O plantio de soja no Brasil atingiu 29,84% da área prevista até esta sexta-feira, com atraso em relação ao mesmo período do ano passado e ante a média histórica de cinco anos pela primeira vez nesta safra 2023/24, informou a consultoria Pátria AgroNegócios.
“Apesar do bom ritmo de trabalhos de campo observado no Mato Grosso, os demais Estados seguiram em ritmo lento diante da falta de chuvas generalizadas e temperaturas elevadas”, disse o diretor da consultoria Matheus Pereira, em nota.
Na mesma época do ano passado, produtores do Brasil tinham semeado 37,60% da soja, enquanto a média histórica para o período é de 30,06%.
Mais cedo, o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) estimou que plantio de soja em Mato Grosso atingiu 60% da área prevista para o maior Estado produtor brasileiro. O instituto ainda vê o plantio à frente a média histórica para o período.
Para a Pátria Agronegócios, o plantio em Mato Grosso foi a 58,6%, versus 66,84% em 2022 e 50,64% da média de cinco anos.
No Cerrado brasileiro, o calor intenso levanta preocupações sobre replantio das lavouras e de impacto na janela climática da segunda safra (de algodão ou milho), semeada após a colheita da oleaginosa.
No Paraná, segundo produtor brasileiro de soja, o plantio está mais avançado em relação à média para o Estado, com mais da metade de área já semeada, ajudando a compensar um pouco o atraso no Centro-Oeste no índice médio nacional.