo da tarde, a divisa encerrou a sessão em baixa de 0,63%, a R$ 6,0097 Apesar do recuo nos últimos dias, o dólar ainda acumula valorização na semana (0,14%).

O economista André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online, já classificava, na semana passada, a reação dos investidores ao pacote de gastos como “desproporcional” e esperava uma recuperação do real, embora reconheça que havia motivos para um aumento do estresse, em especial “a intempestividade” do anúncio da isenção do IR.

“O problema foi a magnitude desse estresse. O mercado tem reagido muito mal aos acontecimentos recentes. No começo do ano, mesmo sem os impactos do Rio Grande do Sul, já se falava em déficit primário superior a R$ 100 bilhões neste ano”, afirma Galhardo. “Em alguma medida, essa votação de pedido de urgência para matérias de corte de gastos ajudou a moeda brasileira, porque o dólar também caiu no exterior.”

Dólar
(Imagem: ChatGPT/ Dinheirama)

Termômetro do comportamento da moeda americana em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o DXY recuou e voltou a ser negociado abaixo dos 106,000 pontos.

França e EUA

Houve fortalecimento do euro após o desenlace da crise política na França, com a renúncia do primeiro-ministro, Michel Barnier. A safra mais recente de indicadores mostra certa acomodação da economia dos EUA e embasa a perspectiva de que o Federal Reserve vai promover novo corte de 25 pontos-base da taxa básica de juros neste mês.

Amanhã, sai o relatório oficial de emprego (payroll) em outubro, o que pode reforçar essa expectativa.

Galhardo observa que, após o relatório ADP divulgado ontem, com criação de vagas de emprego no setor privado aquém das expectativas, sugerir continuidade do processo de desaceleração do mercado de trabalho nos EUA hoje saíram números de pedidos semanais de auxílio-desemprego acima do esperado.

“Estamos no médio de um processo de desaceleração da atividade econômica nos EUA, ainda que incipiente. E isso traz um movimento de perda de força do dólar em nível global. Isso contribuiu também para a valorização do real”, afirma o consultor da Remessa Online.

Apesar da queda do dólar nos últimos dias, o desconforto com o quadro fiscal ainda permeia os negócios e leve casas relevantes a revisar para cima a projeção para a taxa de câmbio.

O Deutsche Bank, por exemplo, espera dólar a R$ 6,10 no fim deste ano, argumentado que o governo não conseguiu apresentar “medidas críveis” e que o Banco Central “não tem sido capaz de assegurar aos mercados sua capacidade de conter a desvalorização do real”.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Alexandre Padilha

O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Alexandre Padilha, relatou nesta quinta-feira, 5, que, em sua conversa com investidores e clientes do JPMorgan, em São Paulo, reforçou o compromisso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com o arcabouço fiscal e com o ajuste das contas públicas, de modo geral.

O que era para ser uma coletiva de imprensa com o ministro acabou se transformando em um bate papo com os repórteres do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) e da CNN Brasil.

O ministro disse estar confiante de que as medidas de contenção de gastos que o governo enviou ao Congresso serão aprovadas ainda este ano e aproveitou para agradecer aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que vieram a público na quarta para dizer que vão defender o texto de cortes de gastos.

Padilha contou que durante conversas com os investidores um deles teria sugerido que o tema fiscal fosse deixado de lado.

“Eu disse a eles que jamais o governo vai deixar o fiscal de lado e que esse é um compromisso do presidente Lula e do ministro Fernando Haddad”, contou.

Perguntado pelo Broadcast se o governo está mesmo disposto a levar adiante seu compromisso com o fiscal mesmo com uma ala do Partido dos Trabalhadores (PT) se pronunciando o tempo todo contra corte de gastos, Padilha disse que, independentemente das críticas, o presidente Lula demonstrou nos seus mandatos anteriores que tem responsabilidade fiscal.

“O ministro [da Fazenda] Haddad [Fernando] e o presidente Lula sempre vão dar atenção ao fiscal. O presidente Lula já provou nos seus dois primeiros mandatos que tem responsabilidade fiscal”, disse.

O ministro de Relações Institucionais endossou falas recente do ministro Fernando Haddad, segundo as quais o pacote fiscal não é o “gran finale” e que o governo está disposto a sempre adotar novas medidas se necessário para reforçar o arcabouço fiscal e equilibrar as contas públicas.

De acordo com Padilha, o governo, inclusive, está aberto a sugestões, propostas e críticas para reforçarem o arcabouço fiscal.

“Nunca vamos deixar a política fiscal de lado”, reiterou o ministro Alexandre Padilha.

Contudo, de acordo com ele, não há dentro do governo novas medidas fiscais em estudo. Segundo ele, tudo o que foi estudado e entendido que seria suficiente para controlar as contas públicas o governo enviou ao Congresso.

Padilha também se esquivou de responder pergunta sobre se anunciar medidas de cunho tributário com o pacote de gastos não teria sido um equivoco cometido pelo governo.

Só se limitou a dizer que a isenção do IR para salários até R$ 5 mil foi uma promessa de campanha e que o governo já havia falado que as enviariam por agora ao Congresso. Mas deixou claro que a questão da isenção do IR só será debatida a partir do ano que vem.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Itaú ITUB4

O momento incerto da economia brasileira deixa os fundos multimercados com visão pessimista para se posicionarem em ativos no Brasil para 2025, segundos gestores da Itaú Asset.

Foram apontados os problemas fiscais e um cenário de inflação incerta, com pouca chance de convergir para o centro da meta.

“O Brasil precisa de uma política fiscal mais dura. O pacote decepcionou bastante. Estamos comprado em risco país, por meio de CDS Credit Default Swap, que é um índice que mede o risco país, quanto o governo brasileiro gasta para emitir dólares lá fora”, afirmou Bruno Serra, gestor da Itaú Janeiro, durante evento do Itaú Asset sobre as oportunidades para 2025.

“Compartilho da opinião de que tem muito prêmio de risco no Brasil. Não tenho tanta convicção de que a inflação convirja para o centro da meta. Ainda estamos em um processo de piora da inflação. Estamos zerado em juros”, disse Pablo Salgado, gestor do Itaú Optimus.

Mariana Dreux, gestora do Itaú Yiled Plus, diz estar pessimista com Brasil para 2025. “O que aconteceu recentemente, foi uma tentativa do governo de tentar deixar de pé um novo arcabouço fiscal que foi implementado no ano passado.

Mas o que vimos foi um programa com baita corte de imposto para uma faixa de renda da população com uma propensão enorme a consumir, num contexto de inflação muito alta e muito desancorada”, destacou.

Dreux disse ainda que no momento não há uma crise de desconfiança monetária, mas que é preciso ficar atento a isso para o futuro.

“O Brasil está vivendo uma crise de desconfiança fiscal, e meu receio é que a gente passe a viver paralelamente a isso, uma crise de desconfiança monetária. Ainda não estamos em crise, mas a desconfiança monetária já existe”, afirmou, dizendo ainda que o Comitê de Política Monetária (Copom) deveria subir a Selic em pelo menos 1 ponto porcentual na reunião da semana que vem. “Se for acima disso, até será bem recebido pelo mercado”, acredita.

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Bitcoin

O bitcoin (BTCUSD) disparou na sessão desta quinta-feira, 5, e ultrapassou a marca simbólica dos US$ 100 mil pela primeira, renovando a máxima histórica do ativo.

A nomeação do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, do entusiasta de criptomoedas Paul Atkins para a Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC) impulsionou o ativo, com a expectativa por regulamentações mais favoráveis.

Além disso, comentários do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, sobre o ativo ajudaram na consolidação do bitcoin.

Por sua vez, ao longo da sessão a criptomoeda perdeu partes dos ganhos, com realização de lucros.

Perto das 16h50 (de Brasília), o bitcoin subia 2,90%, a US$ 99 423,05, enquanto o ethereum avançava 0,27%, a US$ 3.842,51, no mesmo horário, de acordo com a Binance. No topo, o ativo atingiu a marca de US$ 104.088,00.

Fábio Plein, diretor regional para as Américas da Coinbase, avalia que o marco de US$ 100 mil é uma prova da crescente confiança na criptoeconomia, alimentada pelo entusiasmo dos investidores e pelo apoio de grandes instituições financeiras.

Para Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, “estamos vivendo dias de grandes expectativas, com o setor avançando com enorme força, a queda das barreiras regulatórias, criptomoedas atingindo novos picos de preços o tempo todo, adoção recorde, além de bancos, empresas e até mesmo países investindo ou economizando com criptoativos e novas ferramentas financeiras”.

Bitcoin
Negociação de Criptomoedas (Imagem: Pixabay/@MichaelWuensch)

Segundo ele, também tivemos um fato inédito na forma de declarações de Powell, que chamou o bitcoin de equivalente ao ouro, “só que é virtual, é digital”, e que, devido sua volatilidade e ao uso que está sendo feito, “não é tanto um concorrente do dólar como é do ouro”.

Em sua visão, em termos de regulamentações, um número sem precedentes de legisladores pró-regulamentação ganhou assentos na Câmara dos Representantes e no Senado dos EUA, o que poderia levar a normas mais benéficas para o desenvolvimento do ecossistema.

Na SEC, a saída de Gary Gensler como presidente abre as portas para uma administração menos avessa às criptomoedas, o que poderia aliviar algumas batalhas legais contra grandes bolsas e favorecer a aprovação de ETFs de outras criptomoedas (Solana, Ripple e Litecoin estão aguardando sua vez), avalia.

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Petróleo

Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quinta-feira, 5. Em dia volátil, marcado pela reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), o mercado pareceu estar um pouco decepcionado após oito países do grupo aceitarem prorrogar até março de 2025 os cortes de 2,2 milhões de barris por dia (bpd) na produção da commodity – planejados para terminar agora em dezembro.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI (WTI) para janeiro fechou em baixa de 0,35% (US$ 0,24), a US$ 68,30 o barril, enquanto o Brent (BRENT) para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,30% (US$ 0,22), a US$ 72,09 o barril.

Segundo a Opep+, partir de abril os cortes serão gradualmente revertidos até setembro de 2026.

A decisão de adiamento mostra que o grupo está preocupado com um possível excesso de oferta e com a falta de cumprimento das metas por parte de alguns países membros, afirma Mukesh Sahdev, da Rystad Energy.

“O sinal geral para o mercado é construtivo e provavelmente evitará qualquer queda nos preços no curto prazo”, diz ele.

Extração de Petróleo
(Imagem: Pixabay/ @kmans)

A deliberação dá a Opep+ algum tempo, mas o cenário de fraca demanda global de petróleo significa que o grupo pode facilmente voltar a uma posição semelhante daqui a três meses, explica a Capital Economics.

O atraso restringirá o mercado global de petróleo em cerca de 0,5% da demanda e sustentará os preços na margem.

“Agora julgamos que o mercado estará mais ou menos em equilíbrio em 2025 como um todo, em comparação com nossa previsão anterior de um pequeno excedente”, acrescenta a empresa de pesquisa econômica.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Motoboy em dia de trabalho

A vida de motoboy é corrida. Em um dia, você pode fazer dezenas de entregas, atravessar a cidade várias vezes e enfrentar situações inesperadas no trânsito. É exatamente por isso que ter um seguro moto não é luxo, é uma necessidade.

Mas sabemos que o orçamento de um motociclista profissional é apertado, então a solução ideal é um seguro moto econômico para motoboys, que oferece proteção completa por um preço que você pode pagar.

Por que preciso de um seguro moto

Como motoboy, sua moto é sua ferramenta de trabalho. Sem ela, não há entregas, e sem entregas, não há renda. E, infelizmente, os riscos são muitos:

Altos índices de roubo e furto: Motos usadas para trabalho são mais visadas.

Acidentes no trânsito: Com o trânsito intenso, colisões são uma possibilidade constante.

Danos a terceiros: Qualquer colisão pode gerar custos com outros motoristas ou pedestres.

Imagine a seguinte situação: você, que depende da moto para trabalhar, está no meio de um dia corrido de entregas. De repente, sua moto é roubada. O que fazer? Sem seguro, isso significaria arcar com o prejuízo sozinho e, pior, ficar sem trabalhar.

Mas, com um seguro moto que cobre roubos, tudo muda. Em poucos dias, você receberia a indenização e poderia voltar ao trabalho com uma nova moto, sem colocar sua renda ou a segurança da sua família em risco.

Como funciona um seguro moto econômico

Um seguro moto econômico pode ser aquele que garante uma proteção básica, por um preço acessível, e pode funcionar de algumas formas:

Coberturas básicas: geralmente inclui proteção contra roubo, furto e acidentes.

Personalização: você pode escolher serviços extras, como assistência 24h ou cobertura para terceiros.

Custo reduzido: a apólice é ajustada para atender ao orçamento de motociclistas profissionais.

Principais coberturas para motoboys

Roubo e furto

É uma das coberturas mais importantes, já que motos para trabalho são mais visadas por criminosos. Dessa forma, com um seguro moto contra roubou e furto, você garante mais segurança para realizar as suas entregas e fazer os trajetos necessários.

Danos causados por colisões

Em um acidente, os custos de reparo podem ser altos, e o seguro garante que você não fique sem sua moto por muito tempo.

Proteção para terceiros

Se você causar um acidente que envolva outros veículos ou pedestres, essa cobertura protege você de despesas inesperadas, como também pode dar suporte aos envolvidos.

Assistência 24 horas

Nem sempre um seguro cobre o serviço de assistências, por isso, vale levar em consideração a contratação específica de um serviço para moto que cubra pane elétrica ou outras necessidades como reboque.

motoboy
(Imagem: Reprodução/Freepik/@freepik)

Quanto custa um seguro moto econômico

O valor de um seguro moto depende de fatores como:

Modelo e ano da moto: motos mais simples tendem a ter seguros mais baratos.

Local de uso: regiões com maior índice de roubos podem elevar o custo.

Coberturas escolhidas: serviços adicionais aumentam o preço da apólice.

E para escolher o seguro ideal, é importante saber quantas cilindradas sua moto possui. Isso porque, quanto maior o número de cilindradas, maior a potência do motor e, geralmente, mais caros são os materiais e componentes utilizados.

Consequentemente, o seguro também tende a ser mais caro, já que estamos falando de um veículo mais potente e sofisticado em comparação às motos de menor cilindrada.

Vantagens de um seguro moto econômico para motoboys

Proteção financeira

Com um seguro, você evita prejuízos que podem comprometer sua renda.

Continuidade no trabalho

Se algo acontecer com sua moto, a indenização rápida permite que você volte ao trabalho sem grandes interrupções.

Tranquilidade no dia a dia

Saber que sua moto está protegida reduz o estresse e permite que você se concentre no que importa: as entregas.

Dicas para economizar no seguro moto

Use rastreadores ou alarmes

Dispositivos de rastreadores ou alarmos aumentam a segurança da sua moto, reduzindo também as chances de danos e furtos no veículo.

Escolha coberturas essenciais

Foque no que realmente precisa, como proteção contra roubo e danos a terceiros.

Compare preços

Pesquise em diferentes seguradoras para encontrar o plano que ofereça o melhor custo-benefício.

Como escolher o melhor seguro moto para motoboys?

Escolher o seguro ideal exige atenção aos detalhes. Aqui estão alguns passos para ajudar:

Analise suas necessidades: se você trabalha em uma região com alto índice de roubos, priorize essa cobertura.

Pesquise a reputação da seguradora: opte por empresas com bom suporte ao cliente e histórico de indenizações rápidas.

Uma das opções recomendadas com os melhores preços de seguros para auto, moto ou caminhão você encontra aqui, na página de seguros da Serasa:

Considere o custo-benefício: não escolha apenas pelo preço mais baixo; avalie a qualidade do serviço oferecido.

Tendências de seguro moto para 2025

O mercado de seguros está evoluindo cada vez mais para atender às necessidades dos brasileiros e brasileiras. Algumas tendências incluem:

Seguros por assinatura: com diversidade nas modalidades de pagamento.

Aplicativos personalizados: gerencie e cote seu seguro de maneira 100% digital.

Motoboy, proteja sua moto hoje!

Sabemos o quanto é incrível sentir o vento no rosto e a liberdade de estar sobre duas rodas. Mas, quando se trata da sua vida e do seu trabalho, a segurança deve ser prioridade.

Por isso, contratar um seguro moto econômico é uma decisão inteligente para garantir proteção e tranquilidade no seu dia a dia. Faça sua cotação 100% online e em minutos com a Serasa.

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O vice-presidente Geraldo Alckmin

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou em suas redes sociais na manhã desta quinta-feira, 5, que o “Mercosul e a União Europeia nunca estiveram tão próximos”.

A declaração, publicada em seu perfil no X (ex-Twitter), é uma resposta ao tuíte da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre a aproximação de um acordo comercial entre os dois blocos.

“Mercosul e União Europeia nunca estiveram tão próximos. A integração dos nossos mercados e a reafirmação dos nossos compromissos democráticos nos fará chegar mais longe juntos!”, escreveu Alckmin no X.

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Ouro em barras e moedas

O ouro (GOLD) futuro fechou em queda nesta quinta-feira, 5, diante da cautela antes da divulgação do relatório payroll nos Estados Unidos, que pode oferecer informações relevantes para balizar as apostas sobre o rumo das taxas de juros.

O movimento do metal precioso, visto como alternativa para reserva de valor, segue na contramão do Bitcoin, que disparou acima da marca inédita de US$ 100 mil, favorecido pela busca de ativos diversificados.

Nesta quinta, o ouro para fevereiro recuou 1,04%, a US$ 2.648,40 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Para o relatório oficial de emprego dos EUA, que sairá na sexta-feira, espera-se aceleração na geração de vagas de trabalho no país.

Conforme pesquisa feita pelo Projeções Broadcast, a mediana indica criação de 200 mil postos de trabalho em novembro, depois da geração de apenas 12 mil vagas no mês anterior.

Segundo o Bank of America, “o Fed provavelmente verá qualquer fortalecimento no payroll de novembro como uma recompensa pelo resultado de outubro”, dizem os analistas.

A possibilidade um corte na taxa de juros pelo Fed tende a alimentar o entusiasmo dos investidores pelo metal precioso, que não rende juros.

O recuo do metal precioso ocorre ainda à luz da disparada do Bitcoin e após comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

Ouro
(Imagem: Freepik/@wirestock)

O dirigente disse, na quarta-feira, que o Bitcoin é “exatamente como o ouro, só que é virtual, é digital”. Ele acrescentou que o Bitcoin é, realmente, um concorrente do ouro.

Diante do interesse por ativos alternativos, a CME informou que lançará, em 13 de janeiro, futuros de ouro de 1 onça para atender à demanda aquecida de investidores pessoas físicas.

“O ouro sempre foi um investimento popular, mas o interesse do varejo aumentou nos últimos anos, à medida que mais participantes do mercado buscam diversificar seus portfólios”, disse Jin Hennig , diretor executivo e chefe global de metais do CME Group. “Os futuros de ouro de 1 onça ampliarão as oportunidades para uma gama maior de traders de varejo, fornecendo ainda mais flexibilidade para acessar a liquidez e as eficiências que nossos futuros fornecem”, segundo o executivo em comunicado.

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Valério Stumpf Trindade

O general Valério Stumpf Trindade, ex-chefe do Estado-Maior do Exército, acusado por militares radicais e por parte da militância bolsonarista de ser um “informante” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se defendeu das acusações de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Fui vítima de ataques por cumprir a minha obrigação”, declarou Stumpf, em entrevista ao Metrópoles nesta quinta-feira, 5 “Defendi a democracia em tempos complexos. Tenho orgulho de ter agido de forma leal ao comandante do Exército e ao Exército Brasileiro.”

Segundo a Polícia Federal (PF), Stumpf foi alvo de campanhas coordenadas nas redes sociais, que incluíram ataques à sua família.

Publicações o chamaram de “traidor da Pátria” e “melancia” – termo usado pejorativamente para descrever militares supostamente comunistas, em razão da cor verde por fora e vermelha por dentro.

As ameaças começaram como tentativa de pressão para que aderisse ao golpe e, após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), transformaram-se em acusações por permitir a transição de poder.

Trocas de mensagens entre os coronéis Bernardo Romão Corrêa Netto e Fabrício Moreira de Bastos, obtidas pela PF, revelaram o envio de fotos de generais contrários ao golpe. Stumpf era um deles.

As imagens foram compartilhadas com mensagens incitando ações contra esses oficiais. “Dos dezenove generais, estes cinco c@nalh@s não aceitam a proposta do povo”, dizia um post reproduzido pela milícia digital bolsonarista. “Repasse para ficarem famosos. Todos melancias, verdes por fora, vermelhos por dentro”.

Stumpf também foi acusado de ser “informante” do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Ele rebateu a narrativa: “Por ser chefe do Estado-Maior à época, eu tinha contato com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), então presidido pelo ministro (Alexandre de Moraes)”. Segundo Stumpf, o contato era institucional, para reforçar a segurança e a transparência das urnas eletrônicas.

Entre as medidas defendidas pelo Exército estavam os testes de integridade das urnas com biometria, implementados pelo TSE.

A proposta fazia parte de esforços para fortalecer a credibilidade do sistema eleitoral. “Aí algumas pessoas que não sabiam de nada distorceram tudo”, afirma.

Stumpf, atualmente na reserva e à frente da Poupex, reiterou seu papel como defensor da democracia: “Tudo o que fiz foi com o conhecimento do Alto-Comando, alinhado com o então comandante general Freire Gomes. Existe uma lealdade muito forte no Alto Comando”.

O Alto Comando do Exército expressou descontentamento com as campanhas de difamação, classificando-as como um ataque ao próprio Exército. “Estabilidade institucional e impossibilidade de ruptura democrática sempre foram prioridades”, concluiu Stumpf.

De acordo com a investigação, a articulação para o golpe começou antes mesmo do segundo turno das eleições. Entre os envolvidos, militares radicais teriam incitado adesão por meio de campanhas de desinformação e pressão dentro das Forças Armadas.

A PF indiciou 37 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro, por crimes como tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.

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(Com Estadão Conteúdo)

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Latam

A Latam (LTMLTMAY) vai aumentar em 17% o número de voos de seis rotas internacionais a partir de abril de 2025. A ampliação vai incrementar a oferta do Brasil para Chile, Peru e Espanha.

Segundo a companhia, a iniciativa reforça a conectividade dos brasileiros com o continente europeu e atende à alta demanda de passageiros para o destino.

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Em abril, a Latam vai aumentar a operação Porto Alegre-Lima de três para quatro voos por semana e São Paulo/Guarulhos-Lima de 21 para 28 voos semanais.

A partir de julho, ampliará as rotas São Paulo/Guarulhos-Santiago de 70 para 73 voos por semana, Porto Alegre-Santiago de três para cinco voos semanais, Brasília-Santiago de três para sete voos por semana.

No mesmo mês, a rota São Paulo/Guarulhos-Madri também será ampliada, passando de nove para 11 voos semanais.

Atualmente, a Latam opera voos próprios do País para 90 aeroportos no exterior. Em 2024, inaugurou as rotas Brasília-Santiago, Curitiba-Lima, Fortaleza-Santiago e Recife-Santiago.

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Lula

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta quinta-feira, 5, que a economia do Brasil tende a crescer 3,5% em 2024, mas que poderá chegar a um aumento de 4%.

Ao defender um crescimento “distribuído” entre a população brasileira, Lula afirmou que não quer tirar nada de ninguém, mas sim garantir que todos tenham o mínimo necessário.

“Algumas pessoas do mercado começaram a anunciar e alardear na imprensa que a economia brasileira não ia crescer mais que 1,5%. E para nossa bela sorte, a economia brasileira vai crescer neste ano 3,5%, e se tomar cuidado, pode chegar a 4%”, comentou.

O presidente participou nesta quinta-feira da inauguração do Projeto Cerrado, maior linha única de produção de celulose do mundo, que pertence à Suzano (SUZB3).

“Além desse crescimento, nós temos que levar em conta que só tem importância para uma economia crescer se os resultados da economia forem distribuídos entre aqueles que produzem a riqueza”, acrescentou Lula. “Crescimento tem que ser distribuído para que as pessoas possam ter a massa salarial crescendo”, disse.

Ao defender o aumento do salário, Lula afirmou que o empresário tem que ver o trabalhador como seu consumidor. “Não quero que ninguém perca nada, mas que todos tenham o mínimo necessário.”

O presidente, então, repetiu uma frase que vem sendo usada há meses em seus discursos: “Muito dinheiro na mão de poucos significa miséria, pobreza, analfabetismo, desnutrição. Agora, ao contrário, pouco dinheiro na mão de muitos significa distribuição de renda.”

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(Com Estadão Conteúdo)

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Gás Natural

O superintendente de Comercialização da PPSA, Guilherme França, disse nesta quinta-feira, 5, que o primeiro leilão do gás natural da União, no pré-sal, está previsto para o quarto trimestre de 2025.

A PPSA é a empresa pública que gere os contratos da União no polígono do Pré-Sal.

A estimativa, disse França, é de que a União disponha de até 1,3 milhão de metros cúbicos de gás natural para ofertar ao mercado até 2027.

A produção é relativa aos contratos de partilha de Búzios, Sapinhoá, Sépia e Atapu, além da participação da União com área não contratada nos acordos de individualização da produção de Tupi e Atapu.

A estimativa não considera o fator de rendimento das unidades de processamento de gás, o que significa que parcela desse gás será transformada em GLP e líquidos.

Segundo o executivo, a PPSA analisa, no momento, a contratação dos Sistemas Integrado de Escoamento (SIE) e Processamento (SIP), necessários para a realização do leilão.

Ele falou durante o Fórum Técnico PPSA, realizado hoje no Rio de Janeiro. “São contratos complexos e estamos avaliando, inclusive, a possibilidade de assinar o contrato e fazer uma cessão de direitos no processamento. O que for mais atrativo para a União”, afirmou.

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