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Petrobras vê impacto da greve do Ibama em Mero, Búzios e Marlim

Os principais projetos já afetados pela greve são Mero 2, Revitalização de Marlim, BUZ-5 (Búzios) e alguns projetos complementares das Bacias de Campos e Santos

por Reuters
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A Petrobras (PETR3; PETR4) vê impactos da greve dos funcionários do Ibama no desenvolvimento da produção dos campos de Mero, Búzios e Marlim, importantes ativos que demandam de avais do órgão ambiental para elevar a produção, informou a petroleira em email à Reuters nesta quarta-feira.

Desde janeiro, o Ibama vem atrasando a emissão de licenças no Brasil como parte de uma disputa contínua com o governo sobre salários e condições de trabalho.

Neste mês, os trabalhadores do instituto convocaram uma greve a partir da última segunda-feira, que foi aprovada em pelo menos 14 Estados.

“A mobilização dos servidores do Ibama pode trazer impactos entre 1% e 2% à curva de produção da Petrobras esperada para 2024, devido aos atrasos na liberação de licenças e anuências para aumento da produção”, reiterou a companhia no email, após ser questionada.

Em maio, o diretor de exploração e produção da Petrobras, Joelson Mendes, já havia dito que havia um possível impacto estimado em 2% na produção prevista para o ano, diante de atrasos para o licenciamento de poços em ativos como Mero.

Em seu plano estratégico atual, a Petrobras prevê produzir 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) de petróleo e gás natural em 2024, podendo variar 4% para cima ou para baixo.

O centro da meta configuraria uma estabilidade ante o volume produzido em 2023, de 2,78 milhões de boed.

Petrobras FPSO Almirante Barroso
Petrobras: navio-plataforma (FPSO) Almirante Barroso (Imagem: Divulgação/ Petrobras)

Mas a Petrobras precisa avançar com projetos importantes para neutralizar um declínio contínuo da produção em campos maduros.

“Os principais projetos já afetados pela greve são Mero 2, Revitalização de Marlim, BUZ-5 (Búzios) e alguns projetos complementares das Bacias de Campos e Santos”, adicionou a Petrobras, nesta quarta-feira.

As plataformas de Búzios 5 e Mero 2 entraram em operação em 2023, no pré-sal da Bacia de Santos.

Ambos os campos estão entre os três maiores produtores de petróleo e gás do Brasil atualmente, com produção crescente pelas novas unidades, perdendo apenas para o campo de Tupi, também no pré-sal de Santos, que já atingiu seu pico e está em declínio.

Considerando petróleo e gás, o campo de Búzios produziu em abril média de 837 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), ante 732 mil boed no mesmo mês de 2023, enquanto Mero produziu 220 mil boe/d em abril, ante 185 mil boe/d na mesma comparação, segundo os dados mais recentes da reguladora ANP.

Já no caso de Marlim, um campo maduro que passa hoje por investimentos de revitalização, a companhia colocou duas novas plataformas em operação no ano passado, substituindo nove unidades mais antigas, com as expectativa de adicionar ao menos 115 mil bpd à produção da Bacia de Campos, nos próximos anos, conforme a petrobras informou anteriormente.

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